The Beautiful Thieves escrita por bitterends


Capítulo 31
Grande Loucura


Notas iniciais do capítulo

Perdoem pelo capitulo curto e pela demora deste. Prometo que o próximo será melhor!



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As pessoas costumam dizer que quando estamos bêbados, não temos consciência.

 Bem, eu tinha consciência do que estava fazendo.


Me arrependo por ter tirado uma vida e tê-la impedido de ter um pai maravilhoso, mas hoje foi um erro válido.


Enquanto golpeava meu  próprio abdome, debatia-me nos móveis e me intoxicava de remédios,
eu apenas queria sair junto com aquela vida que eu tentava tirar a
todo custo.


Pedi tanto para que saísse, mas ela não deixava meu útero. Entrei em desespero...
Apaguei.


Não sei por quanto tempo estive estendida no chão da adega, aliás eu nem lembrava que
estava lá novamente.


Pensei em Harry, com quem eu realmente poderia contar todas as horas e que rodaria o mundo
para me encontrar. A única pessoa que entendia a criança mimada e
insatisfeita que era.


Eu precisava conversar, desabafar. O problema é que, se eu falasse tudo para Harry ele avisaria meu pai , viria até mim e atrapalharia minha decisão.


 - Estou cansada, esta é a ultima tentativa e ultima esperança. Se você continuar
aqui, se for realmente para existir, você estará aqui amanhã e
eu contarei tudo ao meu pai, independente da reação dele ou como
se entenderá com Davey.


Disse para o inocente que me habitava. E no auge desta loucura, ingeri querosene.


Meu corpo queimava de dentro para fora enquanto eu arrancava minhas roupas por causa
daquela sensação indescritível, tudo girava, eu estava suja,vomitando e sangrando.
Corri para fora do rancho, o dia estava frio, feio, cinza... eu sangrava.


Caí.


O sangue escorria enquanto eu molhava meus dedos para ver, olhando em seguida e me perguntando como fui capaz, chorando e em desespero. Tudo o que
passei a escutar foram meus gritos, distantes de mim.


Com aquela sensação, eu estava certa de que não congelaria de frio, sim de peso e dor pela crueldade de meu ato.

– Você virá me
atormentar com ela, Christie? - perguntei ao nada.


Não lembro exatamente do que aconteceu depois. As coisas vinham como flashes em minha mente.

– Ela está com uma hemorragia que não estanca!

  “Vou morrer?”



 – Deus, o que houve com esta pobre criança? Há mais alcool em seu sangue do que em uma cervejaria alemã!

  “Vou morrer?”



– Coma alcoolico?– Eu reconheci esta voz.

– Sim, acho que  princípio de overdose de remédios também. Estamos fazendo sua desintoxicação.

– Ela ficará bem?

– Nós não sabemos ainda.

  “Vou morrer?”

– Grunberg, esta moça estava grávida...

– Deve ter descoberto e surtou, tentando a todo custo tirar a criança e de um modo bem mal-feito...

– É, isso é triste. Quero dizer, é uma garota rica, nova, bonita... Não
precisava se autodestruir para tirar uma criança.

– Bem, somos apenas médicos, ainda precisamos aprender a não nos envolver psicologicamente com estes casos.

– Em dez anos de profissão e eu ainda me impressiono. Quanto a hemorragia?

– Stwart e Walters conseguiram estancar.

– Ótimo, ela está pronta para abortar outra criança!

– Isto é horrível, Grunberg!

– E o que ela fez não é? Tenho filhos e todo caso assim é nauseante para mim.


Ótimo, eu não ia morrer e os médicos conversando o que não era de sua conta.

Foi tudo muito rápido, assim como na mesma velocidade recuperei a consciência.

 Os Martinez estavam lá, eu estava quase certa que logo meu pai também estaria.

– Por Deus, garota! O que aconteceu? - perguntou Zilda num tom desesperado.

– Eu fiz besteira,só isso.

– Seu pai irá nos esfolar assim que souber.

– Ele não saberá.

– Claro que irá, assim que retornarmos à fazenda.

– Escute Zilda, Se ele souber eu mesma acabo com sua vida e com a da sua família. Vocês nunca mais terão vida decente se ele souber. E bem, você me
conhece. Se quiser me desafiar, esta é a chance.

– Desculpe, ele não saberá...

– Ótimo, você entende as coisas muito bem.


Aterrorizei a coitada, que levou bronca de papai do mesmo jeito.

 Porque ao chegar no sábado, eu não estava lá.


Eu jamais seria capaz de fazer algum mal a algum empregado de papai.

Papai os via como sua família, todos já tinham anos trabalhando para ele, conheceram minha mãe e ajudaram muito papai a cuidar de mim.


Seria mais fácil papai me trocar por eles.

Nunca seria capaz de fazer mal a Zilda e sua família, mas o susto foi o suficiente para me dar tempo.




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