Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 19
Nada é tão ruim que não possa piorar


Notas iniciais do capítulo

um titulo de capitulo cliche, mas como eu stnho uma ótima imaginaçao de titulos e nomes vai assim msm



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Capitulo 19 – Nada é tão ruim que não possa piorar.

O elfo me olhava como se eu fosse um verme, bem pelo olhar dele parecia que um verme ganharia um olhar mais suave. Ele era como se falava nos filmes, orelha pontuda, queixo pontudo, olhos puxados que nem um gato, loiro e tinha olhos extremamente azuis. Um elfo adulto chegou perto de nós.

- Gravem bem o seu grupo, vocês irão se reunir com ele nesse mesmo lugar quando a invasão começar, e aqui vocês receberão as suas ordens. Entendido?

Todos assentiram e o elfo saiu.

- Prazer o meu nome é Sora.

- Não existe nenhum prazer em ver uma verme humana. – Respondeu o elfo saindo.

- Gente fina, hein? – Resmunguei.

- Meu nome é Akali. – Disse a elfa. Ela também tinha orelhas e queixo pontudos, só que nem tão proeminentes assim. Seus olhos eram mais amendoados e castanhos.

- Nathan. O que deu com ele?

- Ele era um príncipe elfo, por isso repudia tanto os humanos.

- Um nobre esnobe. Não bastava enfrentar Puros, agora essa?

- Você enfrentou os Puros?

- Sim, um amigo meu cantou a irmã de um líder de uma gangue de Puros.

- Que azar.

- É, e ele não odeia você também?

- Por que eu?

- Meia-elfa.

- Como sabe?

- Você tem o queixo e as orelhas pontudas e os olhos como um gato, e pelo que falaram faríamos um grupo composto por dois membros de uma raça e dois de outra. Então eu tinha deduzido que você era uma elfa, mas dai o outro nos desprezou e saiu. Já você, ficou e conversou conosco. Foi quando eu notei que você tinha mais jeito para conversar com os humanos, percebi que você não tinha as características élficas tão acentuadas quanto o elfo. E também tem aquela coisa de “jogar verde para colher maduro”.

- “Jogar verde para colher maduro?”

- É. Você diz que sabe de alguma coisa e faz com que a pessoa conte a verdade, como o que eu fiz agora pouco.

Ela me olhou entendendo o que eu tinha falado.

- Foi uma boa ideia. – Concluiu a elfa.

- Sim, eu já caí nesse truque algumas vezes. Em qual ano vocês estão?

- Eu estou no primeiro semestre do quarto ano. – Respondeu Sora.

- Eu estou no segundo do terceiro ano.

- E eu estou no primeiro do terceiro, e o Trindamery esta no primeiro do segundo ano.

- E ele se acha por isso? Ele nem deve ter aprendido a usar magia ainda.

- Sim ele não sabe.

- Os elfos não usam magias?

- Depende a dimensão, na dele tem poucos q usam.

- Então quer dizer que vamos ter que cuidar dele? – Perguntei incrédulo.

- Sim.

- Boa sorte, que eu não vou cuidar de um esnobe assim.

Elas olharam para mim, me analisando.

- O que foi?

- Pensei que você fosse mais certinho. – Falou Sora.

- Até certo ponto pode ser, mas cuidar de um esnobe assim não vou não.

Elas riram um pouco.

- Esta bem. Então vamos voltar para os nossos amigos agora?

Concordamos e voltamos para os nossos amigos.

- E ai, como são os grupos de vocês? – Perguntou Lauren.

- Eu estou junto com dois centauros e um cara do primeiro período do terceiro ano – Falou Luciana.

- Eu estou com um casal de anões e uma garota do ultimo período do quinto ano – Disse Dean.

- Eu fiquei com a Sophie e com orcs. – Disse Dante.

- Que sorte, eu estou com um elfo que odeia a humanidade, uma meia elfa e com a Sora.

- Sora? – Perguntou Shade.

- É uma amiga da Sophie vai na mesma turma que ela.

Cada um falou quem eram os seus companheiros de equipe, todos tinham se saído melhor que eu pelo que eu pude ver. A maioria dos elfos tinha se acostumado a tratar bem os humanos, não tratar como iguais (provavelmente nunca isso iria acontecer). As raças nunca iriam se dar completamente bem, sempre iria ter uma desconfiança, uma briga, isso nunca iria mudar.

Então começamos a conversar para esperar alguma coisa, como estava demorando muito eu fiz as minhas famosas cadeiras de terra, que eram extremamente confortáveis para descansarmos, pelo jeito passaríamos a noite ali, o bom é que não ficaríamos doentes por causa disso, tínhamos uma magia de fogo muito útil nesses casos.

Dormimos ali mesmo, não tinha aonde irmos. De manha cedo, eu fui o primeiro a acordar. Então saí de fininho para ninguém notar, mas fui percebido pela Shade. Eu deveria ter pensado que nessa hora ela iria estar acordada também, essa era a hora que nos aprontávamos para correr, nesses três anos de corridas em todas as manhãs eu tinha aprendido muito sobre ela.

Eu sabia que a dimensão dela usar magia era normal, não desse tipo de magia que usamos agora, mas sim encantar objetos e usa-los. Sabia também que ela era de uma família de nobres de lá e que ela tinha três irmãs e dois irmãos, ela tinha deixado eles para treinar e também sabia que ela tinha sido adotada.

Saímos de perto dos outros.

- Vamos correr agora?

- Vamos, é melhor não perder o costume. – Falei começando a correr do lado dela pela cidade – Com que grupo você ficou mesmo?

- Dois anões e um cara do quarto ano.

Ficamos um tempo sem falar. Até quando sentimos uma presença conhecida.

- É ele, né?

- É. Ele não consegue mais aparecer de surpresa, né Kiu?

Ele saiu de um beco próximo, parecia estar muito triste.

- Como vocês descobriram?

- Nos acostumamos com a sua presença e com o seu jeito de aparecer.

- Você esta ficando velho e cheio de manias. – Completei.

Ele olhou para mim com um olhar de indignação.

- Só vim avisar que os especialistas disseram que o ataque só vai vir de tarde perto das cinco horas.

- Certo senhor.

Ele olhou para mim de novo com mais indignação ainda, mas depois deu um sorrisinho e desapareceu com uma magia de vento.

- Eles adoram entradas triunfais.

- Sim.

- Você tem que parar de pegar no pé dele assim.

- Aprendiz serve para isso, para dizer que o mestre está muito velho.

Nós rimos e continuamos a corrida. Quando voltamos os outros ainda estavam dormindo. E eu precisava treinar, não queria que outra pessoa visse o meu treinamento secreto, mas era a Shade e ela provavelmente iria atrás de mim para saber aonde eu iria, se tivesse alguém acordado eu conseguiria sair de fininho sem ela notar.

- Shade, posso te pedir um favor?

- Fale.

- Eu vou fazer um treinamento especial agora, mas não queria que ninguém visse poderia vigiar para os outros não me seguirem?

- Está certo – Eu podia ver que ela iria me seguir.

Fui para a floresta que ficava depois da campina, eu entrei sem medo, os monstros iriam demorar a chegar, usei uma magia de orientação do sub-elemento madeira para poder achar um lugar bom para treinar, eu não sabia de onde eu tinha tirado essa magia eu só sabia que eu tinha me inspirado em alguém, na mesma magia pude sentir a Shade que estava me seguindo.

- Se você tivesse me pedido eu deixaria você vir.

- Você é uma caixinha de surpresas.

- Muito obrigado, você tem que me prometer não contar para ninguém como eu treino.

 - Palavra de Viajante. – Disse batendo continência.

Chegamos logo em uma clareira no meio da floresta, tinha alguns animais por ai, eu podia senti-los.

- Que lindo.

A clareira era coberta de flores, de vários tipos e ao nascer do sol dava a iluminação perfeita, eu dei um sorriso para ela.

- Melhor irmos a outra clareira, não quero danificar isso.

Andamos mais um pouco e chegamos à outra clareira, essa sem flores, mas ainda tinha seu charme.

- Vamos treinar juntos?

- Claro, mas eu ainda não sei como é seu treinamento.

- E você continuará não sabendo parte dele. Mas o que treinaremos agora é muito importante também, senta no chão.

Ela sentou, e eu comecei a explicar o que íamos fazer.

Era o treinamento das esferas de dos pilares elementais, que o objetivo era criar e manter o máximo possível de esferas e pilares. No começo ela não conseguiu criar mais que dois pilares com quatro esferas em cada, mas depois foi pegando o jeito até conseguir quatro pilares.

- Parabéns, eu demorei uns três dias para conseguir fazer isso.

- Eu sou a melhor.

- Claro – Falei ironicamente.

- Faz melhor então.

- Para você se sentir melhor eu quero dizer que faço esse treinamento a mais de um ano, então já estou bem avançado nele.

- Para de falar e mostra.

Eu me sentei e fiz quatro pilares com as esferas em cada, o ultimo que eu fiz ficou fraco e se desmanchou, a Shade deu um risinho.

- Nunca se comemora antes do tempo.

Refiz o pilar e fiz outros quatro, no total ficaram oito pilares de pé, dois de cada elemento.

- Ainda não acabou, e essa é a maior razão para você não contar para os outros desse meu treinamento.

- Anda logo.

Esperei um pouco para dar um suspense e criei dois pilares de energia. A Shade ficou chocada com que eu fiz.

- Co.. co..como você fez isso?

- A Luciana já desconfiava e eu só fui saber quando eu curei a Akalamina. Eu sou um primordial de energia.

Ela olhou para mim com um misto de admiração e de raiva.

- Por que não contou antes?

- Era um segredo meu, achei melhor não contar para não gerar inveja nos outros.

- Então por que você contou agora.

- Eu estava precisando treinar, e não tinha como fugir de você. Então achei melhor contar de uma vez. Vamos voltar a treinar?

- Gostei desse treino, ele treina a habilidade em formar objetos, a resistência e a força das dominações.

- É.

- De onde você tirou esse treino?

- Não sei me veio na cabeça.

E então treinamos até umas 9 horas, o horário que geralmente os outros acordavam. Quando chegamos, eles já estavam acordando.

- Onde os pombinhos estavam? – Perguntou James.

- Correndo. – Respondi antes de começar outra briga.

Ele estava com muito sono para tentar começar a briga e deixou para lá. Fomos comer, não dava para comer de novo no McDonald’s então fomos procurar algum restaurante bom.

Quando voltamos para a campina achamos as nossas cadeiras ocupadas pela turma do ultimo ano humano.

- Ei! Essas cadeiras são nossas – Disse Carlos.

- Estavam aqui vazias, então agora são nossas – Implicou um deles.

- Foi nosso amigo que fez elas.

- E dai?

- Deixa para lá Carlos, eu posso fazer outras.

- A menininha está com medinho, é? – Disse outro cara do quinto ano.

Eu melhor olhei para eles, e observei que eram mais velhos que nós. Provavelmente mais fortes e bem melhor treinados ou pelo menos com um grau de instrução mais elevado.

- Vamos sair daqui – Ponderei.

- Os bebezinhos estão fugindo para o colinho da mamãe.

O Carlos se encheu de fúria e lançou uma magia de vento no cara que falou isso, ele se defendeu com facilidade.

- Olha o bebezinho ficou zangadinho.

Carlos ia atacar de novo, mas o Erick impediu.

- Não vale a pena.

Quando estávamos saindo um deles jogou em mim uma bola de fogo só para provocar mesmo. Eu continuei andando, não poderia retrucar a provocação, se não iria começar uma batalha que os dois lados sairiam perdendo. Fora que algum adulto poderia nos ver e nos castigar depois. Outra coisa me atingiu, dessa vez foi uma esfera de água que me molhou todo.

Okay, tudo tem limites. Virei e olhei para o cara que jogou as coisas em mim, ele era bem maior que eu e parecia aqueles valentões dos filmes, dominei a água que estava me encharcando e fiz três estacas de gelo e as lancei nele.

Ele deu um sorriso para mim e mandou uma rajada de fogo, aquilo nunca iria fazer efeito contra mim, mas mesmo assim usei um kawarimi (jutso de evasiva) e fui para trás dele com um shunpou (técnica de deslocamento), ele parou com a rajada de fogo pensando que já tinha acabado comigo, mas as estacas de gelo continuaram indo e pararam perto da cabeça dele.

- É gelo eterno, nunca derrete. – Falei dando um susto em todos os amigos dele, ninguém tinha me notado ainda.

- Co.. como?

- Como eu vim para aqui? – Falei irônico – Nem sei, eu tenho uma dica: nunca subestime alguém que você não conhece.

Fiz outro shunpou e voltei para o lugar onde eu estava antes da briga começar e fiz as estacas sumirem, comecei a andar para junto de meus amigos, quando cheguei o valentão voltou a ter coragem.

- Você vai fugir?

- Não vale a pena lutar com você.

Agora eu tinha irritado toda a turma dele com que eu falei, pareciam que eles iriam atacar agora, mas para minha surpresa não foi só meus amigos que vieram me ajudar. Vieram a metade da turma da Sora e da Sophie, a Akali e mais três amigos, cinco anões, dois centauros e sete orcs.  Eu olhei surpreendido para todos.

- Parece que vocês estão com desvantagem.

Eles olharam para os números, pensaram um pouco e desistiram da luta, o valentão me olhou com raiva e eu podia ver que essa não ia ser a ultima vez que eu iria ver ele.

- Muito obrigado pessoal – Falei para todo mundo.

- Aff, pensei que íamos poder trucidar aqueles humanos – Disse um dos orcs.

- Eles estão fazendo essas coisas desde que chegaram aqui – Comentou um dos anões.

- Principalmente o líder deles, aquele é o pior. – Disse um centauro.

- Muito obrigado mesmo, se vocês precisarem de ajuda com eles podem me chamar – Falei.

Primeiro os puros, depois a invasão e agora aprendizes arrogantes, o que falta agora?

Conversei um pouco com a cavalaria e descobri que os elfos vieram porque a Akali pediu, os anões porque essa turma já tinha incomodado eles, os orcs porque eles queriam brigar. Como o nosso lado não ia ser punido por estarmos, certo eles vieram para nos ajudar. E a turma da Sora e da Sophie veio porque eram em maioria nossos amigos. Agradeci a todos mais algumas vezes e depois voltamos para as nossas antigas cadeiras.

Passamos a tarde inteira sem mais nenhum problema, até que um grupo de um elfo e um centauro entraram correndo na tenda/QG. Ficaram lá algum tempo e depois saíram correndo, depois os nossos mestres saíram da tenda e forram nos encontrar.

- O portal já se abriu, é melhor vocês se prepararem.

- Ainda bem eu já estava começando a ficar entediado aqui. – Falou Jmaes.

Todos concordaram.

- Vocês vão ter que se encontrar com o resto do grupo.

Cada um se despediu de novo e foram cada um para o seu lugar de encontro. Eu fui relutante, não queria encontrar aquele elfo de novo.

Chegando lá eu encontrei a Sora e a Akali me esperando, as cumprimentei e depois disso ele chegou. Eu fiquei conversando com as minhas parceiras deixando o elfo de lado, até que de novo aquele elfo adulto veio de novo.

- Vocês vão ter que patrulhar essa parte da cidade – Disse mostrando um mapa.

- Então teremos que proteger a parte norte do distrito dos ferreiros. É para irmos agora?

- Sim, melhor se precaver.

- Então vamos – Disse Sora.

Fomos até a área que deveríamos patrulhar e começamos a fazer nosso trabalho. Que para variar era muito chato.

Dividimos-nos para conseguir cobrir uma área maior, para passar o tempo fiquei brincando de subir em prédios no modo Naruto, e lá de cima eu olhava para todos os lados para ver se tinha algum problema, mas não encontrei nada.

Marcamos um encontro às 9 horas bem no centro da nossa área de patrulha.

- E ai alguma coisa – Perguntou Akali.

- Nada.

- Nada além de vermes.

- Na minha área também não.

Nessa hora ouvimos um barulho muito grande, parecia alguma coisa desmoronando. Entreolhamos-nos e corremos para o local. De onde veio o barulho tinha um buraco muito grande no chão e de lá saiam muitos monstros, eram muitos, mas pelo que eu vi não eram os mais fortes.

- Eu vou na frente e vocês me dão cobertura, certo? – Falei.

- Nem pensar verme. – Disse o elfo me dando um esbarrão e indo enfrentar os monstros sozinhos.

- Quero ver no que isso vai dar – Falei.


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Notas finais do capítulo

quem descobrir d onde eu tirei o nome dos elfos vai poder fazer um personagem para a fict, mas tem uma condiçao q eu só vou falar para o cara/guria q vencer



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