Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 31
Teste dos Viajantes


Notas iniciais do capítulo

Não sou muito bom em escrever lutas



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Capitulo 31 (penúltimo capitulo) – Teste dos Viajantes

Eu e os outros 11 aprendizes de viajante estávamos em uma sala pequena totalmente lacrada para não vir barulho de fora, cada um de nós estava nervoso demais para conseguir pronunciar uma única palavra.

Já tinha ouvido falar que tinha situações que a tensão parecia que podia ser cortada com uma faca, nessa hora eu achava que uma faca normal não cortaria a nossa tensão.

O dia tinha começado normal, se bem que todo mundo acordar cedo, não ter nenhuma brincadeira do James nem do Dean, eu e a Shade perder uma corrida matinal, a Rachel não estar lendo um livro, Maria e Juliet não estarem muito maquiadas, Erick não sair para uma de suas caminhadas, enfim tudo não estava normal.

Sabíamos que naquele dia iriamos fazer o famoso teste dos viajantes que ninguém sabia qual era, coincidentemente os antigos aprendizes não sabiam qual era também, até a namorada do Dante não tinha contado qual era, isso gerou uma briga entre eles que foi resolvida de um jeito que eu não posso descrever aqui.

Até o almoço ninguém veio nos buscar ou indicar algum lugar para ir.

Logo depois que todos almoçamos os mestres apareceram com as caras muito sérias, menos o Tai, esse cara tinha algum problema nunca vi ele com outra expressão a não ser um sorriso, que geralmente era zombador.

Eles começaram a falar alguma coisa sobre o teste que eu não consegui prestar muita atenção por causa do nervosismo, só consegui entender que eles iriam nos levar a algum lugar para fazer o que quer que seja.

Sem ninguém notar, enquanto a Sadie estava falando sobre o teste, os mestres nos cercaram, cada um em um ponto cardeal. Com um pequeno ritual onde eles falaram algum encantamento um circulo brilhante apareceu embaixo de nós, era o mesmo tipo de circulo que apareceu quando eu fui e voltei da terra das lobas, e de repente estávamos em uma sala escura com alguns bancos, nenhuma janela e uma única porta que parecia ter uma magia de contenção.

Os mestres explicaram que ali seria o lugar que faríamos uma prova, que era para esperássemos ali que eles chamariam um por um, depois dessa explicação extremamente completa do que seria a prova eles saíram, sem antes deixar uma frase muito animadora.

- Não se preocupem, essa prova só vai decidir o que vocês farão no resto da vida de vocês, não precisam ficar assim tão quietos – falou Tai debochadamente.

Antes de fechar a porta pudemos ouvir uma gargalhada maligna, não consegui reconhecer ela, mas sabia que deveria ser o Tai ou o Haplo.

As coisas não melhoraram quando eles voltaram meia hora depois.

- Alguém quer ir primeiro? – perguntou Tai usando mais uma vez o seu sarcasmo.

Ninguém respondeu.

- Como já sabíamos disso fizemos um sorteio, o primeiro a ir é o Nathan. – falou Kiu.

“Fudeu” eu sempre tinha uma grande habilidade com as palavras nos momentos de crise.

- Nathan? – chamou Sadie.

Levou alguns segundos para o meu cérebro digerir a informação, criar um plano de ação, se desesperar completamente esquecendo o plano de ação, tentar se acalmar, criar algum plano de ação maluco, se desesperar de novo... e assim sucessivamente.

- Amarelou Nathan? – perguntou Shade.

Isso me despertou dos desesperos múltiplos, ela sabia que eu estaria assim e sabia como ajudar, por isso eu realmente gostava dela... como amiga, tá?

- Pelo menos vocês poderiam ter fingido fazer um sorteio? Que pegar o melhor primeiro está muito clichê. – falei arrogantemente.

A minha fala conseguiu fazer muita gente se irritar, era o que eu queria, todo mundo já tinha algo melhor para pensar do que o teste, ou seja agora eles pensavam xingamentos direcionados para mim.

Sai da sala com os mestres do meu lado.

- Não precisa ficar nervoso. – falou Kiu.

- Imagina, fazer uma prova sem nenhum conhecimento dela, uma prova que vai decidir o resto da minha vida. Não preciso ficar nervoso.

Os mestres riram, eles não estavam nem um pouco preocupados, eu estava odiando eles por isso.

Passamos por vários corredores até chegar em uma porta dupla muito grande.

- Não faça nada, quando escutar o sinal passe por essa porta. – falou Sadie.

Os mestres continuaram caminhando para não sei onde.

Se eles queriam me deixar mais preocupado, conseguiram isso com louvor, qual seria o problema de alguém me falar alguma coisa útil?

Foram mais alguns minutos esperando sem que nada acontecesse.

- Que o aprendiz entre. – falou uma voz vinda da porta.

- Isso é realmente estranho.

As portas se abriram magicamente e eu passei por elas.

Depois da ofuscação momentânea por ir de um lugar escuro para um claro eu pude ver que eu estava no meio de um antigo coliseu, nas arquibancadas tinha várias pessoas, a maioria se vestia ricamente, deveriam ser representantes dos clãs que deveriam estar ali para ver como os novatos estavam.

- Como eu odeio coliseus. – resmunguei me lembrando da aventura na terra das lobas.

- Deste lado está Nathan, um primordial de fogo, aprendiz do ultimo ano. Do outro lado da arena está Draven, primordial de agua. – falou um cara vestido que nem o imperador de Roma, ele estava em um tipo de varanda perto das arquibancadas.

Pude ver que realmente tinha um cara mais ou menos da minha idade do outro lado do campo de batalha, ele tinha cabelos castanho e usava uma estranha roupa de batalha, a parte de cima era justa como a dos lutadores greco-romanos e a parte de baixo estava coberta por uma calça larga.

- Vamos sortear os elementos agora.

Logo depois que ele falou isso um circulo magico parou embaixo de mim e começou a subir lentamente como se me analisasse, depois que passou para minha cabeça ele se dividiu em duas esferas, uma de cor branca e outra de cor vermelha, o outro cara estava também com duas esferas, mas as cores eram azul e verde.

- Ora, ora, ora, cada um ficou com seu elemento principal. Nathan ficou com os elementos energia e fogo, enquanto Draven ficou com agua e ar. Que comecem a luta.

Certo, coliseu, luta... isso não era nada clichê, não tinha nada mais criativo para fazer não?

Antes de terminar de fazer os comentários sarcásticos de normalmente, um chicote de água veio em minha direção, rapidamente desviei, ele continuou tentando me acertar.

Movi meu braço direito como se fosse uma espada, criando uma lamina de fogo que quase atingiu ele.

Nesse momento eu parei para planejar a batalha, os elementos dele eram agua e vento, elementos muito bons a longa distancia, enquanto eu tinha fogo, bom a curta distancia, e energia, bom em longa distancia.

Então fiz o mais lógico, corri para perto do meu oponente.

Só que não foi tão fácil assim, quando eu cheguei perto demais ele atirou uma rajada de vento que me atirou de volta para o começo.

Fiquei atordoado alguns míseros segundos, que foram muito bem aproveitados por ele, quando me recuperei e olhei para frente vi uma onda gigante vindo em minha direção.

“Fuuuuu...”

Rapidamente tentei mover a terra para me jogar para cima, a terra não se moveu nem um milímetro.

- Super nova. – gritei.

Uma explosão com o meu corpo como o epicentro ocorreu, não consegui ver nada, primeiro foi o efeito da explosão, depois foi o vapor de agua da onda.

Esperei a nevoa se dissipar para recomeçar a batalha, mas ela não se dissipou depois de um tempo, notei que estava ficando mais densa.

“Ele esta se ocultando na nevoa?”

Fechei os olhos, já que eles não me adiantariam de muita coisa agora, e foquei nos meus outros sentidos, só que eu não conseguia escutar nada, nem sentir nenhum tremor no solo.

O ar começou a ficar mais gelado e parecia que estava se movendo igual um ciclone.

Pulei para trás, no lugar onde eu estava surgiu uma estaca de gelo.

O movimento do ar tinha sido uma distração.

Pulei para trás de novo, outra estaca, dei uma série de pulos, segundos depois de eu tocar o chão o gelo aparecia.

Fiquei algum tempo nisso, até que notei que a maior parte do chão estava congelada agora, isso dava uma vantagem enorme para o meu oponente.

- Onda de calor.

Essa magia não era usada para batalhas, com ela eu aquecia meu corpo e mandava uma rajada de calor para todos os lados, aumentando a temperatura do ambiente.

O que eu não planejei era que a onda de calor fosse tão forte que dissipasse a nevoa.

A arena estava muito destruída, a maior parte dela estava com o chão queimado pela minha primeira explosão enquanto a outra parte estava um pouco congelada.

Olhei de um lado para outro, mas não o Draven em lugar nenhum, até que uma rajada de vento me atingiu nas costas me mandando para a parede da arena e me segurando lá.

- Em chamas.

Meu corpo entrou em combustão me libertando, quando me virei descobri o porque de eu não escutar os passos do meu inimigo enquanto estávamos dentro da nevoa, ele estava flutuando, usando de alguma maneira o ar ele conseguiu criar uma superfície em que ele podia ficar de pé sem nenhum problema.

A roupa dele estava um pouco chamuscada e parte do braço dele tinha queimaduras leves.

Ele deu um sorriso sarcástico para mim, alguma coisa era errada nesse sorriso, mas eu não tinha tempo o suficiente para descobrir o porquê de eu achar estanho, ele lançou uma esfera de agua.

Esse ataque não era muito rápido, desviei facilmente, só não previ que a esfera iria acompanhar meus movimentos, pela surpresa demorei muito para desviar dela e por isso uma parte do meu braço encostou na agua, senti muita dor nessa parte, parecia que a esfera era de ácido ao invés de agua.

Pulei o mais longe que eu consegui, ficando a uma distancia segura. A esfera ainda me perseguia.

Draven ainda estava parado no ar apreciando a minha fuga, lancei uma rajada de fogo nele que defendeu com um escudo de agua.

A esfera de agua se aproximava lentamente de mim, não sabia se tentar evaporar ela iria piorar a situação, como eu estava meio irritado por estar sempre defendendo mandei uma bola de fogo nela, no lugar onde as duas esferas se encontraram surgiu uma nuvem de vapor que logo se condensou e voltou a ser uma esfera.

Eu tinha percebido uma coisa importante nessa hora, o meu inimigo tinha feito uma magia para refazer a bola de agua, isso me dizia que para manter a esfera ele precisava de concentração.

Mandei outra bola de fogo na esfera e mandei varias rajadas de fogo no Draven, todo vapor da esfera se dissipou antes de ele conseguir fazer alguma coisa.

- Realmente você está de parabéns, descobriu uma das fraquezas da minha técnica, vou parar de brincar agora.

Com um aceno de mãos ele criou quatro gigantescas ondas de agua, cada uma vindo de uma direção diferente.

Eu estava cercado, não tinha como evaporar todas as ondas ao mesmo tempo, isso custaria muita energia, não tinha rota de fuga para mim, a não ser para cima, é claro.

- Venha a mim, fênix.

Uma aura de fogo apareceu ao meu redor, diferente das outras vezes, ela se transformou em uma fênix ao meu redor e levantou voo comigo dentro dela.

As ondas de agua se chocaram fazendo um barulho de trovão enquanto eu estava a 10 metros do chão, seco e seguro.

- Fênix fantasma.

Uma segunda fênix saiu de dentro da primeira, só que essa era transparente e foi em direção ao Draven, a fênix sumiu de repente uma explosão aconteceu atrás dele, não foi uma explosão forte, mas como ele não tinha se preparado deu muito dano.

Por causa da explosão Draven se desconcentrou e caiu no chão da arena, que agora estava coberto pela agua.

Um jato muito forte de agua saiu da “lagoa” que era a arena, desviei com dificuldade, eu ainda não tinha grande domínio da fênix quando eu estava dentro dela, então deixei ela se controlar.

Ao invés de ficar desviando dos jatos de agua que iam na nossa direção, ela foi em direção a lagoa, e mergulhou nela, depois de ela mergulhar a temperatura da agua aumentou consideravelmente.

A temperatura da agua subiu tanto que ela começou a entrar em ebulição, com um movimento de assas ela fez toda a agua evaporar, e para não deixar ele usar a nevoa de novo ela aumentou muito as chamas dela antes de desaparecer, fazendo a nevoa se dissipar.

A arena estava muito mais estragada que antes, tinha um iglu com alguma coisa dentro dele, deveria ser o Draven.

Um instinto meu avisou que algo estava começando ou chegando, mas não consegui descobrir o que era.

O gelo se quebrou, vi que realmente o Draven estava lá, ele estava muito ferido a agua em ebulição fez o seu trabalho antes que ele conseguisse se defender.

Ele criou um outro chicote de agua e lançou em minha direção, fiz uma espada de fogo e cortei o chicote de agua.

Atirei a minha espada, que virou varias flechas de fogo no meio do ar, ele se defendeu com um mini tornado ao redor dele.

Já estávamos ofegantes da batalha, eu já tinha gastado quase toda a minha energia de fogo, ele parecia estar na mesma situação que eu.

Ele criou um tridente de gelo e eu criei uma espada de fogo. Corremos um contra o outro e começamos uma batalha corpo-a-corpo, como estávamos cansados a batalha não foi muito boa, conseguimos ferir um ao outro algumas vezes, até que ele me lançou para longe com uma rajada de vento.

Eu estava todo machucado no chão, totalmente cansado. Draven estava vindo em minha direção para ganhar a luta.

O meu instinto me avisou que o que quer que seja chegou, olhei para cima e vi o céu totalmente nublado, eram nuvens de tempestade, pelo jeito eles não tiraram os meus poderes druidas, pois meu lado lobo me avisou da tempestade.

Sorri interiormente, já tinha ganhado.

Fiz a eletricidade da tempestade se concentrar em um só ponto.

Draven estava a uns 5 metros de mim sorrindo sarcasticamente para mim.

- Espada do céu.

Um raio caiu bem ao lado do meu oponente lançando ele para longe, desmaiado.

- Nathan ganha a luta. – disse o cara vestido como o Cesar de Roma.

Essa foi uma batalha muito difícil, não pude usar os meus truques que eu tinha copiado dos heróis da minha dimensão.

Levantei, eu realmente estava muito machucado, mas estava muito feliz por ter ganhado a luta.

Draven já estava acordando também, uma equipe médica estava reanimando ele, andei até eles.

- Foi uma boa batalha. – falei.

- Verdade, faz tempo que eu não tenho uma luta tão boa assim. – falou estendendo a mão.

Apertei a mão dele, descobri o porque de achar o sorriso sarcástico dele estranho, eu já tinha visto antes.

- Tai? – perguntei surpreso.

- Você é melhor do que eu pensei. – falou ele voltando para a aparência normal. – Parabéns, você passou no teste.


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Notas finais do capítulo

2 review e escrevo até dia 1 do prox mes



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