The Beautiful Thieves escrita por bitterends


Capítulo 34
Beijo e Controle




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Os corpos nus e suados permaneciam entrelaçados, numa típica cena pós-sexo de um casal romântico deliciosamente apaixonado e rendidos ao prazer.

O perfume dos cabelos que embriagavam Davey, e aquelas formas perfeitas do corpo alvo em contraste com o seu completamente tatuado. Mãos dadas, fortemente entrelaçadas... Olhos nos olhos. E que o mundo se explodisse do lado de fora.

" - Você vai me amar para sempre?

- Não. Eu te amarei até o infinito.

-Por quê?

- Porque o pra sempre, sempre acaba."

Ela ainda estava presente em cada canto de sua mente, por mais que Davey tentasse se esquecer que algum dia ela tivesse entrado em sua vida.

"Michelle, você quer ser minha mulher? Quer se casar comigo?"

As noites se passaram e já haviam três meses que Michelle destruiu a vida deles e de seu pai. Davey sentia uma raiva crescente, mas alimentava uma saudade inexplicável, além da angustia e do anseio por saber se ela estava bem.

Ele se sentia sujo, por se aproveitar de tudo o que Jeff podia oferecer, e ainda, ao deitar ao seu lado, fechar os olhos e sonhar com Michelle, pensar nela, chamar por ela... Por mais que tivesse jogado as coisas dela fora, rasgado suas fotos, e tudo o que pudesse lembrar dela, sua presença continuava ali, não o deixava.

– Davey! - Chamou Jeffree

– Nossa... o quê?

– Estou te chamando faz um tempo já. O que se passa pela sua cabeça? - Jef disse em tom sapeca, dando um selinho em Davey. - Walker, no telefone... Quer falar com você.

– Deve ser sobre a filhinha dele, eu não estou a fim de receber sermão dele.

– David, já se passaram três meses, você não pode evitar mais esta conversa, além disso ele deve estar sofrendo muito mais do que você. Ele não tem ido sequer trabalhar e você sabe o quanto ele te considera...

– Ah, Jef... Está bem, vou atender.

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– Alô, Brian?

– Oi Davey... como você está?

– Muito bem, e você?

– Eu... tento. Você poderia vir até minha casa?

– Ahn... eu... posso. Daqui a meia hora estarei chegando...

– Perfeito, estarei esperando.

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Brian estava sentado, um copo cheio de Whisky Escocês, fitando o nada, aquele homem de anos que Davey conhecia, estava totalmente diferente... tão vazio. Os dois estavam.

Brian o recebeu com um sorriso de quem recebia um consolo, estava aliviado de ver um rosto conhecido.

– Olá garoto!

– Olá, Brian.

– Talvez você saiba porque eu gostaria de falar com você...

– Acho que sim.

– Davey, eu não quero dar o sermão que você deve imaginar. Eu quero... eu apenas quero pedir perdão pelo que minha filha te fez...

– Brian, você não tem culpa dos atos dela.

– Tenho, eu tenho culpa sim. Se eu tivesse feito meu papel de pai corretamente, tivesse sido firme, você não teria perdido seu bebê e nem eu a minha filha. Eu já perdi minha mulher, não sei da minha filha... eu te entendo quase que perfeitamente, não estou em condições de dar sermão, nem de criticar os seus sentimentos. Eu apenas queria que soubesse que gosto muito de você, independente de tudo... não queria ver você longe... Sei que vir até minha casa pode trazer lembranças desconfortáveis, mas Davey... ela vai estar em toda parte...

– Ela já está...


Davey uniu-se aos braços do ex-sogro, ambos com lágrimas nos olhos, buscando por uma força, um consolo que ninguém mais poderia dar.


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