Un Baiser Plus escrita por H_S


Capítulo 29
Capítulo 29 - The Attack


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! =)
Tenho aqui mais um capítulo para vocês, completamente revisado pela Aimi Hyuuga, mas se possuir algum erro pedimos desculpas.
Obrigada por todos os comentários de vocês, continue comentando dizendo o que estão achando da história, sei que ainda não respondi todo mundo, mas logo eu vou responder, juro! Mas eu leio tudo que vocês escrevem e me deixam muito feliz.
E a Akatsuki começa a agir. Vocês logo vão entender o que eu estou falando.
E para ouvirem com esse capítulo recomendamos essa música:
1º - http://www.youtube.com/watch?v=IX9TnVcamTg
Enfim, espero que gostem. Boa leitura.



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UN BAISER PLUS

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Capítulo 29

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The Attack

***

"Não pode fazer as pessoas amarem você. Mas pode fazê-las temerem você."

 (Gossip Girl)

A chave girou lentamente contra a fechadura. Sakura manteve suas mãos segurando firmemente o corpo de Ryu contra seu peito, calmamente o segurou apenas com uma das mãos para abrir a porta. Definitivamente aquela noite era o real significado de: cheia e estressante.  Sabia muito bem que Fugaku Uchiha nunca fora de agrado com sua presença, mas todas aquelas falas mal interpretadas e toda aquela cena de ataque cardíaco, haviam lhe proporcionado uma grande dor de cabeça.

Empurrou com a cintura, fazendo a porta dar um breve estalo e, então, passou novamente a chave contra a fechadura. Conseguia ouvir o barulho da televisão e os pequenos murmúrios a sala. Apostaria todas as suas fichas que Shikamaru e Temari estavam vendo a tal novela mexicana que era o grande vicio do primo.

- Oi pra vocês... – Sakura murmurou com a voz cansada. Sentia seus pés gritando de dor. Da próxima vez seguiria sua consciência e colocaria uma sapatilha e não usaria um decote como aquele, Ryu tinha a mania de puxar o tecido, quase tentando lhe arrancar o vestido.

Shikamaru não se deu o trabalho de se virar para encará-la. Estava muito concentrado em quem a irmã do bem iria escolher para o casório e se a irmã do mal iria atrapalhar a escolha, sentia uma adrenalina e emoção a cada troca de olhar entre as duas. Apenas murmurou um “oi” enquanto seus olhos se mantinham ocupados, seguindo a legenda minunciosamente. Temari apenas revirou os olhos e então se concentrou em dar atenção a Sakura.

- E ai? Como foi o jantar? Muita troca de tiros? – a voz de Temari carregava um leve tom de ironia, não era segredo sobre a relação conturbada de irmãos e de pai e filho. Toda Tóquio compartilhava dessa informação, apenas os mais próximos dos Uchiha sabiam exatamente alguns de seus maiores podres e Temari era um dos que tinha uma breve noção do que já havia acontecido com os Uchiha.

- Alguns. – Sakura murmurou cansada, ainda centrada em manter Ryu absorto em seu sono. Decidiu manter a parte do ataque escondida. Provavelmente isso viria à tona no dia seguinte, mas a mídia iria contar uma história um tanto diferente. Negaria saber de alguma coisa caso lhe perguntassem.

- Itachi não estava no jantar, estava? Se ele estava, aposto que foram muito mais do que troca de tiros. – Temari disse, dando uma breve olhada nos múrmuros revoltados que Shikamaru soltava apenas de encarar as falas.

- Felizmente, ele não estava. Mikoto disse que ultimamente ele vem fazendo plantões demais no hospital e que sempre insiste em lhe levar algo para comer, mas Itachi parece que quer mais distância da família quanto Sasuke. – Sakura murmurou sentando-se no sofá e tentando estrategicamente abandonar os saltos, sem ter que acordar Ryu.

- Hum... Nenhuma novidade ai... Itachi e Sasuke são “a cara um do outro”, são esquisitos na mesma quantidade, mas não se dão nem um pouco bem, o que pra mim é a coisa mais bizarra do mundo.

Sakura sabia exatamente o que havia acontecido. Lembrava-se claramente do que Sasuke a contara na casa de praia. Sempre achou que Itachi era uma pessoa um tanto assustadora e calada demais, imaginava o quão assustador deve ter sido para Sasuke conviver com toda aquela história escondida durante todos esses anos.

- Eu vou dormir. – Sakura anunciou, desistindo de inutilmente arrancar o salto de seus pés – Nos vemos amanhã... – murmurou, caminhando lentamente em direção à escada.

- Ah! Não se esqueça, amanhã vamos até a faculdade...

A voz de Temari passou completamente despercebida por seus ouvidos. Estava cansada demais, Ryu parecia muito pesado em seus braços, precisava urgentemente arrumar seu apartamento, comprar um carrinho, e um berço melhor. Eram tantas coisas somadas com a faculdade de medicina que sabia muito bem que ajuda era algo que mais estava precisando naquele momento.

Depositou Ryu cuidadosamente sobre o antigo berço de Shikamaru. Considerava-se sortuda por sua tia guardar aquele berço na garagem para quando Shikamaru lhe desse um neto.  O que em sua opinião, era um evento praticamente impossível. Deu os ombros. Nunca se sabia o que passava na cabeça do primo, talvez a ideia de ser pai rondasse em sua cabeça.

Retirou o vestido esverdeado e os sapatos altos, tentando manter o quarto o mais silencioso possível. Queria profundamente ir morar com Sasuke. Ele estava um tanto esquisito desde o ataque do pai, não sabia ao certo se eram sentimentos reprimidos ou apenas raiva por Fugaku não ter caído morto no chão. Realmente era intrigante a vida da família Uchiha. Mas o que ao certo se passava na mente do grande Fugaku Uchiha?

Sakura tinha uma leve impressão de que talvez os sentimentos de Fugaku por Sasuke fossem mal interpretados ou que talvez nunca soubesse demonstrá-los. Mas também, não podia negar que sentia certo desprezo por aquele homem, ele a humilhara de uma forma tão clara. E ser humilhada era uma das coisas que não aturaria novamente, mesmo não tendo nascido com milhões de dinheiro em volta, considerava-se uma pessoa bastante resolvida, apesar de algumas horas, duvidar disso.

Sua cabeça deu uma leve balançada, tentando afastar aqueles pensamentos. Uma boa ducha e uma longa noite de sono seria o bastante para afastar aquela cena um tanto traumatizante, mas tentava manter-se calma, se um dia quisesse ser chamada de Dr.Haruno Sakura, teria de começar lidar com a morte ou com pequenos sustos como aquele.

xXx

As faixas grossas de gaze se mantinham envolvidas ao longo dos braços finos e brancos. Naquelas horas lamentava por ter a pele tão clara e as marcas mais evidentes, eram apenas mais histórias para se inventar para os outros. Se bem que, aquele hospital já se encontrava completamente cercado pela imprensa. Sua mente rebatia o quão patético podia ser a vida de alguém a ponto de estar tão interessado na sua.

Seus olhos se direcionaram impacientes para a boca inquieta de sua terapeuta. Agora parecia completamente insuportável ouvir sua voz, que estava grata por sua voz estar se passando completamente muda em sua cabeça. Sua mente estava mais preocupada em repassar cada mísero detalhe torturante de dor por sua cabeça. Era um castigo que sempre gostava de repetir em todas as vezes que suas tentativas de suicídio davam errado. E aquele pensamento apenas lhe fizera pensar: O que havia dado errado dessa vez? A água... Os cortes ou até mesmo os remédios não haviam sido o suficiente? Talvez uma velha corda e um banco valessem mais a pena.

-... A definição de loucura... Baseiam-se em praticar a mesma ação várias vezes, esperando um resultado diferente. Então me diga, Ino, acha que essas tentativas de suicídio não são meras esperanças de que dá próxima vez vai ser diferente? – a sobrancelha grossa deu uma leve arqueada – A quem quer enganar... Se quisesse realmente se matar não seria mais simples passar uma faca no pescoço... Ou quem sabe se jogar de um prédio?

- Na hora que você está tentando se matar você não pensa no mais prático. Alguns sim, mas eu penso no mais doloroso. Pensei que tivesse entendido isso mil anos luz atrás. Mas, talvez sua ignorância não permita você absorver as palavras. – a voz de Ino saiu seca. Sua língua percorreu sobre seus lábios secos, apenas os deixando ainda mais sedentos por água.

- Sempre me diz isso. – a voz da mulher saiu irônica – Sabe por que decidi colocar Sai como seu parceiro? Porque sabia muito bem que ele acabaria criando alguma espécie de vinculo, se os laços se formassem de forma natural e lenta... E pela primeira vez em toda a vida ele se importou com alguém... Você.

A cabeça de Ino apenas se balançou confusa. Não via nenhum laço realmente significativo que Sai havia desenvolvido com ela além de uma parceria amigável de dois depressivos de alto nível, mas não atendia a relevância da presença de Sai na conversa. Não tinha sentido nem lógica. Mas, aquilo era apenas uma espécie de aviso, para alguma dedução idiota que a terapeuta viria a fazer.

- Olhe... Sai não liga para mim... Ele pode ter criado um laço? Sim. Mas isso não significa nada, além do fato dele ter evoluído. Eu não ligo para o que você pensa, mas pode sair dessa sala e dizer para o meu pai que quero falar com ele... E não com você.

Um breve aceno escapou pela cabeça da terapeuta, o bastante para lhe dar tempo de se retirar e fechar a porta. As narinas de Ino se inflamaram em uma respiração funda. Realmente estava cansada. Não só da vida, mas também dos suicídios. Realmente toda aquela dor existia? Ou não se passavam de meras decepções acumuladas?

A porta deu uma leve chiada e, então, pôde fitar seu pai com uma expressão cética. Não era o melhor pai do mundo, ele se esforçava para pelo menos chegar aos parâmetros de “melhor pai do ano”. Mas não tinha como esconder, a ida de Naoko não havia sido devastadora apenas para Ino, cuidar de um patrimônio grande como era os dos Yamanaka e de uma filha pequena completamente psicótica não era uma tarefa fácil.

- Sou eu quem deve mandar esse olhar. Não você.  – Inoichi saiu grave e cerrada por sua garganta. Tentava manter mascarado todo o seu pânico por ter encontrado a filha praticamente sem pulso ao meio de uma banheira que transbordava sangue.

- Vamos trocar de papel justo hoje? – a voz de Ino saiu cética o bastante para receber o olhar duro de seu pai em resposta. Sua boca se travou por uns momentos antes de prosseguir com sua fala – O que foi? Não vamos ter toda aquela conversa sobre sentimentos, não é mesmo? De pé no saco só me basta essa psicóloga de merda. Já disse pra você que não quero mais nenhum tratamento psicológico, não serve pra bosta nenhuma.

- Ino... Não me venha com seu descaso agora. Não estou lidando com qualquer situação aqui. Estou lidando com minha filha e seu problema... Mental... Ou o que for. Temos que resolver isso, está bem?

- Não se tem nada para resolver.  Eu não sou louca. Sou apenas depressiva. Não tem mistério nenhum, eu quase arranquei minha veia do braço, porque a miserável da minha maldita mãe resolveu aparecer na droga da minha casa para dizer uma porra de um “oi”. Não tem mistério nenhum!

Os olhos de Inoichi se apertaram ainda mais com a fala. Suas mãos pausaram alguns segundos sobre sua testa, tentando processar aquelas palavras. Naoko havia voltado. Aquilo era demais para qualquer um processar.

- Sua mãe? Naoko? Impossível. Ino, ela não voltaria. – aquelas palavras saíram altas de seus próprios pensamentos conturbados. Aquilo fora o bastante para Ino soltar um breve riso debochado.

- Ao menos que eu esteja completamente louca ou tenha tomado algum baseado... Era ela. – seu corpo se repuxou para fora da cama, se mantendo de pé com seus pés descalços. Seus dedos roçaram lentamente a cortina, fitando um número razoável de paparazzi do lado de fora.

- O que ela... Disse para você? Algo que eu deva saber? – Inoichi murmurou antes de tentar retomar sua velha compostura.

- Nada de relevante. – Ino deu os ombros – Eu só sei que... Por alguma razão, ela retornou a Tóquio... E minha vida se tornará um completo inferno. – seus dedos pairaram perto de suas têmporas – Vozes e lembranças na minha cabeça são o bastante para me enlouquecer.

 - Desde que não tente nada estupido... Eu posso lidar com isso. – a voz Inoichi havia soado duvidoso o bastante, não apenas para ele, mas também para Ino.

Ninguém estava completamente hábil para enfrentar fantasmas antigos. Um breve silêncio se espalhou pelo local e os dedos de Ino lentamente soltaram a persiana. Sua voz balbuciava as palavras quase num esforço, não era do tipo de conversa como aquelas com seu pai.

- Pai... Eu sempre me perguntei... É realmente possível você... Ser feliz com alguém? Sabe... Minha mãe largou você... E me largou... Eu não acho que vou conseguir ser feliz com alguém. Quando eu brigo com Gaara, eu sempre acho que ele vai pular fora ou se mandar com alguma garota que ele conhecer por ai... O que é estupido por que... Eu sei o quanto Gaara se importa.

- O casamento de ninguém é perfeito... O meu e de sua mãe era longe de ser isso... Mas, não significava que eu não a amasse. Eu a amava e estava disposto a muita coisa por ela... Mas certas coisas acontecem por um motivo, não é mesmo? Mas, de uma coisa serei eternamente grato... E quero que não se esqueça disso...

As mãos grossas e ásperas de Inoichi se apoiaram sobre os ombros de Ino, encarando as esferas azuis que apenas o encaram em dúvida.

- Ela me deu você. E pra mim isso foi o bastante. Você é o bastante pra mim. E quero apenas que você seja feliz. Não me importa como, com quem ou o que seja... Eu amo você, Ino. Lembre-se disso.

xXx

Os passos ecoavam ao meio da escada. Konan retirou os fios azulados de seu rosto antes de empurrar a porta e fitar o rosto sombrio de Madara. Não sabia ao certo, mas ser chamada em sua sala tinha apenas dois significados, fizera algo completamente errado ou você tinha um trabalho.

Parou seu corpo em frente à mesa, sua sobrancelha permanecia erguida encarando o rosto de Madara, seus olhos desceram por um minuto, fitando os dedos grossos dando leves batidas contra a mesa, por alguns segundos podia ouvir choros descontrolados que pareciam sair da parede, sabia que eram da garota russa.

- Tenho um trabalho para você.

Aquelas palavras pareciam mandar um conforto por todo o seu corpo. Realmente receber um trabalho era melhor do que ser punido por Madara. E sendo a única mulher presente na Akatsuki, sabia que não era um simples trabalho.

- Mas é de extrema importância que essa informação não vaze para Itachi. Está claro?

Sentiu seu queixo trincar e sua cabeça acenar em concordância. Seus contatos com Itachi eram praticamente muito pequenos, mas apenas de olhá-lo sabia claramente que algo estava acontecendo e não era a única a perceber isso.  Tinha suas dúvidas de que um pequeno envolvimento talvez estivesse acontecendo, entre ele e a russa. Não sabia ao certo, Itachi não era o tipo de pessoa transparente, mas percebia uma espécie de brilho em seus olhos. Mas um envolvimento com Misha, a mãe do futuro filho de Madara, era a mesma coisa que a morte.

- Hoje à noite... Por meio da Takahashi, fiquei sabendo que Fugaku Uchiha teve um ataque cardíaco. E como sabe a Akatsuki está um tempo no anonimato. Konan seus serviços terão de ser impecáveis, imperceptíveis, como se você fosse uma sombra.

- O que quer que eu faça? – a voz de Konan saiu pela primeira vez. Os dedos de Madara cessaram as batidas à mesa e seu corpo parecia se jogar para frente, querendo fitar claramente os olhos de Konan.

- Quero que Fugaku seja morto.  – a voz de Madara saiu tão sombria quanto seu rosto. Konan franziu levemente seu cenho. Matar um homem em um lugar aparentemente público, sem que Itachi acabe descobrindo e que nem percebam sua presença, aquilo era um desafio. Um grande desafio que não podia negar – Pode ter ajuda de dois membros. Leve o Pain, ele vai ser o bastante.

Konan deu novamente um aceno. De todos seus trabalhos até agora, aquele sem dúvidas seria o maior. Não teria a ajuda de Pain, dependeria dela a morte de Fugaku, nada poderia dar errado. Seu corpo se arrastou para o lado de fora, sentindo um nervosismo. Realmente as coisas teriam de sair de forma perfeita. Conseguiria matar Fugaku a tão sangue frio? Seu cenho se franziu. Aquele não era momentos para dúvidas, era um membro da Akatsuki. E como estava no juramento, um membro da Akatsuki nunca tinha piedade.

Seus passos seguiram em direção ao ruivo. Completamente concentrado sobre a paisagem do porto de Chiba. Seu corpo se posicionou calmamente ao seu lado, acompanhando seu olhar em direção à água.

-Pain... Temos um trabalho.

- Finalmente. – Pain murmurou encarando o movimento agitado da água – O que temos?

- Assassinato. Fugaku Uchiha. Itachi não pode saber.

Aquela explicação rápida e curta era o bastante para Pain captar toda a história. Um breve plano começava a se montar em sua cabeça, já conseguia pensar no papel de Konan e no seu papel, para que tudo ocorresse completamente perfeito.

*2*

O peito de Fugaku subia e descia em uma respiração pesada.  A batida ritmada da máquina lhe dava bons batimentos cardíacos. Seus olhos se abriram cansados por uma segunda tentativa de se manterem abertos. Talvez ter tomado todos os benditos remédios de pressão não fosse uma iniciativa muito ruim, já que agora parecia sentir como se um peso em cima em seu corpo dificultasse qualquer movimento. 

Seus olhos encaram a porta de vidro deslizar delicadamente para o lado, e um carrinho acompanhado de uma enfermeira de cabelos ruivos se aproximarem lentamente. Ouviu atentamente uma nova deslizada da porta e então as rodas do carrinho se arrastarem ao meio do chão.

- Que bom que está aqui. – Fugaku murmurou displicente enquanto seu corpo tentava se adaptar uma posição confortável a cama – Trouxe o meu jantar?

- Desculpe, senhor, eu estou apenas checando o equipamento. – a voz da enfermeira saiu em descaso, retirando pequenos mantimentos do carrinho que Fugaku não sabia diferenciar. Seus olhos apenas se apertaram, fitando um fio desencapado sobre a base do carrinho. O que apenas lhe causou uma onda de desconforto e dúvida. Por que diabos uma enfermeira teria uma fio desencapado?

- Já checaram os equipamentos desse quarto. – seus olhos encararam atentamente o rosto da mulher.  Os fios ruivos repuxados em um rabo de cavalo, mas a cor lhe parecia artificial demais para ser uma ruiva natural, assim como os fios, não era um cabelo natural, era mais parecido com uma simples peruca barata. Olhos azuis vibrantes, uma sobrancelha meio pintada. Apenas uma pequena particularidade lhe havia chamado à atenção. Um pequeno objeto metálico abaixo de seus lábios, um piercing. – Não sabia que enfermeiras usavam piercing.

- São novos tempos. – a voz saiu imparcial. Os dedos rolaram delicadamente o botão da máquina, deixando-a completamente muda. Os batimentos de Fugaku ainda eram visíveis, mas nenhum som abandonava a máquina. – Mas... Talvez seja por que eu não sou uma enfermeira.

Os olhos de Fugaku apenas se apertaram com o comentário. E rapidamente, sua garganta parecia ter tido o ar completamente cortado, o fio estava preso a sua traqueia, bloqueando qualquer grito, fala ou respiração, seus dedos tentavam desesperadamente arrancar aquela fio, mas a cada toque sentia sua mão ser cortada, o fio tinha pontas afiadas.

Konan torceu suas mãos com mais força, a ponto de deixá-las completamente vermelhas, seus dentes estavam apertados e seu corpo tentava de todas as formas deter os movimentos de Fugaku. Seus olhos fitaram os batimentos chegando ao limite, ele estava morrendo, os olhos estavam ficando sem vida, o rosto completamente roxo, como se implorasse por ar.  Numa tentativa, suas mãos puxaram ainda mais o fio e então sentiu as mãos de Fugaku apenas caíram ao lado de seu corpo.

Seus olhos se direcionaram para a linha reta que já se formava no monitor. Morto. Suas mãos retiraram o fio e encaram o corpo caindo contra a cama, e marca visível ao pescoço. Seus olhos se apertaram, analisando se não possuía nenhuma possibilidade de ainda lhe restar uma chance de estar vivo, chegou o pulso em seu pescoço, mas aquela era a confirmação, estava completamente morto. Cuidadosamente prendeu o fio sobre sua cintura.

Seus passos seguiram em direção à janela e a abriu agilmente, retirou a roupa branca e a peruca ruiva, a jogando para Pain, até chegar lá embaixo, era tempo suficiente para ele se livrar de provas, manteve as luvas brancas em sua mão, evitando qualquer vestígio de digitais.

A roupa preta colada em seu corpo e a arma presa a sua perna lhe davam mais flexibilidade. Seus passos seguiram ágeis ao meio da saída de emergência. Em segundos, já via o carro estacionado na saída do hospital, exatos vinte minutos.

Seus passos seguiram apressados em direção ao carro e então ouviu o canto de pneus contra o asfalto, sua respiração saia ofegante e, então, fitou Pain acelerando o carro.

- Está morto? – Pain virou seus olhos a encarando pela primeira vez.

Um breve aceno escapou de sua cabeça antes de dizer as palavras com extrema convicção.

- Completamente.

xXx

To be Continued


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Deixem os comentários de vocês falando o que acharam do capítulo ou o que acham da história.
Se você ainda não comentou, comente. E se você quiser recomendar a história, recomende. =D
Novos post's em breve.
Vejo vocês nos review's.
Kisses and more kisses...
H_s