You. escrita por Hope


Capítulo 1
Capitulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Fiz umas mudanças, espero ter melhorado (:



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Lucinda andava as presas em direção á uma pequena e afastada cabana, a noite estava escura e fria, a neblina banhava o local e uma leve garoa caía sobre a garota de pele metálica.

Ela adentrou no cômodo ainda mais escuro, seus olhos se estreitando, tentando se acostumarem com o local turvo.

Seus passos eram incertos, mas ela queria tanto vê lo nem que fosse pela última vez.

Os sons leves e sutis de seus passos cessaram quando ela captou a grande silhueta, tão conhecida, tombada desajeitamente sob uma mesa de vidro, seu corpo coberto como sempre por uma camiseta negra, dessa vez do Metallica, sim, ela se sentia uma boba, sempre reparava coisas nele, coisas bestas, que nenhuma garota de sua idade repararia em qualquer rapaz.

Mas, Cam não era qualquer rapaz, assim como Daniel, ele também era especial para ela.

Daniel.

Ele ficaria furioso, mas como dizia Callie, ela devia fazer o que achava ser certo, e o que estava prestes a fazer lhe parecia ser certo. Não é?

 Seus pensamentos e receios foram interrompidos pela voz grave do rapaz. Ele a notou sem ela precisar falar nada. Cam parecia sentir sua prencensa seja aonde for, mesmo que seus olhos estivessem vendados.

-O que veio fazer aqui? – Perguntou friamente, mas, ainda sem olhá-la, tinha medo do que poderia fazer.

Sim. Medo. Muito, muito medo.

Como se temesse não se segurar e tomá-la em seus braços, como vez alguns dias atrás, mas não era certo, eles haviam feito um acordo dezoito dias sem brigas.

Por Luce. Por ela. Sempre por ela.

-A festa estava entediante. – Falou ela rapidamente dando um fraco sorriso, tentando aliviar a tensão do local.

Mas não funcionou, ele continuou frio.

-Vá direto ao ponto. Por que veio aqui, Lucinda?

Ela suspirou. Não adiantava mentir, não para Cam.

-Queria vê-lo… - Ela viu as costas do rapaz ficarem tensas, e continuou. – Éer… Você é meu amigo e há dias não o vejo. E Roland, bem Roland disse que talvez você estivesse aqui. E bom, ele estava certo. – Ela despejou as palavras uma sobre as outras, estava nervosa e com medo da reação dele.

-Grigori não ficaria nada contente de saber que você esta aqui. Comigo. – Ele vez uma pausa para depois sorrir maliciosamente. – Sozinha.

-Não me importo com o que ele vai achar. – Respondeu  secamente.

Como sempre Luce não se importava nem cumpria as regras impostas por Daniel. Ele a tratava como uma mãe trata seu filho de 2 anos que mastiga tudo que vê pela frente.

-Claro... – Respondeu Cam ironicamente. – Diga logo o que quer!

Abaixou a cabeça. Não havia pensando em um motivo. Queria apenas vê-lo sem que Daniel passase os braços sob seus ombros e a impedisse de se aproximar de Cam.

-Luce... Eu... Eu... Perdoe-me. Não queria fazer isso de novo.

Ela acentiu silenciosamente.

Ouviu os passos pesados e som alto dos sapatos dele no assoalho, depois o contato dos braços quentes dele contra os ombros dela que estavam gelados, essa sensação era extremamente viciante, seus olhos se fecharam no mesmo instante que sua testa encostou-se à camiseta úmida de Cam, era bom, era um abraço sem receios, um abraço tão esperado por ambos.

-Senti sua falta. – Admitiu ela baixinho. – Como nunca achei que sentiria.

-Eu também querida. – Respondeu ele no mesmo tom, sorrindo levemente,

Os olhos verdes de Cam brilhavam, seu rosto era passivo, há muito tempo não se sentia bem assim. Luce o acalmava, o transformava em alguém que ele não era, mas que estava gostando de ser.

Os lábios dele encontraram o alto da cabeça dela depositando ali um longo beijo, mas ele não se controlou, não queria se controlar. Seus lábios se aproximavam cada vez mais do rosto dela, cada beijo depositado ali com calma, cuidado, até que os lábios rosados dele encontrara os lábios pálidos da garota, ela não o afastou, simplesmente o aproximou ainda mais. Mesmo assim não parecia o suficiente. Luce queria… Se fundir á ele. Sim. Queria o máximo de contato que pudesse ter.

Sua boca se movia devagar, sensual contra a dela. Parecia que sua mente flutuava junto a seu corpo, ela podia sentir por debaixo da blusa de Cam, suas assas se mexendo inquietas, ele estava se controlando para não á tomá-la para sempre.

Luce podia jurar que se não fossem os braços firmes de Cam a segurando ela cairia. Simplesmente não sentia seu corpo, apenas arrepios gostosos na nuca.

Ela contornou o pescoço dele com as mãos suando, era tudo tão novo e tão bom.

Os lábios dele passaram sob sua clavícula até encontrarem seu pescoço, era gostoso, ela o queria o mais perto possível, agarrou a bainha de sua camiseta e o aproximou ainda mais.

-Eu te amo, Luce. Tanto. – Murmurou ele contra a pele dela.

-Eu também... Mais do que gostaria. – Ela estava alucinada não raciocinava direito, estava entorpecida. Mas tinha certeza que o que havia dito era a mais pura das verdades.

Os sons que ele fazia em seu ouvido eram tão leves e tão deliciosos, ela não poderia mentir, não mais, o amava tanto.

A chuva havia parado dando lugar á uma bela lua, a luz adentrava o casebre, iluminando os dois “amantes” que ali se encontravam, saciando seu desejo, como deveria ter sido desde o início.


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Notas finais do capítulo

E então?
xx.



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