Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 11
Imito um super-herói


Notas iniciais do capítulo

ficou meio ruinzinho. Explicações melhores no final



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Capitulo 11 – Imito um super-herói.

Saímos do parque sem mais nada de mais acontecer, nem vimos a gangue do Shen.

- E agora para onde vamos? – perguntei.

O Dean e o Dante se olharam.

- E agora para onde? – perguntou Dean.

Eu revirei os olhos, eu tinha acabado de perguntar isso, os dois ficaram algum tempo pensando até o momento que o Dean pereceu ter uma idéia.

- Que tal irmos nos encontrar com o James?

- Claro, como eu não pensei nisso antes?

E como sempre me deixaram sem saber do que eles estavam falando, isso irrita muito, eu já estava meio alterado desde a quase briga, como eu não queria brigar com os meus amigos eu deixei tudo pra lá.

- Quando vamos?

- Vai ser sur... – começou o Dean – Quando?

- É quando, eu sei que vocês vão fazer aquela coisa de surpresa até o final daí eu nem vou perguntar para onde vamos mais. Vamos então.

O Dean fez aquela cara de quando uma criança perde o seu brinquedo.

- Vamos então? – perguntei.

- Vamos – respondeu o Dante.

E fomos caminhando pela cidade, eles não disseram para onde nós iríamos.

No meio da caminhada eu senti algum tipo de magia por perto e entrei em modo de alerta.

- O que foi? – Dante perguntou depois que viu que eu estava meio tenso.

- Tem magia por aqui.

- É claro né? Isso é uma cidade de usuários de magia, tem magia em tudo quanto é lugar. – ele olhou em volta – e essa magia que você sentiu deve ter vindo dali.

Ele me mostrou uma loja com que o letreiro era feito com luzes mágicas, dava para saber porque não tinha nenhuma lâmpada.

- Visse não tem com se preocupar, vamos indo.

E então fomos caminhando pela cidade por algum tempo conversando sobre…, bem, conversando.

Quando chegamos descobri  o motivo da surpresa, estávamos diante de um prédio luxuoso com muitos adornos de cartas e dados, algumas mulheres na frente da porta principal e muitos manobristas esperando para estacionar os carros dos clientes.

- Isso é o que eu estou pensando? – perguntei.

- Com certeza maninho. – respondeu o Dante. – Cassino Royale Flush, o melhor cassino da cidade.

- Vamos entrar? – perguntei.

- Claro, se não porque estaríamos aqui? – respondeu Dean.

- E o dinheiro?

- Todos nós ganhamos um dinheiro quando chegamos aqui, eles fazem uma conta para nós daí é só sacar dela.

- Não se preocupa com perder dinheiro agente arranja um jeito de recuperar. – disse o Dean marotamente.

- Deu de conversa vamos entrar logo – disse me empurrando para dentro do cassino.

A parte de dentro do cassino era como os filmes de Hollywood, algumas maquinas caça-níquel, mesas de pôquer, 21 (blackjack se preferir), dados, roletas, tudo o que um cassino deveria ter.

- Uau – eu disse admirado.

- É uau mesmo. Me impressiono cada vez que venho até aqui. – comentou Dante.

- Vamos ficar aqui olhando ou vamos nos divertir?

Fomos ao caixa pegar fichas e como eles disseram, eu tinha um dinheiro em uma conta no meu nome. Começamos pelo blackjack, o único jogo que eu sabia jogar bem, mas mesmo assim com a minha sorte perdi metade das minhas fichas.

- Melhor eu parar por aqui, senão eu perco todo o meu dinheiro.

- Vai sair logo agora que o jogo tava começando a ficar legal? – perguntou Dean.

- Eu sei a hora de parar. – respondi. – Vou tomar alguma coisa.

Fui para o bar do cassino lá tinha uma bartender muito bonita e eu fiquei vendo ela preparar drinques por um tempo.

- Nathan melhor fechar a boca antes que comece a babar. – disse alguém atrás de mim.

Quando eu me virei dei de cara com o James com um casaco de couro negro e um chapéu de caubói.

- O que você esta fazendo aqui cara? – perguntei.

- O mesmo que você, jogando.

- De onde veio essa roupa? – perguntei apontando para o chapéu e a jaqueta.

- Ah, isso eu comprei na loja do cassino, eles vendem esse tipo de coisa por lá por quê?

- Nada não. – respondi – Como conseguisse comprar?

- Ganhando nos jogos. – disse ele com uma pose de “sou fodão”.

- Conseguisse tanto dinheiro assim?

- Claro, e você quanto ganhou?

Tem horas que bate uma depressão, essa é uma delas.

- Eu meio que perdi metade das minhas fichas.

- É? Onde você jogou?

- Naquela mesa lá – disse apontando para a mesa onde Dean e o Dante ainda estavam.

- Naquela? Por isso você perdeu tanto, aquele cara que da as cartas trapaceia.

- Como? – a minha voz saiu um pouco mais alto do que eu havia previsto.

- Fala mais baixo. – ele me repreendeu. – É ele trapaceia, para a casa se você for perguntar. Ele faz com que você receba cartas boas para você apostar alto e depois pega cartas ainda melhores para ele, sem usar magia é claro.

- Droga, porque eu não percebi antes?

- Pouca gente iria perceber, ele é bem discreto só percebi porque desde pequeno eu venho aprendendo a jogar cartas e a… digamos virar o jogo ao meu favor.

- Aham sei do que você quer dizer, o que vamos fazer agora então?

- O que você acha? Vamos dar uma lição nele.

Voltamos para mesa.

- Olha que eu achei por aqui pessoal.

- Oi James. – disse o Dean.

- E ai cara? – cumprimentou Dante

- Menos conversa e mais jogo. – respondeu.

Nos sentamos novamente e começamos a jogar. E com a dica que o James me deu sobre o cara trapacear no jogo eu comecei a reparar como ele fazia e como o James virava o jogo contra ele.

Divagando

(Faz tempo que eu não coloco um divagando.)

Como esse mundo vive da magia esses truques com cartas passam despercebido porque eles não envolvem magia e sim habilidade manual dos praticantes.

Para quem não sabe o que é blackjack pesquisa com o nosso Oraculo de todos os dias ou mais conhecido como Google.

Voltando.

Depois de um tempo vendo como eles faziam pra roubar no jogo eu também comecei a fazer, não tão discreto como o James, mas ainda assim sem que o cara pudesse provar que eu estava roubando. Depois de um tempo isso começou a pesar na minha consciência e por isso que quando eu consegui todo o meu dinheiro de volta eu parei de jogar e fiquei só observando o Dean e o Dante jogarem e como os outros dois trapaceavam para eu nunca mais cair em um truque sujo daqueles.

Depois de um tempo eu comecei a ficar entediado e fui andar pelo cassino, passei perto da maquinas de caça-níqueis e senti que elas protegidas por magia para não serem adulteradas (adulteradas para a pessoa ganhar, pois para a pessoa perder isso já vem de fábrica), perto da mesa dos dados, da roleta. Percebi que o lugar estava cheio de gente, a maioria estava perdendo muito dinheiro poucos ganhavam, muitos viciados em jogos gastavam as economias como acontecia na minha dimensão.

Foi nessa hora que eu percebi que esse mundo não era cheio de flores como eu havia imaginado quando eu cheguei ali e sim só um mundo diferente. Voltei para o bar no meio do caminho esbarrei em alguém.

- Desculpa. – eu disse.

O cara olhou para mim com raiva e não disse nada, eu sabia que já tinha visto aquele cara, mas não sabia de onde era. No bar pedi água (não sou muito bom com bebida) e fiquei admirando ela fazer os drinques para passar o tempo e ela já tinha notado a minha certa “baba” por ela.

- E ai rapaz tem certeza que não quer nada? – ela perguntou para mim.

Demorei um pouco para responder.

- Não obrigado, já to assim sem bebida imagina depois de beber.

Ela riu um pouco e respondeu.

- Mas sem bebida você também ficaria mais desinibido e poderia até me dar umas cantadas. – ela piscou para mim.

Provavelmente eu fiquei todo vermelho porque depois disso ela começou a rir de mim. Odeio quando isso acontece.

- Obrigado, mas mesmo assim não... vou voltar com os meus amigos.

E sai dali fugido. Não levo muito jeito com mulheres.

Quando cheguei na mesa vi que todos tinham quase quadruplicado o dinheiro, o James tinha feito um bom trabalho.

- E ai Nathan cansou de ficar olhando para a bartender?

- Fica quieto James, se não eu conto para o Haplo o que você esta fazendo aqui. Sabe como ele é certinho né?

Ele olhou para mim pensando no que poderia acontecer se o Haplo soubesse disso.

- Tudo bem então. – respondeu simplesmente.

Eles continuaram a jogar por um bom tempo. Quando começou a aumentar o numero de pessoas no cassino eles foram para a mesa de pôquer e eu fui junto jogar, antes disso eu falei pro James parar de roubar, pois se ele roubasse agora quem iria perder dinheiro éramos nós e não a casa.

Passamos muito tempo no Pôquer, mesmo não sendo viciados nós éramos muito bons, ganhávamos algum dinheiro, perdíamos pouco, nos divertíamos muito conversávamos com os outros jogadores, flertávamos com algumas mulheres, enfim tudo que passa nos filmes de cassinos, era muito legal.

O Erick e o Carlos chegaram e começaram a jogar também, mas logo o Carlos parou e foi para o bar. Já era muito tarde quando nós decidimos sair, umas 3 da manhã.

Saímos do cassino fazendo brincadeiras sobre os jogos e falando das mulheres (sim agente fala sobres às mulheres que vimos), estávamos indo pelo mesmo caminho que tínhamos vindo, mas tinha alguma coisa estranha, depois de um tempo em alerta eu me lembrei que era a mágica da cidade mesmo então deixei para lá.

Nós estávamos andando por muito tempo mais do que eu me lembrava que tínhamos demorado na ida.

- Vocês não acham que tem alguma coisa estranha? – perguntou Carlos.

- Por que você diz isso? – perguntou o Erick.

Todo mundo começou a prestar mais atenção ao redor depois dessa suspeita.

- Porque é a terceira vez que nós passamos por essa loja – disse apontando para a loja que mais cedo eu tinha visto.

Depois que ele acabou de dizer isso a rua e as lojas tremularam e desapareceram deixando nós vermos onde nós estávamos mesmo, em um beco largo de uma má aparência com um muro no final bloqueando o nosso caminho.

- Demoraram para perceber. – disse uma voz que vinha do inicio do beco.

- É, devem ser muito fracos – disse outra voz – não sei porque ele trouxe o bando todo.

- Cala a boca, é para acabar com esses caras logo antes que alguém desconfie.

- Parece que esses caras se acham de mais – disse o Erick.

- É, pelo jeito são os puros. – disse o Carlos.

- Então não estão de brincadeira. – falei.

Eles apareceram no inicio do beco eram uns treze caras todos com roupas de luta e mascarados, eles pareciam muito fortes. Eu senti uma aura conhecida, mesmo não tendo ficado muito tempo perto eu sabia quem era um deles.

- E ai Shen como vai a sua irmã? – perguntei meio irônico.

O cara do meio parou e olhou para mim.

- Como você...

- Senti o seu fedor de sangue “puro” a muito tempo atrás.

- Ora, seu... – disse vindo para cima de mim.

- Calma Shen – disse o cara que estava do lado dele. – nós damos conta deles, vamos fazer o plano.

“Plano?” pensei, o que quer que eles tenham planejado não era nada bom para nós.

E depois disso 6 deles vieram para cima de  nós e começaram cada um uma batalha 1x1.

Um cara veio para cima de mim, vamos chamá-lo de mascarado 1, ele primeiro lançou uma dominação de fogo em mim, eu por instinto levantei um proteção de água na minha frente, a proteção agüentou por um tempo, mas ela se desfez e o fogo veio em minha direção só não acertou porque eu me desviei na ultima hora.

- Que fraco – disse o mascarado 1.

E ele foi para cima de novo com uma dominação de fogo e eu de novo conjurei mais uma proteção de água, mas como a outra essa foi massacrada.

- Alem de fraco é burro. Ha Ha Ha Ha. – começou a rir debochadamente.

Depois disso eu fiquei com raiva e lancei uma dominação de vento em cima dele e com uma mão só ele a desviou, mesmo a diferença de poderes sendo tão grande eu continuei atacando ele, de vez em quando eu via um lampejo das lutas dos outros, o Dean estava dando uma surra contra o mascarado que ele estava enfrentando, o Dante estava ganhando também, o Carlos estava meio que brincando com o mascarado, enfim todo mundo estava ganhando a luta menos eu.

- Presta atenção na nossa luta – disse o mascarado mandando um jato de água na minha direção eu desviei e o jato quase acertou o Erick.

- Cuidado ai! – falei avisando ele.

Com o meu aviso ele viu o jato e desviou em direção ao mascarado que ele estava enfrentando.

- Já cansei disso – disse o mascarado 1 mandando uma bola de fogo – quer parar de desviar. – ele mandou mais uma bola de fogo e foi mandando e eu desviando.

E assim continuou mandando bolas de fogo e eu me desviando e tentando atacar ele, mas todas as vezes que eu mandava alguma dominação ele a desviava.

- Pronto, vamos fazer agora – disse Shen ainda no começo do beco.

Os mascarados que estavam no começo do beco mandaram uma dominação de terra como um terremoto e nos pegou desprevenidos, quando levantei vi que todos os mascarados tinham voltado para o inicio do beco.

- O que eles vão fazer? – perguntou Dean.

Eles estavam preparando alguma dominação muito grande.

- Fogo – eu percebi. – Eles vão fazer uma dominação de fogo.

- Serpentes do mar? – perguntou Dante todos concordamos.

Mesmo ‘serpentes do mar’ sendo uma magia fraca era a única que todos sabiam e podiam cooperar.

Começamos a preparar a magia o mais rápido possível, a cooperação pode aumentar a magia, mas tem um porem, precisa de tempo para usar a magia.

Conseguimos chegar a cooperação para a magia antes só faltava conjurar a água, nesse momento eles conseguiram lançar a magia de fogo, uma parede de fogo vindo na nossa direção.

- Agora você vai ver impuro! – gritou Shen fazendo uma dominação de vento e lançando o Dean para fora da proteção de água pré-pronta.

Eu fiz a única coisa que passo pela minha cabeça: pulei, com a ajuda de dominação de vento, para frente do Dean.

- Divisão do fogo – a magia de fogo foi dividida e cada lado foi para os prédios do lado, mas como todo prédio em Norgate eles eram protegido contra magias. – Sai logo daqui.

- Mas e você?

- Sai logo daqui, senão nós dois morremos. - O Dean depois de ouvir isso pulou de volta para dentro da proteção.

Olhei para trás e vi o Dante me olhando eu acenei com a cabeça para ele, entendendo a mensagem ele levantou a barreira. A parede de fogo continuava vindo e a minha magia continuava dividindo ela, mas a divisão ocorria cada vez mais perto de mim. Eu só tinha uma saída, uma saída muito perigosa: uma magia que eu nunca tinha tentado antes.

Acabei com a magia que dividia o fogo e gritei:

- Em chamas.


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Notas finais do capítulo

Cooperação que eu falei nesse capitulo é como se os participantes sincronizassem suas energias para fortalecer uma magia que usada por uma só pessoa seria fraca. Precisa de tempo para sincronizar as energias,mas quando essa sincronia é atingida qualquer um que participou da sincronia pode usar a magia.
Por favor deixem um review.