- Então, esses são... Qual o nome de vocês? – Perguntou Harry ao grupo que de repente paralisara.

O tempo parecera ter parado. E agora? O que eles iriam fazer? Contar a verdade? Inventar uma mentira? Sair correndo e não responder? O que fazer? Esse era o dilema na cabeça de todos do grupo.

Felizmente, algo, ou melhor, alguém, os salvam.

- Ah, ai estão vocês! – Disse Minerva, chegando correndo.

O sexteto suspirou aliviado.

- Eu estava procurando por vocês, pedi a Harry pra chamar vocês e... – E ela se virou para Harry. – O que o senhor estava fazendo que o impediu de levá-los a minha sala, Harry? – Ela perguntou irritada. – O assunto que envolve esses alunos é de extrema importância! Nem que você fosse Merlin, eu deixaria de você se atrasar pra um pedido meu! – Ela estava realmente com raiva, e se alguém descobrisse que eram do passado? Ia ser um desastre!

- Desculpe diretora, mas é que tivemos um problema com a Elliz e com o Alvo e depois Lilian apareceu. – Disse Harry encolhendo os ombros. Mesmo depois de pai Minerva ainda o assustava.

- Dessa vez passa. Tem uma resposta para minha proposta?

- Sim. – Respondeu Harry, simplesmente. Quando Minerva, aparentemente, não entendeu, ele explicou: - Sim, eu vou aceitar o cargo.

- Oh. – exclamou Minerva, surpresa. Ela esperava que ele aceitasse o cargo, afinal, sua matéria preferida da escola sempre fora Defesa Contra as Artes das Trevas, mas pensou que ainda teria que pedir mais um pouco. Ele amava sua carreira de auror e estava desistindo, ou apenas se aposentando, dela. – Ótimo. Você conhece sua sala, é a mesma que no seu ano de escola, Harry. Agora, Potter...

Lilian, Harry e James, felizmente ninguém o viu fazendo, olharam pra Minerva de sobrancelhas arqueadas.

- Lilian Luna... – Esclareceu ela. – A senhorita pode ir jantar que já, já, eu levo os alunos para apresentá-los a escola. E vocês venham comigo. – E saiu sem esperar resposta.

- A Tia Mimi parece irritada... – Comentou Sirius, inocente.

- Parece? – Retrucou Marlene. – Ela definitivamente está irritada.

- Ai Pontas, será que seu neto parece com você? – Perguntou Sirius, com um sorriso malicioso. James apenas arqueou a sobrancelha, não entendendo a pergunta. – Em questão de ficar mesmo, será que ele parece com você?

- É melhor que não, senão sinto pena da Elliz. – Suspirou Lily.

- Em falar em Elliz, eu a achei parecida com alguém que conheço. Ela tem o gênio bastante difícil... – Falou Marlene, olhando para Lily, que corara sobre o olhar da amiga.

- E ela é neta de um Maroto... – Disse Remo, olhando para Sirius e James.

- Quê? – Perguntaram Lily, James e Sirius ao mesmo tempo.

- Gênio difícil... Neta de Maroto... Essas características se encaixam em vocês 3. – Concluiu Ninfadora.

- Ninfa, amiga do meu coração... Você não acha que tem o gênio tão difícil quanto nós? – Perguntou Lily. – E além do mais, ser neta de um Maroto! Poderia ser neta de qualquer um de nós! – E logo depois se tocou do que disse. Ela se referiu a “nós”, sentido de todos juntos... E isso a incluindo. - Quer dizer... Reformulando a oração, poderia ser neta de qualquer um de vocês, fora o Potter, que já tem netos. Filhos do tal Harry. E se fosse minha neta, seria ruiva, pode ter certeza. Só resta vocês dois. – Falava ela.

- Vamos Lily, antes que Tia Mimi resolva nos deixar de detenção pelo resto do nosso 7° ano. – Interrompeu James, sorrindo. Ele gostara bastante da parte “E se fosse minha neta, seria ruiva, pode ter certeza.”. E a neta dela realmente era ruiva! Como o mundo dá voltas.

Quando chegaram na sala da diretora ela entregou seus horários junto com seus materiais.

- Ok, agora vamos resolver uma questão mais importante. – Disse a diretora.

- Que seria...?

- Seus nomes. – Disse ela como se fosse a coisa mais obvia do mundo. – Eu vou deixar vocês decidirem. Vocês podem: ou mudar de nome e esconder de todos, mas de todos mesmo; ou vocês podem continuar com seus nomes e contar para os mais chegados quem vocês são.

- Hm... Contar ou não contar. Eis a questão. – Brincou Sirius.

- Eu voto por... – Refletiu Lilian. – Segredo.

- Eu também. – Disse James, sorrindo. Queria descobrir mais sobre a Black e seus netos e seu filho, sem eles saberem quem eles eram. Era mais legal. No final iriam descobrir tudo mesmo.

- Ok, eu voto por segredo também. – Disse Sirius, com um sorriso maroto. Queria descobrir de quem era neta a Black e mais sobre esse novo grupo parecido com os marotos: Os Malandros.

- Ok então. Segredo. Alguém se opõe a isso? – Minerva perguntou. – Ótimo. Escolham novos nomes. E a aparência, vocês não irão mudar, apenas o Potter que terá que ficar com esse disfarce. A senhorita Evans já aprendeu o feitiço, então poderá executá-lo quando precisar, certo? – Perguntou ela, no que Lily concordou. – Ótimo. Seus nomes serão...?

Depois de pensar por alguns minutos, a primeira a falar foi Lily:

- Lizza Euristo. – Ela sorriu.

- Ótimo, ótimo. E vocês? – Perguntou Minerva, começando a ficar impaciente.

- Nicole Turpin! Isso. Vou ser a Nicole Turpin. – Falou Ninfadora sorrindo alegre e pulando. Ela estava realmente animada.

- Mary... Acho lindo esse nome. Mary... Mary Martin! – Disse Marlene, se apoiando em Lily.

- Ei, eu não sou apoio! – Reclamou à ruiva.

- Sempre gostei de Rodrigo... Hm... – Pensou Remo, passando a mão no queixo como quem pensa. – Rodrigo... Liam. Rodrigo Liam!

- Para manter meu nome parecido... James Potter... Juliam Portter... Soa bem. Irei ser Juliam Portter! – Disse James, abraçando a ruiva.

- E você, Black? – Perguntou Minerva.

- Espera, estou pensando. – Respondeu ele, fazendo uma careta.

- Ah, então é por isso que eu to sentindo cheiro de fumaça... – Zombou Remo.

- Muito engraçadinho você, Aluado. – Sirius fez careta.

Dez minutos depois todos estavam impacientes. James, que havia sentado na cadeira, estava quase babando em cima dos papeis de McGonagall.

- Potter! – Brigou ela, quando viu que James havia realmente babado em cima de seu documento. Minerva pegou uma revista velha, enrolou-a e bateu na cabeça de James com a revista. Exatamente como Snape faria.

No outra parede, Severo desenhou um sorriso desdenhoso em seu pálido rosto.

- Ai Tia Minie. – Reclamou garoto loiro, “ex-moreno”.

- Já sei! – Gritou Sirius. – Eu serei... – Fez suspense. - Sulan Bones!

Os outros reviraram os olhos e Severo deu um sorriso desdenhoso, como quem acha graça. Em uma das voltas de seus olhos, James acabou encontrando alguém que não deveria com os olhos. Severo Snape.

- Ranhoso! – Sua voz não tinha deboche, mas sim surpresa.

- Onde? – Perguntou Sirius, olhando em volta.

- Olá Potter, Black. – Severo deu um sorriso frio. Não se surpreendia de como eles o chamariam, mas ainda tinha aquele ódio do infeliz apelido de mal gosto. – Como vão? – Perguntou sarcasticamente. – Está faltando um cachorrinho na matilha... Cadê o Pettigrew? – Perguntou sorrindo sarcástico, mas quem o conhecia bem poderia notar uma nota de preocupação em sua simples pergunta.

- No passado, Severo. – Respondeu Dumbledore suavemente de seu quadro. – Lembra-se que quando sumiram no passado foram apenas eles, o Senhor Pettigrew não estava incluído. Coitado, ficou tão preocupado e com medo...

- Claro... – Ironizou Severo, revirado os olhos. – Muito medo.

- O que um quadro do Seboso está fazendo aqui? – Perguntou Sirius para Minerva.

- Ora Black, pensei que fosse mais inteligente a ponto de perceber sozinho que também fui diretor de Hogwarts. – Debochou Severo, em um falso tom de lamento, não deixando Minerva responder.

- Você, diretor de Hogwarts? Quando o mundo ficou tão maluco assim?

Severo ficou tão furioso que saiu de seu quadro, deixando sua capa esvoaçando atrás de si. Como aquele inútil do Black ousava falar com ele dessa maneira?!

- Snape! Espera! Quero falar com você. – Pediu Lilian.

Severo não virou, apenas olhou para trás, mas se olhasse bem de perto, veria seus olhos cheios de lagrimas contidas. Ele, mesmo que não admitisse, estava balançado com aquele encontro. Era a mulher que amava ali!

- O que quer, Evans? – Ele perguntou, mas não havia frieza em sua voz. Apenas surpresa e curiosidade.

- Me deixem sozinha com ele, por favor. Pode diretora? – Pediu ela.

- Claro! Vocês, fora daqui! Andem, andem, andem. Não têm nada o que fazer não?! – Dizia Minerva, empurrando todos para fora.

- Pois bem, Evans, pode começar. – Disse Severo, assim que se viu sozinho com ela. Até os quadros haviam os deixados sozinhos, não estavam lá.