Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 32
Escolhido para um clã




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/164975/chapter/32

Capitulo 32 – Escolhido para um clã (capitulo final).

Já tinha se passado uma semana da minha luta com o Tai, todos os outros aprendizes passaram também, só a Shade e o Erick descobriram que estavam enfrentando os mestres.

Mesmo já tendo passado do teste o frio na minha barriga continuava, pois agora vinha e escolha de clãs, isso iria marcar o resto da minha vida, não se podia trocar de clã, isso era uma regra que foi estabelecida na mesma época que o reino foi divido em clãs, ou se juntava a um clã já formado ou fundava um novo, coisa que não era comum nesses dias.

Eu estava na clareira que nosso grupo, eu, a Shade e a Rachel, treinávamos, fiquei sentado no altar, olhando para nada.

- Não precisa se preocupar, Traveller. – disse um voz feminina do meu lado.

Uma garota de cabelos ruivos, olhos castanhos, aparência selvagem e com um arco e flecha nas costas se materializou do meu lado.

- É fácil para uma deusa dizer isso, Artemeris, ela não tem esse friozinho no estomago totalmente irritante. – falei sem olhar para ela.

- Já tive provações piores que ser escolhida para um clã, como eu disse antes, não precisa se preocupar.

Eu sabia que ela estava certa, mas isso não me deixava com menos nervosismo.

- Você nunca irá cair em um clã de puristas. – argumentou ela com um sorriso.

- Já disse para não vasculhar a minha mente, isso é invasão de privacidade.

- Invasão de privacidade é me imaginar nua.

Fiquei vermelho, ela tinha pego eu pensando nisso uma vez e dali por diante ficava jogando na minha cara o tempo todo. Ela era uma amiga muito legal, mas só aparecia quando ela queria, não dava conselhos mais importantes, não dizia mais que o necessário para a hora, não se envolvia com outros viajantes a não ser para alertar para o conselho de clãs quando e onde iria ser a próxima invasão.

Ela não se metia no mundo mortal e os mortais não faziam nada contra ou a favor dela, era um relação com pouca interação.

- Acho melhor você voltar para casa, o seu pessoal já está indo.

- Então tchau. – falei. – Você vai me visitar depois disso?

Ela deu um sorriso por causa da minha pergunta.

- Claro, não poderia deixar de jogar na tua cara que você me imaginou com peitos gigantescos. – falou sumindo no ar.

Corei violentamente, realmente eu achava que as deusas eram mais... castas.

Corri de volta para casa e vi que grande parte do pessoal já tinha ido, quem ainda estava ali eram Dean, Rachel e Shade.

- Achei que você não iria voltar, você tinha me prometido uma carona – disse Shade um pouco brava.

- Desculpa, eu estava me despedindo da nossa clareira.

- É estranho pensar que de agora em diante não vamos mais morar aqui – falou Rachel.

- Verdade. – falou Dean. – Vai ser mais estranho não ver a cara de vocês todo dia de manha. – parou um pouco de falar parecia pensando e falou. – pelo menos eu não vou ter que aturar mais os roncos do Nathan.

As duas riram da cara que eu fiz.

- Eu já disse que não ronco. E eu vou ficar livre das tuas piadinhas sem graça. – retruquei.

- Não ronca? – perguntou Shade incrédula. – Parece uma britadeira.

- Cuidado que você está de carona e eu escolho a tua roupa que...- falei.

- Eu não admito que alguém ande na minha moto sem roupa de motoqueiro – completaram.

Sorri sem graça, eu acho que já tinha falado isso alguma vezes.

- Vamos indo? Antes que nos atrasamos? – perguntou Rachel.

Dean foi para o carro, um parecido com um celta modificado (nitro, pintura e essas coisas) e eu invoquei a minha moto.

Coloquei a minha roupa de motoqueiro normal e meu capacete com a magia da moto, a roupa da Shade ficou igual, uma calça jeans e uma blusa branca, só coloquei uma jaqueta preta com espinhos e o capacete.

Dean foi na frente pisando fundo, fui atrás e alcancei ele rapidamente, ficamos brincando de racha durante o percurso todo, foi divertido.

O castelo estava igual ao que eu me lembrava, antigo e quase em ruinas, a única diferença é que tinha vários seres de diferentes raças ali, todos que entraram no mesmo período que eu e alguns representantes de clã que estava ali para levar os novatos para a sede do clã.

Conversei um pouco com os meus amigos e perguntei para a Rachel sobre os clãs, ela era uma enciclopédia ambulante e gostava de falar quando estava nervosa.

- Existem 159 clãs ativos, eles são divididos em vários quesitos como: mistos ou só de uma raça, puristas, mistos ou novatos, base (trabalham em construção, mineração, agricultura,...), guerreiros ou pesquisadores, grandes ou pequenos, entre várias outras classificações. Existe um único clã que não esta ativo no momento, é o clã dos Cavaleiros do Ragnarok, esse clã é tão pequeno que quando os integrantes deles morrem demora algum tempo para serem escolhidos novos integrantes, esse é o único clã que é considerado de geração, porque ele só dura uma geração antes de sumir de novo, o interessante é que na história da Ilha dos Sonhos esse clã só volta a ativa quando algum mal aparece e os integrantes desse clã geralmente são os lideres do combate.

- Então esse clã é um dos melhores que tem? – perguntou Dean.

- Não falei isso, todos os clãs são bons, só que esse clã é um dos mais famosos por sua participação nas batalhas.

- Os integrantes desse clã devem se gabar disso. – comentou James.

- Na verdade não, por uma magia ou pacto não dito, os integrantes de um clã não conseguem falar nenhum assunto do seu próprio clã com alguém que não pertence a ele, nem mesmo o nome do clã que pertencem eles conseguem falar.

- Nossa.

Os aprendizes começaram a ser chamados por ordem alfabética, eles entravam ficavam no máximo um minuto e já saiam, mesmo assim demorou um pouco para chegar na minha vez.

Entrei na sala escura e fechei a porta.

- Nathan Traveller, sente na cadeira. – disse a voz misteriosa na minha mente.

Sentei na cadeira e logo uma luz cobriu todo o meu corpo, quando ela desapareceu um anel surgiu no meu dedo indicador direito.

- Somente alguém do mesmo clã poderá ver o anel na mão do outro, os anéis se atraem também, levante e saia da sala, lá fora você poderá procurar por um dos membros do teu clã, lembre: nunca tire o anel fora da sede do seu clã.

Sai da sala, era só isso?

Encontrei meu amigos, tirando a Rachel e a Shade que iriam ser chamadas ainda todos estavam junto com alguém mais velho, quando eu passava por eles dava um aceno com a mão para ver se éramos do mesmo clã, mas nenhum deles era, comecei a andar e tentei descobrir como fazer o anel me mostrar onde estava alguém do meu clã, mas não consegui nada.

Chamaram a Rachel e a Shade que também não eram do meu clã, eu já estava ficando preocupado, não tinha ninguém para me levar para a sede, todos os outros já estavam juntos com algum integrante de clã.

A chamada acabou e as pessoas começaram a sair, o meu desespero aumentou muito.

Os meus amigos passavam por mim e viam que eu estava perdido, tentaram falar palavras de incentivo, dizendo que devia ter dado algum problema com o transporte de quem viria me buscar ou que ele estava um pouco atrasado.

O pátio do castelo foi ficando cada vez mais vazio, até que só restasse eu e os guardas.

De cabeça baixa voltei para minha moto, tinha cansado de esperar.

Liguei a moto e fui para a cidade procurar um lugar para passar a noite.

O caminho entre o castelo e a cidade demoravam alguns minutos, nesse tempo em fiquei pensando no que será que tinha acontecido.

Quando eu cheguei no inicio da cidade a minha moto se descontrolou, ela acelerou sozinha, tentei reduzir, mas levei um pequeno choque, cada vez que eu tentava controlar a moto de algum jeito ela me dava choques.

A moto passou por alguma ruas que eu nunca tinha ido, até que virou na esquina de um beco sem saída, ela estava indo diretamente para uma parede, tentei pular da moto, mas ela me prendeu com alguma magia de eletricidade.

Fechei os olhos, mas não senti batida nenhuma, a moto virou a direita e estacionou. Abri os olhos e vi que eu estava em uma garagem subterrânea, um portão de metal estava no lugar onde eu deveria ter vindo.

Um barulho de porta abrindo, olhei para o lado e vi um elevador, dei os ombros e entrei nele, o quem quer que seja que controlou minha moto, era poderoso, provavelmente eu não conseguiria fugir dele.

O elevador fechou, começou a tocar a musica “I want breaf free”, ri um pouco, quem quer que seja o dono daqui tem um gosto muito bom.

O elevador abriu e eu sai dele, o que vi me surpreendeu.

Uma faixa encrito:

“SEJA BEM VINDO AO CLÃ TRAVELLER, OS CAVALEIROS DO RAGNAROK”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.