Bonds escrita por frozenWings


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo quase não sai hein. q
Eu estou tentando terminar essa fanfic o mais rápido possível, mas parece que ela vai demorar um pouco mais que o esperado. Bem, eu espero que gostem e façam comentários realmente críticos. Se não é pedir muito, é claro.
Boa leitura, pessoal!



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Existem muitas coisas que eu não sei sobre a Rukia até hoje. Uma pessoa assim, tão misteriosa... Alguns me aconselhariam a meramente deixá-la pra lá. Não confiariam em alguém desse tipo. Eu não, eu penso diferente.

Apesar de nossas diferenças gritantes, Rukia era a única pessoa em quem eu confiava desesperadamente. Ela percebia isso.

Um tipo de confiança que não precisava ser posta em palavras ou em rendição de segredos. Eu acreditava que ela estava fadada a ficar ao meu lado. Mesmo que não fosse constantemente, alguma força invisível sempre nos uniria em encontros ocasionais.

Eu simplesmente sabia que por alguém como ela, eu daria a minha vida.

            Cigarros e bebidas espalhados por todo o quarto.

Geralmente este era o tipo de ambiente que Grimmjow mais apreciava e periodicamente ousava visitar. É claro que aquele quarto não fazia parte da casa de Byakuya e sim de um motel pouco luxuoso, feito para ocasiões não muito especiais.

Ele estava babando no travesseiro quando seu celular vibrou por baixo de seu corpo. Pareceu inútil, pois ele não acordava. Decerto, tinha sono pesado.

Uma mão próxima de onde o azulado deitava se sobressaiu — motivada pelo barulho — por baixo do cobertor, puxando-o com preguiça.  

— Alguém desligue essa porcaria! Eu quero dormir. — gemeu uma mulher, sonolenta demais pra perceber que tinha puxado o cobertor ao ponto de revelar dois corpos nus em cima da cama.

— Brrr... Que frio! Quem puxou o cobertor?! — resmungou outra garota idêntica à primeira, encolhendo o corpo e voltando a cair num sono.  

— Fala sério, como vocês são barulhentas. — bocejou ele, espreguiçando-se sem vontade. — Que barulho irritante é esse? — questionou com uma voz arranhada, fitando as gêmeas.

— É o seu celular, Jowjow. — informou a primeira, alcançando o aparelho e sentando-se na cama. — Você não vai atender. Deixe chamar. — decidiu, encaixando o celular por entre os seios gigantescos.

O celular continuou a vibrar e tocar um instrumental pesado de guitarra.           

Grimmjow esfregou os olhos, tentando espantar um pouco do sono misturado à ressaca.

Aquele tipo de situação já se tornara rotineira para o rapaz. Uma vez ou outra se aproveitava do que sobrara de sua fama para atrair mulheres fáceis que freqüentavam boates.

— Nem brinque, garota. — murmurou, erguendo sua coluna até que encostasse no respaldo da cama. — Aqui, devolva pra mim. Pode ser trabalho. — mandou num tom seco, batendo por cima da virilha como se a indicasse onde deveria sentar.

A garota fez um olhar triste, marchando de joelhos até acima do colo de Grimmjow. Ele poderia simplesmente pegar o aparelho de volta, porém, achou mais divertido pressionar os seios com as mãos até que o celular fosse expulso em um pequeno salto.

Ele o pegou ainda no ar, vendo que quem ligava era alguém conhecido. Atendeu.

— O que você quer a essa hora da manhã, Hisagi?

— Como assim a essa hora da manhã? Pare de alucinar, Grimmjow. Já são quase quatro horas. Pelo visto você a noite foi longa, não é?

— Isso não vem ao caso. O que você quer finalmente? Eu estou meio ocupado.

— Você esqueceu completamente, não? Cara... Nós marcamos de toda a banda se encontrar na cafeteria perto do colégio da Kuchiki para conversarmos sobre aquele assunto, lembra?

— Ah, droga... Eu acabei esquecendo.

— De todo modo, você sabe como chegar até aqui?

— Mais é claro, não me subestime. Já sei andar por quase toda Karakura. Aguenta aí. Chego em torno de meia hora. Até mais.

— Quem era, Jowjow? — perguntou a garota, beijando-lhe o pescoço.

— Era o baterista de minha banda. Bem, eu agora tenho um compromisso. — suspirou, afastando-a para o lado enquanto procurava vestígios de suas roupas. A calça não foi encontrada, mas achou sua carteira por trás do travesseiro. — Tome, quando saírem, paguem a outra metade. — jogou algumas notas por cima do colchão, continuando a procurar as peças conforme chutava uma ou duas garrafas pra fora do caminho.

— Você vai nos...

— Não. Eu não vou ligar. Não faremos isso novamente. Eu não gosto de transar mais de uma vez com as mesmas garotas. Assim evitamos muitas coisas desagradáveis. — interrompeu, pondo a camisa e em seguida a cueca. — O meu único compromisso permanente é com a música. — riu, apanhando e equilibrando um cigarro entre os lábios.

            Não tão longe dali estavam Hitsugaya, Renji e Hisagi sentados de mau humor em uma cafeteria.

Hisagi tinha chegado à casa dos Kuchiki’s juntamente à Matsumoto. Ele era o baterista da banda. Um rapaz moreno e medialmente alto. Tinha algumas tatuagens ao delongo do corpo, sendo uma das mais chamativas o “69” em sua bochecha e uma espécie de “coleira” feita no pescoço. Além de usar uma longa fita anexada à metade do rosto, do outro lado havia uma sequência de cicatrizes que pareceram terem sido causadas por garras gigantes. Hisagi nunca comentou sobre a cicatriz.

De todos talvez fosse o mais espalhafatoso com esses pequenos detalhes excêntricos.

— E então, o que ele disse? — questionou o grisalho, puxando o pequeno cardápio acima da mesa.

— Falou que chega aqui em meia hora. — respondeu Hisagi, agitando os cabelos.

— Vocês acreditam mesmo nisso? Sinceramente... Grimmjow não tem jeito. — suspirou Renji, ajustando a faixa negra que amarrara na testa.

— É um irresponsável. — murmurou Toushirou, analisando as opções existentes.

— Eu queria que voltássemos a ter sucesso como antes. Só assim voltaria a ter tanta popularidade quanto o Grimmjow em relação às garotas. — reclamou Hisagi, apoiando o queixo em uma das mãos.

— Que bobagem, Shuuhei. — sussurrou Hitsugaya, achando tudo aquilo muito inútil.

— Boa tarde. Vão querer pedir alguma coisa? — questionou a garçonete, erguendo um pequeno bloco de notas.

  — Traga-me um café descafeinado. — pediu o grisalho, passando uma das mãos no cabelo.

Ele desviou os olhos para a quadra próximo à cafeteria. Ficou a observar algumas alunas jogarem futebol.

— Que nostálgico. Eu nem sei quando foi a última vez que fui ao colégio. — riu Renji, notando que Hitsugaya tinha olhado para aquele lado por algum tempo.

O pequeno curvou a coluna, cruzando os braços e apoiando o queixo de mau humor.     

— Você é mesmo um delinquente, não é, Renji? — zombou Hisagi.

— Não seja idiota. Eu só não tive a oportunidade como todo mundo. — bufou ele, não gostando da brincadeira.

— Talvez tenhamos a chance... Algum dia, quem sabe. — murmurou Toushirou, tentando parecer imparcial.

— Parou onde, Hitsugaya? — perguntou Shuuhei.

— No segundo ano. — respondeu sem emoção.

— Então eu fui o único que terminou. — disse Hisagi, orgulhoso do próprio comentário.

— Como é? E ainda sim é o mais burro? — perguntaram Renji e Hitsugaya em uníssono.

— O quê?! — estalou a língua, irritado.

— Em todo caso, você não é o único. O líder dessa banda também foi devoto aos estudos. Aquele cara, realmente... — Renji iniciou, repuxando um sorriso.

— Qual é a boa, rapazes? Cheguei. — surgiu Grimmjow, parecendo o mesmo disposto de sempre.

— Atrasado como de costume. — resmungou Toushirou, perguntando-se onde tinha se metido a maldita garçonete e o seu café.

— A essa hora do dia e o pivete já está reclamando? E então, quando vamos resolver o tal assunto lá? — perguntou ele, vistoriando o local.

Algo tinha lhe chamado a atenção.

Nada como colegiais “tentando” jogar futebol...

Existia uma garota em especial que comandava todas as outras. Ela não era do tipo feminina. Aquilo fez Grimmjow soltar uma risada. Ela mais parecia um garoto.

— Cuidado aí! — gritou ela ao ter perdido o controle sob a bola.

A bola partiu como se fosse um foguete em combustão, acertando em cheio o rosto do azulado.

Os outros três ficaram paralisados, tudo tinha acontecido muito rápido.

A garota saiu do alcance da quadra, seguindo até o guitarrista.

— Desculpe. Você está bem? — perguntou ela. Era Tatsuki.

A bola finalmente desgrudou da sua cara, caindo em ambas as mãos.

— Claro que estou bem. Você chuta como uma criancinha. — caçoou ele, com o rosto realmente vermelho. — Pode até parecer um menino, mas ainda tem a força de uma menininha frágil. Que piada. — acrescentou ao ter jogado a bola de volta à ela, como se não estivesse satisfeito com o que dissera de início.

Tatsuki pegara a bola. Ela arqueou as sobrancelhas. Que sujeito mais petulante...

— Você parece ser um daqueles caras de ego inflado. Esse tipo de pessoa é um perigo. Eu definitivamente não perderia meu tempo discutindo com alguém assim. Bem, até mais. Tente fazer algo mais útil do que tentar elevar esse seu mini-ego. — respondeu tranquilamente, retornando à quadra onde estavam as outras garotas.

Os demais começaram a gargalhar. A expressão de bobo do Grimmjow estava hilária.

— Parem de rir, seus malditos! — rosnou ele, um pouco frustrado.

— Bem, apesar de eu ter gostado bastante, não temos tempo pra isso. Vamos sair daqui. — tossiu Renji, empregando meios de parar as ondas de risos.

— E a porcaria do café não chegou. Que péssimo atendimento. — disse Toushirou com insatisfação, levantando da cadeira.

— Vocês sabem quando é que o nosso ilustre líder vai voltar? — questionou Hisagi, fazendo o mesmo.

— E você espera que saibamos? Aquele cara sempre foi imprevisível. — suspirou Renji, começando a andar.

             Do outro lado da cidade, Ichigo retornava à sua casa. As pernas ainda tremiam por causa do convite que tinha feito à Inoue. Ele buscou se conter, afinal, daqui a pouco teria que comer com ela. Sorte que Inoue sabia onde era a lanchonete... Assim o poupava de acompanhá-la. Dessa forma não ficaria tão embaraçado.

Ele girou a maçaneta. Tinha de ficar quieto. Não poderia falar que ia a um encontro à sua família... Principalmente à Isshin. Sinceramente, aquele velho o matava de vergonha.

Para o seu alívio, a casa estava vazia. Não fez menção em achar alguém. Pelo contrário, saiu com as pontas dos pés até a escada, subindo ao seu quarto.

Chegando lá, ele tratou de verificar as coisas mais essenciais. Não tinha muito, mas o dinheiro era suficiente pra levar a ruivinha até a lanchonete. O que mais o preocupava era sobre o que iriam conversar... Afinal, nunca foram de ter muitos assuntos em comum.

E se ele travasse e não conseguisse dizer nada produtivo? E se Inoue o odiasse depois do seu comportamento vergonhoso? E se a comida demorasse muito e eles tivessem de olhar um pro outro por muito tempo? Essas perguntas o estavam matando.

Ichigo jogou a maleta por cima da cama, olhando através da varanda. O quarto de Rukia também estava silencioso. Não tinha visto sequer quando ela fora embora da sala.

— As coisas andam um pouco estranhas. — falou pra si mesmo, movendo os olhos para um relógio pregado no alto da parede de seu quarto. — O quê? Já é essa hora? Eu tenho de me arrumar!

            Duas horas tinham se passado, o céu estava nublado. Ichigo estava checando seu hálito quando finalmente chegou à lanchonete. Para a sua surpresa, Inoue já tinha chegado. Ela era mais que pontual.

Engoliu em seco, tentando parecer o mais amigável possível, o que era quase improvável já que naturalmente tinha uma expressão assustadora.

— Inoue, você chegou cedo... Te deixei esperando por muito tempo? — perguntou, colocando ambas as mãos por dentro de seu casaco acinzentado. Dessa forma elas não criavam algum tipo de mania causada pelo nervosismo.

— Não, acabei de chegar. Você está bonito, Kurosaki-kun... — elogiou timidamente, apertando as alças da bolsinha que carregava.

“Ah, é mesmo! Que droga... Normalmente quem faz esses tipos de elogios são os garotos.” Pensou ele, por pouco não batendo a mão contra a testa.

— Ah, obrigado... Mas eu não posso ser comparado a você, hein? Está muito mais bonita que no colégio. — corou, se embaralhando com as palavras.

Ela estava realmente formidável. Usava uma blusa roxa de mangas com uma saia medial de renda. Mas não eram as roupas, Inoue conseguia ser bonita sem nada disso, até mesmo sem maquiagem.

— Bem, vamos entrar? — sugeriu ele, abrindo a porta para a ruivinha.

Ela acentiu, com as bochechas ruborizadas.

Cuidaram de escolher uma mesa afastada das demais. Esta ficava próxima à janela. Tinha um clima agradável apesar do barulho causado pelas conversas paralelas. 

— Vamos olhar o cardápio, e... — falou Orihime, usando a ponta do indicador como marcador nas opções que lhe chamavam a atenção.  

— Posso anotar o pedido de vocês? — questionou um timbre estranhamente familiar à Ichigo.

Ele girou a cabeça, quase engasgando com a própria saliva.

— RUKIA! O que está fazendo aqui? — perguntou aos gritos, vendo a pequena devidamente trajada com o uniforme da lanchonete.

— Eu disse que o atendimento dessa lanchonete é ótimo. — pôs a mão na bochecha, abrindo um sorriso teatral. — Já decidiram, senhores?

— Oh, que surpresa a Kuchiki-san trabalhar aqui. — comentou Orihime, piscando rapidamente.

— Hoje me chamaram pra uma entrevista e como sou muito habilidosa, já me encaixei com a vaga. — explicou ela, apontando pra si mesma com o polegar.

Ichigo ficara em silêncio. Será que esse era o assunto que mais cedo Renji queria tratar com ela?

— Poderia me trazer uma porção de batatas-fritas, Kuchiki-san? — perguntou Inoue, com um sorriso gracioso.

— Claro. — respondeu ela, anotando. — E você, Ichigo?

— Qualquer coisa... — respondeu meio sem notar.

O decorrer do encontro até que não foi ruim. Inoue iniciou uma conversa sobre suas invenções culinárias. Ela ficava tão entusiasmada em falar sobre que mal dava espaço para Ichigo comentar algo. Uma vez ou outra ele resmungava sobre o colégio, dizendo o quanto desejava que o ano acabasse logo. O assunto se desenrolou, mas se limitou a ser superficial.

Rukia continuava a atender outras mesas. Parecia animada com o emprego. Ela dissera que só largaria por volta das dez da noite. Por algum motivo, o encontro não saiu como Ichigo esperava.

Ele levou a ruivinha até em casa. Eles trocaram algumas palavras e olhares de despedida, até finalmente se separarem.

Será que tinha se saído bem? Questionava-se Ichigo, com as mãos por dentro do casaco.

Ele voltara para a sua casa, subindo ao quarto. Já eram 22h30min.

Decidiu articular o corpo na varanda, vendo os seus peculiares vizinhos adentrando à casa de Rukia.

O que os Thunders estavam fazendo hospedados ali? O mistério que envolvia a família Kuchiki conseguia vagamente irritá-lo.

Ele olhou pro céu. As nuvens antes acumuladas começaram a despejar uma chuva pesada seguido de relâmpagos.

Ichigo ia retornar ao quarto quando ouviu uns murmúrios esquisitos do quarto de Rukia.

Ele esticou o pescoço para ouvir melhor. Identificou algo semelhante a um gemido.

— Rukia, você está bem?! — gritou para que ela ouvisse.

Não houve resposta.

As luzes do quarto da pequena mantiveram-se acesas, porém, as cortinas nas portas de vidro impediam que Ichigo pudesse ver o que acontecia no interior deste.

— Será que ela já chegou? — murmurou ele, já encharcado pela chuva.

Mordiscou o lábio inferior. Não era do tipo que esperava uma resposta quando podia simplesmente buscá-la.

Como da última vez, ele tomou distância e saltou para a varanda da pequena, agradecendo pelas varandas serem tão próximas.

“Será que estou fazendo a coisa certa?” Pensou, iniciando alguns passos. “Dane-se. Eu... Eu quero vê-la.”

Com alguma facilidade, ele abrira a porta de vidro, enxergando Rukia de pijama no canto da cama.

Ela estava encolhida. Seus ombros tremiam.

— Rukia... — sussurrou por impulso.

A garota ergueu a face, com os olhos inundados de lágrimas.

— Ichigo, o que está fazendo aqui? — perguntou, enxugando as lágrimas com velocidade.

— Eu escutei alguns barulhos... Então eu vim ver se você estava bem. — respondeu, ainda desconcertado.

Rukia soltou um longo suspiro.

— Você vai querer me zombar, mas eu odeio trovões, sabe? Geralmente nessas situações, o nii-sama ficava comigo até que a tempestade acabasse. Eu me sentia protegida... Mas hoje ele não está em casa... Então, esse medo meio que tomou conta de mim. — falou ela, tentando esboçar um sorriso.

— Ah, é isso? — perguntou, andando até à morena. Ele se sentou ao lado da cama, cruzando os braços.

— O que está fazendo? — Rukia arregalou os olhos.

— Eu vou ficar aqui até que a tempestade passe! — exclamou ele, franzindo o cenho. — E agora você trate de tentar dormir. Não se preocupe, eu fico bem no chão.

— Ichigo... — esse não era o tipo de reação que ela esperava vindo do ruivo.

— Se você está com medo, então eu vou espantar esse medo pra você. Não fique querendo ser a durona o tempo todo! Não há porque ter vergonha em sentir medo. Enfrentá-lo com um amigo torna as coisas menos dolorosas. — resmungou ele sem encará-la, enquanto bagunçava os cabelos.

Rukia não encontrou palavras que o retribuísse à altura.

— Obrigada. — murmurou com um tom amoroso, achando que essa palavra resumia tudo o que gostaria de dizer.

“É verdade, Ichigo tem razão. Nós nos tornamos grandes amigos...” Refletiu a pequena. “A presença do Ichigo... Aquece meu coração.”

Eu talvez não tenha sido honesta, mas o motivo que me levou a derramar lágrimas naquela noite não foi a tempestade, Ichigo. O futuro consegue nos amedrontar mais que uma simples chuva de trovões. Alguém como eu, que esconde seus verdadeiros sentimentos pode ser chamada de amiga? Ainda que a resposta seja não, eu não quero que você me odeie.

Sabe Ichigo, tempestades ainda molham o meu rosto. O futuro não parece ser mais tão promissor quanto eu pensava.


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Notas finais do capítulo

Eu não sei se falei isso, mas eu adoro escrever os pensamentos e as cenas com os Thunders. kkk