Os Guardiões da Existência escrita por kaio_dantas


Capítulo 7
O Herdeiro


Notas iniciais do capítulo

Capítulo crucial para história, peço que prestem muita atenção, vai ser muito importante no futuro e espero que gostem.



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A casa de Devyl não era diferente das demais embora fosse um pouco maior já que além dele e seus pais Peter e Joanne moravam também seus tios Smith e Selena e o seu primo nojentinho Juan.

Ele e Juan eram arqui-inimigos, o fato dele ser filho único e sempre ter todos os seus desejos satisfeitos moldaram sua personalidade de uma forma não muito agradável. O mesmo ocorrerá com seu primo. Os dois já não se gostavam e o fato de terem que morar na mesma casa não tornou as coisas muito melhores.

A mudança ocorreu quando Devyl estava com dez anos, à casa dos seus tios um dia foi acometida por uma peste de cupins que consumiram boa parte da estrutura da casa tornando perigosa a habitação na mesma. Como a casa da família de Devyl era espaçosa e seu pai uma excelente pessoa convidou-os para dividir a casa.

Quando ele ia girar a maçaneta para entrar em casa ouvi o som que mais odiava, o som do maldito violoncelo do seu primo, ele odiava qualquer instrumento porque não tinha nenhum talento.

Seus pais já o haviam forçado a estudar um grande número de instrumentos, mas seria preciso aprender muito dos mesmos para ser considerado ruim. Em uma dessas tentativas de aprender a tocar um instrumento conheceu Denika, ela fora chamada por seus pais para lhe ensinar a tocar piano, ele até se esforçou, afinal a beleza dela o contagiava, mas as aulas não duraram muito tempo. Segundo a própria Denika seria mais fácil ensinar um chimpanzé.

Podiam até dizer que ele não gostava do primo por inveja e pelo simples de que Devyl já não aguentava mais ser comparado com o mesmo por seus pais, afinal eles sempre o diminuiam e usavam seu primo como exemplo.

Quando entrou não falou com ninguém e já se dirigiu para o quarto, ninguém tentou impedi-lo afinal todos já estavam acostumados com o seu jeito um tanto quanto rústico de ser.

Nos últimosdias tudo tinha mudado e no mínimo era tudo muito estranho. A verdade é que Devyl nunca deu muita importância para as pessoas a sua volta e não se importava muito com a missão de e proteger o mundo. Só aceitara se um guardião porque a sensação de poder ofertada pelo anel era única e lutar contra monstros era uma aventura inexplicável.

Sentia muita vontade de sair de gabando para todos, quem iria se importar com o seu primo e com aquele violoncelo idiota. Ele era um guardião nada poderia ser mais importante que isso. Ainda não contara para todos porque temia que Eterniel o castigasse podia-se se esperar qualquer coisa dele.

Trancou a porta para que seu primo não pudesse entra e deitou-se descansar um pouco e acabou cochilando.

****

—Devyl. – Falou uma voz forte

—Quem está falando?

—Um amigo.

Tudo ficou claro e lá estava Devyl sentado em uma cadeira e um homem a sua frente.

—Ei, eu conheço. Você é o Iratus aquele que estava na lembrança do Eterniel.

—Maldito semianjos sempre a me atrapalham. –Sussurrou. Certo, você já sabe de tudo, mas eu também sei muito sobre você, eu conheço a sua sede por poderDevyl. Sabe você seria um ótimo pupilo eu posso te dar aquilo que você tanto almeja.

Nesse momento as paredes da sala que eram totalmente brancas começaram a ser tomadas por imagens que mostravam palácios e muitos tesouros.

—Veja Devyl tudo isso pode ser seu, eu te dou seu devido valor. Ninguém se importa com você, fique do lado daquele anjo estupido e terá sempre que se subordinar ao preferido dele, Bryan.

—Eu não preciso que você que me de nada eu já tenho poder o suficiente e quanto ao Bryan não importa o que digam dele eu sei que sou o mais forte. E aposto que será muito mais divertido poder acabar com essa sua cara feia. – falou levantando e indo ao encontro de Iratus para ataca-lo.

—Jovem tolo. Falou a esbofeteá-lo.

****

Nesse momento Devyl acordou e parecia não ter saído nem se quer por um instante de sua cama. Levantou-se e abriu a janela olhando para a noite que se estendia no horizonte e percebeu que tinha dormido por um tempo considerado, resolveu descer e ver se os outros já estavam jantando.

Desceu as escadas e sua mãe esua tia ainda estavam preparando jantar. Sentou-se a mesa para esperar o jantar seu pai já estava sentando. Logo deu-se conta que Juan não se encontrava na casa, mas também não se importava onde o mesmo estava.

–- Devyl você devia ir atrás do seu primo precisei mandamo-lo buscar lenha, não esperava que anoitecesse tão rápido.

Devyl não deu ouvido, a verdade é que esperava que ele ficasse perdido pelo menos por uma noite, mas sabia que isso não aconteceria afinal por morarem muito perto da floresta conheciam-na quase como as palmas das mãos.

Enquanto isso Juan estava na floresta catando alguns gravetos enquanto resmungava sobre o fato de sempre ser mandado fazer esse tipo de serviço enquanto seu primo não era obrigado a nada.

Já tinha adentrado na floresta o suficiente e possuía uma boa quantidade de galhos então resolveu voltar. Caminhou por algum tempo pela floresta, na verdade tempo que seria o suficiente para enxergar pelo menos as luzes de alguns lampiões da cidade.

—Não acredito que me perdi isso é impossível. - Pensou

Continuou andando, mas não chegou a lugar nenhum e pior parecia estar em um local desconhecido. As árvores eram diferentes ao invés de vistosas e de imensas copas como era de costume, eram secas e retorcidas algumas até pareciam com pessoas a agonizar.

Juan pela primeira vez estava com medo de andar pela floresta, ele sabia que aquele não era o lugar a qual estava acostumado e como um instinto súbito gritou.

—Socorro! Após gritar percebeu que só estava a perder tempo afinal ninguém o ouviria estando ali.

—Do que tens medo Juan.

Ele congelou ao ouvir isso, quem poderia estar ali e de quem era aquela voz nada familiar. Ele jogou os galhos no chão ficando apenas com o mais pesado deles.

—Seja quem ou o que estiver ai é melhor se mostrar e não tentar nada contra mim.

—Calma sou amigo, eu venho lhe oferecer algo.

—Como se realmente eu fosse aceitar algo de alguém que não tem nem coragem de se mostrar.

—Já que faz tanta questão de me ver, entre na fenda existente na árvore a sua direita.

Ele primeiro pensou em correr, mas logo se deu conta de que não adiantaria só ficaria mais perdido, ainda com as pernas meio bambas e tremulas foi se dirigindo a fenda que havia na árvore que era quase da sua altura.

Entrando pela fenda ele se deparou com uma escada de tamanho considerável, pelos seus cálculos deveria ter uns sessenta degraus que levavam até o subsolo, o caminho era todo iluminado por luzes foscas e de um tom amarelado chegando ao patamar percebeu que ainda havia um corredor e adentrou cada vez mais pela fenda que tinha a aparência de uma mina abandonada.

Chegando ao fim do corredor havia uma porta e nela estava escrito com garranchos que pareciam ter sido feitos por unhas.

Cogita ante intrare
In potentia ofetará
Et si sensus accipere
Pace relinquere

Já havia feito aulas de latim, mas não deu grande importância à mesma, o que só lhe permitiu apenas identificar a linguagem e uma palavra a qual jamais esqueceria o significado “poder”. Então entrou de forma imponente sabendo que aquilo que sempre buscará agora vinha ao seu encontro.

Atrás da porta havia uma salacom móveis rústicos e que tinha um odor de mofo também era muito quente o que era compreensível por se localizar abaixo de terra. Havia uma velha lamparina sobre uma escrivaninha ao canto de uma parede, a luz da lamparina dava um tom meio fantasmagórico ao local.

Olhou bem para todos os cantos da sala e viu a frente dele uma mesa havia um homem sentado atrás dela e uma cadeira à frente.

—Sente-se Juan. Falou com uma voz muito amigável.

Juan atendeu-lhe o pedido e sentou-se, ele era tão aparentemente agradável que se tornava quase hipnotizante.

—O que você quer de mim? E Quem é você?

—É acho que fui um pouco mal educado ao não me apresentar o meu nome é Iratus e digamos que eu tenho uma oportunidade única para lhe oferecer.

—O que você quer dizer com oportunidade única?

—Bem digamos que os seres humanos sejam ruins e destruam a bela criação divina e eu quero lhe dar o poder par iniciar uma nova hera.

—Acalme-se você está dizendo que é preciso acabar com a humanidade e quer que eu faça isso?

—Não é bem assim meu jovem, entenda que sem os humanostudo seria muito melhor e se o anjo da luz for o novo senhor ele recriará o mundo de uma forma muito mais perfeita. Deixe eu te mostrar uma coisa.

Nesse momento ele encostou o seu de dedo indicador na testa de Juan e mandou-lhe fechar os olhos, nesse momento Juan viu as maiores atrocidades cometidas pela humanidade todas as guerras, toda inveja e todo mal que manava das entranhas da sociedade.

—Nãooo! Gritou Juan quando saiu do transe.

—Viu jovem é como eu te disse os humanos são doença que apodrece o mundo e destroem tudo que tem a possibilidade de conhecer, você acha isso justo?

—O que tenhoque fazer preciso acabar com essa escória.

—Você será o meu Herdeiro e quando nossos objetivos forem concretizados eu te horarei e te farei um dos meus governantes.

Nesse momento levantou foi até a escrivaninha e tirou uma caixinha de madeira já gasta pelo tempo.

Sentou-se novamente e entregou a caixinha para Juan.

—Ai está o que lhe ajudará nessa batalha que será dura, mas eu acredito que você conseguirá.

Juan abriu a caixa e dentro dela existia um colar que tinha um pingente em forma de pentagrama e no centro dele uma pedra roxo-azulada.

—Em que isso irá me ajudar?

—Coloque-o e sentirá o poder.

Ele colocou o colar e sentiu um imenso poder passar através de todo seu corpo.

—Que sensação maravilhosa, quanto poder.

—Preciso lhe mostrar contra quem irás lutar e lhe prevenir que não será nada fácil.

—Não me importo em dar minha se conseguir findar com a existência dessa humanidade sórdida, hipócrita e ímpia.

—Você terá muitas pedras no seu caminho, mas a sua determinação é perceptível. Acompanhe-me tenho algo para lhe dar.

Juan o seguiu, Iratus deu alguns toques na parede e a mesma se abriu atrás da parede havia uma prateleira cheia de livros Iratus pegou um pequeno livro negro com um rubi na capa.

—Tome tudo que você precisa e precisará saber lhe será contado por esse livro tenha muito cuidado ele é insubstituível e ninguém além de você deve ter acesso a ele.

Juan tomou-o até meio apreensivo porque era um pouco desleixado, suas mãos ainda se encontravam meio trêmulas e suavam, já que embora fosse bem mais corajoso que os outros garotos da sua idade aquela situação era no mínimo extremamente inusitada.

—Certo creio que você deva ir, sua família deve estar preocupada e pelo que sei mandaram seu primo atrás de você.

—Aquele idiota, aposto que está torcendo para que um lobo tenha me devorado.

—Não se preocupe, ainda vai ter chance de tirar tudo a limpo com ele...

—O que você disse?

—Nada demais é que as vezes me perco em meus devaneios, de qualquer forma você deve partir. Quando sair pela arvore basta seguir em linha reta e em alguns minutos você estará na saída. Se seu primo perguntar algo diga apenas que se perdeu e não se esqueça de levar a lenha que sua mãe e sua tia pediram.

—Farei tudo quanto preciso para que ninguém descubra, mas como farei para lhe encontrar novamente.

—Não se preocupe com isso o livro lhe ensinará muito, quando chegar a ora eu te encontrarei, mas esteja preparado.

—Tudo bem.

Nesse momento deu as costas e se dirigiu para a saída subindo novamente o lance degraus até sair na fenda pela qual entrara ventava frio, recolheu os galhos que havia deixado cair no chão e seguiu em linha reta como fora mandado até que ouviu a voz que mais odiava berrava o seu nome.

—Juan!

—Já vai. Gritou em resposta.

Andou mais um pouco e lá estava prostrado seu primo na entrada do povoado.

—Onde você estava? Falou em um tom raivoso

—Não vai dizer que você estava preocupado comigo.

—Por mim você poderia ter sido devorados por lobos, mas a minha mãe e a sua se preocupam com você e me mandara te procurar.

—Tá bem não precisa ficar falando, já estou aqui e afinal de contas quem vai levar bronca sou eu mesmo.

—Então anda logo vamos voltar pra casa. Não entendo como você pode ser tão idiota a ponto de se perder na floresta depois de tanto tempo morando quase dentro dela.

Os dois voltaram para casa, Juan não estava errado de fato levou uma bronca por ter sido tão descuidado e teve que ouvir inúmeras vezes a mesma ladainha “você deveria saber que não deve fugir muito da trilha ao anoitecer”.

O jantar foi preparado e servido, todos estavam famintos devido ao adiantado da hora. O assunto à mesa se resumiu alguns fatos rotineiros do povoado o que não era novidade em meio ao marasmo que todos viviam.

Quando acabaram de comer foram todos para sala ficar próximos a lareira com exceção de Juan que não vez seu conserto rotineiro dando a desculpa de que estava com dor de cabeça e subiu para o quarto.

A verdade é que ele queria abrir o livreto que até o momento se encontrava escondido em seu bolso.

Entrou no quarto ao qual compartilha com seu primo e acendeu o pequeno candeeiro que tinha junto a parede que permitia uma visualização parcial dentro do quarto.

Deitou em sua cama e foi finalmente folhear o livro para ver que mistérios o aguardavam. Abriu o livro e a primeira página estava em branco achou compreensível, foi para a segunda que também estava em branco, tamanha foi a sua surpresa ao folhear o livro e ver que em todas as página não havia sequer uma palavra.

—Droga fui enganado, aquele cara e todo aquele papo deve ser tudo mentira.

Jogou um livrou em direção ao canto da cama e o mesmo ficou a aberto na ultima página, olhava para o livro enfurecido até que viu de relance algo que reluziu a luz do candeeiro.

Pegou novamente o livro e notou que no rodapé em letrinhas douradas estava escrito “se a mim quiseres decifrar, se for o herdeiro deve provar”.

Aquela frase ficou em sua cabeça o que será que aquilo queria dizer, como ele poderia provar que era o herdeiro. Muito pensou e não chegou a nenhuma conclusão.

Resolvei ir dormir talvez no outro dia conseguisse decifrar aquele enigma, colocou o livro no seu esconderijo secreto, em um buraco que ficava coberto com algumas tabuas soltas no chão. Usava-o normamelmente para esconder doces e outras coisas que não gostava de dividir com seu primo.

Ele dormiu e e quando se deu conta estava num lugar totalmente envolto em trevas a qual só era possivel ver um portal a sua frente o mesmo não possuia nenhuma fechadura ou tranca, mas ele pode reconhecer uma escrita muito familiar que dizia “se a mim quiseres decifrar, se for o herdeiro deve provar”.

—Oh não, de novo não! Exclamou

Depois de muito observar a porta a ponto de forçar a visão enxergou no meio dele uma pequena forma que era muito familiar foi quando ele notou que o colar em seu peito tinha um encaixe perfeito com o portal.

Ele encaixou seu colar em forma de pentagrama no portal e ela começou a se abrir e uma força que elvolvia puxou-o par dentro.

Ele só conseguiu ouvir um sussuro após isso que dizia.

—O herdeiro vive novamente. O ciclo recomeçará. Uma gargalhada


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Notas finais do capítulo

Se você leu e gostou comente e se não gostou também para que eu melhore, faça desse pobre escritor uma pessoa mais feliz.