Un Baiser Plus escrita por H_S


Capítulo 33
Capítulo 33 - Preço


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei!
Me chamem de desastrada mas eu fiz uma proeza incrível de cortar minha mão, dois dedos e a palma, calma, não foi nada muito sanguinário, mas foi um corte feio e ainda dói um pouco, mas já está bem melhor que antes, por isso fiquei alguns dias sem entrar no pc e ai deu esse atraso.
Mas por sorte, eu já adiantei tudinho então nesse final de semana tem o novo capítulo. ^^
Espero que gostem e se preparem para os momentos de tensão!
Boa Leitura.



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UN BAISER PLUS

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Capítulo 33

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Preço

***

"Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes."

(Sherlock Holmes)

Prédio Cúpula da Folha

15h00min da tarde

Um trânsito maior que o normal ocupava a cidade. Não se era todo dia que grandes empresas se uniam para decidir o que seria feito com uma grande quantidade de dinheiro como os Uchiha possuíam, não que a Folha fosse simplesmente tirar todo o dinheiro que a família possuísse, mas a empresa era quem gerava dinheiro, e uma vez que a Folha lhe expulsasse, se recuperar não era uma tarefa tão fácil.

Qualquer informação que fosse vazada, os jornalistas mais sortudos conseguiriam, por isso, uma grande onda de carros já se arrastava ao meio do centro de Tóquio, na cúpula da Folha. A segurança estava reforçada naquela tarde, a garagem em observação, apenas alguém com extrema habilidade ou permitido conseguira passar da porta principal.

Zetsu abaixou o binóculo de seus olhos e continuou mastigar seu chiclete passivelmente, seus olhos encaram cuidadosamente o rosto de Kisame que mantinha seu pé sobre o parapeito do prédio, ambos tinham que esperar a hora certa para liberarem a entrada no prédio, mas os inúmeros jornalistas a frente do prédio apenas deixavam as coisas mais complicadas.

- Vamos meter bala. – Kisame murmurou impaciente – Não param de chegar, essa porcaria vai começar logo, quero ir para casa e ver meu jogo.

- Temos que esperar. – Zetsu murmurou em sua voz rouca, colocando seu binóculo amarrado em sua cintura - Não devemos errar, Madara deve entrar as três e vinte e nós, cinco minutos depois, bloquear o prédio e seguir com o plano.

- Não precisa me lembrar disso novamente. – Kisame murmurou brusco, cuspindo contra o chão e apertando suas mãos em punhos várias vezes - Temos que entrar pela porta da frente. Sem mortes, então terá de ser pelos punhos.

- Hidan e Kakuzo vão lhe ajudar com isso. – Zetsu murmurou, sentando-se no parapeito do prédio, seus olhos se apertaram quando encararam a vã preta parando atrás do prédio que estavam acima – Eles chegaram. Está na hora.

Kisame e Zetsu apressaram seus passos para o térreo do prédio, caminharam em direção da vã e puxaram a porta em seguida, fitaram os canos das armas apontadas diretamente para ambos os rostos antes se abaixarem.

- Está na hora. – Zetsu murmurou – Devemos colocar o plano em prática.

Hidan desceu do carro e manteve o charuto cubano preso entre seus dentes, enquanto enfiava uma 38’ no cós de calça, Kisame e Kakuzo fizeram o mesmo, dividindo entre balas, armas e facas no meio dos paletós pretos e baratos.

- Vamos para o meio dos jornalistas... – Konan disse passivamente, encarando o rosto de seus respectivos cumplices – Vocês cuidam dos jornalistas, enquanto eu cuido dos seguranças.

Hidan acenou com a cabeça, deixando a fumaça do charuto escapar por sua boca, enquanto Kisame e Kakuzo apenas acenavam impacientes.

- Enquanto isso, vocês fecham o prédio. Eu cuido de Madara. – Zetsu murmurou, encarando o restante do grupo dentro da vã, dando as últimas checadas nas armas e ajeitando o conjunto de ternos pretos.

Um pequeno silêncio rondou, aquelas ruas movimentadas de Tóquio, era naquele momento que todos tinham um pequeno minuto para se lembrarem de como haviam entrado nesse mundo, do que protegiam e zelavam. A Akatsuki era uma sociedade que ordenava a sua presença por pontos fracos. As pessoas se tornavam ágeis quando tinham algo a zelar. Pelo menos, era uma das concepções que Madara mais frisava.

- Vamos logo. – Konan murmurou, seguindo em direção à rua. Ouvia os passos de Hidan, Kukuzo e Kisame logo atrás, três homens altos e aparentemente assustadores não era o que se consideraria comum, mas ninguém realmente ligava para o que se passava na rua naquele momento.

Caminharam em direção ao grupo de jornalistas que se mantinham apertados na entrada da Folha, onde se mantinham atentos a um representante um tanto velho, de uns cinquenta e poucos, que dava informações básicas de que a reunião que havia dado início e que as informações só seriam dadas no dia seguinte, uma reprise das instruções que Minato havia dado no dia anterior.

Todos pareciam ignorar suas palavras e apenas jogarem milhares de perguntas de volta, o que apenas parecia deixar o senhor ainda mais confuso do que deveria dizer.

- É verdade de que terá a presença de Karin Takahashi? Ela foi vista hoje cedo! – uma voz gritou ao meio da multidão, o que apenas fez mais perguntas surgirem, cada vez mais altas e confusas.

- Senhores, por favor... – o representante murmurou, secando o suor em sua testa – As informações que querem só serão dadas amanhã cedo, por favor, deixem a calçada da empresa.

- É verdade que Itachi decidiu assumir a parte dos Uchiha?!

As perguntas continuavam a ser berradas a todos os pulmões, e os olhos cansados do representante tentava acompanhar o ritmo que as coisas estavam sendo levadas, enquanto repetia a mesma frase incessáveis vezes, seus olhos se levantaram alarmadas quando a jovem havia saído da área permitida. Ergueu seu braço rapidamente, bloqueando sua passagem.

- Atrás da linha, por favor. – murmurou impaciente encarando os cabelos azuis caídos sobre os olhos caramelizados, fez uma pequena careta de dor, visível o bastante para todas as perguntas cessarem de uma vez.  Andou alguns passos para trás com a mão sobre a barriga e encostou seu corpo contra a parede, sua blusa se manchava de sangue e os olhos dos seguranças se voltaram rapidamente para a cena.

Konan retirou as duas armas de sua coxa e começou a atirar agilmente contra os homens que se aproximavam o que apenas gerou uma grande onda de berros na multidão. Hidan, Kakuzo e kisame destruíam rapidamente as câmeras, as arrancando da mão de cinegrafistas e as jogando contra o chão e parede ou simplesmente enchendo o objeto de balas.

Konan enfiou uma das armas novamente no suporte em sua coxa e recarregou a outra. Seguiu com seus passos para dentro, seus olhos observavam agilmente o saguão, enquanto Hidan colocava uma tranca contra a porta e escrevia com uma caneta permanente contra o vidro “Quem entrar aqui dentro morre. Assim como os membros da reunião”.

- Não devem ter ouvido nada. – Kisame murmurou breve – A sala de reunião é no ultimo andar, deve ter mais seguranças lá, devemos nos encontrar com os outros onde?

- Kakuzo e Hidan vão ficar aqui em baixo. Sasori, Pain e Deidara vão cuidar das outras entradas, nós dois e Zetsu vamos para os outros andares.

Kisame acenou com a cabeça, deixando a arma posta em sua mão, enquanto caminhava para os próximos andares, Konan subia as escadas, mantendo uma distância boa o bastante para Kisame se movimentar caso fosse necessário, era apenas possível ouvir a respiração de ambos. À medida que os andares iam se avançando, parecia que uma tensão crescia cada vez mais.

Tentava eliminar todos os seguranças da forma mais silenciosa possível, enquanto esperavam Madara com Zetsu no 19º andar, apenas um andar abaixo onde estaria acontecendo à reunião. Os olhos de Kisame se mantinham atentos a qualquer movimento, preparado para revidar qualquer ataque inesperado. Analisava meticulosamente cada canto possível para alguém se manter escondido, estava dando seu máximo para o plano sair de acordo como planejado.

Kisame empurrou Konan contra a parede quando percebeu a garota pequena no corredor, pulando animada com um pacote de batatinhas em sua mão e seu vestido rodado e rosado. Deveria ser a filha mais nova de Hiashi Hyuuga, Hanabi, se não estava enganado. Ela não era tão pequena, mas sua aparência a tornava completamente inocente.

Konan apertou aos olhos. Kisame sabia o que significava. O que fariam com ela? Ela deveria ser morta ou apenas deixada presa com os outros? Konan não pensou duas vezes e retirou uma faca presa em sua cintura, mas o dedo indicador de Kisame se balançou em um “não”, quando percebeu que Hanabi caminhava em direção ao banheiro.

- Trave a porta. Vou para o ultimo andar. – Kisame murmurou em um sussurro baixo e ágil antes de começar a subir os últimos lances de escadas, seus olhos se apertaram com mais dois seguranças rondando aquele olhar, mirou com a arma e deu dois tiros certeiros e encarou os corpos caídos ao chão.

- Bom trabalho. – Kisame virou rapidamente ao perceber uma voz invadindo seus ouvidos, mas deixou sue corpo relaxar quando reconheceu o rosto conhecido de Madara Uchiha – Vamos avançar para a segunda parte do plano.

A voz de Madara saiu suave e calmamente, enquanto subia os últimos degraus e caminhava em direção à porta da reunião, chutou o corpo do segurança para o lado, antes de colocar as palmas largas de sua mão contra a porta e empurrá-la.

- Espero que eu não esteja atrapalhando nada. – Madara disse com um leve tom irônico entre as palavras, seus olhos encaram todos os membros ali presentes. Todos que precisava para que pudesse ser considerado o novo membro chefe dos Uchiha e da Folha.

- Madara... – a voz de Minato saiu aparentemente em choque, não via o irmão de Fugaku a longos anos e sua presença não era nem um pouco esperada para aquela reunião – Desculpe, mas estamos em uma reunião privada.

- Sei muito bem disso. – Madara murmurou, puxando uma das cadeiras e se sentando, deixando um longo suspiro escapar por seus lábios – Toda a cidade sabe que vocês estão em uma reunião extremamente importante... Não seria diferente comigo.

Madara encarou os olhar duro de Itachi e um sorriso irônico escapou por seus lábios. Itachi podia ter sido um dos melhores membros da Akatsuki e também, ter sido excelente em deduzir quais seriam seus futuros planos, mas assim como os outros membros da Akatsuki, vivia com a dúvida do que se passava nos pensamentos mais obscuros de Madara.

- Bem, meu irmão fez um imenso favor de causar tanto tumulto por que se esqueceu de escrever um bendito testamento... Não posso culpá-lo, ninguém está preparado para morrer não é mesmo? – Madara murmurou, tirando uma caixa de cigarros de seu casaco preto e acendendo um deles – Pelo menos, eu não estou.

“Mas enfim...” – Madara murmurou, dando uma longa tragada em seu cigarro – “Por que não deixamos toda essas formalidade de lado... E não damos logo as coisas para... Esse garoto...” – Madara murmurou apontando com o indicador para Itachi com o corpo completamente tenso – “Não arruma confusão... É um cirurgião aplicado... Não terão problemas com ele.”.

- Não vai conseguir tão fácil. – Itachi disse brusco, com suas mãos cerradas em punhos. Madara apenas mantinha seus olhos apertados para o sobrinho. Itachi nunca fora uma pessoa manipulável, mas era simples mandá-lo fazer o que tinha que fazer.

As narinas de Madara se inflaram de raiva e suas mãos bateram com força contra a mesa longa e oval da sala de reuniões, seus olhos encaravam Itachi com um ódio evidente, quase que num impulso, suas mãos retiraram uma arma de seu casaco e a manteve fixa em direção a Sasuke, o que tornou os ânimos de todos completamente um transtorno.

- Eu não estou sugerindo. – a voz de Madara saiu em um tom sinistro e ao mesmo tempo completamente sombrio.

- Madara... Por favor... Se controle... – Mikoto murmurou calmamente, erguendo seu corpo da cadeira em movimentos leves e visíveis – Abaixe essa arma... Não precisa fazer isso.

Madara deu um tiro para a cima, o que arrancou breves gritos de Hinata e Ino, seus olhos se viraram para Mikoto antes de voltar à arma para Sasuke;

- Cale sua boca ou eu vou atirar na cabeça desse garoto como deveria ter feito anos atrás.

xXx

Faculdade de Tóquio

16h00min da tarde

- Aula passada, estávamos terminando de falar sobre a anatomia e partindo para o novo módulo, então vou passar algumas perguntas e vocês devem responder corretamente até o final da aula, é muito importante que vocês saibam tudo muito precisamente, anatomia é uma das coisas mais básicas da medicina...

Sakura mantinha seus olhos concentrados em cada fala de sua professora. Estava se dedicando ao máximo aquele curso, apesar de estudar em casa ser uma tarefa praticamente impossível quando se tem um bebê em casa, tentava de tudo para conseguir fazer tudo corretamente, contava com a ajuda de Sasuke quando finalmente fosse morar com ele, apesar de ele ter seu curso, eles conseguiriam tornar as coisas mais fáceis, pelo menos, era o que mais desejava.

Abriu seu caderno e começou a se focar nas perguntas colocadas no quadro, a princípio nada que suas horas de estudos desconhecem, o que a deixava feliz, já que isso apenas lhe deixava mais determinada a ser uma excelente médica, como sua mãe havia sido.

Uma pequena batida na porta fora o bastante para tirar uma atenção geral dos alunos de medicina do primeiro ano, a professora caminhou incomodada em direção à porta, abrindo e encarando a dupla de homens altos, com ternos negros e dois distintivos pregados ao peito.

Uma onda de múrmuros domou a sala, não era todo dia que a policia invadia o campo da universidade. Poderiam ser muitas coisas, desde a posse de drogas ou algo mais trágico, mas os olhares mudaram de direção quando o nome “Haruno Sakura” fora pronunciado.

Não se sabia muito sobre Sakura, apenas que namorava Uchiha Sasuke e que ambos tinham um filho de alguns meses. Nada muito detalhado, apenas o que aparecia na mídia ou o que era comentado nos corredores e no campus.  Encararam com atenção Sakura recolhendo suas coisas da mesa e descendo as escadas, caminhando para a porta.

Um ar de duvida rondava a sala, assim como rondava Sakura. Não fazia ideia nenhuma sobre o que a policia queria com alguém como ela. Não fazia nada de ilegal ou grotesco, sem falar que Sasuke não tinha problemas com a polícia fazia vários meses.

- Gostaríamos de falar com você sobre o seu namorado, Sasuke Uchiha e sobre a família dele.

O cenho de Sakura se franziu com aquela frase. Sasuke não era o tipo de pessoa que lhe contava tudo sobre sua família ou muito menos sobre seu irmão. Desde a morte de Fugaku, o silêncio de Sasuke apenas aumentara, a única coisa que realmente sabia sobre os Uchiha era o que Sasuke havia lhe contado naquela noite na casa de praia, e nada mais.

A rosada endireitou o corpo antes de encarar os dois oficiais a sua frente com o seu melhor olhar sério e maduro que seu rosto de dezoito anos conseguia fazer.

- Poderia saber o porquê dessa pergunta? Não vou dizer nada sem saber a razão, os Uchiha são bastante assediados e não quero causar problemas para eles.

- Minha jovem... – Sakura encarou o oficial, baixo, com uma barba mal feita cobrindo seu rosto, seus olhos possuíam olheiras profundas e possuía alguns quilos a mais que o necessário, tinha seu cabelo penteado para trás com várias madeixas brancas ao meio dos cabelos castanhos – Essa tarde... Houve uma invasão no prédio central da Folha. Alguns jornalistas sortudos conseguiram algumas imagens e está se passando na televisão repetidamente, você obviamente está sabendo disso agora.

Os olhos de Sakura estavam vidrados e seu corpo travado. Ouvira mesmo a palavra invasão? Estava ouvindo realmente as palavras certas? Naquela mesma manhã, havia dado um beijo em Sasuke e dito que iria comprar comida chinesa para o jantar e que iriam começar a preparar a mudança, e agora as coisas pareciam completamente confusas em sua cabeça.

- Como assim invasão?! Do que estão falando? Não havia seguranças no lugar?! – Sakura parecia cuspia as palavras da rapidez como saiam de sua boca, não conseguia processar a ideia de Sasuke ou seus amigos estarem em um perigo tão grande como numa invasão. O que queriam? Dinheiro ou apenas matá-los? Aquilo fazia sua espinha gelar em medo.

- Não o bastante para detê-los. – outro policial, um pouco mais jovem que o outro, apenas murmurou de forma impaciente, encarando Sakura completamente transtornada a sua frente – A questão é que precisamos saber alguma informação útil... Se tem alguma coisa de valor no local ou se Sasuke lhe disse alguma coisa sobre a reunião, isso vai nos ajudar a fazer um primeiro contato com os invasores.

- Não. Não, Sasuke não fala desse tipo de coisa comigo. Ele costuma falar isso com o Naruto e o Gaara, mas eles também estão lá, deviam tentar falar com a Temari, ela é irmã do Gaara, ela deve saber desse tipo de coisa melhor que eu... Eu só... Como sabem se as vitimas estão bem? – Sakura sentia uma sensação esquisita passando pelo seu corpo, não se impressionaria se acabasse tropeçando em suas próprias palavras e se derramasse em lágrimas em frente aqueles senhores.

- Estamos fazendo o possível para obter informações. Vamos manter a todos informados, pode acompanhar na televisão ou até mesmo nos ligar.

- Certo... Eu... Eu vou ligar. – Sakura murmurou, se apoiando na parede e passando a mão no rosto. Não prestou atenção nas ultimas palavras dos policias que agora apenas caminhavam pelo corredor em direção à saída.

Seu corpo apenas se mantinha cercado de pânico e pavor. Teria tudo isso a ver com quem havia ordenado o assassinato de Fugaku? Sua consciência achava aquela opção a mais obvia de todas, mas ao mesmo tempo a mais assustadora. Quem havia matado Fugaku tinha grandes planos e ideias voltadas para a Folha, talvez quisesse assumir o poder, então, matar todos os seus representantes ou fazê-los aceitar sua entrada fosse um dos planos.

Sakura se mantinha perdida nas várias hipóteses que rondavam sua cabeça naquele instante. Apenas colocou a mão direita contra o peito e soltou um grande suspiro, antes de fechar sua mão em punho e começar silenciosamente uma reza.

Não fazia aquilo desde que perdera a consciência dentro do carro, e acordara dentro de uma ambulância que seguia freneticamente para um hospital. Esperava que ao contrário da última vez, suas preces fossem mais do que atendidas e não ignoradas.

xXx

Central da Polícia Especial de Tóquio

17h50min da tarde

“As exatas 15h da tarde, dessa terça- feira, o prédio da Folha fora invadido por uma das organizações mais temidas que nossa cidade já enfrentou, a Akatsuki. Não se sabe ao certo o que está sendo exigido, nem o número de mortos no prédio e muito menos quem está presente nessa reunião. Apenas a informação solta pela policia é que há reféns, mortos e que ninguém deve invadir ou entrar no prédio sem permissão de um membro da Akatsuki...”.

A televisão soava alta da sala da policia, qualquer informação nova da impressa e dos policiais ali presentes, poderia ajudar com o QG. Uma invasão como aquela levava tempo, talvez pudessem continuar com aquilo por dias, e era essencial que a invasão da Folha não tomasse esse rumo.

- Malditos. Passaram a vida inteira afugentados como ratos, matando e matando viciados e comandantes da máfia e agora querem causar esse fuzuê todo? O que esperam conseguir com isso? Não tem por que dessa invasão.

- Existindo ou não motivo, temos que ficar focados. – A chefe da policia Anko, disse dura a um de seus cadetes e encarou cuidadosamente o mapa do prédio, não havia muitas entradas e saídas, e todas se mantinham cercadas. Sabia que quem fosse o responsável por aquela invasão, havia premeditado muito bem – Precisamos tentar contato.

- Não vão aceitar. – Ibiki, subcomandante da força de Polícia Especial de Tóquio, encarou cuidadosamente o mapa – Eles são do tipo de organização que tem uma missão e não se desviam dela. Se quisermos tirar alguém vivo dali devemos agir o mais rápido possível.

- E como espera que façamos isso?! Seria suicídio! Eles são treinados... Sabem o que fazer, temos que pensar em algo além, as coisas estão ficando piores a cada hora que se passa. – Anko disse impaciente, roendo a unha de seu indicador.

Ibiki encarou novamente as informações adquiridas dos entrevistados, não era nada muito útil, não conseguiriam nada de relevante para um contato. Havia de concordar com Anko, não tinham tempo, tinham que agir rápido, mas com cautela.

- Vamos começar a planejar uma invasão especial. Devemos ser cuidadosos, mais do que eles foram para entrar e permanecer lá. Vamos fazer isso às dez horas. Vamos ter tempo o bastante para pensar até lá.

Anko lhe mandou um olhar duro antes de acenar com a cabeça. Não tinha tempo para discordar, e nem uma ideia melhor para sugerir, as opções eram curtas e muitas expectativas para que aquela operação fosse perfeita e sem erros.

- Senhor! - um cadete se aproximou ofegante – Temos uma informante...  Achamos uma mulher presa em um dos antigos esconderijos da Akatsuki que monitorávamos... Uma russa.

- Russa? – Ibiki murmurou ríspido, encarando seu oficial – A garota russa desaparecida?

- Misha Lukashenko, senhor... A mesma.  Ela fora sequestrada pela Akatsuki, eu e outros cadetes achamos que ela possa ter alguma informação útil sobre o caso, já que fora agredida e abusada pelo chefe da Akatsuki.

Ibiki parecia ponderar sobre a relevância das palavras de seu cadete, mas talvez aquela fosse uma suposição certa. Não poderia deixar uma vitima com tanto potencial de informação simplesmente escapar por suas mãos.

- A leve para a sala de interrogatório. Eu mesmo quero falar com ela. Seja rápido.

- Sim senhor! – a cadete disse breve e da mais formal forma antes de seguir para fora da sala.

Ibiki encarou Anko por alguns momentos, não se importando com o olhar de negligência que ela possuía nos olhos, sabia que a informação tirada dessa garota russa poderia ser a chave perfeita para todos os problemas, mas uma coisa lhe incomodava... Como ela poderia estar viva? Por quê?

Então aquela fora sua certeza de que a russa era preciosa, ela tinha algo muito grande a contar.

[...]

- Sei que pode ser difícil se lembrar de todos aqueles acontecimentos, mas preciso que me diga precisamente do que se lembra e do que pode me contar. – Ibiki disse calmamente, encarando o olhar vago da jovem, a franja negra sobre seus olhos inchados, visível e recente em seu rosto.

- Ele vai matar todos. – Misha murmurou com sua voz completamente vaga e seu olhar preso no vazio, o gosto de liberdade já não fazia sentido nenhum. As coisas simplesmente se perderam, e o sentido sumira. Sua família sumira... Itachi sumira. Tudo sumira. Do que adiantaria seguir com sua vida se tudo havia ficado preso naquele lugar terrível e assombroso que fora Tóquio?

 - Ele lhe disse isso? Ele que lhe disse? – Ibiki repetira a pergunta, várias vezes, esperando por sua resposta, mas Misha parecia completamente presa em seu subconsciente.

- Não é obvio? Ele não vai sair de lá até conseguir o que quer. – Misha encarou Ibiki pela primeira vez, se fosse alguns meses atrás se assustaria com os cortes que marcavam o rosto do homem, mas agora, aquilo parecia ser a coisa mais serena presente nele.

- E o que ele quer? – Ibiki a encarou duro. Era uma garota bonita, mas ainda não fazia sentido não ter sido morta. Ela possuía muitas informações, de grande relevância sobre a Akatsuki.

- Poder... A Folha... Um filho. – Misha murmurou, encarando sua barriga. Nunca sentira tanto nojo de si mesma. Carregava o herdeiro de Madara Uchiha, o que ele tanto presara e desejara, aquilo lhe enjoava, mas ao mesmo tempo lhe enchia de culpa. Culpa por odiar uma criança. Um bebê ao mesmo tempo seu, uma parte sua.

Ibiki tentava digerir as palavras da garota. Por isso não fora morta. Tinha dentro de si uma criança que deveria significar muita coisa para o lunático da Akatsuki, ela era preciosa o bastante para ele. E não podia negar que poderia usar aquilo a seu favor.

- Misha... Eu tenho uma proposta para você. – Ibiki murmurou sério, encarando os olhos azulados da garota sua frente – Mas preciso que escute com cuidado, o que você decidir vai ser o bastante para mudar as coisas da invasão da Folha, me entende?

Misha balançou com a cabeça e escutou atentamente a proposta de Ibiki. Era uma loucura enorme, que poderia custar muito caro caso desse errado, mas apenas assentiu com sua cabeça. Uma vida por outra parecia uma excelente forma de retribuir a Itachi.

xXx

To be Continued...

Notas adicionais:

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Notas finais do capítulo

Ok, pessoal, esse capítulo é meio que dividido em duas partes, vocês tem que estar bem ligados no que vai ser essa invasão da Folha por que tem muita coisa que será continuada na segunda temporada. E por falar em segunda temporada, ela já vai começar.
Sim, oficialmente esses são os últimos capítulos de U.B.P eu sei que é triste, estou até emocionada por que tenho um carinho muito especial por cada fic minha e essa não é diferente. Mas estou muito animada com a continuação e espero que vocês também estejam! :)
Enfim, como sempre, COMENTEM, por favor! Estamos nos momentos de extrema tensão e no final então quero saber exatamente o que estão achando! Se quiser recomendar, recomende e se você gostar da fic favorita ela.
E lógico, quero agradecer a todos que comentaram até agora, recomendaram e favoritaram vocês são demais! Muito obrigada!
Nova atualização em breve!
Kisses and more kisses!
H_s



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