Seu quarto era invadido pelos poucos raios de sol que entravam pela janela entreaberta. Se espreguiçou e bocejou, coçando os olhos. Justin levantou-se e foi até o banheiro para fazer suas higienes matinais. Logo foi se trocar, colocando uma roupa qualquer e confortável, já que hoje iria passar o dia em casa, provavelmente. Estava de volta a Atlanta, depois de uma longa semana visitando seu pai no Canadá e acompanhando sua namorada em alguns shows. Nada muito cansativo, apenas o seu dever.

- Bom dia, mãe. – disse passando pela sala e acenou pra sua mãe, sentada no sofá.

- Olá querido. – ela abriu um sorriso.

Justin se dirigiu para a cozinha, procurando algo pra comer, estava com fome. Sua barriga roncava alto. Encheu uma vasilha com cereal e leite, nada alem disso. Aliás, já eram praticamente 11 horas da manha, logo viria o almoço. Lembrara de ter ligado para seus amigos, Ryan e Chaz, para passarem um tempo aqui em sua casa. Tinha mais algumas semanas de férias, até voltar para sua amada turnê. Já sentia falta do palco, de cantar e especialmente de seus fãs. Sentia falta de toda aquela euforia, aquela energia que eles passavam si. Era bom e inexplicável. Ainda se pegava pensando se isso era realmente real. Agora era um dos cantores mais famosos, ricos e comentados pelo mundo. Sua musica era uma das mais ouvidas e tinha uma namorada linda e famosa, que nunca imaginou ter.

Realmente, realizar um sonho era incrível. Mágico, maravilhoso. Se sentia nervoso em pensar que se fizesse uma misera coisa errada, poderia deixar milhões de pessoas tristes. E não queria isso. Claro que não. Queria ver seus fãs sorrindo. Sempre.

- Justin, seus amigos ligaram hoje de manha, você estava dormindo, não quis acordar. – sua mãe adentrou na cozinha, com um sorriso fraco no rosto.

- Tudo bem, eu ligarei de volta. – Justin sorriu de volta. – Não disseram nada se viriam ou não? Estou com saudades deles, de nós três juntos. – deu uma risadinha curta.

- Eles não disseram, acho melhor você ligar, sabe como são. – Pattie o acompanhou, rindo fraco também.

Justin logo terminou de comer seus cereais. Colocou a vasilha na pia e foi até a porta, saindo. Como de costume, foi checar a caixa do correio. Muitas vezes recebia cartas de fãs ou cartões postais de amigos ou da família. Ah, sua amiga Caitlin, por exemplo, havia viajado algum tempo para o México, e Justin com certeza queria saber as noticias da amiga.

Pegou as cartas que provavelmente eram pra ele e logo voltou pra casa. Subiu as escadas em direção ao seu quarto e se sentou na cadeira em frente a escrivaninha. Olhou as cartas, mas, uma lhe chamou atenção. Uma carta de um envelope colorido, mas, que não tinha nome. Não se marcava o nome de quem tinha a mandado. Sentiu até medo de abri-la, sua mãe sempre o alertou.

Depois de alguns minutos fitando o envelope, o abriu. Pegou uma única folha com algo escrito. Uma letra bonita e totalmente caprichada, alguns desenhos bonitinhos ao lado no papel, ah! E como tinha um perfume maravilhoso aquele pedaço de papel. Logo começou a lê-la. Dizia algo como:

“Meu Querido Justin,

Tenho quase certeza que sou invisível pra você. E me sinto, como uma pequena formiga tentando chamar sua atenção. Aliás, você tem uma namorada bonita, é um garoto totalmente famoso, não iria ter motivos pra você me querer, certo?  

Eu tenho motivos reais, palpáveis e óbvios para te amar. Você é bonito, seu abraço é quente, seu sorriso tem mil quilômetros iluminados, seu humor me faz rir 100 encarnações e você é bom em tudo, mesmo não querendo ser bom em nada. (...) Amo seus erros assim como amo os acertos, porque o que eu amo, enfim, é você. Sempre será. Pena que você nunca sentira o mesmo por mim.

Apenas nunca esqueça que há alguém aqui que te ama, além de tudo. E que sempre vai te amar.

                                    Com todo amor da Sua Garota Secreta. “