In Love Again escrita por BabyS


Capítulo 1
ESCOLHAS E MUDANÇAS


Notas iniciais do capítulo

Na maior parte desse capítulo é sobre Bella e a mudança mas é legal e no próximo a "ação" começa. uahsuahsuahsuahs



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"Será como se eu nunca tivesse existido"

   Isso se repetia em minha mente sempre que ia dormir, sempre que eu acordava e às vezes quando uma gota de consciência escorregava para fpra dp entorpecimento e por alguns segundos aquele que não se deve dizer o nome (e não era o Voldmort) passava por minha mente... "será como se eu nunca tivesse existido", "nunca"... então eu automaticamente entrava em pânico, o ar fugia de meus pulmões e o boraco em meu peito doía incontrolávelmente, e eu me obrigava a tapar as falhas da barreira que me separava da sociedade e de qualquer lembrança. Era sempre asssi.

   Meses passaram desde que ele me deixou; depressão, mumificação e estado de zombie, passei por essas três fases... a todo momento apenas me sentia vazia e desconfortável com o buraco em meu peito latejando nas bordas. Charlie ficou muito preocupado comigo no início e eu posso jurar que ele pensou em me internar em uma clínica para loucos, mas com o tempo foi se acostumando com o gritos no meio da noite, agora já nem vinha mais me olhar... no começo foi realmente terrível, me lembro perfeitamente da primeira noite após o "incidente" eu estava em minha cama, e essa também foi a primeira noite que tive 'o pesadelo' a primeira de muitas, quero dizer a primeira de todas seguintes, eu acordei gritando e me debatendo, o Charlie veio até meu quarto provavelmente pensando que tinha um ladrão ou maníaco tentando me matar, depois de algum tempo ele se acostumou com tudo, se acostumou mas não quero dizer que aceitou, meu olhar morto, minhas respostas automáticas, minha cor branca que já estava ficando verde, as olheiras, a solidão... provavelmente isso estava sendo muito difícil para ele mas estava sendo pior pra mim, pior porque isso era só a consequência do que eu sentia e também porque eu sabia que estava sendo um impasse, um fardo pro meu pai, isso me fazia sentir pior.

   Eu estava tentando me afastar das pessoas e com o tempo elas desistiram, deixaram até de me cumprimentar, passavam os olhos pra mim mas era como se não me enchergassem, como se eu não estivesse ali, não que eu achasse isso ruim pelo contrário. Depois veio a ideia das idiotisses fatais e Jacob me fez bem, eu tinha vontade de viver de estar perto dele, comecei a me socializar novamente... 

   Mas na verdade dentro de mim nada mudou, o buraco continuava alí e continuava doendo, eu só não transparecia tanto isso...

   Era uma manhã de sábado ensolarado, e se eu disesse isso à alguns meses atrás ninguém acreditaria, mas sim, eu estava dentro de casa lavando prato em vez de estar embaixo da árvore no jardim absorvendo um pouco de vitamina D.

 - Hoje está um belo dia. - disse Charlie entrando na cozinha, me surpreendendo.

 - Sim. - respondi indiferente, minha voz era rouca e sem vida.

 - Vou pescar com o Harry, os peixes devem estar mordendo muito por causa do tempo bom. - ele continuava como se quisesse começar uma conversa mas não sabendo por onde, senti um calafrio, o que fosse que ele queria dizer, coi boa é que não era.

 - Claro, claro. - eu disse ainda concentrada nos pratos e torcendo profundamente para ele resolver deixar essas conversa para depois, bem depois, ultimamente não tenho andado com ânimo para conversas...

 - Bem, Bella eu gostaria de conversar com você. - eu sabia! O que será? Talvez ele diga: " Eu andei pensando e cheguei à conclusão de que você está com caso profundo de loucura causada por depressão e cérebro comido por zombie;"

 - Sim. - disse o incentivando a continuar apesar de estar fazendo alguns planos como "eu digo  - olha aquilo! - Faço uma cara de assustada e enquanto ele está distraído eu pulo a janela e saio correndo de pijama pela rua." essa realmente não é uma má ideia...

 - Olha, eu não vou ficar ficar enrolando, acho melhor ir logo ao ponto. - ele falou, sério. - Bella, Meu Deus! Eu não sei onde você quer chegar com isso, se quer que tenham pena de você, parabéns conseguiu. Você está deixando à todos preocupados e principalmente a mim que infelizmente estou achando que não sei se consigo cuidar de você desse jeito. Isso não é normal, ele era o seu namorado, tudo bem as pessoas ficam tristes por algum tempo quando um relacionamento acaba mas você foi longe demais, você não fala com ninguém, à essa altura já poderia ter conhecido outras pessoas, mas não fica aí sofrendo pelos cantos. Acha que eu não percebo? E é horrível ficar aqui olhando sem poder fazer nada, essa sua reação não é normal. - esperei-o  terminar pacientemente, ele estava respirando fundo agora e me encarando então achei que era a minha hora de defender o meu lado.

 - Eu não quero que ninguém tenha pena de mim, estou apenas tocando a minha vida do jeito que acho melhor pra mim, não é preciso que fiquem preocupados, eu estou bem. - menti nessa ultima parte.

 - Não você não está bem Bella, você não está seguindo em frente. Nunca mais saiu com suas amigas, nunca mais a vejo no telefone com a Angela ou Jéssica, nunca mais falou com ninguém. Se eu soubesse que isso aconteceria e que você ficaria assim, eu teria impedido desde o começo.

 - Não você não teria. Eu sei o que você pensa sobre mim e sinto muito se isso está te incomodando porque essa não é a minha intenção então apenas diga onde quer chegar com essa conversa, o Harry deve estar te esperando. - disse séria querendo dar um fim naquilo logo.

 - Ele pode esperar mais um pouco. Bem, é que eu andei conversando com a sua mãe e decidimos que seria melhor pra você se fosse morar com ela, tenho certeza de que Renée saberia lidar melhor do que eu com você e essa sua fase. - ele olhou pra mim e esperou minha resposta ou reação, apenas fiquei parada tentando absorver o que ele disse e novamente veio à minha mente "será como se eu nunca tivesse existido." o buraco em meu peito doeu e eu não conseguia respirar, me inclinei para frente procurando por ar. Eu não podia sair daquele lugar, essa era única prova concreta de que ele havia realmente existido e que eu não imaginara tudo.

 - Não! Você não pode me expulsar daqui, essa é a minha casa agora, eu não vou embora! Não pode me expulsar! - gritei desesperada, apavorada.

 - Bella acalme-se, eu não estou te expulsando, estou apenas suregindo que você passe um tempo com a sua mãe. - ele disse calmamente, fazendo um intervalo entre cada palavra.

 - Não pode me expulsar... - repeti, agora num sussuro suplicante.

 - Querida, é para o seu bem.

 - Não, não é. - eu disse e subi as escadas em direção ao meu quarto. Fechei a porta atrás de mim e me joguei na cama enterrando meu rosto no travesseiro.

   Não sei quanto tempo depois acordei, confusa, o quarto já estava escuro e o vento entrava sacudindo a janela que estava aberta, me levantei caminhei até a janela e fechei com alguma dificuldade lutando contra o vento frio e garoa que entravam, depois de fecha-la fiquei em pé ali por alguns minutos lembrando de tudo o que havia acontecido. Passei a mão por minha bochecha e ela estava grudenta, molhada, eu provavelmente devo ter chorado enquanto dormia mas supreendentemente não sonhei, quero dizer, não tive pesadelos, na verdade só um o mesmo de sempre.

   Me sentia estranha como se tivesse levado um choque de realidade, não sentia mais o torpor nem a dor, eu não sentia absolutamente nada, não era ruim mas era estranho. Sentei na cama e coloquei a cabeça entre os joelhos para poder pensar melhor. Voltei várias e várias vezes na conversa que tive com meu pai hoje à tarde e ela não me parecia mais tão assustadora. Até que a escuridão no quarto começou a me incomodar, rolei na cama tentando alcançar o criado-mudo do outro lado da cabeceira para poder ligar o abajur mas como não via nada bati a mão em alguma coisa e só ouvi o 'bac' no chão.

   Levantei e fui tateando a parede até achar o interruptor, acendi a luz, que me segou por alguns segundos, pisquei uma vez e agora pudi ver o quarto, dei a volta na cama e me abaixei ao lado do criado-mudo. Eu havia derrubado meu rádio, peguei-o cuidadosamente e coloquei encima da cama, fiquei de pé novamente e dei uns passos mas senti o chão instável sob um de meus pés, concerteza não era eu que estava tonta ou desmaiando, eu estava conciênte, mais que nunca. levantei meu pé e olhei pro chão, uma das tábuas do assoalho estava solta, me ajoelhei para analizar mais de perto e percebi que ela estava completamente solta, puxei-a e me inclinei mais um pouco para ver o que tinha debaixo do assoalho, talvez algum roedor ou sei lá, sinceramente eu não queria ver nenhum rato hoje.. Estava tudo escuro lá embaixo então não consegui enchergar absolutamente nada.

   Meu pai sempre guardara coisas em um armário enfrente a escada, descí até lá e comecei a procurar uma lanterna no meio de varas de pescar e coisas da polícia, ví uma arma lá dentro e resolvi tira-la de lá enquanto eu procurava pela lanterna ou eu Mrs. Disastre poderia acionar a arma e acabar dando um tiro em minha própria mão, caminhei até a estante da sala com a arma na mão, estava me sentindo desconfortável segurando-a e uma pessoa sã nunca que me deixaria segurar uma, levantei ela e fui colocar na parte mais alta da estante quando ouvi um barulho de chaves e logo a porta sendo aberta.

   Charlie estava com uma cara horrorizada.

 - Não Bella!!!

 - O que? - perguntei cofusa e acho que quando desci minha mão que mantinha a arma suspensa no ar acabei apertando o gatilho e ela disparou. Larguei-a no chão, os braços e as pernas moles por causa do susto a cor do meu rosto fugiu - mesmo já não tendo cor alguma.

 - Bella, você se machucou? - Charlie perguntou correndo até onde eu estava para ver se a bala havia me atingido.

 - Não, eu estou bem. Atingiu o chão. - disse aliviada.

 - Porque você estava tentando se matar? - ele perguntou segurando meus braços e olhando em meus olhos, o seu olhar era duro mas preocupado e aliviado ao mesmo tempo mas o meu transpareceu confusão. Então comecei a rir, meu corpo todo sacudia e tive que me inclinar porque meu estomago já doía por causa do movimento.

 - Você está ficando louca, Bella? Primeiro tenta se matar e depois tem um ataque de risos? - ele me encarava incrédu-lo.

 - Não, eu não estava tentando me matar. - tentei explicar.

 - Ah não? então o que fazia com minha arma na mão?

 - É que eu estava procurando uma lanterna naquele armário então ví a arma e resolvi tira-la de lá para não acontecer nenhum acidente, mas parece que eu não consegui evitar... - conclui acenando com a cabeça, como um "pois é"

 - Eu não acredito em você. Eu realmente não devia ter deixado nenhuma arma aqui em casa com você...

 - Eu não estava tentando me matar! - disse agora já ficando nervosa.

 - Hm... - ele pareceu analizar a situação por alguns segundos. - é espero mesmo que não.

 - Claro, claro. - disse e voltei a procurar a lanterna.

 - Bella, aconteceu alguma coisa? Você está diferente. - ele observou, com cautela.

 - Não. - respondi como se não soubesse do que ele estava falando, mas eu sabia e eu não tinha uma explicação para isso, só sabia que... bem, é cedo demais para dizer que eu estava me recuperando, o que eu acho bem difícil.

 - Pra que quer uma lanterna?

 - Ah nada. - finalmente achei-a e subi pro meu quarto.

   Posicionei a lanterna para iluminar dentro do assoalho mas eu só via terra e poeira, até que algo chamou a minha atenção, coloquei a lanterna novamente e alguma coisa lá dentro refeltiu  a luz. Com a curiosidade tomando conta de mim, tive que ver o que era, coloquei a lanterna encima do criado-mudo apoiando-a com meu livro de cálculo para iluminar abaixo do assoalho, enfiei o braço na fresta e puxei o que tinha lá dentro.

   Eu encarava aquilo mas não conseguia acreditar. O CD, as fotos, as passagens... estava tudo deibaixo do assoalho do meu quarto esse tempo todo? Pensei que Edward - o nome dele rompeu os muros que o prendiam em um lugar escuro da minha mente, quando pensei nele doeu mas não foi insuportável e agora que ele havia rompido as barreiras eu não conseguia para de pensar - havia os levado consigo junto com sua promessa de "nunca ter existido" que coisa mais ridícula, - as bordas do buraco em meu peito latejaram mas eu ignorei a dor - como ele poderia fazer uma promessa dessas? 

 - Nunca ter existido... - murmurei com desdém.

    Agora eu tinha as provas de que não havia ficado louca e de que eu não tinha imaginado tudo e até ri sarcástica de mim mesma, porque essa história toda era muito idiotamente ridícula, uma pessoa que passou pela sua vida e deixou um rastro de dor por onde passou, - ressaltei essa ultima parte - não pode fazer uma promessa dessas por que em todo lugar há provas de que ele existiu até na própria dor, ninguém sof,reria por algo que nem sequer existiu.

   Essa era a primeira vez que eu debatia comigo mesma sobre esse assunto, nunca tivera coragem antes, mas ele veio àtona então...

    E então passou algo por minha cabeça, e se isso fosse um sinal de que eu deveria seguir em frente já que nada mais me prendia a essa cidade a não ser o meu pai é claro mas o próprio me queria longe daqui, para o meu bem é claro. Nesse momento me lembrei de uma frase que ví em algum lugar do qual não me lembro: "Nunca lamente porque acabou, e sim, lembre com alegria por ter acontecido e durado enquanto podia." Eu estava sendo uma completa idiota, o Edward provavelmente estava se divertindo, eu deveria fazer o mesmo, não? Ou pelo menos tentar ter uma vida, eu teria que passar por isso algum dia, talvez tenha acontecido antes ou talvez até depois do esperado, ele era um vampiro e eu uma humana, ele era eterno e eu uma mortal, esses dois estremos nunca combinam; apesar de todos dizerem que os opostos se atraem, nem sempre é assim ou talvez como ímãs de polaridades diferentes se atraem e os de polaridades iguais se repelem talvez sejamos assim, eu e ele, os dois tão estranhos e tão anormais que não se completam nem se atraem... estavamos indo contra as leis da natureza e um dia ela teria que intervir nisso.

   Bem, acho que esotu pensando nisso demais, afinal tenhos outras coisas para fazer. Primeiro, conversar com o Charlie.

 - Cadê a minha filha, e o que você fez com ela? - ele brincou quando eu disse que concordava  em passar um tempo com minha mãe.

 - Bem, eu percebi que essa era a melhor decisão a se tomar. - falei dando de ombros. Omiti algumas partes é claro, mas ele não precisava saber de tudo.

   Três dias após eu já estava de malas prontas e passagem na mão, para uma cidade chamada Mystic Falls na Virginia, minha mãe havia se mudado havia pouco tempo, como sempre por causa do trabalho do Phil mas ela disse que dessa vez eles não se mudariam mais, de qualquer forma eu não pretendia ficar lá por tanto tempo assim... e o melhor era ensolarada, ah eu sentia tanta falta do sol.

   O Charlie teve a ideia de fazer uma festa de despedidas, sim eu achei muito estranho ele quenrendo dar uma festar, mas como era a minha ida então...

   Eu estava na cozinha pegando os refrigerantes para levar pra sala, quando Jacob, me surpreende.

 - Garoto, quase infartei! - disse pondo a mão no peito e dando um passo pra trás, fazendo cena. Eu havia conhecido Jacob Black ano passado antes de eu descobrir tudo e bagunçar toda a minha vida, ele era uma garoto legal foi ele que me ajudou a desvendar o mistério mesmo não sabendo disso, ele que me ajudou nas idiotisses fatais e ele era um irmão pra mim.

 - Pois é, então você está mesmo indo... - ele disse com as mãos nas costas e andando de um lado para o outro, com a cabeça baixa e posso jurar que o ví corar sob a pele morena, que eu morria de inveja.

 - É, eu preciso tomar um pouco sol. - dei de ombros e mostrei meu braço transparente.

 - Er - ele riu - então, deixa eu te ajudar com isso. - ele pegou as duas garrafas de refrigerante que eu estava segurando.

 - Huh, você está bonito. Alguma ocasião especial? - brinquei.

 - Ah nada demais, só a minha melhor amiga que pretende me abandonar. - ele disse fazendo cara de cachorro abandonado, mas algo me disse que ele não estava apenas fingindo.

 - Essa é realmente uma garota má, ela não te merece. - eu falava em tom de brincadeira mas realmente o Jacob não me merecia, ele me ajudou tanto quando eu mais precisava e agora eu estava indo embora... 

 - Crianças, vamos, o pessoal está com sede. - Charlie disse entrando na cozinha para pegar os salgados.

 - Ok, vamos Bella? - Jacob perguntou passando por mim.

 - Hmrm. - o segui e depois de servimos as pessoas sentamos junto com o Mike, a Ang e a Jess.

 - Bella eu não acredito que você vai nos abandonar. - Jessica fez drama.

 - Aqui não será a mesma coisa sem você. - a Ang disse me dando um abraço.

 - É, quem vai me fazer companhia na loja agora? - Mike fez biquinho e eu ri.

 - Acalmem-se, não é definitivo.

 - Quanto tempo? - Jacob que não havia dito nada até agora, se pronunciou.

 - Hm, não sei. Isso foi ideia do Charlie e da Renée...

 - Um brinde à Bells! - Jacob disse erguendo o seu copo de coca-cola, seguido pelos outros.

 - Eu odeio despedidas. - resmunguei com os olhos ardendo.

 - Você não vai chorar, vai? - Mike perguntou.

 - Não. - respondi, com uma lágrima escapando e escorrendo quente por minha bochecha, antes que ela caísse a enchuguei e sorri.

 - Ahh Senhor eu não vou aguentar! É demais pro meu pobre coração! - Jess disse e todos rimos.

 A festa havia acabado, já tinha me despedido de todos e em uma hora eu estaria no avião a caminho de Mystic Falls. Eu, Charlie, Jacob e Billy estávamos em casa pegando as malas, que eram poucas, minhã mãe levaria minhas roupas de verão que eu tinha deixado em Phoenix.

 - Nós podemos ir nos meu carro. - Billy ofereceu com a sua voz de trovão.

 - Tudo bem. - Charlie concordou.

   Já estávamos no caminho do aeroporto de PortAngeles, Billy e Charlie estavam na frente e eu ia atrás conversando, aproveitando nossos últimos momentos juntos.

 - Hm, mas e você, porque não vendeu a picape já que vai se mudar? - ele perguntou.

 - Eu amo a minha picape e como eu disse, eu vou voltar.

 - Claro, claro.

   Depois de algum tempo chegamos no aeroporto, eu fui fazer o cheking com o Jacob depois fomos em uma loja de conveniência comprar algumas revistas e livros.

 - Se cuida filha, e quando chegar lá, vê se me liga. - Charlie disse em meu cabelo enquanto me abraçava.

 - Pode deixar.

   Caminhei até o Billy e trocamos um aperto de mãos. O próximo foi o Jake, parei enfrente a ele e então o abracei, ele era enorme.

 - Estou me sentindo uma criança. - falei em seu peito. Ele riu.

 - Volta logo viu baixinha.

 - Claro, eu não consigo ficar tanto tempo assim longe de você. - quando falei isso Charlie pigarreiou.

 - E sem o meu pai é claro. - completei sorrindo torto pra ele.

   Fizeram a chamada do meu voo e eu fui correndo segurando a mão de Jacob para o portão de embarque. Olhei para ele pela ultima vez e a soltei, junto com uma lágrima. Ele sorriu para mim me iluminando pela ultima vez, o meu sol particular, o meu Jacob, o meu lobo.

 - Eu te amo. - sussurrei e corri para pegar o avião. Talvez eu tenha deixado a impressão errada em Jacob, eu quis dizer "Eu te amo, meu irmão". mas não fazia mal, se isso o fazia feliz. Pensei mais um pouco sobre isso quando estava no avião, e se Jacob realmente gostasse de mim e tivesse tomado o 'eu te amo' no sentido errado, bem então ele pensaria que eu correspondia os sentimentos dele, sendo assim, eu estaria o abandonando, fazendo o que fizeram comigo. Quando refleti sobre esse ponto de vista me senti tão mal... Nota mental: quando chegar na casa de Renée ligar para Jacob e esclarecer tudo. Eu não queria nenhum mal entendido.

   A viagem não foi longa, mas eu estava sem sono e isso não ajudou nada, eu não queria chegar e dizer "Olá" para minha mãe, com olheiras,  ela acharia que a minha situação era pior do que Charlie havia falado. Mas eu realmente não estava tão mal assim, Jacob me ajudou muito porém ficar um tempo com minha mãe não era nada mal, eu estava sentindo tanta falta dela e do sol que a acompanhada, sim ela nunca ficava em lugares chuvosos acho que esse foi um dos motivos do porque ela saiu de Forks, sem contar a separação dela e do meu pai é claro.

   O avião pousou e enquanto os outros passageiros acordavam eu saí, peguei minhas malas e fui em um banheiro verificar minha situação. Eu realmente estava com olheiras e uma aparência meio deplorável, cara de enterro... vasculhei minha mala de mão e peguei um estojo de maquiagem que eu havia guardado, sim isso me parecia ridículo mas como eu pretendia começar um nova vida, dar um 'up', um estojo de maquiagem poderia fazer parte. Escondi as olheiras e belisquei as bochechas para ficar corada, pelo menos pareceria mais natural do que blush.

   Enquanto dava uma caminhada pelo aeroporto achei um McDonald's e comprei um café e liguei para um taxi.

   O taxista me ajudou com as malas e um tempo depois ele parou no endereço que tinha entregado a ele. Sai do carro e deixei as malas no chão, respirei fundo olhando para a casa com jardim na frente e cerca branca. Ela era linda, bem do tipo Renée e a julgar pelos dois andares e a bela aparência não foi das mais baratas, as paredes eram amarelas com uma porta no meio de duas janelas, estilo casa de boneca.

   Buzinei e quase no mesmo instante minha instável mãe estava na porta com um sorriso enorme e braços abertos.


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Notas finais do capítulo

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