Nathan Traveller e a Ilha dos Sonhos escrita por warick, AnandaArmstrong


Capítulo 10
Norgate




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Capitulo 10 – Norgate.

- Bom resumo Shade – disse o Haplo – Chegamos.

Como eu estava prestando atenção a historia da Shade e também tive aquela visão estranha não tinha reparado que já estávamos perto da cidade.

A cidade era incrível, tinha prédios ultra modernos, futurísticos, no estilo gótico, medieval, e muitos outros estilos e épocas, parecia que pegaram tudo que eu já tinha visto de filmes medievais a de ficção cientifica, era tudo misturado, mas mesmo assim para mim dava uma impressão de estar em casa.

- E ai para onde vamos? – perguntei.

- Vamos comer alguma coisa e depois cada um vai pro seu canto – disse Haplo.

- E eu que não conheço nada da cidade como fico?

- Não se preocupa Nathan, eu e o Dante vamos te levar pra um lugar muito legal.

Paramos todos na frente de uma lanchonete que para minha surpresa tinha o nome “MacDonald’s”. Fiquei parado quando eu vi a placa, depois comecei a rir.

- O que foi Nathan? – perguntou Luciana.

- É q eu to com vontade de pedir um MacLanche feliz – respondo brincando.

- Hã?

- Esquece, vamos entrar que os outros tão esperando.

Entramos, sentamos em mesas perto umas das outras.

- Kiu, tem uma rede de lanchonetes igual a essa lá de onde eu vim.

- É? O dono deve ser alguém que veio de uma dimensão parecida com a tua e queria fazer com que as pessoas que conheçam essa lanchonete se sentirem em casa.

- Que legal – eu disse.

Comemos cada um o seu sanduba.

- Bom pessoal, nos encontramos aqui amanhã as 10 da manhã.

- Que? – perguntei – E onde vamos dormir?

- Como dizem? Vocês que se virem! – disse o Tai rindo e indo para o carro dele.

- Não se preocupa Nathan. Você vai ficar com a gente – disse o Dean.

- É cara, vamos te mostrar lugares muito legais. – completou o Dante.

- Tchau galera, estamos indo – disse Maria e saiu com a Lauren, a Juliet e a Rachel.

- Vamos indo Shade – disse Lauren depois que notou que a Shade estava indo para o outro lado – Dessa vez você não escapa.

- Eu já disse que não quero ir ao Shopping com vocês é muito chato.

- Ajuda ai Luciana, vamos levar ela pras compras.

- Hahahaha, vamos lá prisioneira. – disse Luciana agarrando um braço da Shade enquanto a Lauren agarrava o outro.

Vendo que não poderia mais fugir.

- Nathan, por favor me ajude, elas tão querendo me torturar!

- Desde quando ir no Shopping é tortura? - perguntei rindo.

- Desde que é ir ao Shopping com elas, por favor me salva!

- Desculpa, mas elas estão em maioria, não dá.

- Tu me paga Nathan. – disse desistindo e indo com elas.

- Cara isso foi estranho. – disse o Dante olhando as meninas indo e virando a esquina.

- Concordo.

- Tchau pessoal, agora nóis vai – disse o James, indo embora com o Erick e o Carlos pelo sentido oposto das gurias.

- Tchau – respondemos.

- Agora vamos nos divertir pessoal! – disse o Dean.

- E como vamos? - perguntei

- Do antigo jeito – disse o Dante

- Pezão – todos completamos.

Começamos a caminhar para o tal “lugar legal”, no caminho fui reparando nas construções, de que tempo elas eram, como eram diferentes das da minha dimensão, mas depois de um tempo as construções foram ficando cada vez mais simples e depois não se diferenciavam umas das outras.

- Estranhando? – perguntou Dante.

- É, porque lá atrás as construções são tão...

- Diferenciadas? Cada uma de um tempo e dimensão diferente? Não é só na sua dimensão, que têm pobres e ricos, aqui também tem disso. Os nascidos aqui ou como se chamam “os puros”, tem mais dinheiro, pois os ancestrais dele vieram do tempo do Lendário viajante ou de um pouco depois.

- E alem de eles serem mais ricos, os clãs mais radicais dizem que não podem aceitar viajantes de outras dimensões, como nós e de vez em quando alguns deles atacam os das outras dimensões e saem impune.

- Isso fez com que os viajantes que nem nós se unissem também, antigamente era muito comum ter trotes dos viajantes dos anos superiores nos mais novos, mas isso não acontece mais.

Ficamos em silencio, antes eu pensava que essa dimensão era um lugar muito bom em que todos lutavam contra o mal, mas agora eu estava vendo que aqui também tem seus podres. Isso estava ficando muito depressivo, entoa perguntei:

- Pra onde estamos indo?

- Para um lugar muito legal.

- Te mato agora ou depois? – essa coisa de deixar a pessoa mais curiosa ainda é muito chato principalmente quando quem ta sofrendo isso é você.

- Calma cara, relaxa que você irá gostar.

Eles estavam me guiando pelas ruas de uma esquina a outra virando algumas e outras não, se me dissessem para voltar eu não saberia.

- Falta muito? – perguntei.

- Calma filhinho, já estamos chegando. – respondeu Dante meio debochado.

- E quem é a mamãe? – perguntei.

- Ele – disseram os dois juntos (piada interna, não comente).

Depois de algum tempo chegamos onde eles estavam me levando: um parque de diversões.

- Vocês estão de brincadeira, né?

- Não, é muito divertido lá – disse o Dean com voz de criançinha.

- Sério, lá não tem só brinquedos para crianças tipo o Dean...

- Ei – retrucou o Dean.

- ... tem também brinquedos radicais – continuou Dante sem dar a mínima para a interrupção do Dean.

- Então vamos né? – disse não muito convencido.

E entramos, fomos na mega montanha-russa que uma parte dela não tinha trilhos (o trem caia nessa parte e antes que ele se esborrachasse no chão ele flutuava para a continuação dos trilhos, a casa assombrada (os monstros eram quase de verdade nessa), e em vários outros brinquedos radicais.

- É até que não é ruinzinho esse parque. – disse me sentando no banco da praça de alimentação.

- Eu disse que era bem legal aqui – disse Dante.

O Dean não falou nada, achamos isso estranho porque ele sempre complementava o que o Dante dizia nesses momentos. Olhamos para o Dean e ele estava olhando para uma guria que era bem bonita ela era loira, tinha olhos verdes, aparentava mais ou menos a nossa idade e estava conversando com outras garotas que pareciam ser amigas dela.

- Dean. – o Dante chamou.

Ele não desviou os olhos da guria, o Dante olhou para mim rindo.

- Dean – chamou Dante mais uma vez.

O Dean parecia hipnotizado pela guria, para dês - hipnotizar o Dean o Dante passou a mão na frente da cara do Dean e ele acordou do transe.

- O que foi?! – perguntou o Dean sobressaltado.

Com isso eu e o Dante começamos a rir.

- O que foi? – perguntou de novo Dean agora meio emburrado.

- Você tava hipnotizado pela guria ou era só impressão nossa? – perguntou Dante zoando.

- Que garota? – tentou disfarçar.

- Aquela ali – apontou o Dante sem a menor discrição.

O Dean tentou abaixar o braço do Dante a qualquer custo.

- Cara, para, não faz isso – resmungada Dean enquanto tentava abaixar o braço do Dante.

- Para cara. – eu disse e o Dante abaixou o braço e olhou pra mim – Não vê que o nosso amiguinho gamou naquela gatinha? – disse brincando.

- Afff, tu também?

- Imagina, amigos servem para isso. – respondi.

Eu e o Dante começamos a rir.

- Agora vamos parar, né?

- Ummmm. – pensou Dante, ele olhou para cara de Dean e respondeu – Ta bom.

Ficamos num silencio constrangedor, eu olhei para a cara do Dante ele olhou para a minha e começamos a rir de novo.

- Juro que um dia ainda mato vocês. –Dean disse sério.

Por alguma razão nós paramos de rir dele na hora.

- Por que você não vai lá falar com ela agora então? – perguntei.

- QUE?!

- Vai lá conversar com ela – quando o Dante acabou de dizer isso as amigas da guria saíram deixando ela sozinha.

Como o Dean não saiu do lugar, eu e o Dante nos levantamos.

- Ou vai por bem ou... – comecei.

- Vai por mal, se não entendesse o mal, vamos dizer que nos iremos te carregar e te entregar de presente para ela, até pode ser que nós te embrulhemos com papel de presente.

- Tá pessoal, eu já to indo. – disse o Dean muito envergonhado.

O Dean foi indo na direção da guria, mas antes de chegar nela ele mudou de direção indo ao bar.

- Afff, e aí, ele consegue? – perguntei.

- Faço a mínima idéia – o Dante respondeu.

O Dean foi ao bar e pegou uma água e ficou um tempo lá para tentar tomar coragem. Foi ai que eu tive uma idéia maquiavélica.

- Nathan, o que você vai aprontar?

- Veja e aprenda – respondi.

Me concentrei no piso da praça de alimentação, a peça chave da idéia, só não tinha previsto que ele tinha uma proteção contra dominações.

- Droga – resmunguei.

- O que foi?

- Falhou... espera – disse me lembrando do que o Kiu disse num treinamento

“- Qualquer barreira, qualquer proteção tem um ponto fraco, o que vocês tem que fazer é procurar bem o ponto fraco da barreira dos outros e esconder o da sua barreira”

Me lembrando disso eu me concentrei melhor no piso vi que não tinha nenhum ponto fraco muito visível,  sem querer minha ‘visão’ tinha passado do piso e ido para debaixo dele onde tinha concreto sem proteção, ou seja o ponto fraco.

Juntei um pouco de energia e fiz a dominação do concreto (elemento terra).

- Pronto tudo feito pro plano. – eu disse

- Tenho que fazer alguma coisa?

- Só chama ele para cá.

O Dante chamou o Dean com um aceno de mão. O Dean viu o aceno ficou meio desconfiado, mas veio pelo mesmo caminho que ele tinha ido, passando perto da guria e quando ele fez isso eu fiz o piso se levantar um pouco e ele tropeçar nele e derramar um pouco da água nela.

- PRESTA ATENÇÃO AONDE VOCÊ ANDA!!!! – gritou a guria.

Toda a praça de alimentação começou a rir deles e aos poucos as pessoas iam voltando para o que elas estavam fazendo antes. O Dean ficou todo vermelho e começou a pedir desculpas, depois se tocou que ela ainda estava molhada e dominou a água secando a roupa dela, fazendo ela ficar vermelha e agradecer.

Estranhamente ela olhou direto para mim e eu entendi que ela sentiu o que eu fiz, mexi os lábios formando a palavra “tímido” e pisquei para ela, ela piscou de volta e continuou a conversa com o Dean.

Depois de algum tempo a conversa dos dois começou a ficar mais animada, ainda não na parte de pegação, mas mesmo assim animada. Era engraçado ver o jeito dos dois conversando parecia que eles já se conheciam, mesmo assim nenhum dos dois avançava.

- Cara não dá para eu ajudar mais – comentei para o Dante.

- Parabéns, eu não teria pensado em uma coisa que nem essa.

- Elementar meu caro Watson – (estranhamente Sherlock Homes nunca disse isso) – Isso foi fruto de ter visto vários filmes de onde eu venho.

- Pode ser...

Se instalou um silencio entre nós dois , cada um com suas lembranças de casa a saudade de seus entes queridos, amigos, entre outros. Alguma coisa me incomodou e me tirou de meus pensamentos saudistas, essa alguma coisa estava se aproximando da entrada da praça de alimentação, eu sabia que era um humano, mas não sabia o porquê dele me chamar tanta atenção.

Ele entrou em meu campo de visão ele era um cara muito bem produzido (leia filhinho de papai ou playboy como preferir) e estava cercado por uma turma de mais uns quatro.

Eu os segui com o olhar, como o Dante achou isso estranho resolveu fazer o mesmo, eles entraram na praça de alimentação brincando o líder não estava mais prestando atenção ao que os outros estavam fazendo e sim olhando diretamente para o Dean e para a garota, primeiramente um pouco surpreso e depois com raiva, ele começou a caminhar diretamente para o ‘casalzinho’.

- Fudeu. – olhei para o Dante e nós dois nos levantamos e começamos a ir para onde o Dean estava o mais rápido possível.

Mesmo assim o cara chegou antes de nós e pegou o Dean pelo colarinho e foi dar um soco, pego de surpresa o Dean quase não conseguiu se defender, ele levantou o braço e desviou o soco e ao mesmo tempo se soltava do cara com a outra mão, o cara ficou surpreso de não consegui acertar e foi de novo atacar, nesse momento nós chegamos e impedidos ele de avançar.

- Calma cara! – falei.

- Sai da frente, gaysinho de merda!

Os outros caras vendo que o líder deles estava em desvantagem vieram ajudar, ficou uma luta 5x3, mas ainda assim não nos intimidamos com isso.

- Calma Shen. – disse a garota com quem o Dean estava conversando.

- Fica fora disso Evelin, você já fez de mais conversando com esse impuro.

- Eu converso com que eu quiser Shen!

- Fred tira ela daqui. – falou Shen para um cara do grupo.

O cara segurou ela e nós ficamos parados vendo ela ser arrastada para fora do nosso campo de visão.

- Agora você vai ver o que acontece com os impuros que dão em cima da minha irmãzinha.   

Vendo que não iria dar para conversar com eles do jeito fácil, então eu apelei pro jeito difícil, usei a minha magia para criar uma proteção de pedra em volta do meu braço, o Dean e o Dante também criaram algo para intimidar eles, não dos seus elementos primordiais para não dar vantagem para eles de conhecerem nossos elementos mais fortes. Cada um deles também fez alguma coisa um com terra como eu, outro com vento, o Shen e o um outro cara fizeram com fogo, eu não sabia o porque mas sentia que aqueles eram os verdadeiros elementos primordiais deles.

Nós ficamos encarando uns aos outros por um tempo, quando ia começar a briga para valer alguém disse:

- Muito bem rapazes o que está acontecendo aqui?

Me virei para onde a voz vinha e descobri que era um segurança do parque que estava falando.

- Nada seu guarda – disse o Shen olhando para o guarda, que pareceu reconhecê-lo.

- Desculpe senhor Shen, mas vou ter que lhe pedir para sair – disse o segurança meio temeroso.

- Eu não tava gostando desse parque mesmo.

Ele se virou e saiu, os amigos foram atrás dele. Depois que eles saíram o segurança virou para nós.

- Isso é para vocês também.

- Eles começaram – disse o Dean.

- Mas isso não importa, não é mesmo? – perguntou o Dante.

- É isso mesmo.

- Então vamos galera.

E saímos do parque.


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Notas finais do capítulo

Eis o primeiro antagonista