POR EDWARD

O dia estava nublado, exatamente como eu me sentia a meses, todos os dias para mim eram nublados e sem vida. Anthony foi para Phoenix com Renne na ultima semana, e apesar de eu sentir uma falta absurda do meu filho, eu sei que no momento, o melhor lugar para ele ficar é ao lado dos pais de sua mãe. Um local onde ele vai poder respirar e pensar. Renne havia me prometido cuidar de Anthony enquanto eu estava impossibilitado. Nesses dias sem Thony eu pude pensar com clareza nas coisas que estavam completamente fora do lugar. Eu precisei de um tapa na cara verbal do meu filho pra me mexer. O amigo de Carlisle do FBI já estava em ação, e eu estou mais do que nunca ansioso por noticias.

Muita coisa da minha vida estava fora do lugar, e eu já estava criando um check list do que eu precisaria por em ordem, só pra chegar à conclusão de que se eu começasse do zero seria muito mais fácil se essa possibilidade existisse.

Minha empresa estava passando por crise financeira, Paul estava empenhado para descobrir de onde estava vindo o desfalque em nossas finanças, afinal milhões de dólares não somem do nada dos cofres como foi o que aconteceu.

Eu preciso urgentemente de um psicanalista.

— Edward, acho que você deve ver isso. – Paul entrou na minha sala com as mãos lotadas de papéis e a testa enrugada e me estendeu os papéis para eu analisar.

— Se isso estiver correto Paul, todos são suspeitos – falei ao olhar as informações que tinham nos papéis que Paul me trouxe.

— Isso esta correto, Edward. Alguém nos roubou na nossa cara.

— A questão agora é como vamos seguir os passos dessa pessoa.

— Eu tenho uma ideia.

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POR ISABELLA

— Você acha que vai dar certo? – Damon me questionou

— Não tenho certeza, mas já é um começo – Respondi sem me virar para Damon.

Estávamos dentro do carro de Damon, na parte de trás esperando até que Rosálie chegasse a seu destino para colocarmos nosso plano em prática.

— Eu espero que eu ainda seja capaz de ser malvado – Damon falou rindo.

— Essa sua cara de vilão com certeza vai colaborar Damon – falei divertida

— Nosso alvo se aproxima – Jasper comentou sentado no banco da frente e eu avistei Rosálie atravessando a rua para entrar na cafeteria, coisa que ela fazia todas as manhãs.

— Hora de entrar em ação – Damon comentou enquanto abria a porta do carro e se encaminhava para o mesmo local que Rosalie.

— Tem que dar certo – comentei comigo mesma enquanto observava Damon entrar na cafeteria também.

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POR DAMON

— Bom dia, um expresso pra viagem por favor – Pedi a atendente que sorria para mim timidamente. Olhei ao meu redor e encontrei Rosálie sentada a mesa alta vestia um vestido vermelho, um tanto quanto chamativo demais para ir a uma cafeteria, ela mexia no celular e parecia digitar mensagens.

— Aqui esta Senhor – A atendente me entregou o copo ao mesmo tempo que Rosálie se encaminhava para o balcão para escolher alguma coisa e parecia distraída.

— Obrigada, pode ficar com o troco – Paguei e me virei bruscamente ao mesmo tempo em que Rosálie passava atrás de mim, tempo suficiente para que meu café caísse inteiramente em cima dela.

— AI MEU DEUS!! – Ela gritou abrindo os braços e olhando para sua roupa, não nego que a cara de assassina dela estava muito engraçada

— Me perdoa moça, eu juro que pago seu vestido – Peguei guardanapos de papéis tentando secar o braço dela que parecia que a qualquer momento iria explodir.

— OLHA O QUE VOCÊ FEZ SEU... – Ela finalmente olhou para mim que imediatamente coloquei um sorriso de desculpas no rosto

— Tirando o estrago na sua roupa, você esta bem? Estava bem quente.

— Eu... Eu estou bem... Só preciso trocar essa roupa – Ela falou mais controlada e a atendente da lanchonete prontamente se colocou a limpar a sujeira do chão e estendeu para Rosálie um pano úmido para que ela limpasse seu vestido.

— Eu sou muito desastrado, mil perdões. Bela maneira de se começar a minha primeira semana na cidade – Balancei a cabeça teatralmente

— Hum, você é novo aqui? – Ela dizia baixo enquanto limpava a sujeira.

— Sim, me chamo Damon a propósito – Disse lhe estendendo a mão e a mesma ficou olhando para a minha mão um tanto desconfiada antes de juntar a dela a minha num cumprimento.

— Sou Rosálie, seja bem-vindo Damon e cuidado com o café da próxima vez... Preciso ir pra casa me trocar – Ela disse se virando e me deixando ali sozinho vendo-a partir.

De tudo que eu poderia esperar deste encontro, só o que deu certo foi o café sendo derramado em cima dela. Rosálie demonstrou não se afetar por beleza. E isso me faz ver que ela é muito mais esperta do que aparenta. Um sorriso bonito não a convence, ela vive na defensiva. Terei que trilhar muito bem meus próximos passos pra isso dar certo.

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— Ela é esperta – Bella disse para mim assim que entramos no apartamento que estávamos hospedados na cidade, havíamos deixado Renesmee com Sue, a mulher era de minha inteira confiança e com o tempo Bella também aprendeu a confiar nela.

— Não vai ser tão fácil como eu pensei – Tirei o casaco me jogando no sofá em seguida.

— Ela teve tempo pra planejar a vida dela. Só não me conformo de não acharmos a mãe dela, isso poderia explicar muito do porque Rosalie ser como é.

— É uma puta desclassificada. Isso que ela é. – Falei irritado.

— Jenks estará aqui em duas horas pra te ajudar a colocar em prática o que quer Bella – Jasper comunicou entrando na sala enquanto colocava o celular no bolso.

— Perfeito, vamos fazer isso dar certo, eu quero meu marido, meu filho. Por mais que eu não tenha gostado, sei que foi o melhor Anthony ir pra Phoenix com Renne. Quanto mais longe ele ficar da linha de fogo que vai ser criada, melhor.

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POR ROSALIE

Maldito seja aquele idiota, como que pode alguém ser tão desastrado e estragar o meu vestido maravilhoso. Ao entrar em meu apartamento praguejando estanco ao ver Garret sentado ao meu sofá.

— Perdeu o senso, Garret. Que eu saiba eu já tinha deixado claro para você que o nosso trato acabou.

— Eu estou sendo investigado no hospital Rosalie. E a culpa é sua.

— Minha? Que culpa eu tenho que você é um ladrãozinho? Suprimentos hospitalares custam caro né? Estava lucrando com isso. Agora arque com as consequências do que você fez.

— Não é pelo desfalque dos suprimentos hospitalares que estão me investigando. É pela morte de Isabella

— O QUE? Como assim pela morte da idiota? Isso havia ficado claro que era um acidente.

Ele se levantou furioso do sofá me pegando pelo pescoço e prensando contra a parede.

— Um exame falso de tumor cerebral e tiros contra pneu e tanque do carro me colocaram como suspeito, e eu já te aviso que se eu continuar como suspeito, pouco me importa se vou pra cadeia Rosálie. Eu te levo junto comigo. Você me colocou nessa ao descobrir que eu roubava os suprimentos hospitalares.

— Me solte Garret, não se esqueça do que sou capaz – Ele me soltou e olhou-me com ódio.

— Lembro-me disso todos os dias Rosálie, sua doença é séria que psiquiatra nenhum no mundo conseguiria te tratar.

Estas frases foram o suficientes para que eu risse.

— Isso é quase um elogio, Garret. E você não reclame tanto, nos divertimos muito. Pare de bancar o arrependido que isso não cai bem pra você.

— Você a matou, Rosálie.

— E você ajudou.

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Algo esta fugindo, tem algum fio solto, onde? Não era pra ser feito uma investigação, era só um taxi idiota. Eu odeio sentir que as coisas não se encaminham conforme o meu planejado.

Alice iria vir a calhar agora, pra saber o que Edward sabe sobre o assunto. Ele não atende minhas ligações.

— MAS QUE MERDA! – Joguei meu copo contra a parede. Era minha sétima dose de whisky e o efeito torpe já estava fazendo efeito.

Meu apartamento estava uma verdadeira bagunça, a única pessoa possível que eu penso ter invadido meu apartamento, é Garret. Aquele idiota não vai desistir até encontrar algo que prove meu envolvimento.

Meu celular começou a tocar em cima do sofá, o nome de Jane piscava na tela e eu atendi apressada.

— JANE SUA GRANDE IDIOTA

— Calma! Eu sei que esta raivosa, mas eu estou tentando ainda.

— Como que você não consegue encontrar uma simples empregada? Aquela idiota deveria estar lá ainda, nos dando informações de tudo, e não ter simplesmente sumido. As coisas estão se apertando Jane, Tic Tac Tic Tac... Eu odeio sentir que o cerco vai se fechar.

— Pare de idiotice, é só uma investigação. Não tem como chegar em você.

— Se o Garret abrir o bocão tem.

— Antes que ele consiga, já estará a sete palmos. Agora vá pra cama, essa voz de cachaceira só não deve estar pior que seu hálito.

— Vou fazer isso, depois de um banho.

— Ótimo querida. Eu estarei ai amanhã e levo comigo alguém pra limpar seu apartamento, e depois tiramos a limpo a história do Garret.

Desliguei o telefone e fui até meu banheiro. O álcool estava impedindo meus reflexos e minha vista estava embaçada pelo sono. O melhor é um banho de banheira.

A banheira encheu rapidamente e eu entrei fechando meus olhos e relaxando.

O vento vindo do quarto me despertou, cai no sono dentro da banheira. O local estava escuro, e eu podia jurar que tinha deixado as luzes acesas. Sai da banheira colocando um roupão e entrei no quarto vendo que a porta da varanda estava aberta e o vento fazia as cortinas balançarem, fui até lá e fechei imediatamente a porta. Ao olhar para meu reflexo no vidro eu paralisei, atrás de mim, a imagem de Isabella apareceu, como um demônio da noite. O grito que saiu de minha garganta foi estridente e eu tapei meus olhos de horror.

Mas ao me virar, não tinha nada. Andei apressada pelo apartamento, e não tinha nada. Ninguém estava ali.

— Álcool maldito. Fantasmas uma hora dessas.