Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 20
Invasão


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai o cap que todos estavam esperando, a invasão



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Capitulo 20 – A invasão.

Trindamari foi para cima dos monstros que estavam saindo do buraco, no começo até que ele aguentou bem, enquanto ele só empurrava os monstros de volta para o buraco. Os ataques dele não causavam muito mais do que isso, e alguns monstros ficavam com ferimentos leves, nada que os impedisse de voltar para cima.

Aos poucos os monstros começaram a sair cada vez mais do buraco, e era visível que ele estava exausto. Os ataques dele já não faziam tanto estrago assim. É, acho que alguém aqui se põe muita moral.

- Ele já esta cansado? Ele não faz treino de resistência? – Perguntei.

- Não sei, é melhor ir ajudar ele.

Concordamos e fomos para cima dos monstros. Ainda bem que o Trindamari não estava completamente cercado, os monstros agora faziam uma meia lua ao redor dele e quando um monstro tentava chegar mais perto, ele repelia com uma rajada de um elemento.

Estávamos chegando perto da “luta” quando um grito saiu de dentro do buraco e fez todos os monstros irem para cima do elfo.

Tive que pensar rápido dominando o chão embaixo de mim, um pilar de terra subiu sob meus pés me lançando na metade do caminho entre os monstros e o Trindamari. Lancei uma rajada de fogo e vento, essa combinação aumentava a velocidade das chamas e o poder das mesmas. O ataque atingiu em cheio o grupo de monstros que estava invadindo, foi um bom ataque, mas não conseguiu acabar com todos que tinham saído do buraco. Ainda mais aqueles que saiam do buraco e iam para a direção contraria a nossa.

- Temos que cuidar daqueles – Disse Akali.

- Eu sei, mas eu não consigo lançar algum ataque tão longe.

- Tive uma ideia, porque vocês não vão para o outro lado do buraco? Eu fico aqui com o inútil.

O Trindamari bufou. Eu, a Sora e a Akali fizemos uma dominação tripla de fogo contra os monstros que estavam vindo para cima de nós.

- Tem certeza? – Perguntou Akali

- Temos que ficar juntos.

- Temos que acabar com os monstros Sora.

Ela olhou para mim com duvida, mas acabou aceitando.

- Agente se vê depois então.

- Que tal irmos jantar depois então? – Disse dando uma piscada.

Ela ficou vermelha.

- Vamos logo que os monstros estão se dispersando. – Falou Akali.

- Tornado Transportador.

As duas fizeram uma magia que criava um tornado ao redor delas, elas foram para o outro lado do buraco.

- Sabe fazer magia?

- Não, ainda não aprendi.

Me surpreendi agora, nenhum xingamento, nada de raça superior e essas coisas, ele estava começando a melhorar.

- Vai ser difícil então. – Falei vendo outro grupo de monstros vindo em nossa direção. – Me dê cobertura então.

Eu olhei de novo para o grupo que estava vindo, era maior que os anteriores, mas ainda dava para encarar. Os monstros eram muito diferentes entre si, tinham draconianos, imps (humanoides baixinhos com cara de raposa e o corpo inteiro coberto de pelos avermelhados), sucubus (mulheres com partes de demônios), algumas quimeras magicas (criadas por magia), outras normais (desde quando quimeras são normais?), tinha também alguns lobisomens, e vários outros monstros que eu não sabia o nome.

- Melhor equilibrar os números. Kage bushin no Jutso (jutso clones das sombras) – Disse fazendo uma cruz com os dedos.

Vários pontos negros surgiram no chão, eles forma aumentando até formarem círculos com 10 centímetros de diâmetro, os círculos começaram a se expandir para cima formando cilindros negros, quando os cilindros estavam mais ou menos da minha altura eles começaram a encolher formando um corpo de sombras que aos poucos começou a formar detalhes como olhos, cabelo, boca nariz, roupas. Até que os cilindros se transformaram em copias de mim totalmente negras e depois foram ganhando cores, isso não durou mais de cinco segundos.

- Ainda bem que eu treinei bastante para essa magia. – Falei sorrindo.

- Como?

- Os limites das magias são a sua energia e a sua imaginação, se lembre disso.

Eu e os meus clones fomos para cima dos monstros que estavam vindo em nossa direção, quando chegamos á uma distancia considerável paramos.

- Katon! Goukakyuu no jutsu! (elemento fogo! Grande bola de fogo).

Eu e todos os clones fizemos a mesma magia juntos. Um mar de fogo foi para cima dos monstros liquidando com todos que estavam pela frente.

- Vitória. – Falei com uma pose de “Nice Guy”.

Olhei para trás e vi um elfo com boca aberta e olhos extremamente arregalados.

- Vamos lá, as garotas devem estar esperando.

A não deu outra, com o tempo que eu gastei para fazer os clones e lançar a magia elas já tinham acabado com todos os monstros do outro lado e elas já estavam inundando o buraco com a água que saia de um hidrante ali por perto.

- Foi você que mandou aquela magia de fogo? – Perguntou Sora.

- Sim.

- Parabéns, foi forte. Você deve estar cansado.

- Imagina – Falei me deitando no chão. – Me acorda daqui a uma semana.

Elas riram.

- Eu pensei que os monstros fossem mais fortes.

- E são, esses são os mais fracos, eles passaram pela barreira magica da cidade e ficaram mais fracos ainda. Eles estavam com menos de vinte por cento da força normal deles. – Explicou Akali.

- Então quer dizer que se eu usasse o mesmo ataque que eu usei agora pouco contra eles fora da cidade eu destruiria menos de um quinto de monstros que eu destruí agora?

- Sim.

- Tenho pena dos que enfrentarão eles lá fora.

- E ainda esses são os monstros mais fracos, tem monstros mais fortes que são imunes a alguns elementos. – Falou Sora

Um pequeno tremor de terra começou.

- Vocês estão sentindo isso? – perguntou Sora.

- Eu estava pensando o que tinha feito esse buraco, pelo jeito vamos descobrir.

O tremor começou a aumentar, a água que estava no buraco começou a transbordar, depois começou a sair que nem um chafariz, como se alguma coisa viesse muito rápido em nossa direção.

- Acho melhor sairmos de perto do buraco. – Ponderou Sora.

Saímos correndo do buraco e fomos para um lugar um pouco distante, mas ainda perto o suficiente para ver o que iria sair do buraco.

A água saiu toda e do buraco saiu um minhoca gigantesca, o corpo dela era muito grosso! Mais ou menos 10 metros de largura e comprimento também, por volta de 100 metros estavam para fora do buraco. A parte mais assustadora dela era a cabeça, que tinha os olhos, ferroes e uma boca circular com dentes extremamente afiados, a boca parecia um triturador de alimentos.

- Alguma ideia para acabar com ele? – Perguntei.

- Nenhuma.

- Dominação quadrupla?

- Cadê o inútil? – Indaguei olhando para os lados e não vendo o elfo em lugar nenhum. 

- Tripla então.

- Que elemento?

- Água, eu e a Sora somos primordiais de água.

- Sabre de água? – perguntou Sora.

Sabre de água era uma magia de água que mandava um jato com tanta pressão que ele podia cortar quase qualquer coisa.

Um hidrante perto de nós explodiu, uma das duas tinha feito isso.

A minhoca gigante estava se mexendo de um lado para o outro como se estivesse presa no buraco que provavelmente ela tinha cavado.

- Alguém a prendeu?

A Sora deu um sorrisinho. A água que saia do hidrante ia para a nossa frente para fazermos o ataque sem precisar conjurar.

- Foi reflexo.

- Todos prontos? – Disse Akali olhando para mim e para Sora.

Concordamos.

- Sabre de água. – Falamos os três juntos.

Um jato da agua da grossura de uma mangueira de bombeiro foi direto para a minhoca ido de um lado ao outro dela. Aconteceu uma coisa que não tínhamos previsto, o corpo dela amorteceu o golpe, e agora ela sabia da nossa existência.

A cabeça dela (minhoca tem cabeça certo?) se virou para agente e da boca dela saiu um liquido verde (ninguém sabe o que esse liquido verde era), cada um de nós pulou para um lado tentando escapar do acido.

- Kage bushin no jutso. –             Vários clones se formaram e foram para cima da minhoca tentando ataca-la de alguma forma, chutes socos, armas elementais, magias e muitas outras coisas. Mas parecia que a minhoca era imune a qualquer coisa que lançássemos nela.

Nos reunimos em um beco próximo dali onde a minhoca não conseguiu nos ver.

- O que foi aquela magia tua Nathan?

- Clone das sombras, o que vamos fazer agora?

- Não sei, aquela coisa é muito forte.

- Kage bushin no jutso. – Fiz alguns clones das sombras que subiram no prédio ao lado. – Eles podem passar informações do que a minhoca está fazendo.

- Não conseguimos fazer uma magia tripla de água, que tal tentarmos de outro elemento – Perguntou Sora.

- Fogo e vento não fizeram nenhum efeito da ultima vez – Falei.

- Terra? – Sugeriu Sora sem nenhuma vontade.

- Contra minhoca?

- Foi o que eu pensei. – Retrucou.

- Vamos tentar um ataque triplo de fogo, vamos ver no que vai dar.

Os meus clones se desfizeram e eu soube que a minhoca continuava no mesmo lugar.

Saímos do beco e vimos a minhoca se debatendo mais ainda, ela ainda não conseguiu se soltar. Fomos o mais perto possível da minhoca e nos concentramos para fazer a próxima magia ter efeito.

- Mar de fogo.

Uma onda de fogo foi em direção a minhoca por alguns instantes não vimos direito o que aconteceu com a ela, mas depois que a onda passou, percebemos que esse ataque não tinha feito muito efeito também. Só tinha causado algumas queimaduras pelo corpo da minhoca.

Nesse momento a minhoca se soltou e veio para cima de nós, cada um saltou para um lado, e ela foi para cima da Sora. Vi que a garota não iria conseguir fugir e lancei uma rajada de fogo na minhoca que se virou para mim, eu estava preparado para desviar do acido que ela iria jogar em mim, só que eu tinha me esquecido da cauda dela até que eu a vi vindo para cima de mim. Na última hora eu consegui fazer um escudo de ar, que não adiantou muito só fez com que eu não tocasse na pele da minhoca, eu fui jogado a uns cinquenta metros para trás.

Eu acho que desacordei por algum tempo porque quando levantei as gurias estavam no chão desmaiadas. A minhoca parecia tentar decidir qual devorava primeiro.

- Ei seu anelídeo superdesenvolvido.

A atenção da minhoca veio para mim (belo xingamento eu sei, mas foi a única coisa que passou pela minha cabeça na hora) e ela lançou um pouco de acido, eu pulei com ajuda do elemento ar e fiquei em um prédio usando a energia para grudar na parede, coloquei minha mão esquerda no braço direito e comecei a juntar eletricidade na minha mão direita.

Se a Luciana descobrir que estava certa e eu não falei para ela... nem quero pensar nisso”

Eu tinha descoberto que eu era primordial de energia quando estava curando a Akalamina, e desde então eu treinei duro para usar esse ataque que estava carregando, ainda bem que eu tinha armazenado, mesmo sem querer, a eletricidade.

Flashback:

O escudo começou a se desfazer, um raio atingiu um lugar muito perto e nós e como se a grama conduzisse eletricidade todos recebemos um pequeno choque que fez com que a Rachel desmaiasse e a Shade caísse de cara no chão. Eu era o ultimo em pé, o único que poderia fazer algo, mas o que? Eu estava me borrando de medo, até que a Shade se mexeu no chão e deu um gemido de dor, deu um aperto no meu coração ao saber que nenhum de nós iria sair vivo dali, uma idéia estúpida e brilhante me ocorreu.

Eu saí correndo de perto dos meus amigos tentando a qualquer custo dominar os raios para que eles caíssem longe deles e por incrível que pareça eu estava conseguindo.

Quando eu chequei em um lugar elevado eu parei.

- Adeus – Falei em direção aos outros.

Dominei todos os raios, e a eletricidade da nuvem e juntei em só um raio. Sabia que eu não tinha controle o suficiente para mandar esse raio para longe então eu o fiz ir para cima de mim. Eu tinha pensado que se os primordiais de energia podiam guardar eletricidade dentro de uma parte do corpo eu também poderia fazer isso mesmo eu me matando.

A última coisa que eu me lembro daquele dia era de um clarão e que eu fui atirado perto dos meus amigos.

Flashback off.

Eu estava reunindo toda a eletricidade que eu tinha guardado daquele dia na minha mão, era um ultimo ataque, se ele falhasse nada mais que eu tentasse iria funcionar.

A minha mão estava cercada de eletricidade, um chiado chato estava no ar, parecia pio de mil pássaros.

A minhoca veio para cima de mim eu tirei a energia que me grudava na parede e fui para o chão, usei a dominação de terra para fazer um pilar para me tacar para cima da minhoca, fui arremessado para a metade do corpo da minhoca.

- Chidori.

No momento que eu toquei a minha mão na pele da minhoca ela foi cortada e foi assim no resto do corpo da minhoca, quando eu ia passando a parte que foi cortada antes foi se dissolvendo, até que eu cortei totalmente ela.

Dessa vez eu tinha conseguido.

Mas eu não consegui comemorar, a escuridão me engoliu.


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Notas finais do capítulo

a ultima frase foi feita pela minha beta Nanda.
Aplausos para ela



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