The Legend Of Cleopatra escrita por Lady Holmes


Capítulo 9
Está na hora de se misturar


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a quem está lendo *-* mais surpresas pra vocês ^^



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Acordei e percebi que estávamos na exata posição que estávamos no pano as margens do rio. Eu deitada e ele fazendo cafuné com a mão sobre meu cabelo, nós estávamos abraçados. Ele acordou um segundo depois me encarando.

- Você também...? – Eu disse incerta, será que havia sido um sonho?

- Sonhei que estava deitado com você as margens do Nilo olhando as estrelas e... – Ele não disse: e nos beijando. Mas ficou subentendido.

- É isso.

- Bem, eu estava, e você?

- Eu também. – Respondi, incerta. Eu deveria pedir a ele o que tinha sido aquilo ou eu deveria deixar quieto? Deixar quieto machucava menos do que um não, por isso não falei nada. Levantei e fui em direção ao banheiro. Precisava de um banho para acalmar os nervos.

  Liguei o chuveiro e a água começou a cair, gelada no meu corpo quente. Eu estava suando, mas não pelo calor de quase quarenta e cinco graus que fazia lá fora, e sim pelo que havia acontecido. Eu e Dean havíamos vivido aquilo, não sei como, mas havíamos. Eu estava disposta e esquecê-lo, ainda mais que agora que eu sabia quem ele era. Mas ele era como aquelas musicas ruins que não saem da sua cabeça, e alem de tudo, meu coração não estava disposto a deixá-lo ir. Escutei uma batida na porta e sai dos devaneios da mente.

- Está ocupado!

- Vamos descer tomar café, quando quiser, estaremos lá em baixo. – Escutei a voz de Dean pela porta e depois a porta do quarto abrir e se fechar. Fiquei ali por algum tempo, sai e coloquei o vestido que havia escolhido para a ocasião. O calor era infernal, e eu não havia achado o shorts que eu tinha pego. Coloquei o vestido tomara que caia verde água, arrumei o melhor que pude meus cabelos, passei um rimel, coloquei uma rasteirinha e desci.

- Até que em fim. – Disse Dean. Mas os olhares dos dois diziam que o tempo havia valido a pena.

- Ah claro, você não tem que se preocupar com nada, você é homem. – Eu tinha decidido que o melhor a fazer era ser grossa, e havia funcionado, um pouco. Sentei e comecei a comer.

- Tudo bem, acho que alguém veio e trocou a doce e meiga Emily por isso.

- Não gostou? – Eu disse revirando os olhos. Ele não respondeu e, seguido por Bakt, voltou ao quarto. Eu fiquei ali, tomando meu suco e comendo algumas panquecas até que alguns homens entraram. De inicio eu não os reconheci, mas quando percebi quem eram, gelei.

- Ah, meu santo Rá. – Eu gemi e me agachei. Tinha que sair do restaurante sem que eles percebessem, passei por de baixo das mesas até a porta, quando estava saindo Lenny me agarrou.

- Ora, foi mas fácil do que eu imaginei.

- Lenny.

- Porque você me odeia tanto hein imperatriz?

- Porque você é tão canalha? – Eu retribui. Eu estava me sentindo sufocada e algo começou a aparecer, uma coragem repentina, algo maluco. Dei um soco na cara dele. Ele me soltou, mas seus homens apontaram armas para minha cara.

- Ai! – Ele estava furioso, eu acho que iria deixar um olho roxo. – Você é forte hein garota. – Ele riu e então se aproximou. – Mas não vai me vencer.

- Quer apostar?- Nisso eu pisei no pé dele, fazendo um pequeno espaço aparecer, corri como se fosse a ultima coisa que eu faria e escutei uma chuva de bala atrás de mim, continuei correndo até chegar ao quarto. Quando entrei Bakt estava terminando de se vestir e Dean estava só de cueca.

- Ah, ninguém te ensinou a bater na porta Emily?

- Olha Dean, com Lenny e seus homens mandando algumas balas atrás de mim eu não tive tempo para boa e velha educação.

- Como foi que eles nos encontraram? – Dean já estava de calça e colocava os tênis. Eu reuni toda a roupa e as armas, Bakt reuniu os livros, Dean terminou de se vestir no momento em que escutamos um tiro na porta. Eu já estava na janela, pronta para pular.

- Eu escolhi o dia certo para usar vestido. – E pulei.

  Graças a Rá que estávamos apenas no segundo andar e não foi uma queda tão ruim. Logo que cheguei ao chão, Dean e Bakt também chegaram e corremos para as motos. Escutamos Lenny e seus homens entrarem em carros, mas não demos chances para que eles nos seguissem. Estavamos em alta velocidade, passamos pelo menos, 3 sinais vermelhos e o limite de velocidade de 50 km/h era completamente ignorado.

- Hey Bakt. – eu gritei fazendo o egípcio me encarar – sabe algum outro lugar apara irmos?

- Tem a minha casa, mas não sei se é segura. – Eu pensei por alguns instantes, um lugar onde eu pudesse trocar essa maldita roupa e pensar em um plano.

- Tudo bem, nos guie. – Ele voltou a dianteira e eu o segui.

- Você está bem Emily? – Escutei a voz de Dean em meu ouvido.

- É claro que estou.

- Então porque você está sangrando? – Quando ele falou isso senti uma fisgada no braço. Uma bala havia passado de raspão. Eu ia matar alguém, tinha certeza disso.

- É só um arranhão ele nem está... – ai, porra, que dor. – Doendo muito.

- Não é o que parece. – Eu sei disso, eu estou sentindo sabia? Tudo bem, mais algumas quadras, Bakt já diminuía a velocidade e entrava em uma pequena estrada mais afastada. Continuamos por mais cinco minutos e vimos uma pequena e modesta casa, quando desliguei a moto decidi olhar o estrago no meu braço. Eu devia ter ficado sem olhar.

- Bakt, tem um kit de primeiro socorros? – Dean perguntou. Estavamos na cozinha. Eu estava pirada e pronta para socar o primeiro idiota que me tirasse do sério. Essa era minha reação quando ficava com dor. Bakt voltou com uma maleta e no momento em que vi Dean retirar a água oxigenada eu gemi.

- Tudo bem, eu sei que dói, mas é isso ou uma infecção. E então qual vai ser? – Deixei que ele passasse o algodão banhado na água oxigenada no meu braço. Depois disso ele passou mais uma coisa que ardeu menos e então usando uma gase, terminou o curativo.

- Uao, onde foi que você aprendeu isso?

- Tenho meus dons.

- Percebi. – Me levantei e fui até minha bolsa. Peguei uma regata azul e – finalmente – meu shorts jeans, coloquei um all star cinza e amarrei meu cabelo.

- Temos que bolar um plano. E para começar, - eu retirei tudo que havia em cima da mesa da cozinha e olhando para Bakt pedi – precisamos de um mapa da cidade, e da informação crucial.   

- E qual seria? – Pediu Bakt em quanto ele me entregava o mapa e eu estendia ele sobre a mesa.

- Onde o povo inimigo se esconde. – Eu disse o encarando. Comecei a olhar o mapa e logo encontrei uma estrada que era usada pelos turistas para ir em direção a esfinge. Usaríamos aquela estrada para irmos até lá, mas antes, eles tinham que estar em algum lugar, mas onde?

- Lenny deve está mantendo todos em algum lugar chique e seguro o bastante. – Disse Dean se colocando ao meu lado.

- Só nos resta descobrir onde.

- E depois? Vamos chegar lá e mandar bala? – Disse Bakt, irônico.

- Vamos chegar lá, pegar o livro dos mortos, fazer o ritual e terminar com essa guerra e, se for preciso, mandar bala.  – Eu disse pegando o revolver que eu guardava comigo.

- Quem diria que a Emily tem esse instinto de caçadora. – Disse Dean, sarcasticamente.

- Isso vem da alma de Cleópatra. A imperatriz tinha um grande dom para estratégia de guerra e para luta armada. – Bakt disse.

- Eu não sou Cleópatra, eu não vou morrer e nem me matar. – Eu disse olhando-o fixo. – Agora, alguém faz idéia de onde ele pode estar? – Eu disse encarando o mapa. Dean voltou da sala, para onde havia indo há alguns minutos, com a resposta.

- Avenida El-Zaher. Hotel Nile Plaza.

- Como você sabe disso?

- Internet, querida. – Ele riu e eu procurei o endereço no mapa.

- Tudo bem, eu vou lá e pego o livro e volto, é fácil.

- Você não vai sozinha! – Dean disse.

- Vou. – Disse arrumando o mapa e guardando na minha mochila. Retirei as roupas e coloquei armas. Eles me olhavam como se eu fosse louca. Loucura seria deixar eles se arriscarem por minha causa, na sinceridade, eu nunca deixaria eles morrerem então é melhor eu ir sozinha, assim se eu morrer, os três somem junto e tudo acaba bem.

- Não vai não. – Dean me puxou pelo braço. Nossos olhares se encontraram e eu senti um arrepio percorrer meu corpo. Eu queria ficar ali, nesse momento, sem ter que me preocupar com mais nada, mas algo me dizia que isso nunca iria acontecer. Algo me dizia que eu nunca teria aqueles olhos, aquela boca, só para mim.

- Dean, me solta.

- Você não vai lá para morrer!

- Eu não vou deixar que ninguém morra no meu lugar, não vou deixar que você morra! – Eu acabei gritando. Bakt parecia estar alheio a discussão que acontecia a sua frente, ele pegou uma das armas, a guardou com sigo e disse:

- Eu não sei, e também não quero saber o que está acontecendo com vocês. Sinceramente isso não me importa. Mas Emily, sua segurança é o meu trabalho, eu nasci para isso. Então você não vai sozinha e ponto. – Dean me mantinha presa, eu os olhei mais uma vez e dando de ombros disse:

- Tanto faz, o funeral é de vocês. – E seguimos para as motos.

  Quando chegamos ao hotel eu não acreditei.

- Isso é maluquice! Stripers? Fala serio. – O hotel era apenas para homens, as mulheres que víamos ao longe usavam pequenas roupas de empregada, aquelas que você vê em sexy shops.

- Cara, eles sabem se divertir. – Dean disse atrás de mim, me virei e dei um soco no braço dele, ele me encarou por dois segundo pensando no que havia falado de errado. – O que? Hã, tá, desculpa.

- Mulheres não são objetos sabia, trate uma assim e se prepare para morrer. – Mas ele ainda está aqui, atrás de você. Você sente a respiração, sente o perfume, o toque, o calor. Você o quer, mas não admite. Minha mente parecia estar mancomunada com o coração, isso ai, eu estou ferrada. Uma garota, parecia ter a minha idade, virava a esquina. Vestia uma capa, uma mascara e pude ver uma cinta liga. Desci da moto e fui em direção dela.

- Onde você vai? – Bakt pediu.

- Conseguir meu passe. - Cheguei na garota a golpeado por trás. Eu tenho certeza que isso era muito melhor que entrar naquele lugar nojento, e eu só entraria lá, vestida como uma vadia, por que é necessário. Quando tirei o casaco dela quase desisti da minha idéia. Ela usava um espartilho preto com vermelho, uma saia, ou melhor, um pano que mal tapava a bunda, bordo, a cinta liga e um sapato preto. Terminando de me vestir, coloquei a máscara e a capa.

- Você não vai sozinha, achei que isso estava decidido. – Dean estava furioso por eu ter um plano para entrar e ele não. Eu abri o casaco mostrando a roupa que eu usava, ignorei a cara de surpresa – e desejo – dos dois e disse:

- Eu tenho um plano e estou pronta para executá-lo, você não tem e eu não quero perder a chance, acho que sim, eu vou sozinha. – Pegando a mochila da garota, que eu havia colocado armas, me virei e entrei no hotel. 


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