Pov. Hermione Granger.

Tenho que dizer algo, sinceramente eu não achava que isso era verdade. Pensei por um segundo que Gui estava fazendo piada, e bem ele não é os gêmeos por isso era tão sem graça.

- Olho Tonto.... morto? – A senhora Weasley também não conseguia acreditar.

- Sim, pelo que vi quando Voldemort apareceu Mundungo se desesperou e acabou aparatando bem quando jogaram uma maldição da morte pra cima dele, e acabou acertando Moddy. – Gui nos contou, meus olhos já estavam cheio de lagrimas ameaçando sair, o mesmo aconteceu com Gina e a senhora Weasley.

- Fico pensando como os comensais sabiam que iríamos transportar Harry hoje da rua dos Alfineiros. – Lupim disse.

A sala caiu no silencio, ninguém se atrevia a falar nada, todos pensando o que acontecera nessa tarde.

- Eu sei que estão pensando que alguém nos traiu. – Harry disse quebrando o silencio.

- Algueeerm, depooois de mutas bebidas podeeem ter dito algo merrmo sem pensar. – Fleur disse.

- Eu não disse nada. – Draco falou olhei para ele que estava em pé um pouco atrás de mim.

- Nãão quis dizeer você. – Fleur logo que disse olhou para trás em direção a Hagrid que não estava a par da conversa, tinha um copo de conhaque a boca e não conseguia prestar atenção desde que falaram que olho Tonto Moddy havia morrido.

- Não. – Harry aumentou seu tom de Voz. – Sei que ninguém desta sala me trairia.

Lupim começou a encarar Harry que se virou para o professor e disse:

- Acha que estou errado?

- Não. – Lupim tinha lagrimas nos olhos mais não deixava sair. – Só acho que você é bem parecido com Tiago, que acharia uma desonra desconfiar dos amigos.

Nem Harry nem Lupim disseram mais nada, sei o que os dois deveriam estar pensando em Pedro que traiu o pai do Harry levando Voldemort até eles e depois se transformou em um rato e foi para a família dos Weasley.

Mas Gui tirou tanto eles como eu de pensamentos e lembranças.

- Vou ir procurar o corpo.

Sua mãe a senhora Weasley foi em direção dele com os olhos arregalados.

- Não pode... – não deixaram terminar a frase.

- Esperar? Não, a não ser que queria que algum comensal o pegue. – Senhor Weasley disse.

- Eu vou junto. – Harry disse.

- Oque? – eu disse. Ele não seria tão burro.

- Você não pode Potter. – Draco disse vindo para o meu lado.

- Eu tenho que ir.

- Mas que merda Harry, você não pode ir, depois de tudo que fizemos para trazer você pra cá em segurança. – Fred disse, será que ele não perceber que o meu amigo já está mal.

- Eu sei. – Harry berrou e foi para fora.

- Deixa que eu vou. – Rony disse e foi atrás do meu amigo.

Todos ficaram encarando a porta em que os dois haviam saído minutos antes.

- então melhor irmos pegar o corpo. – Gui disse, senhor Weasley e Remo assentiram quando Harry e Rony voltaram para dentro da casa.

- Porque ainda não foram?- Harry perguntou. Os três adultos assentiram e saíram de casa.

- Harry querido leve suas coisas para o quarto de Rony. – A senhora Weasley disse.

Em silencio Draco, Rony Harry e eu fomos em direção ao quarto de Rony subimos as escadas ao entrarmos no quarto Draco se jogou na cama em que dormia e Harry junto com Rony se sentaram numa cama e eu na outra.

- Sei que vai parecer meio insensível de minha parte, mais Potter você já tem alguma idéia do que pode ser as Horcruxes? – Draco perguntou.

Levantei minha cabeça e encarei o meu amigo.

- Bem só sabemos sobre o colar...

- Que colar?

Harry foi até o seu malão e o abriu pegando algo, que logo vi que era a replica falsa do medalhão e jogou-o para o loiro.

Draco pegou e o abriu vendo dentro o bilhete, enquanto ele lia olhei para Harry que mantinha sua visão no chão.

- Quem é R.A.B? – Draco perguntou colocando de volta o papel dentro do medalhão e o jogando de volta para Harry.

- Não sabemos.

- E onde esta o verdadeiro? – perguntou.

- Não sabemos.

- E como se destrói uma Horcruxe?

- Não sabemos.

- E o que vocês sabem? – Draco perguntou.

Harry e Rony se entreolharem constrangidos.

- Bem... andei pesquisando. – respondi.

- Grande novidade. – Rony ironizou. Revirei os olhos e continuei.

- Vi nesses livros que como uma Horcruxe é um feitiço das trevas só algo muito destrutivo pode matá-las. – pela primeira vez em muito tempo os três estavam realmente prestando atenção no que eu falava. – E existe poucas substâncias tão destrutíveis. O que você fez Harry com o diário era uma das opções.

- O que? Veneno de basilisco?

Assenti.

- Que bom. – Rony disse com ironia. – Já que temos um estoque tão grande de presas de basilisco, nem sabia o que iríamos fazer com ela.

- Mas eu não entendo uma coisa. – Draco disse. – Se estaremos atacando o recipiente onde a alma dele esta por que afetaria a alma em si?

- Por que uma horcruxe é o contrario de uma ser vivo. – respondi.

Os três franziram a testa.

- O que? – perguntaram os três ao mesmo tempo, deixei escapar uma risadinha.

- Se eu enfiasse uma faca no corpo do Ronald... – não deixaram eu terminar, como sempre.

- Por que no meu?

- É só uma demonstração. Posso continuar? – ele assentiu. – iria ferir somente o corpo, sua casca, não feriria sua alma. E já na horcruxe é ao contrario. Entenderam?

Os três assentiram.

- Numa Horcruxe eu danificaria a alma também enquanto no Rony não.

- Grande consolo em Hermione. - Sorri para o meu amigo.

Naquele momento ouvimos três batidas na porta.

Toc Toc Toc.

- Entra.

A porta se abriu e era a Gina.

- Mamãe mandou vocês descerem para o jantar. – percebi que ela ficava encarando o Harry, e tinha uma tristeza no olhar que era de doer o coração.

- Vamos. – disse me levantando.

Descemos e o jantar fora bem silencioso, o choque de termos perdido Olho Tonto pairava no ar, eu estava feliz que pelo menos alguns minutos antes eu tinha conseguido tirar atenção dos três da trágica morte, mesmo que o assunto fosse as Horcruxes.

Depois do jantar todos subiram e fomos nos deitar.

Pensei que iria dormir logo, mais como eu estava enganada.

Pov. Draco Malfoy.

Fiquei me remexendo na cama, todas as informações rodavam a minha mente,eu não estava conseguindo assimilar tudo que Hermione contara.

Olhei para a cama ao lado e vi o Weasley roçando, mais algo tirou minha atenção do Ronald para o Potter. Ele estava se contorcendo na cama. Vi que o Weasley tinha acordado e estava encarando o amigo que logo acordou.

Harry olhou para Rony que ainda o estava encarando calçou os chinelos e saiu do quarto e logo Ronald foi atrás, nenhum deve ter percebido que eu estava acordado. Coloquei meus chinelos e fui atrás dos dois.

Desci as escadas silenciosamente e fui atrás deles que tinha saído da casa e estavam conversando do lado de fora no jardin.

Devo ter chegado no meio da conversa.

- Volta para dentro da casa Harry. – Rony disse.Algo atraiu a minha atenção tinha uma mão no meu ombro me virei e vi Hermione do meu lado.

- shii. – ela pediu. – Não faça barulho.

Assenti e voltamos a ver a conversa deles.

- Vem comigo Ron. Vamos agora. – Harry disse, senti a mão de Hermione se fechar.

- E deixar a Mione e o Malfoy. Acho melhor não. – pelo menos o cenoura tinha um pouco de inteligência que os dois sozinhos iriam se ferrar e muito. – Não conta pra a Hermione mais eu sei que sem ela não duraríamos nem um dia.

Olhei para a Hermione no meu lado que tinha um grande sorriso no rosto.

Voltei a olhar os dois que não estava falando mais nada só olhando o horizonte.Hermione pegou minha mão e me empurrou para voltar pra cima.

Quando já estávamos longe o suficiente para eles não nos ouvirem perguntei.

- O que estava fazendo aqui em baixo?

- Não estava conseguindo dormir, ai comecei a ouvi passos e depois vi você descendo fiquei curiosa. – paramos em frente ao quarto de Gina e Hermione se virou para mim.- Melhor voltar pro quarto antes que percebam que ouvimos a conversa.

Assenti ainda com um sorriso no rosto Hermione beijou minha bochecha e entrou no quarto.

Voltei para o quarto do Weasley sorrindo feito um idiota, os dois ainda não haviam voltado deitei na cama e adormeci antes que eles voltassem.

Continua...