Uma Nova Lenda escrita por Kaline Bogard


Capítulo 7
Capítulo 06


Notas iniciais do capítulo

Pontualmente... mereço biscoito? Rsrsrsrs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/162937/chapter/7

Capítulo 06


Londres, 1991

Parte Única



– Pode provar suas roupas aqui, Harry. Eu vou pegar o resto das coisas, volto logo por que falta pouco pra comprar.


O garotinho concordou com a cabeça. Estava fascinado demais por tudo o que via. Depois de viver onze anos sofridos na casa dos tios que o maltratavam, ele descobrira que na verdade era um bruxo, que pertencia a um mundo separado dos chamados Muggles. O seu mundo.


Hagrid, um homem enorme e gentil, o pegara na casa dos tios e o estava levando para a casa onde aprenderia tudo sobre magia. Tinham parado num lugar chamado Beco Diagonal, para comprar roupas, varinha e outros itens.


– Não saia daqui. Depois que as roupas ficarem prontas iremos para a casa dos Weasley.


Harry concordou silencioso mais uma vez. Quando Hagrid finalmente saiu, pôde continuar tirando as medidas para as vestes bruxas. Mal o novo amigo tinha saído e a porta se abriu novamente. Dessa vez um garoto da idade de Harry entrou na loja. Era loiro e magro, e andava como um pequeno príncipe.


O primeiro garotinho mago que Harry Potter conhecia! Feliz, mas sem saber como puxar assunto, viu o recém-chegado ser atendido por uma das funcionárias. Enquanto ela lhe tirava as medidas, voltou os olhos cinzentos para Harry e ergueu muito o queixo pontudo:


– Oi. O seu óculos é esquisito – disse num tom de voz arrastado.


Harry abriu um sorriso bobo.


– Oi.


– Oi – o loirinho repetiu inclinando a cabeça pro lado – Mas eu já disse isso. Você não ouviu?


Harry sentiu-se meio idiota. Mas tudo era novidade para ele, então se permitiu apenas continuar sorrindo para o menino impertinente. Essa atitude fez o recém-chegado perder o interesse e voltar a atenção para outras coisas.


Hagrid voltou poucos minutos antes dos trajes de Harry ficarem prontos. Quando foram embora deixaram o loiro indiferente a presença deles, ainda experimentando panos e tirando medidas.


Harry saiu sem se despedir. Na época ainda não sabia, mas ele e o loirinho ainda estavam destinados a se encontrar.


HPDM


A vida na casa dos Weasley era um barato, como um sonho virando realidade. Eles chamavam o lar de “A Toca”, e acolhiam muitos outros bruxos, ajudando-os a se interar das coisas mágicas, encaminhando-os para outras famílias que apoiavam o processo de integração.


Harry logo fez amizade com Ronald Weasley, um menino da sua idade assim como Hermione Granger, uma garota nascida Muggle que fora bem recebida pela senhora Molly e pelo senhor Arthur Weasley.


Havia, ainda, Bill, Charles, Percy, os gêmeos Fred e George; todos mais velhos que Ron, e Ginny Weasley, a caçula da família.


Cada dia Harry aprendia mais e mais sobre o mundo bruxo e se apaixonava pelas maravilhas. Era tudo perfeito.


Até que um dia ele descobriu que não existem coisas perfeitas, seja no mundo bruxo ou Muggle.


A numerosa família estava reunida para o jantar. Tinham comemorado mais um lar para um bruxinho nascido entre os Muggles. Mas a novidade foi suplantada com a presença de Remus Lupin. Ele chamou o casal Weasley para uma conversa particular e após isso um clima tenso se instalou. Era a primeira vez, desde que Harry tinha chegado, que as coisas ficavam estranhas assim.


George os chamou para um canto.


– Parece que Você Sabe Quem agiu novamente...


Rony estremeceu e Hermione ergueu as sobrancelhas, medo perpassou pelo rosto cercado de cabelos bagunçados.


– Quem? – Harry não sabia do que estavam falando.


– Você Sabe Quem – Ronald repetiu com receio – É o pior bruxo das trevas que existe.


– Há uma profecia antiga, – George continuou – que fala sobre bruxos nascidos com poderes raros. Então Você Sabe Quem os caça e os reúne para que obedeçam todas as suas ordens.


O jovem de olhos verdes franziu a testa. Que história assustadora.


– Você devia conhecê-lo, Harry – Hermione falou sem pensar – Afinal sua cicatriz... – ela calou-se diante do olhar confuso de Potter – Oh, você não sabe!


– Mandou bem, Hermione – Ron recriminou.


– Não sei o quê? – Harry tocou a marca em forma de cruz que tinha na testa. Seus tios nunca lhe falaram a esse respeito.


A garotinha hesitou. Mas já tinha começado a falar, não ia parar.


– Você Sabe Quem caça as crianças que nasceram nas datas previstas por uma mulher chamada Sibila. Ele pensou que você podia ser um dos escolhidos e começou a te procurar. A história diz que Sirius Black, o melhor amigo do seu pai, recebeu muito dinheiro em troca de dizer onde eles estavam e assim Você Sabe Quem encontrou o esconderijo dos seus pais.


Ron balançou a cabeça e continuou a história.


– Dizem que houve uma luta terrível, e seus pais morreram tentando salvar você, Harry. E então Você Sabe Quem descobriu que você não fazia parte da profecia. Por isso não o levou junto.


– Meus pais... – Harry não conseguiu completar a frase. Nunca tinha sabido daquela história. Foi a primeira vez que sentiu tamanha dor no coração. Assim como foi a primeira vez que sentiu ódio, contra Você Sabe Quem e contra aquele tal de Sirius Black.


– E essa tarde parece que Você Sabe Quem levou o filho dos Malfoy. O filho de uma família que sempre o apoiou – George levou a mão ao queixo – Parece que ninguém está a salvo.


Harry não prestou atenção a última parte da conversa. Sua mente desligou e ele se viu planejando como descobrir mais sobre aquela história. Saber tudo sobre a morte de seus pais, sobre Você Sabe Quem e sobre o tal de Sirius Black.


De repente desvendar seu passado ganhou uma importância fundamental.



Continua





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um mergulho no passado para reconstruir e encontrar algumas peças do quebra-cabeças...

Mas não todas...

Beijos e até semana que vem.

PS: apresentei na Jornada de Produção Cientifica da faculdade! Eu estava tão nervosa que pensei que ia desmaiar lá na frente. Mas correu tudo bem...

Menos pela parte que eu comecei a falar sem parar. E muito rápido.

Será que a platéia entendeu alguma coisa?

Rsrsrrsrs