In Love Again escrita por BabyS


Capítulo 5
OUR SONG


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem mesmo pela demora mas é que eu estava sem criatividade. Bem, esse capítulo não tem muita informação que contribua diretamente para o desenvolvimento da história mas eu achei interessante mostrar como o relacionamento entre Bella e Damon havia evoluído.



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Ficar na casa dos Salvatore estava virando o meu passatempo preferido. E frequentemente eu me esbarrava com a Elena por lá o que me fazia sentir como se eu fosse uma intrusa, porque o namorado dela morava naquela casa e ela tinha o total direito de passear por lá o quanto quisesse, mas eu, era apenas eu... A única coisa que me impedia de não voltar mais lá era o Damon. Passar o tempo ao lado dele me fazia melhor, com alguns momentos - bastante frequêntes na verdade - de felicidade.

 - Damon! - gritei.

 - O que? Onde? - perguntava assustado olhando para todos os lados.

 - Calma. - coloquei a mão em seu ombro fazendo-o parar.

 - Aconteceu alguma coisa? - perguntou ainda tenso.

 - Bem, é que hoje faz um mês que eu me mudei para cá. - eu disse sem graça.

   Ele suspirou aliviado.

 - Só isso? - Damon sorriu torto fazendo aquela coisa com os olhos, que só ele sabia fazer. - Então, acho que vamos dar uma festa... - cantarolou.

 - Não exatamente. O que eu quis dizer foi que hoje faz um mês que eu me mudei e então o meu pai vem me visitar. - falei a ultima frase pausamente par ele compreender.

 - Huh. Que chato, né? - ele fez uma careta franzido o nariz e entortando um lado da boca, mas na verdade acho que ele estava tentando ser solidário, do jeito dele é claro.

 - Não! - lhe dei um tapa, indignada.

 - O que foi? - arregalou os olhos, sem entender.

 - Isso é importante para mim. - expliquei, em um tom mais baixo.

 - Ah, você não explica... 

 - E você não dá valor aos laços familiares. - repliquei com desdém.

 - Minha família é o Stefan e eu acho que os nossos laços estão estreitos até demais.

   Fui tomada por uma onda de compaixão e num impulso joguei os braços em volta dele, abraçando-o pela cintura e me sentido uma criança. Damon retribuiu o abraço, beijando o alto da minha cabeça e afando meu cabelo com as pontas de seus logos dedos.

 - Wow, me desculpem se estou atrapalhando alguma coisa. - Stefan disse aparecendo de repente e me fazendo pular para trás.

 - Juro que estou de saída, só vim pegar minha carteira. - ele continuou se desculpando, mas não como um "Me desculpe!" e sim como um "Huh, eu sei que vocês estavam fazendo algo, me desculpe por atrapalhar a festa" Quando essa hipótese me veio a cabeça e ví a cara sugestiva do Stefan, senti minhas bochechas esquentarem.

 - Que isso Bella, não precisa ficar com vergonha! - ele disse rindo, quando voltou descendo a escada apressadamente.

   Peguei uma almofada que estava no sofá e atirei nele corando mais ainda. Ele a segurou no ar e arremessou de volta mas quem pegou dessa vez foi o Damon.

   Ele me entregou a almofada empurrando me junto com ela e acabei, caindo, sentada no sofá.

 - Vai aonde maninho? - Damon perguntou ao Stefan que já estava com a mão na maçaneta da porta.

 - Eu... - ele começou a responder, mas foi interrompido pelo Damon.

 - Deixa eu adivinhar. - fechou os olhos, figindo estar tendo um acesso ou alguma coisa como prever o futuro. - Vai pra casa da Elenita!

 - Vai procurar sarna pra se coçar Damon!

 - Ah, espera irmão! - Stefan voltou-se para Damon, já ficando irado. - Falando em sarna, que lembra cachorro... Se você ver a Caroline diz pra ela dizer pra mãe dela que eu quero falar com ela. - ele disse se enrolando na própria frase.

 - O que? - Stefan perguntou tão perdido quanto eu.

 - Eu quero falar com a xerife Forbes! - resumiu.

 - Se eu encontrar, eu mando o seu aviso. Mas, o que exatamente a Caroline tem haver com sarna que lembra cachorro?

 - Ela é "amiga" do Tyler. - Damon respondeu rindo e Stefan saiu pela porta bufando... Acho que o Stefan ainda não tinha percebido que a mente do irmão dele era bastante complexa para ser entendida, então a única coisa que se pode fazer é fingir que você entendeu quando na verdade está bem loge de entender.

   Novamente a sós, me levantei do sofá e andei até o Damon que estava distraído enquanto brincava atrapalhando a passagem de uma formiga que ocasionalmente havia cruzado o seu caminho.

 - Você pode me dar uma carona? - perguntei.

 - Claro. - ele respondeu ainda concentrado em sua formiga.

 - Espera, eu vou ligar para a minha mãe. - eu disse pegando o celular da bolsa e discando os números que eu já sabia que cor.

   O telefone chamou, e ela atendeu no segundo toque.

 - Alô?

 - Mamãe, é a Bella. - eu disse - Er, quando o Charlie chega mesmo?

 - Hoje Bella. - ela respondeu, cansada.

 - Hm, mas que horas?

 - Ele vem para o jantar. - ela disse. - Bella, onde você está? - perguntou, provavelmente se obrigando a ter um pouco de preocupação de mãe quando os filhos passam a tarde fora sem avisar.

 - Na casa do Damon. - respondi, mas ela já deveria saber disso.

 - Ah! Mande um beijo para ele.

 - Hmrm. Tchau mãe. - me despedi mas antes de apertar "end" ouvi a Dona Renée berrar o meu nome.

 - Bellaaa! Você ainda está aí?

 - Sim.

 - Não demore muito ok? Estou precisando de uma ajudinha aqui com a comida. - ela realmente parecia desesperada, e me perguntei o que minha mãe estaria fazendo ou tirando do forno nesse exato momento, de uma coisa eu tinha certeza. Não era algo comestível. Mas antes de eu poder perguntar, ela se desligou da linha. 

 - Ele vai chegar quando? - Damon perguntou aparecendo de repente ao meu lado, eu já estava acostumada com essas aparições inesperadas mas nunca deixava de me assustar.

 - Meu pai? - ou quem mais poderia ser? - Ele vem para jantar.

 - Hm... Quer ir no Mystic Grill? Hoje é noite do karaoke.

 - Que parte do "meu pai vem pra jantar" você não entendeu? - perguntei me afastando um pouco para poder olha-lo, ele era realmente alto o que me fazia parecer mais ainda com uma criança.

   Ele apenas deu de ombros e sorriu, culpado. Eu rí.

 - Quer jantar com a gente? - o convidei, esperançosa.

 - Jantar em família? - perguntou fazendo cara de nojo - Acho melhor não...

 - Por favor. - pedi.

 - Sério? - fez cara de quem está quase se rendendo.

 - Por mim, Damon.

 - Tudo bem. Afinal, vocês precisam de alguém para animar a noite. - jubilou-se, e eu já estava acostumada com isso também, na verdade eu já estava acostumada com o Damon, e todo esse seu egocentrismo me parecia engraçado.

 - Claro, claro. Mas sem bebidas. - avisei.

   Damon suspirou pesadamente revirando o olhos, pulando no sofá.

 - Que horas nós vamos? - ele perguntou colocando as mãos em minha cintura e puxando-me para sentar em seu colo.

 - Agora? - eu disse indecisa, a resposta saindo como uma pergunta.

 - Ainda são umas cinco e meia eu acho.

 - Minha mãe está cozinhando, e você sabe que isso significa algo toxicamente não comestível. - rí do meu argumento e suspirei deitando a cabeça sobre o ombro de Damon, eu não queria ir embora, não agora.

   Ele riu, brincando com uma mecha do meu cabelo.

 - Então eu tenho que ajuda-la, ou o Charlie jantará pizza. - continuei.

 - Vocês complicam tanto a vida. - ele disse segurando meus rosto nas grandes mãos e me olhando nos olhos como se quisesse enfiar algumas das suas 'leis' na minha cabeça. - Então, vamos?

 - Claro.

   Fomos conversando e discutindo sobre qual prato seria melhor, não tivesse progresso até então, mas quando chegamos do lado de fora, na garagem, concordamos em algo.

 - Risoles. - dissemos em uníssono enquanto Damon dava a partida no carro.

 - De frango. - completei em polgada para colocar a mão na massa, literalmente.

 - De frango, é claro - concordou - Os de carne tem gosto de borracha.

 - Você já comeu borracha? - perguntei tentando imaginar a cena, o que seria algo realmente engraçado.

 - Não. Mas eu imagino...

 - Sabe, eu sei como é - eu disse.

 - Como é o que? Você já comeu borracha?

 - Não, não. É tipo assim: Você nunca comeu sabão mas sabe o gosto que o sabão tem porque sente o cheiro dele, porque as pessoas também comem com o olfato, entende? mas eu eu sei o gosto do sabão porque eu já comi sabão, o que não vem ao caso... A história é que, eu sinto o gosto do cheiro.

 - As vezes eu acho que você tem uns parafusos a mais... - ele disse rindo.

   Damon ligou o rádio e uma voz melodiosa começou a cantar "I was ridin' shotgun with my hair undone in the front seat of his car". Uma música que eu eu conhecia muito bem...

[Our Song - Taylor Swift]

[Tradução]

Eu e ele nos entreolhamos e sorrimos, e eu já sabia o que vinha em seguida.

  "He's got a one hand feel
             on the steering wheel
             the other on my heart
             I look around turn the radio down
             he says "baby, is something wrong?"

             I say nothin'
             I was just thinkin'
             how we don't have a song
             and he says:" - Cantei usando meu celular como microfone.

   Depois cantamos juntos o refrão enquanto com uma mão Damon controlava a direção do carro e com a outra fingia tocar violão:

 "Our song is the slammin' screen door
            sneakin' out late tappin' on your window
            when we're on the phone
           and you talk real slow
           cause it's late and your mama don't know
           Our song is the way you laugh,
           the first date, man, I didn't kiss her and I should have
           and when I got home
           Before I said amen
           askin' God if He could play it again"

Ele parou o carro enfrente a minha casa e desligou o rádio quando acabamos de cantar.

 - Se ouvirem a gente cantando vão demitir a Taylor Swift e nos colocar no lugar dela. - ele disse rindo.

 - Concerteza. - concordei sarcasticamente enquanto saía do carro e procurava algum sinal de vida da minha chave dentro da bolsa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Se gostaram comentem e se não gostaram comentem também, eu quero saber a opinião de vocês.