Uma Nova Lenda escrita por Kaline Bogard


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Pontualmete!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/162937/chapter/11

Capítulo 10


Londres, 2001

Trechos retirados do diário de bordo de Harry Potter



“Meus planos eram seguir para A Toca em dois dias logo após o resgate de Malfoy. Ele não conhecia mais nenhum parente que pudesse protegê-lo, então deixá-los aos cuidados da senhora Weasley pareceu uma boa idéia. Mas precisei mudar os planos. Esbarramos com salteadores de Voldemort. Eles não nos perceberam graças aos feitiços poderosos que Hermione lançou. Foi por isso que desviei a rota, embicamos o Basilisco Alado para noroeste e seguimos navegando os céus tranqüilos de Bexley. Aquela região calma e apática nunca atrai grandes aventureiros. Ideal para um momento de paz.”


“Estamos em estiagem há quase um mês. Não registrei nenhuma atividade suspeita, por isso é hora de seguir para A Toca. A situação entre Malfoy e a tripulação deu uma acalmada. Ele tem uma personalidade bem difícil, não esperava isso de alguém que passou tanto tempo prisioneiro. Pensando bem tanto Longbotton quanto Lovegood tem características bem peculiares. Porque seria diferente com Malfoy? Deve ser um fator em comum entre os raptados por Voldemort. Enfim... Draco retomou as aulas com Hermione. Ela tem lhe ensinado alguns feitiços e azarações, assim como algumas poções. A relação entre eles deu uma boa esfriada quando Malfoy soube que Mione é nascida trouxa. Já o peguei resmungando umas duas vezes sobre ‘sangue-ruim’ e por causa disso é clara a tensão entre ele e Ron, que me explicou como algumas famílias tradicionais são preconceituosas a respeito da pureza do sangue. Pelo visto Draco Malfoy defende essas tradições.”


“A previsão é chegarmos à casa dos Weasley em no máximo três dias. Devo dizer que as coisas se acalmaram e se assentaram bem no Basilisco Alado. Malfoy mantém a postura distante e talvez nunca se torne realmente amigo de Hermione, nem de Ron, mas os três tem se respeitado na medida do possível. As aulas com Mione foram muito úteis, já da pra ver uma melhora nas técnicas de Malfoy, mas ele precisa de muito treino para alcançar o resto da tripulação. Espero que a senhora Weasley o ajude com isso. Aposto que Ginny também o ajudará. Ela tem quase a nossa idade, é só um ano mais jovem. Eles serão bons amigos.”


“Duas quimeras. Não. Duas quimeras brigando pelo território. Isso... foi exatamente assim que Draco Malfoy e Ginny pareceram quando se encontraram. Impressionante. Eu nunca acreditei em nada a primeira vista, mas que o Ministério afunde o Basilisco Alado se não foi um caso autêntico de antipatia a primeira vista... por um segundo pensei que os cabelos ruivos de Ginny iam se arrepiar em sinal de fúria... sorte que não aconteceu. Mas tive a primeira percepção sobre o futuro de Draco Malfoy. Ele e Ginny nunca serão amigos.”


“Estamos a uma semana n’A Toca, descansando e aproveitando a hospitalidade dos pais de Ron. Molly Weasley conseguiu conquistar Malfoy. Talvez o jeito de ‘mãe’ com que ela o trata lembre a senhora Malfoy. O jeito que toda mãe tem, por mais que sejam diferentes por dentro e por fora. Com o senhor Arthur já é diferente. Draco mostrou pouca paciência com a paixão dele por coisas Muggles. Tenho que ser realista: isso nunca funcionaria. Então comecei a me preocupar de verdade com o que faria com Draco Malfoy.”


“Hoje pela manhã começamos os preparativos para voltar ao navio. Eu já gastei tempo demais por aqui. É hora de voltar ao curso e seguir com meus planos de vingança. Sirius Black não irá a lugar algum, mas entrar em Azkaban não será fácil. Malfoy me procurou ontem a noite. Ele está com uma aparência bem melhor do que quando o resgatamos. Continua magro, mas não esquelético. E sua pele ainda é pálida, só que não daquele jeito doentio. Agora é mais como o tom natural, apesar de ser surpreendentemente branco, mesmo pra um inglês. Não que eu repare muito... bom, ele me pediu pra seguir com a gente no Basilisco Alado, disse que enlouqueceria se ficasse n’A Toca. Eu hesitei um pouco e Draco se apressou em oferecer seu poder para curar qualquer um de nós durante as batalhas. A forma que ele disse aquilo, barganhando sua passagem, me fez sentir péssimo, como se eu fosse do nível de Voldemort e só quisesse aceitá-lo pelo que podia fazer. Tratei de afastar aquela probabilidade. Deixei claro que ele era livre pra fazer o que bem entendesse e que havia vaga na tripulação desde que ele aprendesse o máximo com Hermione para nos ser útil como um bruxo comum. E que nunca (devo ter sido extremamente firme nesse ‘nunca’ pela cara que ele fez) precisaria usar seu dom com a gente. Os termos foram expostos e aceitos. Draco Malfoy é o novo tripulante do Basilisco Alado. Ele ficou tão feliz que me deixou feliz. Decidi que seria mais do que um capitão pra Malfoy. Sua alegria em estar livre, ser dono de si mesmo e fazer parte de algo era contagiante. Não chegava a ser eufórico, mas me tocou. Decidi que seria seu protetor. E desse modo zarparemos, em busca de um jeito para invadir Azkaban e finalizar minha vingança.”


Continua




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: Cheguei aos 45 do segundo tempo! Mas ainda é sábado!

Puxa, tive que trabalhar hoje, e meu irmão chegou com a esposa e a filha! Foi uma festa só!

Próximo capitulo: sábado que vem!