Capitulo 9 – Sonho de uma missão e missão de um sonho parte 2.

Acordei com uma luminosidade estranha, acordei e vi que eu estava em uma caverna, me assustei de inicio, mas depois eu me lembrei do que aconteceu ontem.

- Cara, homens lagartixas. Isso só acontece comigo mesmo.

Me levantei e fui apagar o fogo guardião. Olhei pro lado e vi a minha Heavy Storm, uma espada de uma mão de lamina azul com desenho parecendo uma chuva forte sem adornos na empunhadura, era uma das poucas espadas elementar que podem ser invocadas que eu já tinha visto na minha vida toda.

- Pode voltar. – depois que eu disse isso a espada se desmanchou em água.- E agora o que eu vou fazer?

Voltei pro riacho que tinha ali perto bebi água e peguei algumas maçãs.

- To começando a ficar enjoado de maçãs. – disse enquanto comia uma. – Pra onde eu vou agora?

Eu comecei a andar para um lado de repente como se alguém controlasse meu corpo, mas eu sabia que eu tinha de ir para lá (mesmo que isso fosse completamente estranho).

Andei por muito tempo, enquanto isso tentava me lembrar do sonho que eu tive, eu sonhava quase toda noite com a mesma coisa, mas sempre não me lembrava o conteúdo do sonho.

Eu parei de repente como se já tivesse chegado ao meu destino. Eu vi que estava em uma clareira com um altar no centro, fui ate o altar observar melhor ele. Ele era feito de mármore, tinha três degraus e uma mesa de pedra com muitos desenhos, alguns eram letras de uma língua desconhecida e outros eram desenhos de uma mulher segurando um arco em uma mão e uma faca na outra. Passei a mão sobre a imagem da mulher sentido que eu já tinha ido ali.

- Até que enfim! Você demorou, hein? – disse uma voz feminina atrás de mim.

Levei um baita susto, não esperava que alguém estivesse perto de mim.

- Não se preocupe – disse ela rindo – eu não mordo.

Me virei e vi uma guria muito bonita de mais ou menos 19 anos, cabelo bem ruivo, de uns olhos castanhos e com um arco nas costas.

- Desculpe o que disse?

- Que você demorou. – disse subindo os degraus do altar – bonito não?

- Que? – eu estava olhando, ou melhor, secando ela antes da pergunta.

- O altar – disse ela rindo.

- É,… é bonito.

- Não vai perguntar nada?

- Tipo o que?

- Por que você está aqui, quem sou eu, essas coisas de praxe. – disse fazendo uma cara de entediada.

- E você vai me responder?

Ela riu.

- Alem de ser um primordial de energia, também é esperto.

Eu recuei.

- Como você sabe que eu sou um primordial de energia?

- Sei de tudo, nada me escapa. – disse ela em um tom onipotente. – Você cuidou muito bem dos dinossirios de ontem.

- Aquelas lagartixas? Não deram nem para o aquecimento. Mas como você sabe que eu fui atacado.

- Foi um teste.

Aquilo me assustou, e eu passei a prestar mais atenção nela. Não na parte física e sim na aura.

- Di imortalis. – falei – Você é uma imortal.

- Pelo jeito você visitou meus amigos gregos – disse ela com interesse.

- Quem é você?

- Sou Artemeris, deusa da Ilha dos sonhos, e você está em um de meus altares.

- Artemeris? Parece com o nome…

- Da deusa da caça Artemis, eu sei, aqueles gregos deram esse nome em minha homenagem e agora todo mundo que vem aqui confunde ela comigo.

- Ahnn, você vai responder minhas perguntas?

- Depende que qual pergunta.

- Por que você me trouxe aqui?

- Não fui eu, foi você.

- Eu?

- Naaaaaão, aquele idiota ali – disse apontando para o nada.

- Isso irrita.

- É, eu sei, mas é legal. Próxima pergunta.

- Como eu fiz isso?

- Pergunta idiota, próxima.

“Que guria irritante”

- Então, por que eu fiz isso?

- Porque você quer minha ajuda.

- Em que?

- Pense e vai se lembrar. – disse debochadamente.

Irritante era pouco para essa guria, mas mesmo assim pensei no que ela disse e me lembrei do sonho.

“ Eu estava em um lugar todo branco e de repente um portal azul surge e dele sai uma pessoa voando, outro portal azul se abre mais adiante, mas antes dessa pessoa passar pelo segundo portal ela cai no chão.

Eu vou até ele, era um cara de uns 17 anos ele está agonizando, quando eu chego perto dele ele me olha e diz: Me ajuda.E ai ele para de agonizar, se dissolve em uma luz azulada e volta para o portal de onde veio.

- É quase sempre assim, poucos deles aguentam a viagem – disse alguém atrás de mim.

Era uma garota de uns 12 com um vestido colorido, tinha cabelos curtos e olhos tristes. Eu senti um presença antiga emanando dela.

- Quem é você?

- O oráculo.

- Ahaam, e eu sou merlim.

- Chega de brincadeiras Traveller, você tem uma missão a cumprir.

- E qual seria?

Ela dobrou o corpo para frente, como se tivesse tido um ataque súbito de dor de barriga, então ela se ajeitou e seus olhos brilhavam com um tom de verde, típico nos dragões.

Ao centro você irá

A esquecida um favor pedirá

Para que os seus não sofram mais

Um porto seguro irá fundar

Com a ultima palavra ela desmoronou.

- Só isso? – perguntei.

E então tudo escureceu.”

- E ai?

- Eu tenho que pedir um favor a esquecida. – disse eu pensando – um favor, uma ajuda? Então você é a esquecida. Ahhnn, deuses podem ter amnésia?

- Idiota! Esquecida pode ser também a pessoa que não é lembrada por ninguém. – disse em um tom magoado.

“Ihh, toquei em uma ferida dela”

- Como você não é lembrada por ninguém?

- Quando eu decidi deixar a dimensão de onde eu vim todos de lá me esqueceram como se eu nunca tivesse existido.

Fiquei meio sem saber o que falar, então mudei de assunto.

- Então, o que devo fazer?

- A profecia diz tudo.

- Devo pedir um favor para você e construir um lugar onde pessoas como eu possam treinar para conseguir sobreviver às viagens dimensionais.

- Isso mesmo.

- E qual é a resposta?

- Eu disse que os dinossirios foram um teste e você passou nele, então a resposta é sim.

“E então com a ajuda da deusa ele foi trazendo viajantes de muitas dimensões e de diversas raças e todos juntos começaram a construir uma vila chamada Norgate, depois de tudo pronto o viajante lendário sumiu e ninguém nunca mais o viu.

Mas antes de sumir o Lendário deixou uma pessoa no comando, com o passar do tempo o comando da Ilha dos Sonhos foi passando para os descendentes dessa pessoa, um desses descendentes Ruht VuVi se declarou rei e então a monarquia foi instalada, construíram um castelo e os descendentes de Ruht governaram de lá.

Esse reinado foi bom os reis eram justos, mas ai aconteceu o que nem o Lendário previu: a sociedade dos viajantes se dividiu em grupos, hoje chamados de Clãs, o ultimo rei vendo que poderia acontecer uma guerra de clãs ele com seus conselheiros e os viajantes mais fortes de cada clã criaram as Regras Gerais, um conjunto se leis que rege a todos, e também criaram o sábio, um ser que sabe o nome verdadeiro das pessoas e as coloca em cada clã e também criaram o conselho dos clãs, desde então o conselho dos clãs vem governando a Ilha dos sonhos”

- Bom resumo Shade – disse o Haplo – Acho que chegamos.