- Não não... Ai Edward – Ela ria e se contorcia em meus braços enquanto eu a segurava pela cintura colocando-a em cima da grama em meio as flores...

- Aah Bell’s é só uma cosquinha e você já esta se matando assim – ela ria e tentava me fazer parar e foi quando o sol fraco focalizou direto no rosto dela e os cabelos reluziram aquela cor maravilhosa junto com todo o rosto de minha Bella.

- Eu te amo – falou ela sorrindo para mim

- Eu também te amo minha Bella...

- Mamãe, papai – ouvi a voz mais doce e infantil que chamou a minha atenção fazendo levantar os olhos e ver Anthonny e uma pequena que ele trazia pela mão de cabelos cor de cobre e um sorriso maravilho.

- Venham com a mamãe – Bella falou virando de bruços e se apoiando nos braços

- BELLA – levantei sentindo o suor escorrer do meu rosto e me dando conta que novamente eu tinha esse sonho e acordava novamente no quarto onde mais tinha o cheiro dela... O nosso quarto – ah quanta falta você me faz meu amor... que tolo eu fui, tanto tempo longe de você pra perceber só depois de te perder pra sempre que eu não vivo sem você... o que eu faço agora? – as lagrimas já caiam de meu rosto, o qual virara rotina todos os dias nesse um mês que ela se fora...

- Edward – minha mãe apareceu na porta do quarto com uma expressão dolorida tanto quanto a minha.

- Mamãe – falei com a voz embargada e nem ao menos conseguia vê-la direito até sentir os braços protetores dela ao meu redor.

- Querido... eu não sei o que dizer... Só o que posso fazer por você é chorar junto com você sentindo a falta que ela faz.

- eu não consigo dormir mais mãe, um mês que eu vejo o sorriso dela, com uma menina de sorriso doce, voz infantil e cabelos compridos cor de cobre... e a forma que ela me olha como se nada no mundo pudesse abalar nós, eu quero aquilo mãe... e não posso ter... porque fui um imbecil, um verdadeiro desgraçado –

- shii, filho... tudo nessa vida acontece por um motivo.

- isso aconteceu pra me fazer pagar por ter sido um miserável com ela... e meu filho mãe? Meu filho não merece sofrer tudo o que esta sofrendo, e eu sofro ainda mais ao ver o quão fechado ele esta, e eu não sei o que fazer... Não estou conseguindo cuidar dele, ela fazia tudo... Como ela conseguia?

Minha mãe sorriu para mim e me deu um beijo demorado no rosto.

- ela não fazia só por ela, era por você e por Anthony também que ela cuidava dele daquela forma, o amor dela se ampliava todas as vezes que ela olhava para ele e via você meu anjo, e o amor e a adoração que ela tinha por Anthony até um cego podia ver, da mesma forma que eu conseguia ver nas poucas vezes que vocês foram me visitar juntos que todas as vezes que você olhava pra ela você tentava esconder o amor e a admiração.

- Eu sou um grande idiota... e vou passar o resto da minha vida me punindo por isso.

- não diga isso, acha que ela iria querer isso? Ela já pensava que ia morrer e fez coisas absurdas para que você e Thonny ficarem unidos, acha que ela não queria você feliz? Meu filho, ela não estava pensando apenas no Thonny quando resolveu fazer todo aquele contrato não, ela pensou em você também, ela sabia já que você não iria se perdoar se não conhecesse seu filho quando ela não estivesse mais aqui.

- e aquele maldito tumor nem existia... a vida foi muito injusta conosco.

- tudo que acontece tem um proposito...  Agora volte a dormir, é duas horas da manha ainda... Thonny vai pra escola amanha e você vai trabalhar.

- não tenho a mínima vontade e disposição pra trabalhar.

- mas precisa ir, tem que sustentar seu filho e sabe que por mais eficiente que seja o Paul ele não consegue sem você.

- Eu sei mamãe, mas é tão difícil... E acordar todas as noites sonhando com ela, apesar de ser gostoso só me deprime ao acordar.

- Eu te entendo.

XXXXX

POV Charlie Swan

Um mês!!!

E tudo que tem na minha cabeça e a expressão sem vida que minha filha estava já em vida, um mês que tiraram ela de vez de mim e meu coração não para de sangrar, minha casa esta sem vida, não tenho animo pra trabalhar e choro trancado no banheiro para não demostrar tanta fraqueza pra minha mulher que fica pela casa chorando e se punindo olhando fotos de nossa menina.

Rosalie tem me ligado, esse é meu consolo, pelo menos minha neta eu tenho pra me fazer companhia, tem sido um consolo ter ela por perto, sempre tão prestativa e carinhosa.

- Senhor Swan, tem visita para o senhor – minha secretaria anunciou pelo telefone e eu recoloquei o porta retratos que estava em minhas mãos em cima da minha mesa.

- quem é?

- Rosalie Swan senhor-

- mande-a  entrar- pedi secando os olhos e mirando a porta logo vendo Rosalie passar por ela.

- Vovô – ela veio até mim me abraçando e dando um beijo em meu rosto.

- oi minha linda, como esta?

- preocupada com você – falou passando a mão em meus olhos que ainda continham lagrima.

POV Tânia

A rotina estava sendo difícil, desde que perdi minha amiga me sinto sozinha e não tenho mais a diversão de poder entrar naquela sala sempre que batia na telha, a falta que me faz toda vez que olho pra porta dela é inexplicável é uma dor como se tivesse perdido uma irmã, e essa dor esta presente até mesmo de olhar a hora, hora que ela almoçava que ia pra casa, que costumava chegar, tudo parecia mais vazio sem minha irmã de coração comigo, mas eu nunca estava preparada para encontrar na minha porta quem eu encontrei, nunca pensei que um dia eu encontraria uma das que eu mais queria enfiar a mão na cara e fazer sangrar por ser tão imbecil.

POV EDWARD

- Filho, acorde... eu preciso te arrumar pra você ir pra escola meu amor – falei carinhoso com ele, o mesmo se levantou com os olhos perdidos em lagrimas me olhando de uma forma que meu coração parecia que ia se rasgar de amargura... Ele sentia o mesmo que eu, a mesma dor que eu.

- eu quero ela papai – falou com a voz embargada de choro.

- ela deseja que você seja forte meu filho, ela precisa que sejamos fortes.

- Ela foi morar lá no céu junto com a bisa Marie?

- Sim filho, ela foi morar com a vovó dela, ela sentia falta... entende?

- Mas eu quero ela papai, você não sabe fazer o meu cereal do mesmo jeito que a mamãe.

- você vai me ensinar filho... levante-se e vamos, animo

- ok papai – sorriu fraco pra mim e se levantou dando uma olhada para o retrato de Bella em cima do criado, algo que ele tem feito todos os dias, foi para o banheiro e como todos os dias não me deixou entrar, fechou a porta e ligou o chuveiro... Ele tem tentado se virar sozinho, e eu não entendo como consegue, só tem quatro anos e já aguenta tanto sofrimento, olhei para o retrato de Bella e sorri fraco.

- no fim, acho que vou morrer a cada dia um pouco por não ter você comigo... eu devia ter dado o devido valor antes.

- Jane, chame Paul pra mim – pedi assim que sai do elevador passando pela minha secretaria que me olhou como se tivesse pena.

- Sim senhor.

Entrei na minha sala e me sentei com a mão no rosto tentando colocar algo na cabeça que fosse relacionado ao trabalho, porem isso é o que menos tenho conseguido fazer.

- Edward – Paul falou entrando na sala com o semblante sério.

- Qual é a situação?

- Péssima, estamos indo a falência... – O que eu iria dizer? Que já não me importava mais?

- Eu não sei o que fazer mais Paul – falei me levantando e parando em frente a janela de vidro olhando a paisagem da cidade que eu tinha do escritório.

- Não fique de braços cruzados cara, se fracassar pelo menos você tentou, que exemplo você vai dar pra teu filho se fracassar sem tentar se reerguer? Acha que ela iria querer isso?

- eu não sei mais o que ela queria Paul, eu deixei de prestar atenção nela quando ela mais precisava que eu estivesse fazendo isso... não sei o que tanto mudou nela em dois anos e tanto, e agora nem a chance de fazer isso eu tenho... essa vida é tão engraçada, nos separou por uma coisa que nem sequer existia, por anos, e o que foi que o idiota aqui fez? Desistiu.

- Pois pare de ficar se remoendo, vai pra puta que te pariu com teu arrependimento e bota essa cabeça pra funcionar porque você tem um filho pra cuidar, e milhares de empregados pra pagar, incluindo a mim que não recebi meu pagamento... então levanta essa cabeça e seja o homem que você não foi com Isabella, esta sendo covarde novamente em outra situação agora.

Fiquei quieto com toda a explosão de Paul, não posso dizer que não me pegou de surpresa, porem o que eu ia dizer? Ele estava certo.

XxxX

Seis meses depois

POV DAMON (entrando agora, obviamente)

A vida é engraçada conosco, às vezes trilhamos caminhos que acreditamos ser o certo e depois vemos que esse não é o caminho da felicidade, entre milhares de cidades, estados e países, procurei por tudo lugar e tudo que sentia é um vazio no peito, e então ao voltar ao lugar onde as coisas começaram as coisas começam a fazer sentido.

Não sei por que procurei tanto algo que me fizesse feliz sendo isso tão simples, mas tão maravilhoso, porem tudo que é maravilhoso também tem seu lado complicado, e o lado complicado disso tudo é que eu não sabia como agir diante do fato de ela ter um lado escuro dentro de si mesma, o lado que por maior que seja o carinho que eu demostre ela não vai mudar, de fato é um espelho de mim mesmo em uma desconhecida completa pra mim.

Bella, é sempre quieta, e encontra-la naquele acidente foi assustador tanto pra mim quanto pra ela.

FLASHBACK ON

Eu puxei minha jaqueta por cima da cabeça e fui pulando entre os restos do carro que pegavam fogo, finalmente cheguei até o carro e me abaixei vendo duas mulheres uma já estava com o pescoço quebrado e a outra se contorcia de dor tentando tirar o pé que estava preso entre as ferragens do carro.

- Moça, não se mexa – ela me olhou assustada e de olhos arregalados

- Não!! NÃO TOQUE EM MIM – Ela gritou assustada.

- Eu não vou te machucar, meu nome é Damon e apenas vou te ajudar – falei erguendo as mãos pra cima

Ela assentiu e eu corri do outro lado pra tirar o pé dela de onde estava preso e consegui ver melhor a outra moça, de cabelos escuros igualmente a que estava viva, assim que consegui tirar o pé dela eu fui do outro lado e estiquei as mãos pra ela que mesmo assustada pegou e se arrastou do carro, parecia muito fraca, assim que consegui tirar ela de lá ela parecia ainda mais fragilizada.

- Me tire daqui, por favor – ela pediu num sussurro e não deu tempo de muita coisa além de eu amparar ela inconsciente em meus braços, ela segurava uma bolça com ela, a qual eu peguei e corri com ela para meu carro, coloquei ela deitada no banco de trás e entrei no banco do motorista, de alguma forma olhando pra ela, senti que não devia levar ela para um hospital, assim que dei a partida no carro procurei o numero de Jasper no celular.

- Fala ai Damon – Ele disse descontraído

- Onde você está? É URGENTE!!!

- Estou no meu apartamento.

- Estou indo ai –

FLASHBACK OF

Minha maior surpresa foi ao colocar ela sobre o sofá de Jasper e o mesmo olhar atônito pra ela dizendo Bella. Esse mundo da muitas voltas, e acredito que se não fosse por Jasper ela nunca iria confiar em mim.

Mas aqui estava eu, olhando Renesmee ressonar em meus braços tranquilamente. Os meses após aquele acidente eu ainda não consigo acreditar o quanto foi difícil passar ele todo, Renesmee esta com três meses, e todas as vezes que olho para aquele rostinho e os olhos incrivelmente esverdeados o meu mundo fica melhor, e o vazio que eu sinto passa, eu me apaixonei de uma maneira linda por aquele bebe, e Bella parece compreender esse meu amor por sua filha, pois diz que a maneira como olho para ela é a mesma que o marido olhava para seu filho, não sei a história completa dela, só sei que sou eu que banco tudo o que ela planeja, e é impossível não perceber a tristeza que ela tem dentro de si mesma, por vezes eu quis convence-la a voltar para New York, mas a resposta sempre é que ainda não é tempo, eu gostaria de saber o que planeja, mas ela é muito reservada sobre isso, não quer me meter no meio disso, Jenks e Jasper são os únicos que conversam com ela sobre isso, por horas se trancam no escritório de minha casa.