Pov Dean:

Emily deveria ser estudada. Ela era maluca, doida, mas linda. Ela não sabia como me doía ver ela daquela maneira. Eu sabia que lágrimas escorreriam em quanto ela ia para a escola. Victória havia me ligado ontem pedindo o que eu havia feito. Parece que ela havia ligado 10 vezes para ela, e isso só acontecia quando meu nome estava no meio. Eu contei a ela que estava morando na casa de uma aluna do segundo ano da Royal, mas em momento algum eu disse que essa garota era Emily, deixaria que ela mesma contasse a Victória. Dirigindo meu BMW e escutando um pouco de Metallica, eu ia em direção a escola que trouxera tanta dor e aflição a minha vida. Quando conheci Emily, eu sabia, por fofocas da escola, que sua mãe havia morrido, e que o jeito alegre que ela tinha, deixara de existir. Eu não havia planejado conversar com ela, virar seu amigo, e no fim, me apaixonar. Mas era o que havia ocorrido. Mas depois que a beijei no Starbucks e quando nos despedimos, eu fui pensando a caminho da minha casa. Soube que por causa de meus pais, que eu não poderia deixar ela se apaixonar por mim. Eu me mudava muitas vezes, eu a amava, mas pelo bem dela eu me afastaria. Victória veio me pedir o que havia acontecido e eu contei a ela a verdade. Ela queria o bem de Emily, e concordou comigo, que o melhor para ela era que eu ficasse longe. Mas pelo que eu vi ontem a noite eu havia errado. Ela estava cada vez pior e não admitia.

- Agora Dean, me conte logo qual é a garota? – Victória estava parado na minha frente. Era uma garota estranha, era baixinha, delicada como uma fadinha. Tinha cabelos ruivos até os ombros, lisos perfeitos sempre. Se vestia de uma maneira divertida e colorida, mas nunca descia do salto, não importando a ocasião. Ao lado dela estava Hector, do time de futebol, loiro de olhos cor de mel, sempre parecia alheio as atividades da pequena namorada, mas quando falava todos se calavam pois significava que algo importante seria dito. Ele tinha um sorriso no rosto. Os dois estavam curiosos, e vi de longe que Emily estava com Brook, a loira alta que sempre andava com elas, deduzi que elas ainda não tinham se falado.

- Emily sabe, pergunte a ela. – Disse, tirando a mochila do carro e indo em direção de Peter e Jimmy.

- Como ela sabe? – Victória me parou.

- Ah, santo deus Victória – disse Emily, com Brook atrás dela. – Na minha casa ok? Ele está morando comigo. – Emily disse isso, sem encarar ninguém, com os olhos vazios e distantes. Victória, pasma, me soltou e eu caminhei em direção dos meus amigos.

- O que foi aquilo? – Peter pediu.

- Nada, uma confusão a toa. – Disse, revirando os olhos. – Vocês sabem como Victória é.

- É, mas Emily não fala contigo desde aquela briga na volta das férias. – Não respondi a Jimmy e continuei andando.

- Vamos à sua casa hoje Dean, fazer o trabalho de Biologia da Sra.White. Você sabe que minha casa está sendo reformada e a casa do Peter tem o irmãozinho dele.

- É bem, e eu estou dormindo na casa de Emily. – Disse, despreocupado. Achei que falando assim não seria grande coisa.

- Como é que é Dean Brown? – Jimmy pediu, - e você fala isso como se não fosse nada. – Eles sabiam não que eu houvesse contado, que eu era apaixonado por Emily.

- Ela não te suporta, o que foi que aconteceu? – Pediu ele.

- Meus pais e o pai de Emily são grandes amigos, quando meus pais não voltaram do Cairo, James, o pai de Emily foi me buscar. Agora eu estou, oficialmente vivendo na casa dela. Mas acho que vocês podem ir lá, já que é para um trabalho e tudo mais. – Eles deram de ombros e entramos na aula de História mundial.       

 - Dia comprido esse. – Disse Jimmy entrando no banco da frente do carro de Peter.

- Vamos te seguir Dean. – Disse Peter. Entrei no carro e vi de longe Emily e Victória subindo na moto. Isso significava que elas estariam lá também. Sinceramente, eu iria brigar com os meus pais quando eles voltassem. Chegamos a casa de Emily, e elas estavam descendo da moto.

- Espero que não se importe Emily, temos um trabalho de biologia para fazer e não tínhamos outro lugar. – Ela se virou, com os olhos vermelhos de tanto chorar. Eu estava fazendo muito mal a ela, mas eu não poderia sumir, meus pais iriam pirar.

- Tanto faz, peçam a Theodoro quando precisarem de alguma coisa, eu e Victória estaremos no meu quarto, e sinceramente, espero que vocês não precisem nos incomodar. – Ela disse, e seguida por Victória, entrou na casa.

- É, ela está muito feliz com sua companhia aqui. – Eles riram, mas eu não via graça em tal idéia.  Entramos e fomos ao quarto hospedes fazer o maldito trabalho.