Un Baiser Plus escrita por H_S


Capítulo 4
Capítulo 4 - Expectativas


Notas iniciais do capítulo

Meus queridos leitores. *.*, antes de tudo gostaria de agradecer a todos vocês pelos comentários e a todos que estão acompanhando a fic.
Temos aqui um novo capítulo para vocês de U.B.P ( Un Baiser Plus) e esperamos que gostem. Ele foi revisado e editado ontem, mas se deixamos passar algum erro desculpem! =)
E para quem gosta de ler o capítulo com música recomendamos:
http://www.youtube.com/watch?v=upnTg2GPgTM
Boa Leitura...



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Un Baiser Plus

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Capítulo 4

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Expectativas

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"Eu sou incapaz de agir como ser humano"

HOUSE

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Saiu apressadamente esbarrando nas pessoas que estavam em seu caminho. Sua expressão fechada demonstrava sua raiva.

Olhava para trás na esperança de não estar sendo seguida por Sasuke. Seu rosto se fixou apenas na frente quando viu que não estava sendo seguida e nem seria.

Quando chegou ao lado de fora da boate do “show beneficente”, como Ino gostava de chamar, guiou seus passos em direção à rua. Seus olhos buscavam por um táxi, mas parecia impossível encontrar um. Seus olhos desceram para o relógio em seu pulso, os ponteiros já marcavam dez e meia. Ela soltou uma bufada alta, era incrível, como as horas pareciam ter se acelerado rapidamente com seus problemas com o Uchiha.

Uchiha. Aquele nome fazia vontade de voltar e mudar os tapas para socos. Por que se sentia tão... Estranha a aquele ponto? Tentava ignorar o possível fato que rondando sua mente.

Quando finalmente avistou o carro amarelo, passando lentamente pela rua suas mãos balançaram dando um breve sinal e em resposta os freios do carro frearam contra o asfalto.

Sakura puxou a porta e disse brevemente o nome da rua. Seus pensamentos torciam para que os sessenta yenes* em sua bolsa fosse o suficiente para pagar a viagem até a casa de sua tia.

Apertou suas mãos fortemente e olhou para a paisagem escura e reluzente que passava sobre seus olhos, devido às luzes florescentes e vibrantes da grande Tóquio. Uma das cidades mais incríveis que chegara a conhecer em sua vida.

“Ah... Aquele idiota! Estupido!” – sua mente martelava com raiva - “Idiota de pouco QI. Acha que pode conseguir o que quer, mas na verdade não pode! Eu não vou me entregar facilmente!”.

Sakura prendeu os braços contra o peito e franziu o cenho. Mas logo sua expressão mudou quando analisou seus próprios pensamentos.

Ela não acreditava que estava cogitando em seus pensamentos um relacionamento com Uchiha Sasuke. Ela era burra? Ficara completamente claro essa noite que o que ele realmente desejava não se passava de algo sexual.

“Sexo...” –Sakura praguejava em seus pensamentos – ”Sexo é ultima coisa que vai conseguir de mim...”.

O taxi seguiu o percurso ao longo das ruas. Sakura fitava impaciente o relógio em seu pulso. Agora os ponteiros marcam cinco para as onze, e era uma quinta-feira. Ela sabia que teria sua cabeça em uma bandeja já que sua tia parecia levar pontualidade a sério com suas regras e horários pontuais e intransitivos.

Torcia mentalmente para que Shikamaru houvesse prosseguido com o plano de atrasar os relógios como teria sido combinado.

Quando a faixada conhecida da nova casa ficou a sua vista, Sakura agradeceu por ter dado cinquenta e cinco yenes a ida de táxi. Retirou os sessenta de sua bolsa e pegou seu troco.

Ela fitou as luzes acessas da casa, pareciam que ainda todos estavam acordados.

Sakura andou até a entrada e girou a chave na fechadura destrancando a porta, antes de girar a maçaneta e fitou o relógio.

Onze e vinte.

“Que você tenha atrasado os relógios, Shikamaru.” – sua mente desejava internamente.

Suas mãos giraram a maçaneta e então ela seguiu com os passos para dentro da casa. Os relógios marcavam dez e vinte. Parecia tudo certo.

Sakura apressou seus passos para a escada, mas a voz áspera de sua tia a fez paralisar no primeiro degrau.

– Não tão rápido, Sakura. – Sakura apertou a expressão. O que dera errado? Os relógios marcavam uma hora atrasados, deixando claro que ela havia chegado no horário que a tia solicitava durante a semana.

Sakura suspirou baixo, virou seu corpo encarando a tia parada em frente à escada a encarando com a expressão séria.

– Shikamaru não sabe mudar o horário que anunciam na TV.

Sakura apertou os olhos. Essa era a falha.

– Como ousa? Como ousa mentir para mim! E pedir para o meu filho encobrir suas mentiras? – a voz de Yoshino saia dura e agressiva.

Sakura virou seu corpo com raiva.

– Eu não pedi para ele mentir para mim! Ele se ofereceu e eu aceitei a oferta que ele propôs! Shikamaru mentiu por que quis!

– Ah! Claro! Meu filho seria capaz de mentir para a própria mãe! - Yoshino cuspia as palavras, seu rosto pacífico de sempre estava vermelho e alterado.

– Quem atrasou o relógio fui eu ou ele? – Sakura perguntou desafiadora. O silêncio da tia a fez repuxar um sorriso em seus lábios rosados – Como eu pensei...

Sakura murmurou e virou novamente seu corpo para as escadas.

– Sakura! – a tia berrou novamente em um tom autoritário, mas, ao contrário de antes ela permaneceu de costas apenas parada ouvindo suas palavras – Enquanto viver sobe o meu teto, vai seguir as minhas regras. Vai arrumar a casa por uma semana e se eu ouvir reclamações... Não sai por um mês.

Sakura não se deu ao trabalho de responder algo, apenas continuou com seus passos em direção ao quarto.

Seus pés batiam fortes contra o chão demonstrando sua raiva. Suas mãos bateram a porta de seu quarto causando um estrondo.

Ela jurava ter olvido à tia advertindo e praguejando do andar de baixo. Mas ignorou completamente. Seu sangue “borbulhava” de raiva. Queria acreditar que tudo era culpa de Uchiha Sasuke.

Talvez realmente fosse. Mas apenas lembrar-se daquele nome, rosto, corpo, lhe causava raiva. E sentimentos estranhos.

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Ah madrugava pairava ao longo da iluminada e rica Tóquio.

Os relógios apontavam uma da manhã. O show “beneficente” de Ino se matinha no mesmo animo desde que Sakura o abandonará.

As músicas mudavam rapidamente com os mesmos ritmos agitados.

Sasuke estava com o corpo tombado na mesa do bar. Novamente havia passado da conta mais uma vez. Seus olhos vermelhos e cansados mostravam como seu corpo estava esgotado. Mas ele parecia ignorar os pedidos de descanso, quando derramou em sua garganta mais um copo de vodca.

O cigarro em seus dedos já estava praticamente ao fim, mas ele tragou novamente o tabaco e então jogou o resto ao chão.

Ele soltou pelo nariz a fumaça do cigarro, que subia lentamente sobre o ambiente.

Seus olhos rondaram ao longo da boate em busca de uma companhia que pudesse ser produtiva.

Seus olhos caíram na menina com um curto de bandagem em um dégradé rosa parando na cor branca. O corpo escultural da garota se balançava desiquilibrado, os sinais de embriaguez na garota estavam aparentes.

“Fácil demais...”

Seu corpo se levantou devagar da mesa e seus pés seguiram em direção à garota, seus passos tentavam seguir em uma linha reta, mas desviam do caminho. Sasuke tateava o bolso de seu jeans enquanto andava em busca de seu maço.

Seus dedos se mexeram desajeitados em para acender o isqueiro.

Ele posicionou o cigarro a boca e tragou uma vez o tabaco e seguiu com seus passos em direção da garota.

Suas mãos a puxaram contra seu corpo. A garota não protestou, apenas o encarou com os olhos mostrando o desejo ardente que dominava seu corpo.

Os lábios de Sasuke se chocaram contra os dela, violentamente, mostrando que não trocariam palavras por hoje.

A garota retribui com a mesma ardência.

As mãos rondavam o corpo da garota como se não se importasse por estarem sendo observados.

Tudo que sua mente ansiava naquele momento era sexo, era ter o corpo da garota, era pelo menos finalizar a noite com “dignidade”.

Talvez as pessoas estivessem certas. Talvez Sasuke não soubesse o significado das palavras, ou apenas não se importava com elas.

__ [...] __

Sasuke ergueu seu corpo da cama, suas mãos pousaram em sua cabeça reprimindo a dor da ressaca.

Seus olhos caíram no corpo ao seu lado da cama, enrolado em uns lençóis finos da cama, seus olhos se ergueram da garota nua ao seu lado e rondaram o quarto em busca de algo familiar ao tentando se lembrar do que havia acontecido na noite passada, mas nada vinha a sua mente.

Sasuke jogou os lençóis da cama com brutalidade ao lado, como se não se importasse com a garota ao lado. E ele realmente não se importava.

Suas mãos buscavam por suas roupas e pertencentes no quarto. Ele passou a camisa sobre seu corpo e fechou o fecho de sua calça jeans.

Seus olhos caíram no relógio posicionado na parede.

Os ponteiros marcavam dez e meia.

“Droga.”

Seus pensamentos praguejaram. Havia perdido a escola. Provavelmente seus pais estariam o esperando em casa ou esperando como sempre a ligação para busca-lo.

Sasuke checou às três notas de cem yenes em sua carteira. Ele deu os ombros. Aquilo teria que servir para alguma coisa.

Ele guiou seus passos em direção à porta, deixando a garota dormindo sobre a cama.

Seus olhos se apertaram quando o sol invadiu sua visão, suas mãos pairaram sobre eles em instinto, tentando impedir os raios fortes do sol o cegassem.

Enquanto passava ao longo dos corredores reparava nas pequenas placas escritas “Motel La Blanc”. Sua mente alto se interrogava de como havia chegado lá, mas isso apenas piorava a dor latejante de sua cabeça.

Sasuke parou na “recepção” do local, pelo menos era como chamariam aquilo naquele lugar e o que as pequena placa apontava, e depositou o dinheiro e retirou seu troco. Fez um pequeno interrogatório com o recepcionista mal encarado, tentando descobrir onde estava o tentar se lembrar do que acontecerá.

Conseguiu descobrir o local. Mas isso já bastava.

Seus passos seguiram pela rua e suas mãos fizeram um breve sinal, fazendo o taxi parar brutalmente.

Ele abriu a porta e a fechou com um estrondo e deu instruções rápidas e diretas.

– 59th Street, 96th Street.

O motorista pendeu o pé e deu partida no carro.

Sasuke suspirou alto e pesado. Às vezes era incapaz de agir normalmente. Mas gostava de ser assim. Gostava de viver assim.

Entre sexo, drogas e mulheres...

[...]

– Você poderia pelo menos uma vez na sua vida, ser responsável? – Uchiha Mikoto berrava em frente ao filho.

– Não berra! Minha cabeça! – Sasuke disse ríspido, parecia não se importar se falava com a mãe, ele a tratava como uma pessoa qualquer.

– Não levante esse tom para mim ou sua mãe! Não somos seus capachos! – Fugaku Uchiha, dono das empresas Uchiha, a maior empresa de economia aberta nos meios de Tóquio, que dominava todas as áreas econômicas importantes do Japão e do mundo, junto com as empresas sócias Hyuuga e Uzumaki/Namikaze.

Irônico as palavras saírem da boca do magnata que quando jovem era conhecido pelas mesmas laias de seu filho.

– Que se dane. Tudo é a mesma coisa. – Sasuke disse erguendo seu corpo de sofá e seguindo em direção à escadaria de sua casa.

– Volte aqui agora, Uchiha Sasuke! – Mikoto berrava com seus pulmões, mas era ignorada.

Ela não possuía a atenção do filho há muito tempo. Às vezes pegava em seus devaneios lembrando-se do garotinho sorridente, mas tudo se perdeu com o tempo. Sumindo com os acontecimentos que ela teimava em concertar depois de anos, mas já não adiantava mais serem consertados.

Qualquer esperança com um relacionamento feliz e bem estruturado com Sasuke já estava completamente perdido.

Sasuke seguia com seus passos ao longo das escadas. Seus passos se arrastavam pelas escadas, seus ouvidos ignoravam os protestos de sua mãe. Pra ele era divertido ver a impotência de seus pais.

A impotência de não ter mais controle. E como agora, ele poderia fazer o que quisesse, e ser livre se algo desse errado.

Uma atividade divertida, que ele sempre gostava de observar.

Sua cabeça expulsava os pensamentos de sua mente quando sua cabeça latejava de dor. Vodca sempre lhe causa essa pequena consequência.

Mas sentir seu gosto em sua garganta era algo impossível de se dispensar.

Apenas uma coisa resolveria seu problema, uma ducha fria e algumas aspirinas.

Mas agora a única coisa que queria fazer antes de tudo era apenas deitar em sua King Size e permanecer lá por algumas horas.

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– O que tanto olha? – Ino indagou novamente, dando um leve retoque em seus lábios com seu batom cereja e arrumando pela milésima vez sua franja jogada em seus olhos.

– Nada... Eu apenas estava me perguntando... – Sakura se interrompeu, Ino não tinha que saber isso.

Ino não tinha que saber que seus olhos ansiosos procuravam por Uchiha Sasuke. Ela tentava por vontade parar de levantar seu olhar e procurar pelos olhos de ônix hipnotizantes e desejados. Mas seu corpo parecia não atender as ordens de seu cérebro.

– Se perguntando... – Ino continuou a frase, mas bufou quando ainda não havia recebido a resposta – Sakura... Você pode repetir o porquê que foi embora ontem à noite?

– Eu já disse... Eu precisava chegar no horário.

– Parece que não deu certo já que está de castigo. – Ino deu os ombros com um pequeno sorriso repuxando seus lábios.

– Nem me lembre disso... – Sakura disse abaixando a cabeça com desanimo. A casa de Shikamaru não era grande, mas também não era pequena. Mas de qualquer forma, daria trabalho.

– Não parece ser tão ruim... É apenas pegar um pano, produtos de limpeza e... Limpar. –Ino deu os ombros.

– Ino... Você nunca limpou uma casa em sua vida, não dê opinião de algo que não sabe.

– O que estou tentando dizer – Ino pareceu ignorar as ultimas palavras de Sakura – Está vivendo com sua tia agora... Adapte as regras dela ou... Quebre a cara.

– Muito reconfortante. – Sakura se recostou a cadeira, seus lábios se selaram quando a professora de inglês colocou-se para dentro da sala.

E começou uma pequena discussão sobre William Makepeace Thackeray e seu livro As “Aventuras de Barry Lyndon”.

Minha sua cabeça estava ocupada, tentava mandar para seu corpo o ódio daquele beijo.

Mas tudo sobre o que conseguia pensar era a imagem de seus lábios se chocando com os de Sasuke.

Odiava-se por isso. Odiava-se por estar criando sentimentos.


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To Be Continued...


Notas adicionais:

William Makepeace Thackeray – foi um romancista britânico.

•“As Aventuras de Barry Lyndon”– foi uma das obras de maior destaque do autor britânico.

yenes – moeda japonesa


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
E já sabem, se gostou do que leu, deixe seu comentário. Senão... Muhahahaha - risada do mal on- não atualizo! u.u kkkk
Kisses and more kisses... =D
H_s