Uma Nova Lenda escrita por Kaline Bogard


Capítulo 8
Capítulo 07


Notas iniciais do capítulo

Sabado galere!!!

Divirtam-se que dessa vez caprichei no capítulo!



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Capítulo 07


Londres, 2001

Parte 01



A explosão lançou pedaços de madeira, móveis quebrados e outros entulhos para todos os lados. Foi o caos.


Bruxos corriam em várias direções, pegos totalmente de surpresa pelo ataque inimigo.


Harry Potter aproveitou a bagunça criada por seus companheiros de aventura e, devidamente escondido pela capa da invisibilidade, seguiu por um corredor vez ou outra desviando de um bruxo que vinha em sentido contrário. Conhecia a planta do local, por isso sabia pra onde ir.


Muitas coisas haviam mudado naqueles dez anos em que vivia no mundo bruxo. Harry crescera, se tornara um jovem homem, definira seu caráter e se jogara de cabeça numa louca aventura.


Descobrira aos poucos tudo sobre seus pais, as propriedades que herdara, a conta em Gringotes – de onde tirara a fantástica capa da invisibilidade e outras maravilhas –, enfim montara aos poucos o complicado quebra-cabeças que formava seu passado.


Aprimorara-se nas artes mágicas graças aos ensinamentos dos Weasley, crescera com Ron e Hermione, amigos inseparáveis das brincadeiras e das aventuras.


Ao se tornar maior de idade Harry Potter agradecera ao casal que cuidara de si como um filho, juntara suas coisas e fora embora, não apenas querendo desbravar o mundo lá fora. Mas também por um plano em prática. Um plano que maquinara por anos a fio.


Vingança.


Acabara trazendo mais do que apenas suas coisas pessoais. Ronald Weasley e Hermione Granger, além dos gêmeos; tinham decidido segui-lo. Sabiam do objetivo de Harry e mesmo assim queriam ir junto, ajudá-lo no que fosse preciso.


Era um plano simples. E complexo.


Ele queria fazer Voldemort pagar por roubar crianças por toda Londres bruxa. E a melhor forma de fazer isso era invadir os cativeiros conhecidos e libertar suas vítimas. Dar-lhe o máximo de prejuízo possível. E depois... depois vinha a parte complexa, pois envolvia Sirius Black e Azkaban.


Harry e seus amigos invadiam, naquele momento, o terceiro local onde sabiam estar uma das vítimas de Voldemort. Tinham libertado Neville Longbotton no distrito de Brent. O rapaz era importante, pois tinha muita afinidade com as plantas. Qualquer semente plantada por ele florescia, mesmo as mais raras e difíceis de encontrar. Mesmo plantas extintas, se ele se concentrasse muito e fizesse uma oferenda de sangue.


Você Sabe Quem conseguira poções e rituais inimagináveis à custa do rapaz.


Em Sutton tinha sido a vez de Luna Lovegood, uma garota muito carismática e singular. Ela era mestre na arte de traduzir qualquer tipo de idioma, até as línguas há muito esquecidas por bruxos e muggles. Não havia idioma que Lovegood não traduzisse. Mesmo que algumas traduções ficassem complicadas de se compreender.


Segredos julgados perdidos foram recuperados por Voldemort. Dizia-se que através de uma dessas traduções ele encontrara a fórmula para criar as terríveis Horcruxes.


E, finalmente, no extremo oeste de Enfield pretendiam libertar Draco Malfoy, terceira e última vítima que sobrevivera em cativeiro. Ainda não sabiam o que esse rapaz podia fazer. Mas sabiam que ele estava em um dos esconderijos mais bem guardados de Voldemort.


Foram meses de vigia, estudo e planejamento até ter segurança e conhecimento suficientes para agir. Eram esperados, claro. Voldemort já compreendera que suas raras aquisições eram libertadas uma a uma. Ele estava furioso.


Por isso Harry Potter e seus amigos invadiram com tudo, sem admitir falhas. Malfoy era o último refém de que se tinha conhecimento com vida. Após salvá-lo a vingança de Harry atingia outro nível. Seria a vez de Sirius Black...


HPDM


Potter abriu a porta esperando encontrar os bruxos vigias. E os encontrou. Eles reagiram por puro instinto à porta que se abria aparentemente sem que ninguém passasse por ela.


Harry, protegido pela capa, desviou dos feitiços e azarações lançadas a esmo pelos três guardiões que estavam naquela sala. Derrubou o primeiro com um feitiço refletor. O segundo caiu com um estuporante. O último ofereceu resistência, atingiu Harry num golpe de sorte, ferindo-o na fronte. Não teve tempo de comemorar. A capa da invisibilidade caiu, mas Harry já lançava um estupefaça que jogou o bandido contra a parede, sem sentidos.


O invasor observou o local. Era uma sala simples, sem móveis ou janelas. Logo os olhos verdes caíram sobre uma porta solitária ao fundo. Aproximou-se a passos rápidos. Não podia perder tempo.


Reviere – tocou a maçaneta com a ponta da varinha. Uma luz avermelhada brilhou fraca e se apagou. Feitiços armadilha tinham acabado de serem desativados. Por precaução repetiu a magia e mais duas que aprendera com Hermione. Só então se sentiu seguro para usar o Alorromora que abriu a fechadura.


Cheio de precaução entrou na outra sala. Foi acolhido pelo escuro, e por um ar frio que lhe deu arrepios.


Lumus – falou baixo, clareando toda a sala.


Sentiu-se imediatamente observado. Os olhos verdes focaram um canto, descobrindo quem viera buscar.


A primeira impressão foi a de familiaridade. Conhecia aqueles olhos cinzentos de algum lugar. Aquele rapaz de cabelos platinados e queixo pontudo... não era a primeira vez que o via! Mas não conseguiu lembrar-se de onde.


– Draco Malfoy? – questionou. Sentiu a curiosidade do outro toda focada em si, mais do que qualquer outra coisa.


O prisioneiro de Voldemort estava sentado no chão, suas roupas já tinham visto dias melhores, agora eram quase trapos, ele estava descalço. Uma longa e grossa corrente saia da parede e prendia uma algema de ferro no pulso esquerdo. Harry achou que aquele loiro possuía uma palidez quase doentia, talvez por não sair muito daquela sala. Também percebeu que ele era magro demais. Voldemort não tinha comiseração com seus prisioneiros.


Mantendo o silêncio, o rapaz apenas olhou de volta. Talvez tentasse avaliar a situação. Ouvira os sons da outra sala, deduzira que a luta fora vencida por aquele bruxo de olhos incrivelmente verdes e cabelo ridiculamente bagunçado. Mas Draco não conseguia concluir o quanto aquilo era bom para si. Seria o invasor melhor ou pior que seus atuais seqüestradores?


Harry não tinha tempo para explicar a situação. Aproximou-se rapidamente do loiro e sondou a corrente que o prendia. Aquilo não seria empecilho para seu plano. Ia tranqüilizar o rapaz a esse respeito quando ele moveu a mão direita e tocou sua fronte exatamente sobre o machucado. Surpreso, sentiu o lugar se aquecer de leve.


– O que está fazendo? – Malfoy afastou a mão enquanto os lábios se torciam num sorriso sarcástico.


– Não foi por isso que veio aqui? – perguntou numa voz despida de emoção, levemente arrastada – Não é isso que você quer?


Ainda preso pela surpresa Harry levou a mão ao lugar onde fora atingido. Não sentia mais dor. O sangramento parara. Foi então que compreendeu: Draco Malfoy o curara com um simples toque. Por isso era prisioneiro de Voldemort.


– Não me importa que me use – Draco continuou parecendo alguém que cansara de brigar. E continuou soando desesperançado – Mas poderia me prender numa sala com janelas. Seria legal ter algo pra olhar.


Potter ficou chocado e sentiu um gosto amargo na boca. Malfoy entendera tudo errado! Não viera “roubá-lo” de Voldemort apenas para jogá-lo em outra prisão e obrigá-lo a usar seu raro poder. Apenas de pensar em fazer algo assim Harry sentia um rancor incontrolável contra Você Sabe Quem.


Antes que pudesse se explicar a moeda enfeitiçada que levava no bolso se aqueceu. Era o sinal de Hermione Granger avisando que todas as barreiras do local tinham caído. Hora de dar no pé.


Silencioso esticou a mão e segurou firme no braço de Malfoy. Olhando fixamente nas íris acinzentadas Harry Potter desaparatou levando-o consigo.




Continua




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Notas finais do capítulo

PUXA!

Esse capítulo ficou grandinho, bem diferente dos outros. Ainda é uma viagem no passado, mas demos um salto de dez anos durante a infância.

Mudando de assunto... to tão feliz... posso ver as férias no fim do túnel. Rsrsrs acho que todo mundo tá precisando, não é?