Bella POV

Estava na biblioteca de Damon usando seu notebook procurando noticias de Edward, e mais uma vez me frustrando, faz meses que não encontro nada sobre ele, a ultima vez foi apenas uma noticia e uma foto dele com Thonny na frente de casa, saindo para ir pra escola, mesmo com pessoas atrás deles mantendo eles em segurança, Jenks acha melhor que não tenha contato com seus detetives através de telefones, afinal, telefones podem ser facilmente invadidos, e qualquer um que no mínimo desconfiasse que eu estou viva seria um problema pra mim, não apenas por conta de Rosalie, mas por causa de autoridades.

— Ei – Damon entrou na biblioteca com Renesmee no colo e ergui o rosto para olha-lo.

— oi?

— Jenks e Jasper estão ai já.

— Ok, eu vou recebê-los no escritório então.

— Renesmee já mamou?

— Sim, faz meia hora, fica com ela? – perguntei já tendo certeza da resposta.

— Com toda certeza, não precisa nem perguntar.

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— Jenks, Jasper – cumprimentei os dois beijando-os no rosto.

— Bella – os dois falaram e se sentaram logo após.

— Quais as novidades?

— Rosálie apareceu cheia de hematomas dias atrás, principalmente no rosto e nos braços, marcas de unhas e usava um óculos escuros – Jenks jogou um envelope para mim – Acredito que algo esteja acontecendo, e bem, de uma olhada.

Retirei o conteúdo do envelope e fotos de Rosálie caíram em cima da mesa, olhei para as fotos atentamente e me arrepiou inteira a expressão assassina que Rosálie estava nelas.

— Quanto tempo vai demorar estas investigações Jenks?

— Sinceramente ainda não sei Bella, temos muito pouco conteúdo em todo este tempo que estamos procurando sobre ela, a mãe dela sumiu do planeta, sabe-se-la onde ela foi parar, e Rosalie passa muito tempo no encalço de teu pai, e fazendo compras e mais compras.

— Eu ainda acho que estamos deixando algo passar – Jasper falou com uma expressão indecifrável.

— Eu também acho... Na verdade, me faltam ideias para fazer isso ir adiante.

— Eu tenho uma ideia – a voz de Damon se fez presente me fazendo olhar para ele com surpresa.

— como? – Jenks perguntou confuso.

— O que esta faltando é alguém realmente próximo a ela, alguém em quem Rosálie confie, que ela conte todas as barbaridades que ela fez e faz.

— Mas quem? – perguntei confusa.

— Eu – Damon continuou – Ela não me conhece, e convenhamos quando eu quero consigo muito bem me passar por um mal caráter filho da puta, tudo que preciso é me aproximar e fazer ela confiar em mim, me fazer de amigo, e ela vai cair nessa... é a armadilha perfeita.

— Damon... Você é bem esperto pra um playboy – Jasper falou divertido.

— Sabe muito bem que sou mais que apenas um playboy Jasper- Damon falou – Eu tenho um conhecido, ele pode muito bem grampear os telefones de Rosalie, assim que eu conseguir a confiança dela, posso dar um jeito de colocar escutar no apartamento dela também.

Sorri animada e uma pontada de esperança surgiu em mim.

— Acha que pode dar certo Jenks? – perguntei olhando para ele que estava calado.

— Eu... Acho que tem uma grande possibilidade de isso dar certo... Se, Damon realmente conseguir fazer um papel muito grande de mau caráter vai dar certo – sorri animada olhando para Damon que deu um sorriso maldoso.

— Muito bem, coloquemos em pratica logo, eu desejo ir pra casa – falei angustiada.

— Você irá Bella, só precisa ter paciência.

— Estou cansada de esperar – falei cansada

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POV EDWARD

— O projeto dos Volturis está sendo avaliado por eles, já foi mandado nossa proposta... – eu me perdi totalmente do assunto enquanto fitava a mesa sem ver absolutamente nada, a mente vagueando pelo que Thonny me disse nessa manhã.

“ – Filho, tome o café – falei enquanto ajeitava minha gravata de frente para o espelho da sala de jantar

— papai eu não to com fome, eu quero ir pra escola logo – olhei pra ele fazendo cara feia.

— tem que comer, o senhor emagreceu muito nesse ano.

— não se preocupe papai, quando a mamãe voltar de onde ela esta eu vou engordar de novo – ele falou pulando da sua cadeira me fazendo virar para olha-lo em choque.”

O fato de meu filho achar que a mãe ainda irá voltar me faz pensar que talvez minha mãe esteja certa, e que talvez Thonny realmente precise frequentar um psicólogo pra ajuda-lo a se acostumar de que as coisas de agora em diante serão assim, por mais que eu deseje as vezes ser como ele e acreditar que mais dia menos dia estaria com Bella novamente em meus braços.

— Senhor Cullen? – ouvi me chamarem e levantei meus olhos pra quem me chamava encarando um rapaz engenheiro .

— Sim?

— O senhor acha que o que propus irá dar certo?

— É... Paul por favor, responda por mim, e termine a reunião por mim... Senhores peço perdão, estou me sentindo um pouco mal, tudo que tem a ser resolvido, podem falar com Paul que ele tem carta branca... Com licença – Me levantei saindo da sala o mais depressa que consegui passando pela mesa de minha nova secretaria do lado de fora.

— Senhor Cullen, um policial esta esperando pelo senhor em sua sala.

— Um policial? – fiquei confuso.

— Sim senhor – a secretaria baixinha que se não me engano se chama Suze respondeu.

— Obrigada, diga para ele que já vou atende-lo, preciso urgente de um pouco de ar.

— Certamente senhor.

Fui até o elevador e apertei para a cobertura, e a cada segundo que passava eu me sentia ainda mais preso na angústia, meu coração novamente estava como se tivesse diminuído, e estava doendo, doendo muito.

Assim que a porta do elevador se abriu eu sai apressado e respirei o ar como se fosse uma leve libertação, como se o vento fosse levar toda minha dor, não sei como, mas o grito surgiu, e eu não consegui segurar, gritei, como se aquilo dependesse de minha vida, como uma forma de libertação, e chorei, chorei o que eu não conseguia mais segurar.

Mamãe me dizia que chorar é bom, que chorar é libertador, mas a minha dor não vai passar, a dor nunca vai passar.

— Edward – não precisei me virar em direção da voz pra saber quem era, apenas senti os braços em volta de mim, abraço a qual eu retribui, um abraço de irmão, que a muito eu não tinha.

— Eu não suporto mais – falei num fio de voz.

— Ei ... Cara, tem que superar ... e me solta que eu to me sentindo muito gay já nesse abraço.

— Você é um palhaço Paul – falei me soltando dele e retirando meu paletó e a gravata.

— Relaxa cara, essa dor vai passar, não vai sumir, mas vai amenizar.

— Como você pode saber disso Paul?

— Porque eu já amei Edward – ele falou triste.

— Eu sou um idiota.

— Sim, você é – ele falou divertido

— E você é o pior amigo do mundo por concordar com isto.

Ele riu alto com isso.

— Relaxa homem, vamos... Tem um policial em sua sala que encarava tudo com desconfiança.

— O que será que aconteceu agora? Policiais me procurando nunca é uma boa noticia.

— Seja forte, deixa de ser covarde e vai la ver o que a autoridade quer com você.

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— Boa tarde – falei entrando em minha sala colocando o paletó no cabide.

— Senhor Cullen – o policial me cumprimentou se levantando e estendendo a mão.

— Oficial.

— Marcus apenas senhor Cullen – olhei para ele que mantinha uma expressão séria.

— De que se trata Marcus?

— Do acidente de sua esposa senhor Cullen – olhei para ele sem entender sentindo a dor voltar no coração novamente.

— De minha esposa?

— Sim senhor, bem... Sugiro que o senhor se sente.

Olhei para ele e realmente acatei a sugestão me sentando em minha poltrona.

— O Senhor tem algum conhecimento de alguém que possa não gostar de sua esposa?

— Não senhor... Onde deseja chegar com isso?

— Senhor Cullen, após uma denuncia anônima recebida a sete meses atrás, tivemos que reabrir o caso do acidente de sua esposa, e realmente, não foi um acidente, verificamos o carro novamente, coisa que eu ainda não sei como foi deixado passar, ouve tiros em duas rodas do carro e um tiro certeiro no tanque de gasolina, dessa forma quando o motorista perdeu o controle do veiculo, o fogo surgiu assim.

Olhei para ele tentando raciocinar tudo que foi dito, e quando finalmente eu entendi o que ele quis dizer eu senti a dor mais forte.

— O senhor esta querendo dizer que alguém matou minha esposa propositalmente?

— Sim senhor Cullen... Infelizmente não sei se a vitima era pra ser ela ou o motorista do taxi – olhei para ele chocado.

— MEU DEUS!!! – coloquei a mão na cabeça exasperado.

— Senhor Cullen, seu casamento ia bem?

— O que? ... O que o senhor deseja com isso?

— Eu quero saber como estava sua convivência com sua mulher senhor Cullen.

— Minha esposa estava grávida senhor, e o maior interessado em ter o filho era eu.

— Gravida?

— Sim senhor, o senhor por acaso viu o prontuário médico de minha esposa?

Ele me olhou envergonhado.

— Não senhor.

— Eu não acredito nisso... Senhor Marcus, com todo respeito, mas diante da autoridade que esta sendo me apresentado, eu mesmo vou contratar investigadores e fazer meus contatos, se minha esposa era o alvo, eu quero atrás das grades a pessoa que matou minha esposa.

— Tem todo o direito de contratar investigadores senhor Cullen, contanto que isso não interfira nas investigações da policia local.

— Policia local? A policia local esta péssima pelo que estou vendo, o senhor deveria chamar reforços até da CIA para ajudar porque esta deixando a desejar.

— Eu vou levar em consideração que o senhor esta tocado com as informações senhor Cullen. – Ele se levantou e tirou um cartão do bolso.

— Me ligue caso se lembre de algo que possa ajudar nas investigações.

Assim que Marcus saiu da minha sala eu sai em disparada para o único lugar onde eu sabia que alguém ia me ouvir.

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— Mamãe – falei entrando na casa de meus pais apressado

— Edward? – Alice apareceu na sala assustada.

— Carlisle, onde esta o Carlisle, Alice?

— Ele...

— Estou aqui, Edward.

Quando olhei para a expressão de meu pai, triste, exatamente como a minha eu fui em sua direção e apenas o abracei com todas as minhas forças, de inicio ele se assustou e logo depois me abraçou de volta.

— O que esta havendo filho?

— Eu preciso de ajuda, pai. Por favor, eu preciso de você.

— Venha – ele se separou de mim e me indicou as escadas.

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Carlisle estava chocado colocando as mãos na cabeça.

— Sim, tudo indica que foi isto, houve tiros contra os pneus e o tanque de gasolina.

— Meu Deus!! Mas quem? Quem poderia fazer isto?

— Eu acredito que era apenas pra ser contra o taxista, e não contra Isabella.

— Eu vou fazer uns contatos, conheço um homem que é agente do FBI, eu salvei a esposa dele uma vez, então acho que ele esta em divida comigo.

— Obrigada! – falei olhando para ele com sinceridade.

— Bella era mais do que a sua esposa e minha nora, você sabe disso, filho. Bella era minha filha também.

— Eu sei, ela entrou em nossas vidas e desde o primeiro momento conquistou coisas boas.

Carlisle sorriu.

— As vezes eu ainda acho que tudo isso é uma grande mentira, e que ela esta viva, e vai entrar com um barrigão pela porta e pedindo por bolo de cenoura.

Sorri triste.

— Eu não sei se eu devo contar para Charlie sobre isso.

Meu pai me olhou temeroso.

— Você sabe que seria o melhor a se fazer... Charlie tem mais contatos que nós por conta de sua profissão.

— Sim eu sei... Pai... Me desculpa, por todo esse tempo, eu realmente não queria entender que você também sofreu por tudo.

— Filho, desculpas não vão diminuir a tristeza, nem apagar o passado, do que eu fiz, você estava certo no que disse, eu apenas achava que Bella ia acabar contando, porém ,quando descobri que você e Rosalie tinham um caso, vocês já estavam nisso fazia muito tempo.

— Sim, vamos só viver daqui pra frente, e tentar fazer justiça.

— É o melhor que podemos fazer filho, por Bella, por Anthony, e pelo bebe que estava no ventre de Bella.

Levantei e meu pai fez o mesmo se aproximando de mim e me abraçando.

— Eu te amo filho, eu nunca quis sua infelicidade, mas todos cometemos erros.

— Eu pensei que nunca mais ia presenciar isso – olhamos para a porta vendo minha mãe e Alice paradas chorando.

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Spoiller

Damon e eu estávamos na sala olhando as milhares de fotos de Renesmee que tinha no notebook, tiradas por Damon é claro, eu nem mesmo consegui pensar em fotos esse tempo todos, mas estavam todas ali, milhares de fotos sem exagero quando digo milhares, de todos os ângulos possíveis, e pelo que eu via, todos os dias ele tirava foto de minha filha.

— Ela é tão linda – ele falou olhando uma foto dela de olhos abertos olhando diretamente para a câmera sorrindo mostrando sua boquinha sem dentes.

— Ela é inteiramente o pai dela.

— Sente saudades de casa?

— Que pergunta, é óbvio que sinto, sem querer me desfazer de tudo o que faz por mim... Mas as vezes eu só queria poder voltar do trabalho, largar meus sapatos ao lado da porta e deitar no sofá olhando Edward e Anthony competindo no vídeo game no tapete da sala.

— Não sei o que te impede... Você poderia voltar pra casa, era só manter tudo em segredo, Edward não iria duvidar de você se dissesse que corre perigo, eu sentiria sua falta, mas a muito tempo me pergunto porque você não volta, esta tudo tão claro, Edward te ama, do contrario ele estaria com Rosalie, e não dando duro pra se levantar e cuidar de Thony, ele perdeu tanto da vida de Thony, e agora esta perdendo da de Renesmee.

Olhei para Damon com os olhos úmidos.

— Tudo que eu mais quero é voltar para casa... Tenho medo da reação dele...