Canela e Menta-amor em Três Dias? escrita por Livawitch


Capítulo 1
Canela e Menta- Capítulo único




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Faz de conta que eles não se conheciam ok?

 

Primeiro dia

 

Karin

 

Eu estava entediada, sentada numa pracinha. Os meus amigos estavam todos ocupados e eu não estava com vontade de jogar futebol sozinha. Fui andando com a cara fechada. Resolvi comprar um sorvete. O sorveteiro não estava lá. Maravilha. Coloquei a minha bola no chão e chutei com toda a força pra bem longe. Levou alguns segundos para lembrar que fora com o meu próprio dinheiro que comprei aquela bola. Corri até achar. Um garoto de cabelo prateado estava segurando-a.

-Está bola é sua?

-É sim. O garoto jogou a bola para mim.

-Tome mais cuidado.

-Obrigada.

-De nada. Notei alguma coisa de diferente naquela garoto. Além do fato de ele ser baixinho, é claro. Resolvi tentar puxar assunto.

-Bom... Err... Você mora aqui por perto? Ele abriu a boca para responder quando foi interrompido pelo toque do celular. Ao mesmo tempo, senti uma péssima presença.

-Desculpe-me. Eu tenho que ir. Ele começou a correr na direção indicada, porém sentiu uma mão em seu braço.

-Não, não. Por favor não vá para lá.

-Por que?

-Eu não tenho um bom pressentimento com relação áquele lugar. O garoto pareceu ter ficado espantadíssimo. Ele olhou para o celular, murmurou algo como já tem alguém mais perto e depois olhou para mim de novo. Pareceu ficar meio sem graça.

-Quer tomar um... Sorvete?

 

Hitsugaya

 

Nunca fui bom em lidar com garotas. Olha só a cara dela. Ela deve estar me achando maluco, porém preciso verificar se ela tem algum poder, pois tem uma reiatsu muito elevada.

-Ok. Ela sorriu. Senti-me aliviado. –Qual o seu nome?

-Hitsugaya Toushirou. E o seu?

-Kurosaki Karin.

-Kurosaki?! Você é irmã do Kurosaki Ichigo?

-Sou sim, você o conhece?

-Sim, sim!

-Gozado, ele disse que não falava com pirralhos...

-O que você quer dizer com isso?! Sentei-me com ela e nós tomamos um milk-shake. Matsumoto apareceu e ficou cantarolando algo como “O capitão ta com uma namorada”. Depois apresentou um relatório e foi embora. Fiquei surpreso ao ouvir a garota retrucar para a loira que não era minha namorada. Então ela via shinigamis. Consegui entender que ela tinha uma noção básica do que era um shinigami. Expliquei para o que era a soul society, sobre as treze equipes e coisas do gênero. Ela pareceu ficar interessadíssima.

-Então você é um capitão?

-Sim.

-Todo capitão é baixinho igual a você? Ela pareceu estar falando aquilo só para me irritar.

-Sim. Nós moramos na ilha dos pigmeus. Ela riu. Depois despedi-me dela e fui falar com Matsumoto.

 

 

 

Segundo dia

 

Karin

 

Tédio. Tédio. Coloquei meu boné e sai de casa. Não agüentava aquele tédio. Queria interrogar Ichi-nii sobre shinigamis. Sabia que estava errada mais estava rezando para que aparecesse aquele... Hollow. Daria pra descontrair. Fui andando lentamente até sentir aquela presença desconfortável. Sem pensar, corri na direção dela. Quando me toquei estava na frente de um monstro gigantesco. Recuei alguns passos, fiz a mira e chutei minha bola com toda força. O Hollow desviou a bola com uma das mãos e começou a avançar na minha direção. Fiquei morta de medo. Comecei a recuar novamente enquanto ele avançava pra cima de mim. Vi um pedaço de tronco no chão e peguei. Era grosso e pesado. Ele não iria me matar sem sofrer. O Hollow avançou e eu preparei-me para bater na máscara dele com todas as minhas forças. Quando ele estava a menos de meio metro fechei meus olhos e coloquei toda minha força no pedaço de tronco. Senti que fui atirada no chão por alguma coisa e o rugido do Hollow sumiu. Abri os olhos lentamente e vi o garoto de cabelos prateados em cima de mim, com o rosto a centímetros.

-Você é maluca? Como pode sonhar em enfrentar um Hollow desses? Ele não parecia notar o que a proximidade com ele estava fazendo com meus pensamentos. Ele tinha um cheiro delicioso de menta e o meu desejo era enterrar o rosto no peito dele só pra sentir melhor o cheiro. Meus pensamentos estavam embaralhados. Eu nunca ficara tão próxima de um garoto assim. E ele era diferente dos idiotas que eu andava. Era maduro. Finalmente eu me dei conta que deveria estar parecendo uma idiota com a boca aberta olhando para ele. Empurrei-o de cima de mim e limpei minha roupa.

-Muito obrigada... Você me salvou...

-Não foi nada...

 

Hitsugaya

 

Estava andando quando o bipe do celular tocou. Fiquei levemente satisfeito. Estava um tédio. As 3:00 da tarde, sem nada para fazer. Fui em direção ao Hollow até que algo voou em minha direção. Era um bola de futebol que eu conhecia bem.

-Ah não! Karin!Cheguei a tempo de ver a garota corajosamente erguendo um pedaço de tronco contra um Hollow muito grande que vinha em sua direção. Rapidamente atirei uma onde de gelo que o destruiu e joguei-me em cima dela para que ela não se machucasse com estilhaços. Logo me arrependi. Ela estava muito próxima de mim e quando seus olhos castanhos se abriram e me encararam com surpresa, eu senti algo inusitado até aquele momento. Vontade de beijá-la. Ela tinha um cheiro delicioso de canela. Não, não! Você é um capitão e não pode se dar ao luxo de beijar uma garota humana! Comecei a reclamar com ela enquanto ela me encarava. Do nada, me empurrou um pouco bruscamente e agradeceu por tê-la salvado. Depois me virou as costas e saiu andando para não sei onde.

Beijar... Nunca pensara naquilo. Seria algo tão bom assim? Uma mulher loira interrompeu meus pensamentos.

-Ah capitão que droga, eu estava doida por esse Hollow. Matsumoto fez biquinho.

-Não tenho culpa se você é lentaa Matsumoto. -Perguntei-me se teria coragem de beijar alguém na minha vida. A pergunta saiu antes que eu pudesse me conter.

-Matsumoto... Como é beijar? -A loira arregalou os olhos azuis de espanto. Passado o choque ela começou a pular e cantarolar algo como “Taishou está apaixonadoo”. Depois ela me abraçou esfregando aquele desconfortável volume no meu rosto. Empurrei-a com força. Ela riu e me arrastou pra um banco.

-Quem diria em? Logo você. -Ela começou um ataque de risos e tive que esperá-la terminar. –Bom, bom... Beijar é algo bom. Você está recebendo carinho e a pessoa que você está beijando também. Além do mais é prazeroso em todos os sentidos.

-Hum... E como que se faz isso? Matsumoto estava se sentindo o máximo vendo o Taishou tão inocente perguntando coisas para ela. Geralmente era ao contrário.

-Só da pra saber fazendo.

-E tem como errar?

-Creio que não. Eu nunca errei! Se você quiser a gente pode treinar...

-Sai pra lá Matsumoto! (O Hitsugaya é meio Gay né? Brincadeirinha ^.^)

-Hum, Hum Taishou, só queria lhe ensinar. Fechei a cara para ela. –Agora me fala Taishou, por que você está querendo saber isso? Seja sincero!

-Bom, err... -Ela me pegou. Pela primeira vez eu estava sem palavras com ela. Acabei falando a verdade.

–Hoje, quando eu destruí o Hollow eu me joguei em cima da Karin pra protegê-la dos estilhaços de gelo e nossos rostos ficaram muito próximos... Ela tinha um cheiro tão bom... Eu fiquei com vontade de experimentar seus lábios... Fiquei perdido em recordações até perceber o olhar maternal de Matsumoto.

-Ahh que lindo! Fechei a cara novamente para a loira. Levantei do banco e agradeci de má vontade pela ajuda. Sai caminhando sem rumo até anoitecer.

 

 

Terceiro dia

 

Karin

 

Sempre pensava como os garotos eram idiotas e como alguma menina em sã consciência poderia gostar de algum deles. Sempre desprezei as garotas apaixonadas da minha sala e imaginava como era nojento beijar algum deles. Agora comparando com a minha situação atual, não conseguia parar de pensar num certo garoto de cabelos prateados e em seu cheiro, em como seus lábios ficaram próximos... Aquilo era frustrante. Resolvi perguntar a quem mais sabia de meninos. Um menino.

-Ichi-nii, você está ocupado?

-Não, pode entrar Karin.

-Ichi-nii, quero falar com você.

-É sobre shinigamis né? Eu prometi que falaria com você mais esqueci completamente, perdoe-me Karin eu...

-Não é sobre isso. -Interrompi o discurso dele.

-Não? Ele pareceu surpreso. -Então é sobre o que? (às vezes eu me pergunto se a Karin dessa fic tem problemas mentais... Quem é que vai perguntar pra o irmão mais ciumento do mundo sobre outro garoto do qual se está gostando?).

-Bom... Err... Ah deixa... -Dei as costas á ele e me preparei para sair do quarto. Ele puxou minha mão e me colocou sentada na cama dele. Parecia vivamente interessado e curioso. Eu nunca dera espaço para ele participar da minha vida antes e eu sabia que era sua irmã favorita. Ele sempre quisera isso.

-Pode falar Karin. Não vou ficar espantado.

-Ichi-nii, como é beijar? -Perguntei de supetão. Quase gargalhei quando ele ficou espantado. Espantado é pouco. Espantadíssimo. Depois pareceu achar que eu estava doida.

-Pra que você quer sabe isso?

-Só... Só pra saber. -Ele me encarou fixamente.

-Não minta pra mim Karin.

-Ah... Bom... é que... Um garoto caiu em cima de mim hoje e ele tinha um cheiro delicioso. Eu fiquei com muita vontade de beijá-lo. Além do mais ele é diferente de qualquer outro garoto que já tenha conhecido. É maduro, gentil, tenta fingir que não é, porém é sensível... -Não queria que ele descobrisse quem era.

-E eu conheço?

-Sim. Ele parecia notar minha relutância em dizer quem era.

-A sua descrição aprece com alguém que eu conheço. Ele falou brincando. Jamais imaginaria que a suposição estava certa. Ah antes da gente falar sobre isso, onde você estava hoje o dia todo?

-No parque.

-Hoje teve um Hollow lá... Ele comentou enquanto retirava um fio prateado de minha blusa distraidamente. Prendi o fôlego quando vi ele prestando atenção ao fio e somar dois mais dois. –Não me diga que é o Hitsugaya Toushirou? A voz dele estava controlada.

-Se você diz pra não dizer, eu digo que não é!

-Karin! Esse garoto é um capitão! E ele é muito mais velho que você!

-Ah e se a Rukia fosse capitã você ia deixar de beijá-la por isso? Ela também é muito mais velha que você. Mais de cem anos. Ou você pensa que eu não vi vocês se agarrando aqui na esquina. -Ichi-nii ficou sem resposta. Depois suspirou, derrotado.

- Beijar é algo bom. Você está recebendo carinho e a pessoa que você está beijando também. Além do mais é prazeroso em todos os sentidos. O resto você tem que descobrir sozinha... Eu preferia que você não descobrisse nunca...

-Se você abrir a boca pra falar qualquer coisa com o Hitsugaya-kun, eu te mato!

-Ok, ok... Ele parecia estar desanimado com a idéia de que eu fosse beijar o capitão de cabelo prateado. Agradeci de má vontade e dei as costas a ele.

 

 

 

Hitsugaya

 

Ela queria... Pelo olhar dela ela queria beijar-me. Não queria? Esses pensamentos não saiam da minha cabeça. Todos estavam estranhando eu estar tão distante e Matsumoto dava risinhos como quem sabia das coisas. Resolvi sair. Meus pés me guiavam a lugares que eu imaginava que uma certa garota estaria. Finalmente encontrei-a em um jardim que eu nunca antes fora. Ela me percebeu antes de eu chegar perto. Sorriu ao me ver.

-Olá Hitsugaya-kun. -Ela saudou calorosamente. Respondi com um sorriso. O sorriso dela aumentou. Ela tinha belos lábios. Corei com o pensamento que veio a minha cabeça logo após esse. Ela observou-me curiosa. Não imaginava que ela estava pensando a mesma coisa que eu. Finalmente tomei coragem.

-Karin eu...

-Hitsugaya-kun eu... Os dois falaram ao mesmo tempo. Ela corou e desviou o olhar. Eu aproximei-me dela e suavemente virei seu rosto na minha direção. Quase pude ouvir o coração saltitando no peito dela. Ainda sem acreditar no que estava fazendo, aproximei lentamente meu rosto do dela. Ela fechou os olhos enquanto nossos lábios se colavam. Primeiramente foi somente uma espécie de selinho mais demorado. Nos separamos mais ela me puxou de volta. Abriu um pouco a boca dando acesso a minha língua e começamos um beijo de verdade. Finalmente entendi o que Matsumoto quisera dizer. Karin sorriu para mim e me beijou novamente. Depois eu a abracei.

-Acho que ficarei mais uns tempos por aqui...


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Notas finais do capítulo

Leiam a continuação
Canela e Menta 2 temporada
Agora eles estão mais velhos
(Fiz uma pequena revisão nessa fic e agora que vi a última frase que escrevi no anúncio da segunda temporada "Agora eles estão mais velhos", não parece o slogan da turma da Mônica jovem? "Eles cresceram!". Mas eu fiz antes de lançar a Mônica Jovem, então quero direitos autorais!!)