Uma Nova Lenda escrita por Kaline Bogard


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Desculpa o atraso!!



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Uma nova lenda

Kaline Bogard


Capítulo 15



– Por que fez isso, Black?! – Harry rosnou apontando a varinha para o prisioneiro – Meus pais confiavam em você. Mais que isso, papai e você fizeram um Pacto de Sangue. Ele amava você como um irmão. Ele se tornou seu irmão!


Black estremeceu e rastejou para o outro canto com dificuldade. Ainda assim não escapou dos olhos acusatórios do garoto.


– Você teve coragem de trair alguém que confiou tanto em você? Hein? Não vale nada, Black. Meus pais estão mortos e a culpa é sua.


O homem soltou um lamento.


– Não...


– Não?! Vai dizer que é inocente? Seja homem e não fuja. Diga, valeu a pena? Valeu a pena trair meu pai? O que quis em troca? Dinheiro? Poder? – Harry riu amargo – Mas veja o que ganhou por ser um traidor.


Ainda sem encarar o garoto Sirius sacudiu a cabeça:


– Não trai James.


Harry ofegou indignado:


– Você foi direto a Voldemort! Cuspiu o lugar onde meus pais se escondiam! Ele os encontrou, Black. Enquanto tentavam proteger a mim, seu afilhado, foram assassinados! Por sua culpa!


A fraca luminária da cela vacilou, piscou, porém continuou acesa. A fúria de Harry Potter não esmaeceu em nada por aquilo. Ele estava todo concentrado em Sirius Black e na percepção que o maldito pretendia alegar que não tinha culpa. Hipócrita.


– James... sinto tanto...


– Arrependimentos não o trarão de volta, Black – Harry rosnou – Vim aqui em busca de vingança, mas esse lugar é perfeito pra você. A morte seria uma saída piedosa. Só me diga o porquê. Me diga se valeu a pena!


A voz se elevou na última frase e a luminária falhou novamente. Acendeu-se mais a custo dessa vez.


– A morte de James e Lily foi minha culpa – Sirius murmurou, os olhos fixos no chão como se pudesse ver os amigos desenhados nas rochas enlameadas – Mas não os trai. Nunca entreguei onde se escondiam.


– Não?! – ondas de indignação o sufocaram. Como aquele homem podia ser tão cínico?


– Não. Eu não era o Fiel do Segredo.


Ofensas brotaram nos lábios de Harry. Nunca foram pronunciadas.


– O quê?


– Dumbledore sugeriu que eu fosse o Fiel do Segredo – Sirius confessou sem se dirigir a Harry em especial, mas como se repassasse uma história lembrada diariamente – e eu recusei. Seria óbvio demais, não? Achei que deviam escolher alguém insuspeito... alguém que nunca seria perseguido por Voldemort. Se eu fosse o Fiel do Segredo... se eu fosse... James e Lily estariam vivos. Sinto muito...


Harry não soube o que dizer. Nunca ouvira falar aquela parte da história, nem mesmo sobre a interferência de Albus Dumbledore, diretor de Hogwarts.


– Quem era? Quem era o Fiel do Segredo?


– Não sei – Sirius murmurou – Dumbledore tentou salvar o filho dos Longbottom... também. Mas não deu certo. Preferi não... saber os detalhes. Se me pegassem... eu não poderia dizer nada. Se eu fosse... o Fiel do Segredo... é minha culpa. Tudo minha culpa...


– Mas... mas...


A mente de Harry se tornou o caos. Todos aqueles fatos novos e desconhecidos! Porque Sirius Black estava preso então, se era inocente? Como descobriria a verdade? Dumbledore estava morto e tudo o que restara dele era um quadro na antiga Escola de Magia. E Hogwarts estava selada, era impossível entrar lá.


Maldição.


A visita a Azkaban não trouxera respostas, apenas um milhão de novas dúvidas. Olhou para Sirius Black, o homem escolhido por James Potter para ser padrinho de seu filho. O homem com quem fizera um Pacto de Sangue.


Sirius Black preso a mais de vinte anos em Azkaban.


Grande Merlin.


Se houvesse a mínima chance dele ser inocente...


A luminária piscou novamente. Demorou quase cinco segundos para acender dessa vez. Harry estremeceu por uma brisa fria que passou silenciosa pela cela. Um arrepio de morte.


– Os guardas chegaram...


Sirius soou amargo.


– Os guardas?


– O turno da noite. Eles pegam leve... com os prisioneiros, mas... não sei se terão misericórdia com invasores – respirou fundo – Precisa ir embora Harry.


– Sei me defender, Black. Essa conversa ainda não acabou.


O bruxo remexeu-se um tanto agitado:


– Estou falando... dos guardas de Azkaban, Harry. Tem certeza... que pode defender-se contra Dementors?


Qualquer protesto sumiu da mente de Potter. Ele mal registrou a nova falha da luminária e o frio que não foi somente uma leve brisa e sim intenso. Deu meia volta ignorando Black completamente.


Só restou um pensamento lógico em sua mente.


Malfoy.



Continua




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Notas finais do capítulo

N/A: Feliz ano novooo! Passei aqui só pra postar isso! Desejo tudo de bom em 2012!