Um Acidente No Tempo escrita por MelanieSofie


Capítulo 8
Capítulo 8 - Armada Dumbledore


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeee, o que eu devo dizer? Eu sei que é indescupavel eu demorar DOIS MESES a postar um capitulo. Mas bem eu vou entrar em três dias de férias, terei uma semana livre e depois irei para exames de admissão ao ensino médio, bem se vocês no brasil não têm isso tem muita sorta, aqui em Portugal os governantes estão empenhados em que os alunos reprovem quase todos o ano... Mas bem voltando ao capitulo, ele está, muito grande... Na verdade este é o maior até agora... ultrapassa as 8.000 palavras... Poxaaaa está mesmo grande.
Outra coisa, passei os 100 comentários, fala áserio? Eu tenho 108 comentários? Nunca pensei, nem nos meus mais loucos sonho, que chegaria tão longe e a Fic nem vai perto do meio... Na verdade eu tenho previsão de chegar aos 50 capitulos... Eu sei que é muito, mas prontos...
Os pormenores virão no proximo...
Espero sinceramente que gostem, eu escrevi com muito suor, amor e carinho.
Boa Leitura.



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No dia seguinte Tiago caminhava aborrecido pelos corredores da escola depois de almoço, algo que parecia ter-se tornado um hábito. Depois daquela descoberta sobre a traição de Pedro, Sirius não grudava a sua bunda peluda da biblioteca, de tal forma que o maroto estava quase com pena da Madame Pince que teria de desinfetar toda a biblioteca contra as pulgas. O que interessava era que mais uma vez, ele tinha ficado sozinho, entregue ao tédio. Algo tortuoso para um maroto.

Mas então um garoto grifinório, provavelmente do segundo ano, devido ao seu tamanho se aproximou de Tiago com um envelope na mão. O seu rosto estava algo feliz, provavelmente por ter podido sair da sala de aula e os seus cabelos castanhos estavam bagunçados.

- Tenho uma carta da Prof.ª McGonagall, para o professor. – O garoto entregou a carta e voltou para trás, agora andando mais devagar, como se voltar para a sala fosse a última coisa que lhe apetecesse. Tiago sorriu com esses pensamentos. Mas logo abriu o envelope onde estava uma carta escrita à mão, com uma letra cuidada e delicada.

“Ponter,

Eu não posso acreditar que você e o Blane tenham feito tamanha idiotice e infantilidade, quando a Umbridge foi inspecionar a vossa aula. Eu avisei vocês, mais do que uma vez, para ter cuidado com a Umbridge. Acreditem se não fosse o diretor, vocês os dois estariam agora fazendo as malas. Venha ter comigo logo que possível, precisamos de conversar.

Professora M. McGonagall.”

De certa forma o maroto já esperava que Minerva fosse zangar-se com eles por causa daquilo. Mas aquilo que acontecera naquela aula, tinha realmente valido a pena. A coisinha cor de rosa tivera o que merecera. Tiago começou então a andar em direção à sala de Transfiguração. Tinha tocado para a entrada da segunda aula da tarde, há alguns minutos e Minerva provavelmente estaria dando aula, mas isso não interessava ao maroto, assim que estava de frente para a porta da sala, bateu duas vezes.

- Entre. – Disse Minerva severamente do outro lado. Tiago sabia que ela odiava quando alguém a interrompia. O maroto abriu então a porta, olhou para a severa professora. – Ponter? O que está fazendo aqui?

- Você enviou uma carta para eu vir ter com você. – Respondeu Tiago, encolhendo os ombros. Mas então o garoto reparou que Minerva estava dando aula à turma de seu filho, mas mais importante, que o verme cor de rosa, estava sentado num canto da sala, com o seu adorado bloco de notas. – Eu quero assistir a isto. – Ele sorrindo marotamente, se sentou na cadeira vazia ao lado de seu filho.

- Ponter! Eu não dei autorização a você para assistir à minha aula.

- Pois não. Mas eu sei que você não se importa, e que gosta muito de mim. – Disse Tiago com um grande sorriso, fazendo Minerva bufar irritada.

- Muito bem, escutem todos com atenção. Dino Thomas, se você fizer isso com esse rato de novo vou colocá-lo em detenção. A maioria de vocês já fez desaparecer com sucesso seus caracóis e mesmo aqueles que deixaram um pouco da concha visível pegaram o jeito. Hoje, nós devemos...

- Hum, hum - Disse Umbridge,  Tiago olhou para Minerva, as suas duas sobrancelhas estavam tão juntas de irritação, que pareciam formar uma única linha, era isso que Tiago queria assistir, queria ver como Minerva reagiria à “visita” da coisinha cor de rosa.

- Sim? – Disse ela, se virando para Umbridge.

- Eu estava imaginando, professora, se você recebeu minha nota dizendo a data e a hora de sua inspeç...

- Obviamente eu recebi ou teria perguntado o que a senhora está fazendo aqui - Disse Minerva e virou as costas para Umbridge. Era possível ver olhares de satisfação em quase todos os alunos. Quase ninguém ali a suportava. - Como eu dizia, hoje nós praticaremos um desaparecimento mais difícil, o de ratos. Agora, o Feitiço do Desaparecimento...

- Hum, hum. – Disse Umbridge novamente.

- Eu estava pensando - Disse Minerva com uma fúria gelada, virando-se para a professora Umbridge, ainda mais irritada. - como a senhora espera ter uma ideia do meu método de ensino usual se continua a me interromper? Você vê, eu geralmente não permito que as pessoas falem enquanto eu falo.

- Isso aí, Minerva! – Gritou Tiago, olhando de forma marota e desafiante para o verme, que parecia ter levado com um grande murro no estômago e que logo começou a escrever furiosamente no seu bloco, sem olhar para Tiago.

- Cale a boca, Ponter. Eu estou deixando você assistir a aula, não aceito que também me interrompa. – Minerva não tinha sido tão dura com Tiago, havia apenas um pouquinho de severidade na sua voz, o que fez o maroto se calar, mas continuar sorrindo. - Como eu dizia, o feitiço do desaparecimento fica muito mais difícil devido à complexidade do animal a se fazer desaparecer. O caracol, que é um invertebrado, não apresenta muita dificuldade; o rato, que é um mamífero, oferece mais desafio. Mas isso não é uma mágica que você pode executar com seus pensamentos no jantar. Então, vocês sabem o encantamento, deixem-me ver do que são capazes...

Tiago então virou-se para Harry que segredava algo ao garoto ruivo. Mas logo parou e começou a tentar executar o feitiço. Harry não olhou uma única vez para Tiago, algo que o maroto estranhou, parecia quase como se o garoto o estivesse ignorando.

- Se prenuncia Eva-nesco, como se fossem duas palavras, se você disser tudo de seguida, metade do rato ficara visível. – Tiago apontou a varinha para o rato. – Evanesco!

No momento que o feitiço atingiu o rato, este tornou-se completamente invisível. Como se nunca estivesse ali estado.

- Quase me tinha esquecido do seu talento natural, Ponter. Mas deixe de se exibir, o senhor Potter têm que conseguir sozinho. – Disse Minerva com um pequeno sorriso, dirigido ao antigo aluno. – Se você não fosse tão bagunceiro, eu não me teria oposto ter você lecionando comigo, Ponter, você faz transfigurações com essa varinha, que eu podia contar pelos dedos das mãos os bruxos também capazes de as fazer.

- Não se preocupe eu gosto bastante da minha disciplina. – Minerva revirou os olhos e continuou a andar pela sala, mas então Tiago reparou em algo, Umbridge continuava rabiscando no seu bloco, de forma tão concentrada, que parecia não notar em nada à sua volta. Uma ideia marota surgiu na sua mente, ele ainda não tinha feito nada. Naquele dia, claro. – Olhe só, Harry. – Tiago apontou, discretamente, a sua varinha para Umbridge – Transvercoloris – Assim que o feitiço a atingiu a sua pele começou lentamente a mudar de cor, para um cor de rosa, muito semelhante ao das suas roupas. – Agora está mesmo igual a um verme cor de rosa. – Murmurou Tiago, mas ninguém ouvira, pois todos tinham acabado de reparar na mudança de cor de Umbridge e riram sonoramente. Até Minerva teve dificuldade em conter o seu riso.

Umbridge então olha para a sua pele, ao ver o efeito do feitiço levanta-se bruscamente e olha com ódio puro para todos os presentes na sala.

- QUEM? – Ninguém disse uma única palavra. – Professora McGonagall, desfaça o feitiço. – Minerva parecia claramente contrariada, mas logo apontou a varinha para Umbridge e lentamente a cor começou a desvanecer. – Agora qual de vocês fez isto?

Novamente o silêncio soou pela sala, ninguém se atrevia a dizer uma única palavra, o que parecia aumentar a fúria de Umbridge, que olhou diretamente para Minerva.

- Não vi nada. Mas devo de admitir que foi uma magia muito bem executada. – Ela possível ver um dos cantos da boca de Minerva sorrir ligeiramente.

- Estão todos os alunos de detenção, até o culpado…

- Você não tem autorização para fazer isso. – Disse Minerva de forma severa,  Umbridge olhou para ela indignada. – Esta é a minha aula, e isso foi uma transfiguração perfeita. Ninguém ficará de detenção.

Umbridge parecia estar preste a azar a professora de tanta raiva que tinha, mas a cara de Minerva deixava bem claro que ela não aceitava que ela ousa-se sequer abrir a boca. Umbrigde voltou a sentar-se na sua cadeira, escrevendo violentamente no bloco.

O resto da aula correu com naturalidade, Umbridge não voltou a interferir, mas Harry continuava sem falar com Tiago, algo que o maroto não compreendia.

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Durante as duas semanas seguintes, a preocupação de Tiago sobre Harry, alastrou-se também para Lily e Sirius. O garoto não dirigia a palavra a nenhum dos três, a não ser que fosse estritamente necessário, os tentava evitar a todo o custo. Mas o que confundia mais a cabeça dos jovens, era que não existia nenhum motivo aparente. Harry simplesmente decidira ignora-los.

Dos três quem sofria mais com essa ignorância, era Lily. A garota se afeiçoara realmente ao garoto e partia-lhe o coração ver ele ser frio e distante com ela, mas o que lhe custava mais era quando olhava diretamente para sua mão cheia de cicatrizes, de feridas feitas recentemente. Harry fugira dela todo o tempo que ia para detenção. Como se não deseja-se sua ajuda e preferisse a dor.

Mas foi no primeiro fim de semana em Hogsmeade que os três decidiram fazer algo. Tinha avisado brevemente Minerva que planeavam deslocar-se com os alunos, desculpando-se que iriam comprar algumas coisas com o dinheiro do ordenado que receberam dias atrás, e assim quando o esperado dia chegou.

Os três descolaram-se para a saída do castelo onde Filch, o zelador do castelo, marcava o nome dos alunos autorizados a ir a Hogsmeade, quando Tiago, Sirius e Lily passaram ele pareceu lançar-lhes um olhar desconfiado, como se tivesse a certeza que eles não eram totalmente de confiança e escondessem algo. Mas os três sabiam perfeitamente que ele fazia isso a todo o mundo.

Assim que passaram as barreiras protectoras de Hogwarts e entraram no vilarejo, trataram de procurar por Harry. Ele se encontrava bastante á frente deles, acompanhado pelo Weasley e Granger. Os três jovens apressaram o passo, para não os perder de vista, mas sem se aproximar muito, para eles não desconfiarem que estavam a ser seguidos.

Enquanto caminhavam, os olhos de Tiago e Sirius pararam de observar Harry e caíram numa das maiores lojas do vilarejo. Tinha escrito em letras bem grandes “Zonko's, Loja de Logros e Brincadeiras”, na sua montra encontravam-se todo o gênero de objetos para peças, desde Bombas Bosta, Sabão de Ovas de Sapa, Xícaras Morde Nariz entre outros. Era como um sonho tornado realidade de todos os Marotos na face da Terra.

- Vocês podem ir ali depois. Agora não podemos perdê-los de vista. – Disse Lily, mas vendo que os dois Marotos nem sequer a tinham ouvido, pegou-os pelos casacos e arrastou-os para longe da loja. – Depois.

Os dois desgostosos acenaram com a cabeça e continuaram o caminho atrás de Harry, embora lançassem breves olhares para trás para a animada loja.

Depois de atravessarem mais algumas avenidas, até à zona menos movimentada de Hogsmeade, eles puderam ver Harry e os amigos entraram num lugar de aspeto sujo. Os três logo os seguiram e puderam ver a placa identificando o lugar “ Hog’s Head”, que era na verdade um pequeno bar, com aspeto muito sombrio, com um cheiro extremamente desagradável a algo parecido com cabras. Assim que entraram puderam perceber que aquele não era bem o tipo de local frequentado por jovens, a maioria dos clientes tinha a cabeça tapada e um aspeto sombrio.

Os marotos e Lily então se aproximaram silenciosamente de Harry, se preparando para enfrentar o garoto, faze-lo dizer os motivos pelo que ele os andava ignorando.

- Sabe? – Murmurou o Weasley, que também se encontrava de costas para eles. - Nós podíamos pedir qualquer coisa que gostarmos aqui. Eu aposto que o velho venderia qualquer coisa para nós, ele não ligaria. Eu sempre quis experimentar Whisky de Fogo.

- Sr. Weasley! – Disse Lily olhando quase chocada para o garoto. Os três então voltaram-se assustados para os professores.

- Professores… - Começou Hermione muito envergonhada. – Precisam alguma… coisa?

- Por acaso sim, Granger. Podemos nos sentar? – Perguntou Tiago, logo os três acenaram com a cabeça nervosamente. Os marotos e Lily então se sentaram nas cadeiras vazias. – Primeiro queremos saber o que vocês fazem aqui, num lugar como este. E depois o porquê de você, Harry, nos andar ignorando.

Os três amigos trocaram olhares nervosos.

- Huum…

- Harry. – Chamou Lily, sorrindo de forma triste. – Você pode confiar em nós. Estamos do seu lado e queremos apenas o seu bem. Posso-lhe jurar isso. Nos conte o que se passa, queremos ajudar.

- Professora Evanne, me diga. A senhora conheceu Sirius Black? – A pergunta de Hermione apanhou os três de surpresa, mas Lily logo se recompôs.

- Claro que sim. Frequentamos Hogwarts no mesmo ano. Lhe garanto que tudo aquilo que lhe acusam é uma mentira idiota.

- Então porque ele não se lembra de nenhum de vocês? – As palavras saíram da boca de Rony Weasley. Ele assim que percebeu que falara demais colocou a mão na boa.

Mas Sirius conseguiu salvar a situação.

- Ele disse a você que não se lembra de nenhum de nós. Não foi? Bem, ele era um cara bastante convencido e arrogante, - Sirius sorria enquanto falava de si próprio.- e nós abandonamos Hogwarts logo assim que terminamos o sétimo ano. Lhe garanto que muito poucas pessoas se lembram de nós. Para além disso, sempre nos demos muito melhor com os seus pais. Eu percebo que vocês tenham ficado desconfiados se nós seriamos ou não de confiança. Mas se você pudesse perguntar a seu pai, Harry, quem nós éramos. Garanto a você que ele responderia “Os caras mais legais de toda a escola e a segunda ruiva mais linda”. Isto claro, porque para ele a ruiva mais bonita era a sua mãe.

Aquilo não era totalmente mentira, mas não ocultava todos os buracos da sua história. Embora pareceu convencer em parte os três jovens, que já não os olhavam tão desconfiados. Menos Hermione, que ainda continuava com a sua teoria preenchendo a sua mente. Mas pareceu também lhes dar o benefício na dúvida. Para além disse se eles fossem realmente perigosos, Sirius certamente lhes teria avisado logo para se afastarem deles.

- Agora nos podem dizer o que estão fazendo aqui? – Pediu Lily gentilmente, os três acenaram com a cabeça.

- Bem, o Professor Ponter e Blane assistiram as nossas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, perceberam que não estamos aprendendo nada com a Umbridge. Bem, a Hermione pensou que eu poderia dar aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas a quem quisesse, em segredo claro, e estamos aqui esperando pelos outros.

- Isso é g-e-n-i-al! Digno de um filho de um maroto. – Disse Sirius sorrindo ao ouvir a ideia enquanto Tiago acenava com a cabeça, sorrindo também.

- E extremamente irresponsável! – A ruiva olhou de forma desaprovadora para os cinco jovens. – Vocês têm noção naquilo que poderia acontecer se a Umbridge ou outra pessoa descobrissem.

- Professora, nós não podemos simplesmente desistir. – Para espanto de todos foi Rony quem falou, com o rosto sério, algo extremamente raro. – Uma guerra está para vir, nós temos que estar preparados.

A porta do pub, então, se abriu e vários alunos entraram. O primeiro era Neville Longbotton, o filho de seus grandes amigos Alice e Frank, sendo seguido por um garoto e três garotas da Grifinória, de quem Tiago e Sirius se lembravam vagamente dos nomes, seguidas por Cho Chang do sexto ano da Corvinal, acompanhada de uma das suas amigas, depois a loirinha Luna Lovegood, três garotas do setimo ano da Grifinória, entre as quais Angelina Jonhson que sorriu ao ver os marotos professores, os irmãos Creevey, dois garotos e duas garotas da Lufa-Lufa, incluindo a Anna Abbott que revirou os olhos ao ver Sirius, três garotas da Corvinal, a conhecida Weasley Perigooosa acompanhada de um garoto alto da Lufa-Lufa e os gêmeos Weasley acompanhados de um amigo, carregados com bolsas da Zonko’s.

- Você convidou essa gente toda? – Perguntou Harry baixinho para Hermione.

- Sim, bem, a idéia se tornou conhecida - Disse Hermione, feliz. - Rony, você quer empurrar mais cadeiras?

O dono o Pub, um velho com longos cabelos e barba branca e uns conhecidos e brilhantes olhos azuis, parecia congelado no lugar, como se nunca tivesse visto o seu Pub tão cheio.

- Oi - Disse um dos Weasley e começou a contar os companheiros –Professores querem algo?

- Eu quero uma cerveja amanteigada, por favor.

O Weasley olhou então para Tiago e Sirius que trocavam olhares marotos, como se ambos planeassem a mesma coisa.

- Nós queremos dois Whiskeys de Fogo. – Pediu Tiago, e novamente um olhar desaprovador de Lily caiu em cima deles. Mas ela não poderia dizer nada sem levantar suspeitas, afinal supostamente os três tinham trinta e poucos anos.

 - Então nós podemos ter vinte e seis cervejas amanteigadas e dois whiskeys de fogo, por favor?

O homem olhou para ele por um momento, como se tivesse interrompido algo muito importante, mas logo passou as bebidas.

- Cadeiras – Continuou ele. - Calma pessoal, eu tenho ouro bastante para todos...

Harry parecia estranhamente nervoso da sua cadeira, enquanto o resto pegava na sua bebida e procurava uma cadeira para se sentar e poder ouvir.

- O que você disse para eles? – Disse Harry baixo a Hermione. - O que eles estão esperando?

- Eu já lhe disse, eles só querem ouvir o que você tem a dizer – Respondeu ela calmamente, mas ele continuou a olhar para ela furioso e ela acrescentou. - Você não tem que fazer nada ainda, eu falarei com eles primeiro.

- Oi Harry - Disse Neville, que sentou do lado oposto a ele.

O garoto tentou sorrir de volta, mas permaneceu calado, como se não soubesse o que disse. Mais duas ou três pessoas chegaram e quando todos se encontravam sentados, seus olhares caíram para Harry. Na sua maioria, curiosos.

- Er - Começou Hermione um pouco nervosa, sem saber exatamente o que dizer. - Bem, er, oi.

A maioria desviou a sua atenção para a garota.

- Bem... Er... Bem, vocês sabem porque estão aqui. Er... Bem, Harry teve uma idéia... Eu digo - Harry deu um olhar estranho -, eu tive a ideia que talvez algumas pessoas queiram estudar Defesa Contra as Artes das Trevas, quero dizer, realmente estudar, vocês sabem, não o que Umbridge está fazendo connosco... - A voz de Hermione começou a ficar mais forte e mais confiante. - Porque ninguém pode chamar aquilo de Defesa Contra as Artes das Trevas...

- Escutem, escutem - Disse um garoto da Corvinal e Hermione olhou para ele.

- Bem, eu acho que seria bom se nós, bem, entregarmos problemas nas nossas mãos. - Ela parou, olhou por um momento para Harry e logo prosseguiu.- Eu digo aprender como nos defender, não só na teoria, mas fazendo feitiços verdadeiros...

- Você quer passar no seu N.O.M. de Defesa Contra Artes das Trevas também? – Disse um garoto da Cornvinal, olhando Hermione de perto.

- Claro que sim. Mais que isso, eu quero treinar vocês porque... Porque... – Hermione respirou fundo, como se estivesse ganhando força para o que ia dizer a seguir. - Porque Lord Voldemort voltou.

A maioria dos presentes pareceu entrar em choque, como se aquela pequena informação, que os marotos e Lily pensavam ser do conhecimento de todos, fosse um enorme choque. De tal forma que a garota Corvinal, Cho Chang, derrubou a cerveja amanteigada em si mesma, um garoto da Corvinal deu um grito de choque, uma garota da Grifinória, Padma Patil, estremeceu com as palavras de Hermione, até Neville tossiu. Ninguém se atrevia a desviar os olhos de Harry.

- Bem... Esse é o plano, de qualquer forma - Disse Hermione. - Se vocês quiserem se juntar a nós precisamos decidir como faremos...

- Onde está a prova que Você-Sabe-Quem está de volta? – Disse agressivamente um garoto na Lufa-Lufa.

Hermione e Rony preparavam-se para responder, mas Lily colocou-se na frente do garoto e o olhou fixamente antes de falar.

- Estão pessoas morrendo, todos os dias, você não faz a min ima ideia como foram aquele dias… - Lily não poderia dizer que vivera neles, mas no seu reduzido tempo livre, pesquisara bastante sobre o que acontecera e falara com Dumbledore. – O Profeta Diario escondia tudo, ninguém podia confiar em ninguém, é exatamente como agora, todos temem dizer o seu nome, todos chamam de mentiroso aquele que se atreve a dizer que ele voltou. Mas ele está de volta, e você se mentalizando que ele simplesmente está morto e nunca mais irá voltar, é uma presa fácil de destruir. Ele matou alguns dos feiticeiros mais poderosos que conheci com uma facilidade inimaginável, se ele vier atrás de você. Quanto tempo acha que demorará a matar você, sem nem ao menos se defender sabe. Estamos numa guerra. Você quer ficar de que lado?

O garoto permaneceu calado e Lily voltou a sentar-se no seu lugar, algo envergonhada por todos a olharem espantados.

-Bem, er, olhem. - Disse Hermione terminando com o silêncio -, a professora tem razão, a volta dele não é um suposição…

- Está bem, Hermione - Disse Harry, olhando para todas aquelas pessoas.

- Para quem ainda não acredita, sabem o que me fez dizer sobre o retorno de Você-Sabe-Quem? -  Harry olhou o garoto da Lufa-Lufa nos olhos, exatamente como Lily fizera. - Eu o vi. Mas Dumbledore disse para toda a escola o que aconteceu ano passado e se você não acredita nele você não vai acreditar em mim e eu não vou gastar minha tarde tentando convencer qualquer um.

O grupo todo pareceu prender a respiração quando Harry falava.

- Tudo que Dumbledore disse para nós ano passado foi que Você-Sabe-Quem matou Cedrico Diggory e que você trouxe o corpo dele de volta para Hogwarts. Ele não nos deu detalhes, não nos disse exatamente como Diggory foi assassinado, eu acho que todos nós gostaríamos de saber... – Disse o garoto despreocupado.

- Se você veio para ouvir exatamente o que acontece quando Voldemort mata alguém eu não posso ajudá-lo - Harry disse, olhando para rosto furioso dele. - Eu não quero falar sobre Cedrico Diggory, está bem? Então se você está aqui para isso deve ir embora.

Harry olhou então para Hermione com raiva, como se todo isso fosse culpa da garota. Os marotos e Lily então perceberam, o motivo de tanta gente estar ali, muitos queriam era na verdade ouvir a historia do que realmente acontecera. Mas mesmo depois de Harry dizer aquilo, ninguém se moveu dos assentos, nem desviou o olhar de Harry.

- Então - disse Hermione, sua voz preocupada. - Então... Como eu estava falando... Se vocês querem aprender alguma defesa, depois nós trabalharemos como faremos isso, com que frequência e onde iremos...

- É verdade - Interrompeu uma garota com uma trança em suas costas, olhando Harry - que você pode produzir um Patrono?

Todo o grupo olhou para Harry com um interesse redobrado, incluindo os marotos. Mas havia um rosto assustado no meio de tantos. Lily olhava assustada para o filho, ela sabia que o garoto era poderoso, mas ele não passava de um menino de 15 anos, sendo o Patronos um feitiço demasiado avançado para a sua idade.

- Sim. – Confirmou ele.

- Um Patrono com forma?

- Er... Você não conhece Madame Bones, conhece? – Perguntou Harry, quase como se desviando do assunto, embora fosse obvia na sua face que ela era perfeitamente capaz. Mas essa pergunta fez os três se lembrarem do nome da garota, Susan Bones, que logo sorriu.

- Ela é minha tia. Eu sou Susan Bones. Ela me disse, então é verdade? Você faz um cervo como Patrono?

- Sim.

- Puxa, Harry! - Disse o amigo dos gêmeos Weasley, profundamente impressionado. - Eu nunca soube!

- Mamãe disse a Rony para não espalhar por aí - Disse um dos Weasleys, olhando para Harry. - Ela disse que chamaria muita atenção.

- Ela não está errada - Murmurou Harry, fazendo alguns riram.

Repararam então que uma mulher coberta por um véu, os olhava interessada.

- E você matou um basilisco com a espada do escritório de Dumbledore? – Perguntou outro garoto. - Um retrato me disse quando eu estava lá ano passado...

- Er, sim, eu fiz, sim.

Isso já não surpreendeu nenhum dos três, lembravam-se de Dumbledore ter mencionado isso. Na verdade aparentava que eles estavam muito mais bem informados que quase toda a escola.

Sendo que houveram varias reações de espanto, fazendo o garoto corar.

- Foi no nosso primeiro ano - Disse Neville bem alto -, ele salvou a Pedra Filosofante...

- Filosofal - Corrigiu Hermione.

- Sim, de Você-Sabe-Quem - Terminou Neville.

Os olhos de Anna Abbott ou Abobora como Sirius gostava de lhe chamar, ficaram tão abertos quanto galeões.

- E ninguém falou nada - Disse Cho, fazendo todos olharem para ela. - Todas as tarefas que ele teve que passar no Torneio Tribruxo ano passado, passar por dragões, os sereianos, a acromântula e coisas...

- Olha – Disse Harry e todos ficaram em silêncio por um momento. - Eu... Eu não estou tentando ser modesto ou algo parecido, mas... Eu tive muita ajuda para isso tudo...

- Não pelo dragão – Disse um Corvinal. - Foi uma coisa séria sobre voar...

Os olhos de Tiago brilharam sonhadores.

- É, bem...

- E ninguém o ajudou desviar dos dementadores esse verão – Recordou Susan Bones

- Não, não, ok, eu fiz isso sem ajuda, mas o fato é que eu estou tentando fazer isso...

- Você quer nos mostrar como se faz isso tudo? – Propôs o garoto da Lufa-Lufa que anteriormente perguntaram como ele poderia provar que Voldemort voltara.

- É essa a ideia - Disse Rony alto, antes que Harry respondesse. - Por que você não fecha a sua boca?

Rony parecia estar olhando para o garoto, como se desejasse acima de todo atirar algo na cara dele, que corou.

- Bem, nós aprenderemos isso tudo e agora ele está dizendo que realmente não pode fazer nada disso.

- Não é o que ele está falando - Rosnou um dos Weasleys.

- Você gostaria que nós limpássemos sua orelha para você? - Perguntou o outro Weasley, tirando um instrumento de metal de uma das bolsas da Zonko's.

- Ou qualquer parte de seu corpo, realmente, ou onde nós conseguirmos fazer isso alcançar – Completou o outro.

Era possível ver Tiago e Sirius babarem para cima do conteúdo dos sacos, com os olhos brilhando.

- Sim, bem - Disse Hermione secamente. - Chega... A questão é: quem quer ter lições com Harry?

Ouviram-se vários murmúrios de aprovação.

- Certo – Acenou Hermione, olhando aliviada. - Bom depois, a próxima pergunta é com que frequência nós faremos isso, acho que uma vez por semana, alguma oposição?

- Por favor - Disse Angelina -, nós precisamos ter certeza que não há aula durante o treino de quadribol

- Não - Disse Cho -, nem no nosso.

- Nem nosso – Disse o garoto da Lufa-Lufa, ainda sem desviar os olhos do instrumento nas mãos de Fred.

- Eu tenho certeza que podemos encontrar uma noite livre – Respondeu Hermione, claramente impaciente. -, mas vocês sabem, a importância, de estarmos falando de aprender a nos defender dos Comensais da Morte de Voldemort...

- Bem dito! – Disse outro garoto da Lufa-Lufa. - Eu acho que é importante, mais importante do que qualquer outra coisa que vamos fazer esse ano! – Ele olhou apreensivo, estava esperando pessoas dizerem "Claro que não!", como ninguém falou acrescentou. - Eu estou perdido querendo saber por que o Ministro mandou essa professora inútil num período difícil. Óbvio, eles não acreditam sobre o retorno de Você-Sabe-Quem, mandar uma professora que não quer que a gente faça qualquer feitiço...

- Nós achamos a razão de Umbridge não querer que pratiquemos Defesa Contra as Artes das Trevas - Disse Hermione - é que ela tem uma ideia ruim de que Dumbledore possa usar os estudantes como um próprio exército. Ela acha que ele pode nos mobilizar contra o Ministério.

Todos olharam espantados com as notícias; exceto Luna Lovegood, que começou a falar e os marotos e Lily que já sabiam desse pormenor.

- Bem, faz sentido. Cornélio Fudge tem seu próprio exército.

- O quê? - Disse Harry.

- Sim, ele tem o exército de Heliopaths. – Continou Luna.

- Não, ele não tem. - Respondeu Hermione.

- Sim, ele tem.

- O que é Heliopaths? - Perguntou Neville, branco.

- São espíritos do fogo. – Explicou Luna. - Grandes criaturas que galopam pelo chão queimando tudo pela frente... - Os marotos reviraram os olhos, afinal a loirinha tinha herdado as teorias malucas do pai.

- Eles não existem, Neville - Disse Hermione secamente.

- Oh, sim, eles existem!

- Me desculpe, mas há alguma prova disso? - Cortou Hermione.

- Há muitas vítimas. Só que você é tão limitada sobre coisas que estão de baixo do seu nariz que antes de voc...

- Hum, hum - Disse Gina, imitando a professora Umbrigde e fazendo varios rirem-se. - Nós não estamos tentando decidir com que frequência nós teremos aulas de defesa?

- Sim - Disse Hermione. - Sim, nós estamos, você está certa, Gina.

- Uma vez por semana parece legal – Propôs o amigo dos Weasley.

- Desde que... - Começou Angelina.

- Sim, sim, nós sabemos sobre o quadribol - Disse Hermione, tensa. - Outra coisa é decidir onde nos encontraremos...

Todo o mundo permaneceu em silencio, ninguém sabia que lugar seria indicado para um grupo tão numeroso treinar Defesa Contra as Artes das Trevas.

- Biblioteca? - Sugeriu uma garota depois de alguns minutos.

- Eu não acho que Madame Pince vai deixar fazermos isso na biblioteca - Disse Harry.

- Talvez numa sala de aula vazia?

            - É - Disse Rony -, McGonagall talvez nos deixe usar a dela, ela deixou quando Harry estava praticando para o Tribruxo.

            Todos ali tinham a certeza que a Minerva não deixaria a sua sala à disposição para isso, para além de ser de fácil acesso era muito exposta.

            - Está certo bem, nós tentaremos achar algum lugar - Disse Hermione. - Mandaremos uma mensagem para todos quando encontrarmos um lugar para o primeiro encontro. Eu acho que todos devem escrever seus nomes, só para sabermos quem está aqui. Eu também acho - Ela respirou fundo - que nós não devemos falar o que estamos fazendo. Principalmente a Umbridge.

            Um dos Weasley pegou então no pergaminho e colocou o seu nome, era possível ver o desconforto de muitos em colocar o seu nome na lista.

            - Er... - Disse o garoto da Lufa-Lufa, não pegando o pergaminho que o outro Weasley estava tentando passar para ele. - Bem... Eu tenho certeza que Ernie me dirá quando será nosso próximo encontro.

            Mas o tal Ernie, também da Lufa-Lufa, parecia hesitante também. Hermione levantou suas sobrancelhas.

            - Eu... Bem... Nós somos monitores – Disse Ernie. - E se essa lista for encontrada... Bem, eu digo... Você disse se Umbridge descobrir...

            - Você disse para essas pessoas que era a mais importante coisa que você faria esse ano - Harry lembrou.

            - Eu... Sim, sim eu ainda acredito nisso...

            - Ernie, você acha que deixaremos essa lista por aí? - Disse Hermione.

            - Não, é claro que não - Respondeu, ficando menos ansioso. - Sim, é claro, eu assinarei.

            Ninguém foi contra depois de Ernie, embora houve alguns olhares ainda desconfortáveis, o ultimo a assinar foi o garoto da Lufa-Lufa, os marotos puderam então ler o seu nome no papel, Zacharias Smith, então Hermino voltou-se para os professores.

            - Desejam também participar? Seriam bom termos professores do nosso lado. – Tiago e Sirius pegaram na caneta e no papel e logo assinaram, passando a Lily. Mas assim que a garota tocou com a caneta no papel, sentiu toda a magia ali envolvida. O pergaminho estava enfeitiçado. Mesmo assim assinou com o seu nome falso.

            Hermione então guarda o papel na sua sacola.

            - Bem, já era tempo - disse Fred. - Jorge, Lino e eu conseguimos itens naturais para compra, nós veremos vocês depois.

            - Ei, Weasleys! – Chamou Sirius e os dois gêmeos olharam para o professor. – Vimos as suas sacolas. Que acham de nos mostrarem a loja, eu e o veado estamos loucos para ali entrar. – Os gêmeos acenaram com a cabeça, os partiram com os marotos.

            Em dois ou três minutos o resto do grupo se foi, também. Ficando apenas Harry, Hermione, Rony, Lily e Cho, que logo pegou a sua mochila e acenou para Harry ao sair. Ficaram então os quatro sozinhos, Lily então olhou novamente curiosa para Hermione.

            - Você enfeitiçou o pergaminho, não foi?

            -Como sabia? - Hermione olhou envergonhada e surpresa para a professora.

            - Senti, assim que a caneta tocou no papel. De que magia se tratava?

            - A azaração antiacne da Heloíse Midgeon. – Lily acenou com a cabeça, compreendendo ao que a garota se referia, mas Harry e Rony olharam para ela como se falasse uma língua diferente. – É um azaração que fará aparecer manchas naquele que não cumprir o trato.

            - Foi inteligente da sua parte. É muito difícil confiar nas pessoas, nesta altura. – Ela olhou para a porta. – Tenho que ir. Até breve.

            Lily saiu então do Pub, em direção a Hogwarts, mas ainda pode ouvir Hermione dizer algo aos garotos.

            - A Professora Evanne é muito mais poderosa do que aquilo que eu imaginava...

**********************+.+**********************

            Na segunda feira seguinte, os dois marotos caminhavam pelos corredores descontraidamente, em direção ao Salão Principal, para tomar o café da manha, quando se depararam com Harry junto de Rony e Hermione.

            - Bom dia, garotos. – Disseram Tiago e Sirius, sorrindo.

            - Professores, temos um problema. – O rosto de Harry mostrava-se preocupado e aliviado por não ver machas na cara dos professores. – Venham conosco.

            Os dois marotos, seguiram então Harry e seus amigos até ao Salão da Grifinória, apenas parando perto do quadro de noticias da Grifinória, onde um grande aviso, que ocupava quase todo o quadro, escrito com letras pretas.

            "PELAS ORDENS DA GRANDE INVESTIGADORA DE HOGWARTS

            Todas as organizações, sociedades, times, grupos e clubes de estudantes estão de hoje em diante proibidos.

            Uma organização, sociedade, time, grupo ou clube com encontros regulares de três ou mais alunos.

            Isso foi estabelecido pela Grande Investigadora (Professora Umbridge).

            Qualquer organização, sociedade, time ou clube de aluno não poderá existir sem conhecimento e aprovação da Grande Investigadora.

            De acordo com o Decreto Educacional Número Vinte e Quatro.

            Assinado: Dolores Jane Umbridge, Grande Investigadora."

            Assim que os dois marotos terminaram de ler o aviso, começaram a rir-se. Os três jovens olharam para eles sem compreender.

            - Que LEGAL! Você não acha, cachorro? – Perguntou Tiago, continuando a rir sonoramente.

            - Claro que sim.

            - Não compreendo a piada disso… - Disse Harry, sem desviar o olhar dos professores que logo param de rir.

            - Você não entende Harry? A coisinha cor de rosa, apenas tornou todo isto ainda mais interessante. Agora nós temos a certeza que ela sabe que as pessoas não vão ficar paradas e atura-la, vão lutar contra ela. Para além disse isto mostra que aquilo que vamos fazer é ilegal o que torna as coisas muito mais divertidas… O único lado negativo é que temos ainda que descobrir quem é o traidor do nosso lado.

            - Isso não será difícil… - Murmurou Hermione e explicou para os marotos o que fizera com a pena.

            **********************+.+**********************

            Depois de tomarem o café da manha, Harry, Hermione e Rony se dirigiram para a sua primeira aula da manhã, História da Magia, eles esperavam que Umbridge fosse vigiar essa aula, mas apenas Binns entrou na sala, flutuando através da sua cadeira, pronto a iniciar a aula.

            As aulas de Historia da Magia eram conhecidas por serem dadas por um fantasma e por ninguém conseguir ouvir as palavras do professor por mais do que alguns segundos, mas houve algo que chamou a atenção de Harry. Hermione não parava de lançar-lhe olhares, como se tivesse tentando chamar a atenção do garoto.

- O quê?

A garota apontou para a janela, fazendo Harry olhar para fora. Edwiges, sua coruja, se encontrava ali, batendo no vidro com uma mensagem amarrada em sua perna. Harry não conseguia entender, tinham terminado faz poucos minutos de tomar o café da manhã, porque ela não simplesmente entregou a carta nesse momento, como normalmente fazia. Muitos alunos começaram a apontar para Edwiges também.

- Oh, eu sempre quis ter essa coruja, ela é tão bonita – Harry ouviu uma garota, Lilá Bronw dizer a Parvati.

O garoto virou-se para o professor, que continuava lendo o livro se perceber que toda a atenção da classe fora desviado. Harry saiu da cadeira, agachou-se e abriu a janela. O garoto esperava que a coruja levantasse a sua perna para ele poder tirar a carta e depois voltar para o corujal, mas assim que a janela ficou aberta Edwiges entrou. Harry fechou então a janela com um olhar ansioso para o professor Binns e voltou para o seu lugar com Edwiges em seu ombro. Ele se sentou, mudando a coruja para o seu colo e retirou a carta.

Só então viu que as penas dela estavam estranhas e ela estava segurando suas asas de um modo diferente.

- Ela está ferida! - Murmurou Harry, abaixando sua cabeça. Hermione e Rony se aproximaram. Hermione se abaixou. - Olha, há algo errado com a asa dela. - Edwiges tremia muito e quando Harry foi tocar na asa dela esta deu um pequeno salto, todas as suas penas no final disso estavam inchadas, ela o fitava, reprovando-o. - Professor Binns - Disse Harry alto e toda a classe olhou para ele. - Eu não estou me sentindo bem.

O professor Binns retirou seus olhos do livro, olhando assustado, como sempre, quando olhava para a sala cheia de gente.

- Não está se sentindo bem? - Repetiu o fantasma sombriamente.

- Não totalmente - Disse Harry, com Edwiges aos seus pés logo atrás. - Eu acho que preciso ir à ala hospitalar.

- Sim. Sim... Sim, ala hospitalar... Bem, pode ir, depois, Perkins...

Harry saiu da sala, colocou Edwiges no ombro, se apressou pelo corredor, decidindo para onde a levar. Sua primeira escolha seria Hagrid, mas ele não fazia ideia onde Hagrid se encontrava, sendo que única chance era a professora Grubbly-Plank, o garoto esperava que ela pudesse ajudar. Harry olhou a janela, não parecia que estar próxima à cabana de Hagrid, logo se não estava dando aula provavelmente estava na sala dos professores. Ele desceu as escadas, com Edwiges inquieta em seu ombro.

Tinha duas estátuas de pedra em forma de gárgula na sala dos professores. Quando Harry se aproximou uma delas falou alto.

- Você deveria estar na aula.

- É urgente - Respondeu Harry rapidamente.

- Oooh, é urgente, não é? - Disse a gárgula. - Bem, ponha-se no nosso lugar.

Harry bateu. Ouviu passos, depois a porta se abriu deu de cara com a Professora McGonagall.

- Você pegou outra detenção! – Exclamou ela em tom de alarme.

- Não, professora! - Disse Harry rapidamente.

- Bem, então por que você está fora de sua aula? Espero que seja realmente urgente! – Seu tom de voz era agora rude.

- Eu estou procurando pela professora Grubbly-Plank – Explicou Harry. - É minha coruja, ela está machucada.

- Sua coruja machucada?

A professora Grubbly-Plank apareceu, então, atrás de McGonagall, fumando um cachimbo e segurando uma cópia d'O Profeta Diário.

- Sim - Disse Harry, levantando Edwiges cuidadosamente em seu ombro. - Ela veio até a mim e sua asa está machucada, olhe...

- Hum - Disse a professora Grubbly-Plank, com seu cachimbo balançando quando falava. - Parece que algo a atacou. Não posso pensar o que fez isso. Trestálios às vezes gostam de pássaros, mas Hagrid treinou os Trestálios de Hogwarts para não tocar nas corujas.

Harry não fazia a mínima do que Trestálios eram, apenas se importava se Edwiges ficara bem, entretanto Minerva olhou raivosa para Harry.

- Você sabe o quanto essa coruja viajou, Potter? - Ela lhe indagou.

- Eh - Disse Harry -, para Londres, eu acho.

Os olhos do garoto se encontraram com os dele, e pelo unir das suas sobrancelhas, Minerva tinha entendido que “Londres” era "Grimmauld Place, número 12". A Professora Grubbly-Plank se aproximou mais para examinar Edwiges.

- Eu gostaria de levá-la comigo, Potter – Pediu ela. - Ela não deveria estar voando longas distâncias em poucos dias.

- Eh, está bem, obrigado - Disse Harry rapidamente.

- Sem problemas - Pespondeu a professora Grubbly-Plank, virando-se e saindo da sala dos professores.

- Só um momento, Wilhelmina! - Chamou a professora McGonagall. - A carta de Potter!

- Oh, sim! - Disse Harry, que se tinha esquecido da carta na perna de Edwiges. A professora Grubbly-Plank entregou a carta e desapareceu pela sala carregando Edwiges, que estava olhando fixo para Harry.

- Potter!

- Sim, professora?

Minerva olhou discretamente pelo corredor, vinham alunos de todas as direções.

- Controle-se - Disse rápida e calma, seus olhos na lista em sua mão. - As vias de comunicação de Hogwarts podem estar sendo olhadas, não acha?

- Eu... - Disse Harry, mas muitos alunos estavam passando no corredor e quase o carregaram. A professora McGonagall entrou na sala dos professores, deixando Harry ser levado pelos alunos no corredor. Ele avistou Rony e Hermione e foi até eles. Abriu o pergaminho, encontrou cinco palavras com a letra de Sirius.

 "Hoje, mesma hora, mesmo lugar."

**********************+.+**********************

Os três jovens, Harry, Hermione e Rony, perdidos em pensamentos sobre a carta de Sirius, desceram para a masmorra para Poções, mas foram parados por Draco Malfoy, que estava fora da porta da sala de aula de Snape e Liana, vigiando imponente e falando mais alto que o necessário, tanto que os três podiam ouvir cada palavra.

- Sim, Umbridge deu permissão ao time de quadribol da Sonserina para continuar jogando, eu fui perguntá-la essa manhã. Foi automático, eu digo, ela conhece meu pai, ele sempre está lá no Ministério... Seria interessante ver se a Grifinória tem permissão para continuar jogando, não é?

- Não se levantem -Murmurou Hermione murmurou, vendo os rostos contraídos de Harry e Rony. - É o que ele quer.

- Eu quis dizer - Disse Malfoy, levantando a voz ainda mais, seus olhos brilhando maliciosamente na direção dos garotos -, se essa é uma questão de influência no Ministério eu não acho que eles têm muita chance... Pelo que meu pai diz, eles têm procurado uma desculpa para tirar Arthur Weasley por anos... E quanto a Potter... Meu pai diz que é uma questão de tempo antes de o Ministério levá-lo para o St. Mungus... Eles têm uma área especial para pessoas que têm o cérebro deteriorado pela magia.

O loiro fez uma careta, sua boca abriu e seus olhos começaram a girar, fazendo os dois brutamontes que sempre o acompanhavam, Crabbe e Goyle, soltarem grunhidos divertidos e Pansy soltou um soltou uma sonora gargalhada.

Mas então algo colidiu com o ombro de Harry e passou direto aos Sonserinos. Depois de uns segundos ele percebeu que tinha sido Neville quem fizera isso.

- Neville, não! – Disse Harry, e segurou-o através da roupa, mas ele sacudiu-se, chegando até Draco que o olhava chocado, por um momento.

- Me ajude! – Pediu Harry a Rony, que tentando passar seus braços pelo pescoço de Neville e arrastou-o para longe dos alunos da Sonserina. Crabbe e Goyle cruzaram seus braços e ficaram na frente de Malfoy, prontos para lutar.

Rony segurou os braços de Neville e juntamente com Harry, arrastaram-no para longe dos Sonserinos. O rosto de Neville estava vermelho de raiva.

- Não... Engraçado... Não... Mungus... Mostre... A ele...

A porta da masmorra se abriu e Lily apareceu. Seus olhos, agora azuis, estudarão toda a situação, os quatro Sonserinos estavam parados ainda um pouco chocados com a situação, Hermione parecia também chocada e Harry e Rony seguravam um furioso Neville, que parecia capaz de matar alguém.

Lily olhou desaprovadora para os Grifinórios. Erapossível ver um Severo curioso por trás, esperando a sua reação.

- Sr. Potter e Sr. Weasley libertem o Sr. Longbotton. Menos vinte pontos do Grifinória e todos vão entrar, agora, dentro da sala. Sr. Longbotton estará de detenção comigo depois das aulas. Isso não são comportamentos adequados para ter perto da sala. – Lily não desejava ser dura, mas se ela não tomasse uma atitude, certamente seria Severo a fazê-lo ou Umbridge que se encontrava no canto da sua sala. Ela não podia deixar que o filho de uma das suas melhores amigas fosse parar às garras de um verme como aquele.

- Mas, Professora, o Neville não… - Começou Harry, mas Lily cortou-o com um olhar triste e algumas palavras.

- O Sr. Longbotton terá muito tempo para explicar os motivos do seu comportamento. Agora todos dentro da sala.

Sem dizer mais nada, todos eles entraram na sala e se sentaram nos seus lugares. Era possível ouvir vários alunos murmurando sobre o que acabara de acontecer. Lily fechou a porta e se voltou para Severo.

- Vocês vão notar - Começou Severo baixo, numa voz extremamente irônica - que nós temos uma visita connosco hoje.

Ele gesticulou na direção a um canto da masmorra, onde Lily sabia que se encontrava Umbridge com a sua prancheta. Pronta a apontar alguma coisa. Lily podia ver que Severo apreciava tanto a companhia de Umbridge como ela própria.

- Nós vamos continuar com a Poção da Força hoje. Vocês vão usá-la na poção que vocês fizeram aula passada; se foi corretamente feita no fim de semana, com as instruções – Severo acenou varinha. - no quadro.

Os alunos iniciaram então a execução da poção, enquanto Umbidge se dirigiu a Lily e Severo, pronta, para os interrogar.

- Bom, a classe parece próxima a um nível avançado – Disse ela, seguindo os dois pela sala. - Eu gostaria de perguntar se é aconselhável ensinar uma Poção de Força. Acho que o Ministério preferiria que fosse removida.

Svero se virou para fitá-la. Lily desejava responder que o ministério não tinha nada a ver sobre o que era lecionado naquela sala, e que a poção da força poderia ser extremamente útil em defesa, mas ela sabia que não poderia dizer nada, assim que Minerva soubera que Umbridge ia inspecionar aquela aula, avisara-a para não dizer nenhuma besteira. Mas a ruiva tinha de manhã lido o aviso de Umbridge deixara sobre a proibição de clubes e times, a fazendo odiar o verme um pouquinho mais.

- Agora... Quanto tempo você ensina em Hogwarts, Professor Snape? - Perguntou com sua pena descansada na prancheta.

- Quatorze anos – Respondeu Severo com o rosto contraído.

- E a Professora Evanne? Quanto tempo ensina?

- Este é o meu primeiro ano. – Lily tentou sorrir, mas apenas conseguia lembrar-se das atrocidades que aquela mulher fizera ao seu filho.

- Não acha estranho, que o Professor Dumbledore tenha colocado mais uma professora de Poções, ainda para mais uma sem experiência de ensino. Professor Snape, pensa que o Professor Dumbledore não o considere suficientemente apto para lecionar estas aulas?

Lily não se lembrava de alguma vez ter visto o rosto de Severo tão contraído, era óbvio que ele não gostara nem um pouco da pergunta de Umbridge.

- Não vejo o porquê de o Professor Dumbledore pensar isso após tantos anos. Deve apenas ter considerado uma mais valia ter a Professora Evanne aqui.

- Considera que a Professora Evanne, esteja desempenhado um bom trabalho? – Umbrige sorriu friamente.

- Que eu saiba que está aqui para avaliar o desempenho da Professora Evanne é a senhora e não eu. – Respondeu Severo de forma irônica. Umbridge parecia ter acabado de levar um murro no estômago enquanto Lily tentava reprimir o riso.

- Bem, você lecionou primeiro Defesa Contra as Artes das Trevas, não foi? - Perguntou Umbridge, tentando desviar o assunto.

- Sim - Disse Severo agora calmo.

- Mas não teve sucesso?

Umbridge parecia empenhada em irritar Severo, de modo que este mordeu os lábios antes de responder.

- É óbvio.

Umbridge apontou algo em sua prancheta.

- E você tem ensinado regulamente Defesa Contra as Artes das Trevas desde que entrou para a escola, eu acho?

- Sim – Disse Severo, novamente irritado.

- Você tem alguma ideia por que Dumbledore recusou que você continuasse?

- Eu sugiro que você pergunte a ele – Desta vez Severo não escondeu bem a sua fúria, sendo bem clara nos seus olhos negros.

- Oh, eu devo - Disse a professora Umbridge com um falsamente doce sorriso.

- Eu acho que isso é relevante? - Severo perguntou, com seus olhos semicerrados.

- Oh, sim - Disse Umbridge. - Sim, o Ministério quer tudo sobre os professores e seus antecedentes. Professora Evanne, me diga, antes de lecionar em Hogwarts, onde trabalhou?

- Humm… - Lily percisa de inventar uma mentira rapidamente. – Estive trabalhando numa loja trouxa, durante alguns anos. Antes de Dumbledore me convidar para vir ensinar em Hogwarts…

- Numa loja trouxa? – Umbridge começou a escrever na sua prancheta novamente.

- Sim, de… Roupas Troxas. Eu sou nascida-trouxa. – Aquela revelação surpreendeu a maioria dos Sonserinos daquela sala, incluindo Umbridge.

- Interessante. Sabe do motivo que levou Dumbledore a convida-la para lecionar em Hogwarts, sendo que a escola já possuía um professor qualificado?

- Desconheço os motivos – Mentiu Lily. – acho que deveria também perguntar isso a ele. Certamente que ele lhe poderá esclarecer todas as duvidas. - Lily sorriu o mais falsamente que pude.

- Certamente. – Umbridge se virou então para uma aluna da Sonserina, começou a pergunta-lhe sobre as aulas. Algo que Lily ignorou e o resto da aula continuou tranquilamente, retirando por um  pequeno incidente em que Harry cometeu erros na execução da sua poção e Severo aproveitou a situação para o aborrecer.

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Notas finais do capítulo

Os Pormenores como disse virão no proximo. Bem como já deu para ver, o Sirius irá falar com Harry no proximo capitulo... O que irá acontecer? Bem deixo á vossa imaginação por enquanto. Mas prometo que publicarei o mais rapido que puder, okay meus amores?
Obrigado por ler e não se esqueça de deixar um comentário no fim, para dar animo a esta escritora...
Queria avisar que eu passo a vida a mudar a capa da Fim, mas nunca mudarei o nome, por isso se virem outra capa... Prontos foi porque eu mudei... Again.
Beeeeijos (L)