Os Marotos escrita por TenYearsAfter, JustMe


Capítulo 14
Conhecendo os Sogros - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, mais um cap da Lene e do Sirius, o proximo e do James e da Lily. Esse ficou mais serio, digamos assim, vou tentar fazer o proximo mais engraçado! Espero que gostem!



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~~Sirius~~

Acordei cedo e encontrei o James já tomando café.

-Nossa você acordado a essa hora?! – Falamos juntos e depois rimos – Acho que estamos realmente nervosos ein Almofadinhas- Completou o James

-Pode crer veadinho... – Disse sorrindo, mas era um sorriso nervoso.

Tentei comer, mas eu não estava com muita fome, meu estomago se revirava e eu estava nervoso, como nunca fiquei. Então desisti de comer, assim como o James e fui para meu quarto me trocar. Acabei fazendo a tarefa mais rápido que o previsto, e só eram nove e meia da manhã, até as onze, que era a hora que eu deveria ir para a casa da Lene, tinha muito tempo.

Olhei para o canto do meu quarto e vi um objeto que eu não mexia há muito tempo, meu violão. Fui até ele, o peguei, e me sentei na cama, dedilhando. Comecei a lembrar as notas e tocar musicas conhecidas.

Então, deixei meus dedos tocarem e uma musica começou a surgir com ela, comecei a anotar as notas e acho que tentaria depois por uma melodia. Faz tempo que eu não faço isso, eu gostava bastante de tocar, eu aprendi sozinho, eu fugia de casa e tocava em algum canto, porque se meus pais soubessem que eu estava com algo trouxa dentro de casa, destruíam o violão e ainda eu ia ficar ouvindo berros por meses.

Fiquei um bom tempo naquilo, até que olhei para o despertador e vi que estava na hora de ir para a casa da Lene, levantei e desci as escadas, vendo os pais do James conversando.

-Já vai Sirius?

-Vou sim tio, tá na hora. E o James?

-Estava tão nervoso que saiu antes do previsto, com medo de errar a casa. – Disse Dorotea rindo e depois se levantou e me deu um beijo na testa – Boa sorte querido, volte na hora viu?

-Pode deixar tia, até mais!

Sai de casa e parei em frente a mansão para aparatar. Respirei fundo e fechei os olhos, quando abri estava em frente a uma casa, tão grande quanto a dos Potter. Tinha um gramado muito bonito, com muitas arvores, porem o jardim estava todo coberto de neve, e a fachada da casa era de tons claros. Tinha uma pessoa sentada na escadinha que dava acesso a porta da frente da casa.

-Lene!

-Six! – Ela se levantou e correu se jogando nos meus braços – Senti sua falta cachorro! – Ela disse sorrindo para mim de forma divertida e eu revirei os olhos, ela ama esse apelido.

-Eu também – Disse sorrindo, mas saiu um sorriso nervoso e ela logo percebeu.

-Se acalme, vai dar tudo certo – Ela se soltou do abraço e pegou minha mãe, apertando ela levemente e sorrindo para mim.

Suspirei e sorri de volta. Parei então para observa-la, ela estava com um vestido de lã claro, com meias calças pretas e botas sem salto pretas, linda.

-Você está muito bonita.

-Obrigado, você também.

-Lene, querida? – Uma voz chamou, olhei para a porta e vi uma mulher, uma mulher que parecia muito com a Lene e tão bonita quanto, porem seus olhos eram castanhos, enquanto os da Lene eram muito azuis. Devia ser a mãe dela.

-Mãe – Ela disse me puxando até ela – Esse é Sirius Black, meu namorado. Sirius essa é minha mãe, Annie.

-Muito praz... – Eu ia dizer, mas ela me abraçou, do mesmo jeito que a Lene, acho que espontaneidade é de família.

-O prazer é meu querido, Lene me falou tanto de você que acho que é como se já o conhecesse há anos – Ela disse me soltando e rindo para a filha – Ele realmente é muito bonito! – Ela disse sorrindo sugestivamente para a filha.

-Mãe! – Ela disse corando e eu lancei um olhar “eu sempre soube que você me achava lindo e maravilhoso e eu sou mesmo!”.

-Que foi filha? Ele é mesmo, sem duvidas tem o charme dos Black. – Ela então se virou para mim - Eu conheço alguns da sua família e com todo o respeito e sem querer ofender, são uns chatos com aquele negocio do puro sangue, mas são todos muito bonitos.

Eu ri, a Lene tem muito da personalidade da mãe, gostei dela.

-Não ofende não, eles são um pé no saco mesmo, você não sabe como fiquei feliz ao sair daquela casa, mas realmente, beleza é genético – Eu disse e as duas riram de mim.

-Vamos entrar meninos, seu pai está querendo muito conhecer seu namorado – Ela lançou um olhar a Lene divertido e isso me preocupou.

Entramos em casa e o nervosismo voltou, e se o pai da Lene não gostasse de mim? Entramos na sala e logo vi uma pessoa sentada no sofá, lendo o Profeta Diário, devia ser o pai da Lene. Ele tinha uma aparência seria e muito severa, e quando levantou os olhos, descobri de quem a Lene puxou os olhos azuis, só que enquanto os dela tinha o mesmo brilho do da mãe, os dele tinha um olhar serio.

-Então você deve ser o famoso namorado da minha filha – Ele se levantou e parou na minha frente, estendendo a mão para mim, ainda serio. Eu cumprimentei ele – Sou Antony, Antony Mckinnon.

-Sirius Black - Respondi

Ele continuava com aquele semblante serio e isso me assustava, alias ele me assustava, e muito.

- Bom, sente-se Sirius. Lene, você me ajuda na cozinha?

-Claro Mamãe – Ela deu um beijo no meu rosto e apertou minha mão, como quem diz, “estou logo ali, não se preocupe”.

Elas se foram e ficou aquele silencio chato entre mim . Eu não sabia o que dizer, de tão nervoso que estava.

-Sente-se Black. – Ele apontou a poltrona na sala e se sentou onde estava antes de eu chegar. – Então Sirius, eu vou te perguntar umas coisas e quero que você me responda a verdade – Disse me olhando diretamente.

Eu assenti serio.

-Quais são as suas intenções com a minha filha? (n/a: clássica essa ein?)

-As melhores possíveis Senhor.

-Tem certeza? Olha Black, eu conheço a sua fama, minha filha já sofreu muito por você apesar dela não ter te contado e acredite eu não quero ver isso de novo. Eu sei que você a faz muito feliz, mas sei que você já a fez chorar muito. Então, eu quero saber, você tem intenções boas com a minha filha mesmo?

Eu não sabia que a Lene já tinha sofrido ou chorado por mim, para mim ela sempre me viu como amigo dela, agora entendo porque ele parece serio e tão bravo comigo. Suspirei e encarei ele firmemente.

-Olha, eu sei que eu não sou a melhor pessoa do mundo, e pode me julgar, eu era um galinha mesmo, não ligava para os corações que quebrava só pensava em me divertir porque nenhuma daquelas meninas tinham importância – Disse olhando para ele seriamente, que não desviava o olhar do meu – Mas acredite quando eu digo que eu amo a sua filha e eu nunca a machucaria. Ela é a pessoa mais importante do mundo pra mim.

Ele me olhou serio.

-É bom estar falando serio mesmo Black, porque não quero ver a Marlene derramar mais uma lagrima por você. – Ele então suspirou- Mas apesar de tudo eu nunca a vi tão feliz como agora, nunca vi um brilho tão forte no olhar dela, aquele olhar que as pessoas tem quando amam. E você, você tem o mesmo brilho que ela, o que me faz concluir que a ama, tanto quanto ela te ama, então eu só posso dizer que – Ele parou nessa frase e sorriu ao continuar- eu espero que esse namoro de certo e que vocês tem minha aprovação.

Sorri de volta para ele, ele era uma boa pessoa, mas ainda assim me assusta.

-Obrigado! Eu prometo que vou fazer sua filha muito feliz.

-Você já faz! – Ele disse e depois revirou os olhos – Vocês já podem parar de tentar ouvir atrás da porta! – Disse ele mais alto e a Annie junto a Lene abriram a porta da cozinha e nos olharam sorrindo culpadas.

O pai da Lene revirou os olhos e se levantou.

-Vamos Annie – Disse pegando a mão dela – Eu te ajudo a aprontar a mesa!

-Papai? – Lene chamou hesitante ele, quando ele passou por ela.

-Não se preocupe Lene, deu tudo certo.

Ela sorriu e pulou em cima dele, beijando a bochecha dele e dizendo repetidos “obrigado”. Ele retribui o abraço com a mão livre e sorriu para a filha, a soltando com um beijo na testa e indo para a sala de jantar com a mãe da Lene.

Ela então foi até mim, que ainda estava sentado na poltrona e sentou no braço dela, me dando um selinho rápido.

-Como foi?

-Muito bem, mas seu pai me assusta! – Completei

Ela riu alto com a afirmação.

-Papai é bem serio, mas no fundo tem um coração mole. Mas então, vai me falar o que ele te contou?

Ia negar, mas me lembrei de algo.

-Quando você ia me contar que chorava por mim? – Disse olhando nos olhos dela.

-Sirius... Eu gostava muito de você, mas como eu iria falar isso? Ia chegar quando você estivesse com alguma garota e falar “oi, eu odeio quando você fica com essas meninas sabia? Porque eu estou apaixonada por você ok?”. Não era tão simples, e você era meu melhor amigo, ainda é e eu não queria te perder – Ela disse baixando o olhar.

Fiquei em silencio, mas depois acabei a puxando pro meu colo e dando um beijo nela, foi mais um encostar de lábios, que durou por um tempo.

-Se você tivesse me falado antes, eu poderia ter ficado confuso, mas eu provavelmente responderia que também era completamente apaixonado por você, porque acho que comecei a gostar de você lá pro quarto ano, só não sabia.

Ela sorriu para mim e me deu um selinho.

-Vem, vamos almoçar?  - Disse se levantando, mas eu a puxei de volta pro meu colo. – Ei!

-O que você não queria saber da conversa? – Disse sorrindo.

Contei para ela tudo o que o pai dela perguntou e o que eu respondi e no final ela estava  chorando emocionada.

-Eu te amo Cachorro.

-Também te amo pequena. – Disse dando um beijo na testa dela.

A mãe da Lene veio então nos chamar para almoçar e ainda bem que foi ela, acho que o pai dela não ia gostar de ver ela sentada no meu colo, apesar de não haver nada de mal.

-Ah Lene! Eu ia perguntar uma coisa... – Disse quando nos levantamos para irmos almoçar.

-O que?

-Sua família não tem elfos domésticos?  Porque parece que eu não vi nenhum!

-Sim temos, porem mamãe acha que eles merecem folgas, então aos fins de semana e feriados eles são livres para fazer o que quiserem, então como hoje é véspera de natal, eles estão livres...

-Ah!

Fomos então para o almoço, que foi normal, a mãe da Lene contava como ela e Antony se conheceram e foi uma história extremamente engraçada, eles tinham se conhecido quando ambos trabalharam juntos, num caso do ministério.

-Ele era muito tímido e serio, só pensava no futuro profissional dele, então eu tive que tomar uma atitude, enquanto ele me falava sobre o ministério da magia, eu simplesmente puxei ele pela gravata e o beijei, dizendo que gostava dele!

O pai da Lene estava muito corado com isso, era estranho imaginar ele como um cara tímido no passado e sem duvida é engraçado imaginar essa cena dos dois. Os pais da Lene são muito legais, gostei deles e acho que eles de mim. O resto da tarde se passou normal e quando deu quatro horas a Lene berrou.

-Sirius! Temos que ir, olha a hora!

-Mas Lene, só começa as oito a festa e você já quer ir?!

-Eu demoro para me arrumar e além do mais tenho que ajudar a Lily – Ela berrou e subiu escada acima correndo, voltou logo com uma malinha, uma capa, que provavelmente continha o vestido dela e uma mochila grande.

-Quanta coisa! – Eu disse e o pai da Lene balançou a cabeça dizendo algo como “mulheres”.

-Vamos logo Six! – Ela disse e eu me levantei logo, como o bom cachorrinho que eu era. Peguei a mochila da mão dela e entrelacei nossos dedos.

-Bom meninos, até mais! Se comporte filha! – Annie deu um beijo na testa da filha e um no meu rosto. Já Antony apertou minha mão e abraçou a filha.

-Até logo meninos.

-Até – Dissemos juntos.

Aparatamos juntos em frente a mansão dos Potter. Foi um ótimo dia, espero que tenha dado tudo certo para o James.



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