- Ei, você! – chamou Sirius, atrás de Elliz. Ela e Thomas viraram instantaneamente para ele. – É Elliz, certo? – ele perguntou enquanto ousadamente sentava do outro lado dela.

- Sim. E você é um dos alunos novos. O que quer? – ela perguntou diretamente olhando nos olhos dele. Essa era uma das características que herdara de sua mãe.

- Direta você. – Sirius riu. Elliz arqueou a sobrancelha.

- O que. Você. Quer? – ela repetiu lentamente, como se estivesse falando com um retardado.

- Apenas conhecer você.

- Já me conheceu, pode ir embora agora. – ela disse, se virando para Thomas.

- Ei, ei, ei! – ele disse indignado, mas não pôde deixar de sorrir, ela era parecida com ele nesse quesito: arrogância. – Eu ainda não terminei!

- Mas eu terminei, cai fora.

- Você por um acaso sabe quem sou? Como eu sou? – ele perguntou retoricamente com sarcasmo. – Parece que você está me descriminando sem nem me conhe... cer. – ele terminou num fio de voz com o olhar perdido.

- Não me interessa e pouco me importa, agora cai fora! – ela irritou-se.

- Uma única pergunta. – propôs. Ela arqueou as sobrancelhas. – Simples; eu te faço uma simples pergunta, você responde sinceramente e eu caio fora daqui e nunca mais te incomodo.

- Promete? – “a pergunta infantil escapou de seus lábios sem que ela conseguisse segura-la”. (N/Luiza: Não me lembro se é exatamente assim, estou sem meu livro no momento, mas é parecido, apenas mudando o gênero, obviamente.)

- Prometo. – ele disse sorrindo, encorajando-a. Ela acenou com a cabeça positivamente, dando o sinal que Sirius queria. – Otimo! – ele bateu uma palma na outra e se sentou de frente para Elliz. – Uma única pergunta: Quem são seu avós?

- Por que quer saber? – ela arqueou as sobrancelhas.

- Eu apenas quero saber! Por favor, responda! – ele disse impaciente. Definitivamente, era irritante. – Você prometeu... – fez a carinha de cachorro sem dono que ninguém conseguia resistir.

Elliz bufou.

- Meu avós são...

- O que é estranho, Teddy? – perguntou Harry, questionando-o com o olhar.

- Nada. – ele murmurou, brincando com o garfo na comida. Deveria ser apenas sua imaginação, afinal, ele sentia falta dos pais e se eles estivessem ali...

- Como nada? Mas se não quer falar, tudo bem. – Harry suspirou. Olhou para o filho do meio, ele ria, divertindo-se com o aluno novo.

- Não é isso, padrinho, só que... – Teddy tentou, mas nada vinha a sua mente. – Argh! É apenas uma coisa boba da minha imaginação. – ele finalizou. – Desculpa, mas... Eu tenho que ir. Com licença. – ele pediu, enquanto levantava, derrubou um copo de suco que estava na mesa. O seu copo de suco. – Ai, droga! – ele resmungou.

- Ok. – Harry olhou desconfiado para o afilhado, ele definitivamente era filho de Tonks! Com esse pensamento, ele sorriu enquanto cortava seu pedaço de torta de abobora.

Enquanto saía, Teddy esbarrou nas duas amigas que conversavam na porta do salão. Ninfadora e Lilian.

- Ai Lily! – reclamou Ninfadora.

- Quieta! - mandou a ruiva.

Nesse momento, Teddy sem querer, distraído com seus pensamentos, esbarrou em Ninfadora.

- Ai. – ela reclamou pela segunda vez.

- Desculpe, estava distraído. – ele desculpou-se, olhando detalhe por detalhe dela.

- Que nada, professor...? – Lilian sorriu, deixando a pergunta no ar, mesmo que já tivesse a resposta.

- Teddy. Professor Teddy. – ele sorriu, passando seu olhar para Lily. – E vocês são a Turpin e a Euristo, certo?

- Certo? – Ninfadora perguntou sussurrando para Lilian, e logo depois levou uma cotovelada na barriga.

- Certo. – Lilian deu um sorriso angelical, olhando feio para Ninfadora.

- Hãm... Eu já vou indo. E bem vindas à escola, tenho certeza que serão ótimas alunas. – ele sorriu para elas e se retirou.

- Ok... – Lilian sorriu. – Você conheceu seu filho com o Remo.

- Meu... – Ninfadora engoliu em seco. – filho com o Remo? – ela perguntou com uma voz fininha.

- Sim...

- Meu filho com o Remo! – Ninfadora arregalou os olhos e sorriu feliz. O cabelo de Ninfadora que ainda estava loiro, ficou mais dourado ainda. Sua felicidade era expressa.

- Isso! – o sorriso de Lilian aumentou. Queria e muito, ver sua amiga feliz. E se Remo era quem a fazia feliz, era com ele que ela ia ficar, Lilian iria fazer de tudo o que podia para fazer Remo perder o bendito medo e ficar com ela.

Ninfadora pulou, gritando e batendo palmas de felicidade.

- Ei, para quê tanta felicidade? – perguntou uma voz atrás delas, fazendo-as pular, só que dessa vez de susto.

- Nada. – falaram rápido de mais para ser verdade.

- Ah, qual é! – ele riu. – Vou contar pro James, Lily, que você está conversando com a Tonks sobre um namorado que arranjou nas férias.

- Mas isso nem é verdade! – ela indignou-se, pondo as mãos na cintura.

- E você acha que ele vai continuar te ouvindo pra você contar a verdade? – ele arqueou as sobrancelhas.

- Ok, você venceu. – Ninfadora suspirou, olhando para Lilian meio que assustada. Teria que contar a verdade? – Você anda muito folgado, atirado e ousado, sabia Lupin? – ela enrolou.

- Isso que dá andar com o Potter. – ele disse, piscando inocente.

- O que tem o Potter? – James surgiu do nada. Ou da porta, melhor dizendo.

- Nada. – disseram as meninas.

- Ei, James! – chamou Remo, segurando o riso. – Sabia que a Lily tem... – nesse momento Lilian pôs a mão na boca dele e deu um tapa em seu braço.

Remo soltou um gemido abafado.

- O que tem a Li... Zza? – ele perguntou, ao ver Alvo, Rose e Lily.

- Nada, Julliam. – Lilian deu um sorriso amarelo.

- Mas o Rodrigo estava falando... – ele insistiu.

- Nada, Julliam. – ela disse entre dentes, sem tirar a mão da boca de Remo.

- Ok. – ele disse desconfiado, levantando as mãos em sinal de rendição.

- Então... – começou Rose. – Vamos, nós levamos vocês pra Torre da Grifinória.

- Não! – disseram todos, mas logo James consertou: - É que... O Sulan ainda está lá dentro e não podemos deixar ele lá... Quer saber? Eu vou buscar ele lá dentro. Me esperem... Ou podem ir que depois eu me viro.  – ele disse, entrando no Salão em seguida, não dando tempo para eles falarem alguma coisa.

- E como aconteceu? – Sirius perguntou preocupado.

- Olha, Bones, você disse uma pergunta e me deixaria em paz. Já fez bem mais que uma e eu respondi todas elas, mas agora, eu quero, por favor, que você vá embora. – Elliz disse, bem na hora em que James chegou por trás de Sirius.

- Bora Sulan, vão nos mostrar a Torre da Grifinória. – James disse com um pouco de sarcasmo na voz. Afinal, eles conheciam aquele castelo como ninguém!

- Ok. – Sirius suspirou. – Vem, vamos. Tchau Liz, tchau projeto de Alvo. – Sirius sorriu inocentemente e saiu com James.

- Black! – Elliz gritou para Sirius, mas sorriu. Alguma coisa em Sirius era familiar, apesar de não saber o que era, e, apesar de ter sido rude com ele, era por que ainda estava estressada com Alvo e descontou nele.

- Liz! – Sirius gritou em troca, gargalhando logo depois. Aquela gargalhada que mais parecia latido de cachorro. Com isso, recebeu um olhar torto de Harry, na mesa dos professores.

- E ai, conseguiu alguma coisa? – perguntou James, sussurrando com Sirius.

- Bem mais do que queria. – Sirius suspirou, a expressão divertida escapando de seu rosto.

- Como assim?

- Desculpa, cara, mas não vou contar. Isso é um segredo meu, tem a ver com minha pessoa.

- Ok, mas quando tiver pronto, me conte. Não vou deixar meu irmãozinho Potter sofrer a barra sozinho. – James apertou o ombro de Sirius. Poderia até um papo meio gay, mas com Sirius não tinha isso. Ele era seu melhor amigo, aquele com quem ele tinha certeza que poderia contar, aquele que era seu irmão.

- Obrigado, cara. – Sirius sorriu. – Ei! Como foi com o Alvo? – ele mudou de assunto, quase totalmente.

Foi a vez de James suspirar.

- Ele tem o mesmo problema que eu: ruivas! – Sirius gargalhou. – Não ria, pulguento! ‘To começando a achar mesmo que Black e Potter vão se unir mais uma vez. – James piscou e gargalhou junto com Sirius.