Nada Por Acaso escrita por HermannRed


Capítulo 11
End


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, foi muito bom escrever essa fic, confesso que terminei ela quase chorando... Mas espero que vocês aprovem o meu final para o Bruno e Léo.



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                                      15 anos depois

-Vovó! – Uma criança com lindos olhos azuis vai correndo com os braços abertos em direção á uma senhora com um homem ao seu lado, supostamente seu marido.

-Meu filho! A vovó estava com saudades. –Ela segura o menino com os braços o envolvendo e dando um leve beijo em sua testa. –Já estava na hora de vocês chegarem, a janta já está esfriando. –Ela olha para um homem alto com um sobretudo que vinha logo atrás do menino segurando uma mala em cada mão. Era natal, as noites eram frias, principalmente aquelas.

-Desculpa mãe, tava separando o que era importante pra viagem. –Ele solta a mala no chão e vai abraçar a mãe, enquanto isso o menino esbanjava um sorriso no rosto com um pouco sarnas.

-Venha cá meu filho, já estava com saudades. – Ela afaga a nuca dele, de olhos fechado, sorri.

-Como vai, Roberto? – Ele direciona um aperto de mão para o senhor do lado de sua mãe quando o abraço chega ao fim.

-Muito bem Bruno, obrigado. –Ele corresponde ao gesto imitando Bruno. –Entrem, entrem.

-Léo, quer ajuda? –Bruno grita ao se virar para trás, o porta malas do carro bate, e dele surge um homem que estava escondido segurando várias malas, um sorriso se abriu no rosto do amado. Se aproximando, Léo soltou as coisas onde Bruno havia deixado.

-Como vai senhora Blaine? – Diz ele gesticulando um aperto de mão. A senhora olhou para a mão dele como se aquilo fosse irrelevante, olhou novamente para o moço mais alto que seu filho e o abraçou fortemente.

-Muito bem, meu filho, agora entrem antes que congelem aqui fora. –Ela brinca, esfregando as mãos que mesmo com o frio, estavam quentinhas.

O menino foi o primeiro a entrar correndo na casa, e se jogou em cima de uma mulher que estava sentada no sofá gritando “Oi tia Su!”.

-Oi, seu pestinha. Olha o quanto você cresceu! –Ela brincava com ele fazendo cócegas na sua barriga.

Assim que viu Su, Bruno não pensou duas vezes e saiu correndo em direção à amiga. Eles se entreolharam por alguns segundos, os olhos de ambos exibiam um brilho de felicidade e ternura que somente amigos de verdade poderiam ter um com o outro, não demorou muito pra que eles começassem a chorar de felicidade e se abraçassem.

-Quanto tempo Su... Tava com tantas saudades minha amiga.

-Também Bruno, fica sabendo que eu quero uma atualização de tudo o que aconteceu. –Ela saiu do abraço e olhou para Martin, a criança que emanava alegria. –Sabe Martin, o papai já te contou das diversas aventuras que nós tivemos juntos quando éramos da sua idade. – Bruno olhou pra Martin, os olhos da criança brilharam de entusiasmo.

-Su! –Léo gritou da porta soltando as ultimas duas malas que faltavam colocar para dentro de casa.

-Ora ora, veja quem temos para o jantar. –Su brinca enxugando as lágrimas e caminhando em direção de Léo.

-Quanto tempo! – Léo da um abraço apertado em Su.

-Calma ai, grande urso, não esqueça que ainda sou uma mulher e sou frágil! –Ela brinca com ele, no mesmo instantes todos da sala começam a rir, menos Martin que ficou olhando pros pais sem saber o que estava acontecendo.

Depois de colocarem os assuntos em dia, todos foram pra mesa de janta. Léo começou a contar como estava administrando a empresa dos seus pais, enquanto eles aproveitam a vida na América do Sul, depois foi a vez de Bruno falar como estava o seu escritório de advocacia.

Su começou a contar piadas que só ela achava graça, mas a saudade de Léo e Bruno era tanta, que mesmo as piadas sendo horríveis, eles caiam na gargalhada.

Antes das onze horas, Martin foi se deitar e Léo o acompanhou para ler uma história pro garoto no quarto que antigamente foi de seu pai. Su e Bruno, foram para o sofá da sala pra poder descansar um pouco enquanto o peru ainda estava no forno.

-Então Su, você ta solteira, namorando?... Bruno perguntou exibindo uma cara de atrevido.

-Para a sua informação meu beim, estou compromissada. –Ela fala com um jeito esnobe, fazendo biquinho e exibindo uma aliança de prata no dedo. Bruno cai na gargalhada, Su não aguenta e o acompanha.

-Por isso que dizem, pra um doido, tem sempre um mais doido. –Bruno caiu na risada junto da amiga.

-Mas Bruno, como vai a papelada da adoção do Martin? Não acredito que mesmo depois de todo esse tempo, quase 7 anos, isso ainda não concluiu....

-Nem eu acredito Su, mas ta indo, espero que acabe o quanto antes, quero declara ele como “Meu” filho e filho do Léo, você precisa ver como ele é com o garoto, acho que o sonho dele sempre foi ser pai. –Bruno falou apoiando

-Eu vi. Quem mais tem paciência de ler historinhas de criança em pleno natal?! – Su começa a rir junto com Bruno.

~Flashback~

Assim que Bruno e Léo terminaram o ensino médio, decidiram sair de casa e irem morar juntos, perto da faculdade que ambos passaram. Assim que eles terminaram, Léo herdou a empresa dos pais, então foram morar fora, em outro país, a empresa Léo, acabou virando uma multinacional e  Bruno montou seu escritório, eles finalmente conseguiram se casar no civil, mas para eles, ainda faltava alguma coisa, decidiram adotar Martin, ele era apenas um bebezinho de colo, aquela criança acabou ganhando dois pais ótimos, eles passaram por muitos preconceitos, tanto pelo fato de Martin ter “dois pais” e pelo fato de que eles eram assumidos perante a sociedade como um casal.

~Flashback off~

Léo saiu do ex-quarto do marido um pouco antes da mãe de Bruno anunciar que o jantar estava pronto.

-Ele dormiu? – Bruno perguntou mostrando a preocupação de pai.

-Como um anjo. –Léo disse sorrindo e passando a mão na cintura de Bruno e indo ate a mesa.

Todos agradeceram pela janta, após a ceia, Su continuou a contar as suas piadas sem graça, mas agora elas eram diferentes, como se mostrassem o verdadeiro motivo da união de todos, a felicidade que nunca se esvaía daquela amizade, não importava quantas provações eles tiveram que enfrentar para chegar naquele momento, estavam contentes que finalmente havia chegado.

Bruno segurou a mão de Léo, queria sentir a sua pele macia como sempre fazia todas as noites e provar que aquilo era real, que o amor deles era real, mesmo após tantos anos, eles continuavam conectados como na sua adolescência.

-Eu te amo... –Bruno falou quando todos já estavam nos seus quartos.

Léo já estava quase pegando no sono, mas se virou pra olhar dentro dos olhos do seu amor. Ele gesticulou pra que Bruno deitasse sobre o peito dele.

-Eu sempre vou te amar e proteger, não importa quanto tempo se passar, sou feliz ao seu lado e quero que continue assim, você será meu amor eternamente, entendeu? – Léo sussurrava para Bruno, com ternura em cada palavra, pequenas lágrimas de felicidade se formaram no rosto de Bruno. Com um abraço apertado, ambos caíram no sono com um único pensamento: Amo te amar.

Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.”

                                                                      Autor desconhecido


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Notas finais do capítulo

Então? Final aprovado? Bom, de qualquer forma, foi muito bom escrever a fic e até a próxima, espero que em breve!