Pov. Draco Malfoy.

   ...

    E ali estávamos nós. Os comensais da morte de um lado e os alunos e a ordem do outro e no meio estava Voldemort junto com Hagrid e em seus braços Harry.

       Antes de ir para a floresta o Potter havia me contado a verdade, que descobrira que era a sétima horcruxe e que para Voldemort morrer ele tinha que morrer também, mas me fez prometer acabar com aquela maldita cobra que sempre esta ao seu lado.

         - Nããão. – aquela simples palavras me assutou. O grito que Gina Weasley deu foi de partir o coração. Sem pensa suponho ela começou a correr para ir de encontro com o moreno morto nos braços do guarda caça.

       Seu pai tentou segurar ela mais não conseguiu ela continuava a se debater nos braços do velho que estava claro que não conseguiria segura-la por mais tempo. Pensei em ajudá-lo mais uma coisa me surpreendeu.

         Hermione e Ronald correram até eles e ela começou a murmurar algo pra ela que foi se acalmando mais ainda tinha lagrimas nos olhos.

          Mil emoções se passaram por mim assim que a vi. Eu estava mais aliviado, mais feliz e com muito mais esperança não queria admitir mais não sabia como continuar a vida sem ela, e como as coisas estavam indo eu temia dela já estar morta.

        -Hermione? Senhorita Granger? – uma voz rompeu aquele silencio fúnebre que tinha se alastrado por todo o campo de batalha que um dia fora uma escola.

         Hermione levantou o rosto e o encarou.

      ...

      Pov. Hermione Granger.

     ...

       Levantei a cabeça nervosa.

        - Senhor Riddle. – respondi com um sorriso falso. – A quanto tempo.

          Para mim um dia e para ele cinqüenta anos.

         - Agora entendo por que de uma hora para outra a senhorita havia sumido. – ele disse pensativo mais com seus olhos vermelhos vidrados em meu rosto. – Não era daquele tempo.

           Aumentei ainda mais meu sorriso mas agora estava explicito meu desdém.

          - Pelo jeito é inteligente.

         Bellatriz rosnou.

         - Como ousas falar assim com  o milorde? – ela berrou deixando muito dos comensais encolhidos.

         Mas uma coisa surpreendeu a todos, Voldemort acenou com a mão mandando ela se calar. Ele continuava com seus olhos me fitando como se quisesse achar um ponto fraco.

          - Hermione? – uma voz tremula tirou-me da onde de raiva que possuía meu corpo pela morte de Harry.

        Virei e vi Draco a poucos metros atrás de mim e olhando, fitei-o nos olhos e mostrei que estava com saudades, espero que ele tenha entendido o que quis dizer.

          - Graças a Merlin você esta bem. – corri até ele e o abracei.

          Sei que não foi algo inteligente para se fazer no meio de uma batalha mais eu tinha que sentir de novo seus braços por volta de meu corpo, o calor que irradiava do dele. Aquilo me dava forças e me motivava a continuar.

        - Senti sua falta. – ele sussurrou em meu ouvido.

        - Também senti a sua. – falei em resposta.

       Ele sorriu.

       - Deixa eu ver uma coisa. – Voldemort disse com desdém. – Foi pela Granger que o garoto Malfoy traiu a sua família e sua linhagem.

       Ninguém o respondeu.Eu adoraria ter dado uma resposta grossa como queria, já que eu vou morrer melhor morrer com estilo não é?

        Mas eu estava concentrada no corpo do meu melhor amigo. Eu estava fazendo muita força para não chorar não consegui, deixei escapar uma lagrima, só que ninguém viu. Eu estava olhando o corpo de Harry, não parecia com o corpo de Dumbledore ou de muitos outros que eu já vi mortos.

           Até parecia que continuava vivo, mas isso era impossível, se Tom quero dizer Voldemort o matou ele esta mesmo morto.

          - Agora que viram que Harry Potter esta morto quero perguntar que vira para o nosso lado. – Voldemort disse friamente.

           Ninguém se mexeu por um tempo. Vi nos rosto de muitos como eles pensavam em ir para o lado das trevas, estava vendo se seria o melhor para eles e suas famílias.Mas quem eu menos esperava ver indo foi.

          Neville.

        - Pensei que viria mais. – disse Voldemort enquanto olhava Neville mancando até perto dele.

            Sua cobra estava ao lado de Voldemort. E em sua frente estava um Neville muito cansado e machucado.

         - Queria dizer uma coisa. – Neville pediu.

         - Pode dizer. – Tom disse. – Devo presumir que nos alegraram ouvir o que você tem a dizer com suas belas palavras.

          Muitos comensais riram. Estava claro como Voldemort estava sendo sarcástico.

          - Não é por que Harry morreu que nossas esperanças devem ir com ele. – Neville disse e um sorriso se estampou por meu rosto.

          - Mas Neville... – Simas protestou.

          - Pessoas morrem todos os dias. – gritou Neville. – Perdemos o Harry, como perdemos Tonks, Remo e Fred.

         Meu estomago se revirou. O que eles estão mortos?

        - Mas nossas esperanças não podem morrer junto com ele. – Neville disse no momento que eu percebi que ele estava segurando um chapéu, olhei mais claro e vi que na verdade era o chapéu seletor e naquele instante eu percebi seu plano. – Mas para você acabou, não vou deixar com que essas mortes tenham sido em vão.

         E no mesmo momento ele puxou a linda espada prateada do chapéu e a jogou contra a cobra que se partiu no meio logo em seguida ouvimos um grito de horror.

         E tudo passou muito rápido no mesmo segundo Harry caiu dos braços de Hagrid e levantou mostrando a todos que ele estava vivo. Todos ficaram chocados e agradecidos, ninguém ficou mais aliviada do que Gina que estava com um largo sorriso no rosto.

       Mas não tivemos muito tempo para comemorar pois Voldemort e Harry começaram a travar sua luta particular enquanto  os comensais vieram correndo para nos.

        Vi Draco olhar assustados dos comensais s mim e correu em minha direção.

        - Caso eu morra hoje quero deixar bem claro uma coisa. – ele disse, não gostei nada do morra mais deixei ele prosseguir. – Eu te amo.

        E me deu um beijo que poderia ser considerado pornográfico. Enquanto estávamos nos beijando havia uma guerra rolando do nosso lado.

       - Também te amo. – falei assim que nos separamos. Olhei para trás dele e vi um comensal vir correndo em nossa direção.

       - abaixa. – Draco  e eu gritamos ao mesmo tempo. Cada um fez o que o outro mandou. – Estupefaça.

      E o comensal voou alguns metros e caiu inconsiente. Olhei para minhas costas e vi um comensal também inconsciente.

        - Volta pra mim. – sussurrei.

      - Sempre. – ele me garantiu e voltamos para a luta.

     E a luta verdadeiramente começou, conseguimos neutralizar bem a guerra, tinha muito mais comensais do que membros da Ordem mais já tínhamos igualados e não corríamos riscos de sermos mortos por dois comensais juntos.

         Porem tínhamos que tomar muito cuidado por que se nos distraísse por um segundo era o nosso fim.um feitiço era lançado por comensal e podia nos acertar por engano. Feitiços voavam por todos os lados e passavam por todos os lados.

         - Petrificus totalus. – lancei o feitiço pegando o comensal desprevenido e o petrificando.

        Corri e vi de longe uma cabeleira loira caída no chão morta e meu coração já estava completamente congelado corri ate lá e uma alegria se passou por mim. Não era Draco e sim...

        Lucio Malfoy. Ele estava morto.

      Não se ficava feliz ou triste. Que ironia do destino fora morto por outro comensal. Eu queria ficar triste por Draco mas era quase impossível depois de tudo que ele fizera contra nós.

        Dei uma ultima olhada para o corpo morto de meu sogro e voltei a duelar com os comensais restantes. E a luta se prosseguiu por um bom tempo.Para mim continuaria lutando se eu não perdesse mais ninguém que eu amava e me importava.

        Primeiro perdi Sirius, logo em seguida Dumbledore e tive que apagar a memória dos meus pais e acabo de descobrir que Tonks, Remo e Fred morreram eu não agüentaria mais mortes.

         E para nossa surpresa e alivio ouvimos Harry gritar.

      -  Acabou! Ele morreu.

         Todos pararam do que estavam fazendo e encararam o moreno que estava com um sorriso de vitoria no rosto  ao lado do corpo morto de Voldemort.

         O encarei por um minuto e pensei onde aquele garoto que era inteligente e ambicioso fora parar. Perdeu tudo que tinha em busca do poder e hoje esta inerte no chão duro e frio.

         Os comensais que sobreviveram aparataram e alguns eram petrificados para não fugirem e eram levados direto para Askaban.

       Não liguei pra eles, nem para os aurores olhei para Rony que teve a mesma idéia que eu. Corremos para Harry e o abraçamos com a maior força que tivemos.

        - Quase enlouqueci quando cheguei e você estava morto. – reclamei ainda abraçada a Harry.

        - E eu nem sabia a onde vocês estavam.- Harry retrucou. – Deixaram uma misera carta achando que iria melhor tudo?E me deixaram com o Malfoy?

        - Não reclama Harry. – Rony disse brincando.

       Draco a onde estava?

        Soltei de Harry e com apenas um olhar expliquei que iria atrás de Draco. Um aperto em meu coração me incomodava.

         E se Draco estivesse ferido?E se pior estivesse morto?

        Nada de ‘e se’ Hermione ele esta bem.

        E minha expectativa estava certa quando o vi parado em frente ao corpo de seu pai apenas o olhando. Fui até ele e segurei sua mão.

         - Sinto muito.

        - Não tem que sentir. – Draco disse. – Ele era um idiota, mas no final ela era meu pai.

          O abracei.

           - No final ele esta num lugar melhor agora. – tentei convencê-lo.

          Ele me abraçou forte como se estivesse com medo de que eu fugisse. E naquele momento eu tive certeza.

          A guerra acabou e agora as cicatrizes seriam mostradas e tentar serem curadas.

       ...

        Continua...