Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 21
Três mulheres importantes




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Capitulo 21 – 3 mulheres importantes

Acordei com uma terrível dor de cabeça, abri os olhos, mas os fechei rapidamente por causa da luminosidade do lugar. Depois de um tempo tentei abrir os olhos de novo e vi que eu estava em uma cama em um quarto totalmente branco. Então uma maldita sensação de deja vù me ocorreu.

Ah não, ela não. Eu olhei ao redor, tinha uma cortina ao redor da minha cama, impossibilitando eu ver o que tinha mais no quarto, fiz uma magia de ar que aumentava a pressão em todo o quarto, era uma magia muito útil, mas também que utilizava mais energia se o lugar fosse maior, primeiro porque tinha que usar uma maior quantidade de ar e segundo porque a distancia da área afetada pela magia e eu aumentava.

Em minha mente surgiu um mapa em 3-D do quarto onde eu estava, era bem simples tinha três camas cada uma com uma pessoa em cima (uma era eu), cada cama tinha uma cortina e um criado mudo do lado, e também tinha cinco cadeiras fora das cortinas que eu pensei que era para visitantes.

Tentei me sentar, senti uma dor, parecia que eu tinha fraturado as costelas, tentei de novo e agora a dor estava muito mais fraca, massageei o local com um pouco de energia pura dai a dor parou completamente. Sorri, era estranho pensar que eu era um primordial de energia, o elemento mais forte de todos...

Mesmo sendo assim tão forte eu nem consegui acabar com uma minhoca crescida, pior, eu nem tinha usado nada do meu treinamento secreto contra ela, agora pensando com calma eu poderia ter vencido ela sem o menor problema, eu não tinha feito nada certo.

Lembrei-me das minhas companheiras caídas no chão tentando parar o monstro e eu completamente descontrolado por causa da batalha e nem me lembrei do mais básico do meu treinamento intensivo. O treinamento dos heróis que eu admirava quando menor. A única coisa que eu pude me lembrar foi do chidori, o ataque que mais gastava da minha energia. Além de já ter gastado uma grande parte dela destruindo os outros monstros com os clones e com a onda de fogo, outra burrada minha se isso acabasse com todas as minhas energias e sobrasse pouco para destruir outros monstros?

Não era a minha primeira batalha, se bem que as outras eram brigas contra outros viajantes, mas mesmo assim eu deveria ter planejado melhor o que eu iria fazer.

Eu poderia ter usado...

- Nathan você já acordou? – Perguntou uma linda voz por traz das cortinas.

Essa voz era familiar, mas de onde eu conhecia?

- Sim.

- Posso entrar?

- Pode.

- Está tudo bem? – Uma garota muito bonita de cabelos morenos, pele um pouco morena e olhos cor de mel passou pela cortina. Ela tinha um tipo de faixa branca na cabeça, um curativo.

- Acho que sim, acabei de acordar. – Falei um pouco corado com os meus pensamentos. – Como estão os outros?

- A Akali está bem, ela acordou há algum tempo e já voltou a dormir, o Trindamari não se feriu.

- Aquele covarde.

- Não o culpe, ele viu que a luta não estava no nível dele e foi chamar algum viajante formado para nos ajudar.

- Mesmo assim, ele poderia ter avisado. – Bufei.

Ela me olhou nos olhos e riu.

- Você só está tentando arranjar uma desculpa para culpar ele de estarmos aqui, né?

Corei muito, como ela sabia o que eu pensando?

- Como você...?

- Não sei, parece o seu jeito fazer isso.

Eu corei mais ainda.

Não sabia o que responder, então ficamos em um silêncio. Eu olhava para ela e ela olhava para mim, não era um silencio desconfortável, eu não precisava mais nada além dela ali perto de mim. Eu sorri para ela e ela respondeu. Me levantei da cama e ela se aproximou  de mim,  os nossos sorrisos sumiram, mas ainda dava para sentir alguma coisa no ar. Estávamos cada vez mais perto, tão perto que eu podia sentir a respiração dela, podia sentir o calor que emanava do corpo dela até que pude sentir os quentes e macios lábios dela nos meus.

No começo foi um selinho, mas depois foi se aprofundando cada vez mais. O calor foi aumentando a cada momento, chegou em uma hora que nós precisávamos de ar.

- Você esta pegando fogo – Disse ela meio incrédula.

- Eu sei. – Disse rindo.

- É sério você esta pegando fogo – Disse apontando para as minhas costas.

Olhei para traz, e vi uma chamas completamente vermelhas.

- Ops. – Falei apagando as chamas, que graças a deus não tinham queimado a cortina.

- O que foi isso?

- Não sei, magia involuntária? – Sugeri dando de ombros.

Ouvi o barulho de abrir e fechar a porta. Então uma enfermeira passou pela cortina, era ela a madrasta má.

- Você deveria estar na cama senhorita.

- Eu já estou bem.

- Mas ainda não recebeu alta.

- Tudo bem então.

- Vamos ver como você está agora.

Quando a enfermeira se virou para me examinar a Sora mostrou a língua para ela, pelo jeito aquela guria tímida que eu conheci não era a “verdadeira” Sora, e pelo jeito eu estava gostando dessa Sora.

Os exames duraram algum tempo, mas tudo estava em seu lugar e nem tinha nenhum hematoma.

- Ainda não sei como você se recupera assim tão rápido.

- Você sabe qual é o meu elemento primordial? – Perguntei pensando que o meu segredo já tinha sido descoberto.

- Não, por quê?

- É que nos ensinaram que para curar tem que primeiro saber qual é o elemento da pessoa.

- Nós não usamos esse método para curar, precisa de uma pessoa com muita energia de um único elemento para curar uma pessoa.

- Então como vocês curam?

- Usando energia da luz ou das trevas, depende que tipo de energia a pessoa tem mais afinidade.

- Luz e trevas?

- Sim, você está em que ano?

- No terceiro.

- Isso você só aprende no quinto ano, agora para de me encher de perguntas.

Ela terminou os exames, abriu todas as cortinas do quarto e deu alta para todo mundo.

- Estranha essa mulher não? – Perguntou Sora.

- Com certeza.

- Ela cuidou bem da gente. – Falou Akali.

- Vamos aonde agora?

- Para o QG buscar mais ordens.

- Não acabamos de sair do hospital?

- Sim, apareceu alguém mais cedo dizendo quando todos ganharem alta, irem para o QG.

Fomos para campina do QG, que não era muito longe dali, nem precisei chamar minha moto, quando chegamos à campina vi que seria melhor eu ter chamado a Storm Runner. O lider do grupinho do ultimo ano, aquele que tinha brigado comigo antes estava com mais dois amigos olhando de perto para a minha moto, e pela cara deles eles não iriam fazer alguma coisa boa com ela.

- Aquela não é a tua moto, Nathan? – Perguntou Akali.

- É. – Falei com a cara de riso, agora eu podia ver que eles estavam tentando pegar “emprestado” a minha moto.

- Eles vão roubar ela! – Disse Sora.

- Acho que não.

O líder subiu em cima da moto, aconteceu alguma coisa e ele olhou confuso para a moto.

- 3... 2...1 – contei.

Um barulho de faíscas.

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

E um cara saiu voando.

- Olha ele aprendeu a voar.

O líder caiu.

-... Ou não

Elas olharam para mim assustadas, eu estava me matando de rir.

Varias pessoas estavam saindo de dentro da barraca, para ver o que tinha acontecido.

Olharam para o cara estendido no chão e foram até ele. Fui junto, só para ver o que ele iria falar.

- O que aconteceu? – perguntou algum adulto.

- A moto... Alguém pregou alguma peça em mim.

- Quem fez isso?

- É mentira dele senhor, ele tentou roubar a minha moto. – Falei.

- E você pode provar isso? – Uma voz muito conhecida falou.

Eu estranhei, geralmente a dona dessa voz gritava comigo ao invés de falar normalmente, olhei para o lado e vi uma garota loira com os olhos verdes sorrindo para mim, era a minha querida ex-mestra Érica.

- É mentira dele – Retrucou o idiota (vamos chamar ele assim, ficar o chamando de líder é muito cansativo) – Aquela moto é minha.

- Então liga ela. – Desafiei.

Ele me olhou com pânico, as pessoas ao redor dele começaram a empurrar ele para a moto.

- Prove que você é o verdadeiro dono da moto então – Falou a Érica.

Ele subiu na moto, olhou apreensivo para ela, mas nada aconteceu. Mais confiante ele começou a tatear por onde deveria estar a ignição, ele olhou para moto agora com medo.

- Adoro essa parte – Falei, algumas pessoas olharam para mim. – 3... 2...1.

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

- É um pássaro. – Falei.

- É um avião – Érica continuou.

- Não, é um ladrão de motos idiota.

E nós rimos.

- Você pode provar que essa moto é sua? – Perguntou um adulto.

- Claro.

Subi na minha moto, fiz um suspense básico, coloquei a minha mão onde era para estar a ignição e coloquei minha energia na moto, fazendo ela ligar.

Os curiosos começaram a sair pouco a pouco até só restar eu, a Sora, a Akali e a Érica.

- Quem mais poderia fazer tamanha confusão no meio de uma invasão?

- Esse é o meu jeito ninja de ser.

- ‘Ta certo então, tenho que voltar para a tenda... ou QG. Foi bom te ver.

- Concordo.

E ela foi para a tenda/QG.

- Quem era? – Perguntou Sora.

- Era minha recrutadora.

Ela parecia meio braba, ela cruzou os braços. Até então eu não sabia o que tinha acontecido.

- Está com ciúmes? – Perguntei rindo.

- Não.

- Imagina.

- Não estou com ciúmes.

- Então por que você esta com esse biquinho?

Ela hesitou um pouco antes de responder, parecia que estava vendo se não estava com o bico mesmo. Eu ri mais ainda.

- Isso não tem graça.

- Claro que sim.

Ela ia sair dali, mas eu a puxei pelo braço e dei um beijo nela, ela se derreteu toda durante o beijo, eu poderia fazer isso o dia todo.

Paramos o beijo.

- Não pensei que você iria ficar com ciúmes dela.

- Eu não fiquei com ciúmes.

- Está certo então. – Senti uma presença conhecida se afastando. – Tchau Akali.

Ela olhou para trás e acenou e foi em direção da cidade.

- Enfim sós.

- Sim.

Ficamos ali se agarrando por algum tempo, até que os nossos anéis, aquele que tínhamos ganhado para achar a equipe vibraram.

- Nosso momento a sós acabou, vamos ver o que querem de nós agora.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado



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