Simplesmente Complexo escrita por Julie Blair


Capítulo 5
Capítulo 5




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Após uma breve procura na lista de desaparecidos, a encontramos... Angie realmente tinha feito um excelente trabalho.
Chegamos à casa do marido da vítima. Era uma casa bonita, classe média alta, cheia de pinheiros e luzes. Ainda estava claro, mas imaginava ser ainda mais linda a noite... Provavelmente pediria á Booth para voltarmos ali em outra hora.

- Bom, aqui vamos nós Bones!

Saímos do carro e andamos por um caminho de pedrinhas, até que chegássemos à casa. Booth e eu, embora fôssemos um casal, ao sairmos do carro, éramos colegas de trabalho. Foi um acordo muito difícil, mas o FBI não quis nos separar... Afinal, acredito que somos os melhores em nossa área... E o nosso relacionamento, só nos rende horas extras de trabalho.
Booth tocou a campainha. Logo, um homem muito charmoso abriu a porta. Alto, moreno, forte, olhos castanhos como os de Booth... Mas não fiquei muito tempo olhando-o, sabia o quanto Booth detestava. Mesmo que irracional, o entendia. Sentia um desconforto muito grande ao vê-lo olhando para qualquer outra mulher. O conhecia, sabia que jamais seria capaz de uma infidelidade... Mas mesmo conhecendo-o, era inevitável.
O homem ficou por um tempo nos olhando, de soslaio, até que nos convidasse para entrar. A casa era ainda mais linda por dentro, de excelente bom gosto.

- Fiquem a vontade. Já soube do que aconteceu... 

Disse ele, com um tom tranquilo.

- Você parece muito bem para um homem que acaba de descobrir que sua esposa está morta...

Booth falou, provocando-o.

- Jamie e eu não éramos mais um casal... Nos separamos fazem dois anos... Não dávamos certo.

- O bastante para que a matasse?

Booth provocou novamente.

- Não, de maneira alguma. Jamie e eu, apesar da separação, nos dávamos bem. Você pode perguntar a quem quiser, todos dirão exatamente a mesma coisa.

Ben disse, com sinceridade.

- Apenas fique por perto.

Booth finalizou, ameaçando-o.

E então, Ben nos levou até a porta da frente.

- Temperance, não é? Leio os seus livros... Sou um médico muito interessado por antropologia... Seus livros são brilhantes!

- Ah, que gentileza! Obrigada!

Falei, sorrindo.

Senti Booth apreensivo. Logo, seu braço envolvendo minha cintura.

- Vamos Bones.

E fomos para o carro. O caminho até lá fora um tanto silencioso... Booth nem sequer comentou o que achava sobre Ben, se era possível que ele houvesse cometido o assassinato de Jamie. Ele apenas permanecera quieto, até que chegássemos ao carro. Quando entramos, vi o quanto esforçou-se para esconder o ciúmes que estava sentindo. Booth fez um breve comentário, dizendo que não achava que Ben havia cometido o assassinato... Mas nada mais. Preferi não tocar no assunto, sabia que não deveria ter sorrido daquela maneira para Ben... Era evidente que havia me interessado por ele. Mas jamais pensaria em outro homem se não o Booth, Booth era o meu homem. É humano sentir atração, química... Mas por Booth, além da atração e da química, eu sentia amor... E era por isso que decidira mudar todo o meu mundo para ficar ao seu lado. Era irracional Booth pensar na possibilidade de deixá-lo... Jamais seria capaz disso. Mas mesmo assim, ao final do dia, os problemas vieram. Ficamos apenas nós dois, brigamos, dissemos coisas que não devíamos. Booth insistiu que estava me insinuando para Ben. Neguei, disse que não passara de uma atração humana... E Booth não compreendeu, saiu de casa como estava, dizendo que dormiria fora naquela noite. Não entendia a raiva de Booth, não entendia como o amor poderia trazer aquele sentimento. Booth havia perdido completamente o controle, nunca havia o visto assim, daquela maneira. A felicidade, embora gratificante, nos deixa mal acostumados. Quando não a temos, quando a perdemos por um instante, nos sentimos frustrados e incapazes, infelizes e derrotados. Sentia-me assim, entre outros sentimentos. Era esse o risco. Perder tudo o que havia aprendido a amar cada dia mais. Embora fosse apenas um momento, não era mais racional o suficiente para lidar com a ausência de Booth. Bebi o suficiente para pegar o carro e sair dali. Não sabia exatamente para onde estava indo, mas sabia que estava me distanciando dos problemas, da minha vida... Mal sabia o quanto! Após andar um pouco de carro, estava em frente à casa de Ben. A casa era realmente mais bonita à noite, iluminada. Talvez pelo quanto havia bebido, pelo quanto estava distante do trânsito em meus pensamentos, meu carro chocou-se com um dos pinheiros da frente da casa. Me lembro apenas da proximidade da árvore quando olhei, e depois, de acordar em uma cama que não era a minha.


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