Un Baiser Plus escrita por H_S


Capítulo 21
Capítulo 21 - Velhos Hábitos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Demorei, mas cheguei.
Tenho aqui para vocês um novo capítulo e antes de tudo alguns avisos:
1º - Feliz natal e ano novo para tudo e que muitas coisas boas aconteçam com vocês em 2012 e no que resta desse ano. =D
2º - Eu vou estar viajando durante esse período (natal e ano novo), então, obviamente, não terá atualização durante esse período. Então apenas para deixar claro caso eu demore para postar.
Esse capítulo foi completamente revisado pela Megumi, mas se ainda possuir algum erro, pedimos desculpas.
E claro, muito obrigada a todo mundo que comentou, vou responder vocês em breve, mas continuem comentando e quem ainda não comentou, comente e quem quiser recomendar, recomende. ;)
Bem, esse capítulo promete grande emoções... E de casais... Basicamente SasuSaku e NaruHina.
Bem, para esse capítulo vou recomendar essa música, não tive muito tempo para pensar, por que eu cheguei a pouco tempo, mas escrevi boa parte das coisas com ela:
1º - http://www.youtube.com/watch?v=tlfNQBQCQq4
Bem sem mais delongas, Boa Leitura...



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Un Baiser Plus

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Capítulo 21

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Velhos Hábitos

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"Quando achamos um lampejo de felicidade nesse mundo, sempre há os que querem destruir."

Em Busca da Terra do Nunca (Finding Neverland)

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Os olhos se abriram lentamente e fitaram o teto. Por um momento as coisas pareciam certas.

Seus dedos deslizaram lentamente sobre os lençóis na esperança de achar aquele corpo quente sobre aqueles finos panos, mas apenas encontrava-o vazio. Seus olhos verdes se voltaram lentamente sobre o quarto quando tinha seu corpo sentado sobre a cama. Não devia ser surpresa. Afinal, apesar de tudo aquele ainda era Sasuke. Apesar de uma pequena parte de seu corpo querer possuir a pequena esperança que ele estaria deitado sobre aquela cama ao seu lado, tinha ainda que levar em conta a realidade. Era demais da parte dele.

Seus pés roçaram lentamente um sob o outro, antes de se tocar ao chão, suas mãos puxaram a camisa preta jogada ao lado da cama e pousaram lentamente sobre seu nariz, inspirou aquele cheiro de tabaco em uma mistura de álcool e algo um tanto cítrico, era algo bom. Era aquele cheiro que parecia como uma pequena droga para seu corpo. Vestiu lentamente a blusa negra com um grande leque em suas costas, era confortável ter aquela blusa sobre seu corpo.

Perguntava-se onde ele poderia estar. Na cozinha talvez? Ou quem sabe, havia decidido ir à praia... Eram muitas as possibilidades para ela pensar naquele momento enquanto sua mente ainda vagava nos lábios de Sasuke em seu pescoço e suas mãos percorrendo suas costas. Seus dedos pousaram por sua boca. Aquelas sensações passariam em algum momento? Tinha essa esperança.

Seu rosto se ergueu alarmado quando ouviu o breve baque da porta. Mas logo relaxou quando fitou o rosto conhecido.

O que havia significado aquela noite? Ela poderia considerar que Sasuke agora era seu ou aquilo não havia se tratado de apenas algumas palavras vazias e toques falsos? Nutria sentimentos sinceros por eles, mas tolerar seu coração ser pisoteado estava se tornando algo patético. Queria realmente saber se agora ele era realmente seu.

– Sasuke... – murmurou lentamente fitando os olhos negros se voltarem para ela. Aquele era o momento que deveriam dizer o que queriam dizer um para o outro.

– Está com fome? – a voz grossa mandou pequenas ondas por seu corpo. Se pudesse escolher, as formalidades não teriam importância e permaneceria envolta daqueles braços. Mas... Sasuke não era aquele tipo de cara.

– Não... – sua voz saiu de forma automática. Queria saber e obter respostas agora – Como ficamos agora... Digo... O que temos agora?

Fitou por alguns momentos as ações robóticas que Sasuke parecia fazer. Mas realmente chegava a ser estranho, porque ele estava arrumando uma mala sendo que faltava exatamente seis dias para retornarem a capital (Tóquio).

– O que está fazendo? – perguntou, fitando as roupas serem atiradas para a mala negra aberta ao meio da cama.

– Arrumando uma mala. – Sasuke disse de forma fria, mas gentil, comparada a como ele costumava cuspir as palavras.

Suas mãos fecharam lentamente a mala, fitando os olhos de Sasuke se levantarem para ela.

– Eu não sou idiota. Pode falar comigo e me dizer seriamente por que está arrumando a mala, sendo que temos menos de uma semana aqui? – Sakura perguntou, franzido seu cenho.

Tinha algo errado.

Sasuke soltou um breve suspiro, apenas fitando aqueles olhos verdes. Ela estava se tornando importante.

– Como posso começar... – sua voz saiu arrastada, se sentando na poltrona em frente a grande cama de casal. Sakura tinha seus olhos focados no rosto de Sasuke, não queria perder uma informação que ele deixasse escapar.

– Que tal pelo começo? E de preferência, de onde você responda as minhas perguntas. – Sakura deixou suas pernas ao lado de seu corpo e desceu lentamente a mão sobre sua barriga.

– Eu estou voltando para Tóquio... – Sasuke disse em uma meia bufada, enquanto começa a procurar por seus cigarros ao meio de sua calça. Os últimos dias estavam sendo tortuosos, sentia falta das drogas, por isso, sua vontade por cigarros e álcool estava maior, tentava suprimir um vício por outro, não se renderia a ir a uma reabilitação como Naruto e Gaara haviam feito.

– Eu percebi isso... – Sakura disse fitando seus movimentos impacientes em busca de algo – Mas, quero saber o porquê disso.

Sasuke deu um breve suspiro quando conseguiu achar um mísero cigarro no meio dos bolsos de seu jeans, acendeu rapidamente o isqueiro antes e então depositou sobre sua boca, deu uma longa tragada antes de continuar.

– Meu pai teve alguns problemas, por assim dizer, e problemas que só podem ser resolvidos em minha presença.

Sakura fitava lentamente sua boca se abrindo e fechando e a fumaça subindo lentamente e ocupando o ambiente.

– Poderia não fumar aqui? Já deve ser prejudicial o bastante para o bebê suas “inofensivas” drogas ilícitas.

– Você fuma baseado agora? - Sasuke perguntou em um meio deboche, apesar de ter entendido exatamente o que ela estava dizendo.

– Não se faça de idiota... Sabe o que eu estou falando. – sua voz saiu ríspida. Não gostava da estupidez que ele fazia na maioria das vezes.

– É eu sei... – Sasuke murmurou, apagando lentamente o cigarro na metade. Um grande desperdício.

– Continue... O que quis dizer com pequenos problemas que só podem ser resolvidos em sua presença? – Sakura perguntou, fitando lentamente aqueles olhos lhe fitarem pela espreita, o que a fez apenas fechar ainda mais o seu cenho.

– Meu pai foi ameaçado, Sakura... Pela a grande miserável da Karin. – Sasuke disse, erguendo seu corpo daquela poltrona e se movendo em direção à cama e se ajoelhando a frente de Sakura na cama – E como eu sou um filho muito legal eu vou voltar para ajudá-lo. – sua voz saiu em um sussurro arrastado antes de trazer o rosto de Sakura contra o seu e depositar um breve beijo em seus lábios.

Seu corpo se ergueu em seguida e continuou a arrumar o pouco que sobrava para finalizar sua mala.

– Por que ainda acho que não me contou tudo? – Sakura perguntou se ajoelhando em frente à mala, fitando Sasuke dobrando as roupas de forma errada, como uma criança arrumaria na sua preguiça de deixar arrumado.

– Por que você é uma grande desconfiada que não confia no que eu digo. Apenas isso. – Sasuke disse dando os ombros fazendo Sakura engolir suas palavras, ela realmente não confiava nele.

– Tenho meus motivos. – sua voz saiu em defesa – Mas... Eu serei mãe em menos de alguns meses... Acho que desenvolvi a capacidade de saber quando alguém está mentido... O que eu acho que o seu filho fará muito.

Sasuke ergueu seu olhar e fitou lentamente o rosto de Sakura. Joguinhos de palavras eram irritantes para ele. Mas não podia culpá-la, ele estava fazendo o mesmo.

– O que Karin disse ao seu pai? Vindo dela... Provavelmente deve ter algo haver com você, não é? – Sakura perguntou, fitando lentamente as expressões que Sasuke deixava transparecer por seu rosto.

– É por isso que estou voltando. – Sasuke depositou sua mala sobre o chão e, então, seus dedos puxaram lentamente os cabelos rosados do rosto de Sakura – Se eu te pedisse para esperar... Esperar alguns meses você faria isso?

– O que quer dizer, Sasuke? – Sakura perguntou ajeitando seu corpo sobre o colchão.

– Quero dizer, que terei de ficar fora de seu contanto por alguns meses.

Sakura sentiu aquilo como um baque em seu rosto. Ele havia acabado de se deitar com ela, de fazê-la sentir coisas que parecia que nunca sentira por nenhuma outra pessoa e agora as coisas iriam apenas terminar exatamente como da ultima vez?

– O que está dizendo, Sasuke? Meses? – sua voz pausou por alguns minutos – Não foi uma simples ameaça foi?

– Não. – Sasuke disse um tanto ríspido – Karin foi meticulosa com esse plano. – seus olhos pousaram sobre o de Sakura – Ela gravou o que eu fiz nos últimos dois anos. Se isso vier à tona, as coisas para a empresa do meu pai não serão nada agradáveis. E se os Uchiha falirem, a folha cai junto. E se os antros das empresas dominantes do Japão caírem, um grande impacto econômico. Resumindo. Podemos causar um grande impacto econômico nas bolsas de valores. Já que temos controle de quase tudo que roda o país. – seus olhos fitaram os abertos de Sakura – E isso não seria uma coisa muito legal.

– O que ela quer para não mandar isso à tona? – Sakura passou uma de suas mãos por seus cabelos os jogando para trás. Estranhou quando a resposta demorou a vir. Ele parecia receoso.

– Ela quer se casar. Comigo. – Sasuke disse de forma pausada.

Sakura sentiu agora aonde era o objetivo de toda aquela conversa. Demorou alguns minutos para fitar o rosto de Sasuke e conseguir digerir aquelas palavras, aquilo era demais.

– Está indo para Tóquio para se casar com ela, não é? – Sakura ergueu seu corpo ficando a frente de Sasuke, já podia sentir seus olhos arderem – Depois de tudo, você acha que eu entenderia as coisas e tudo bem?! – sua voz começou a aumentar gradualmente.

– Sakura... – Sasuke segurou seus ombros e fitou os olhos verdes o mais fundo que conseguia – Eu não sabia disso antes das duas dá manhã de hoje, ok? Meu pai me ligou enquanto você dormia, eu não vou me casar com Karin, vou tentar convencê-la de que isso é uma estupidez.

– E você acha que ela vai aceitar as coisas com tanta passividade? Sasuke, ela cortou o meu cabelo! Se você quer saber, ela não é do tipo que resolve as coisas com diplomacia. – Sakura disse, puxando com brutalidade as mãos de Sasuke de seus ombros.

– Eu sei disso. Sei muito bem que Karin não é burra e não é nem um pouco singela quando se trata de suas vinganças, mas eu preciso de tempo. Se eu não conseguir convencê-la dessa forma, terei que apelar para outros métodos.

– Métodos? Que métodos? Ela saberia melhor que ninguém o que você pensa, não é? – Sakura perguntou, sentindo seus olhos arderem. A perfeição que estava sentindo ao levantar daquela cama estava se desfazendo aos poucos.

– Eu a faria pensar que estou a favor do casamento, até descobrir onde estão guardadas as gravações.

– Ela pode ter feito milhares de cópias... Ela não é burra, não é? – Sakura disse de forma ríspida.

– Sakura, você faria o que eu te pedi? Esperaria? – Sasuke ignorou suas palavras e voltou com suas pergunta. Pouco se importava com Karin naquele momento, queria apenas ouvir a resposta dela. Mesmo que não gostasse do que ouvisse.

Sakura abraçou a si mesma por alguns segundos antes de fitar o rosto de Sasuke. Aquilo era autodestrutivo, não poderia conviver daquela forma. Sua cabeça se moveu rispidamente, mostrando sua negação, enquanto as lágrimas começavam a descer por seu rosto.

– Eu não posso te esperar a minha vida toda... Eu não posso deixar você pisar em mim, me usar quando achar melhor e depois ir embora quando lhe for conveniente. Não é assim que as coisas funcionam, Sasuke! – sua voz saia de forma embargada, sentia uma velha atitude, velhas palavras voltando a sua mente, como se aquela já fosse uma cena típica – Eu estou me cansando lentamente disso. Eu realmente confesso. Eu estou pateticamente me apaixonando por você a ponto de me importar tanto com você, de ignorar todas as suas palavras frias e duras. Eu só queria acreditar que dessa vez poderia ser diferente. Eu poderia amar você e você me amaria de volta e não trataria as coisas como um simples jogo, como fez da ultima vez...

Suas mãos tentavam limpar as lágrimas transbordantes que seus olhos soltavam.

–Mas não é assim que as coisas funcionam, não é verdade... Ás vezes, eu me esqueço de que você continua o mesmo e que apenas eu amadureci um pouco mais... Mas, eu queria depositar esperança dessa vez... Os últimos meses que passamos juntos e quando você foi à casa da minha tia e disse aquelas palavras... Aquilo foi o bastante para você me dar esperança...

– Você está certa.

Seus olhos se ergueram lentamente e fitaram o rosto de Sasuke. Duro e frio.

– Está mais do que claro que eu não sirvo para você. Eu sei muito disso. E você também sabe. – Sasuke depositou a mala sobre seu ombro antes de pegar a passagem de avião sobre o criado mudo.

– Por que sempre interpreta as coisas para esse lado? Eu apenas disse que...

– Eu entendi o que disse. E você também sabe o que disse. Por que não acabamos as coisas como de costume? – Sasuke virou lentamente suas costas, seguindo com seus passos em direção à porta - Naquela noite... Você disse que eu era um estúpido que achava que conseguia manipular e comprar todos. É verdade eu consigo. Então, depois, você disse que apenas queria que eu ficasse longe de você... Pois bem... Vamos terminar como começamos. Você aqui... Eu ali... Nada mais... Apenas uma coisa nos prende, Sakura. Esse bebê. Vou ter que fazer parte da sua vida por apenas esse detalhe.

Sakura fitou lentamente a porta se fechar. Seus olhos permaneciam presos àquela porta. As lágrimas desciam lentamente sobre seus olhos sem pudor. Então era o que significava. Aquela noite era mais como um simples adeus.

Seu corpo desceu lentamente ao chão e então suas mãos abraçaram lentamente os seus joelhos.

Já chega. – era o que sua mente bombardeava – Já chega. Uma lágrima. – era o que sua mente apenas dizia aquele momento – Nenhuma lágrima a mais por Uchiha Sasuke.

“Você merece mais que isso”.

Mais que adeus. Mas o que fazer se ele já estava gravado em algo mais profundo do que qualquer pessoa em que ela já havia chegado a amar?

Suas mãos pousaram lentamente por sua barriga.

E tentou repetir as palavras lentamente;

– Eu... Mereço... Mais.

–------X------

Hinata mantinha seus olhos grudados nas costas largas de Naruto. As pérolas que eram seus olhos se dividiam entre o livro e o loiro, ele se mantinha calado nos últimos dias desde o incidente, como ela estava preferindo chamar, verdade e consequência.

Tão teimoso. Apesar de várias explicações que Kiba que havia a beijado antes mesmo que ela pudesse fazer algo, ele ainda teimava em contradizer. Não podia esperar menos dele, deveria ter dito antes, quem sabe as coisas não seriam tão extremas, mas tinha medo de suas reações, ele sempre era fácil de explodir.

Por mais que soubesse que as coisas iam se resolver, ainda queria levar em conta que queria algo íntimo com Naruto, maior do que costumavam ter. Não sabia se realmente estava pronta para uma relação sexual, mas era algo que estava disposta a tentar. Mas tinha problemas maiores antes disso. Ela ainda não tinha ideia alguma de como era realmente provocar alguém, ser sexy. Não era de seu fetiche usar roupas apertadas que acentuassem as curvas de seu corpo, como também não era nada comum de sua parte usar nada além de sutiãs simples com alguns desenhos e listras.

Havia pensado na pequena possibilidade de tentar aprender a ser ousada como queria, mas sabia que o seu jeito não era compatível com as coisas sensuais que eram feitas em filmes, por isso havia apelado para Ino, mas como ela estava lidando com isso estava sendo constrangedor. Um exemplo era o biquíni branco com uma abertura tão profunda que chegava a jurar que seus seios saltariam de lá a qualquer momento.

Sentia uma grande contradição na sua cabeça agora, mas seus olhos olharam alarmados quando percebeu que Naruto não estava mais sentado em frente ao computador.

– Eu vou nadar... – seus olhos fitaram o andar despreocupado de Naruto em direção à porta com seu calção alaranjado.

– N-Naruto! – seu corpo se jogou para fora da cama. Aquela situação estava ficando desconfortante,

– O que? – Naruto virou lentamente seu corpo para fitar o rosto de Hinata. Estava irritado com ela, não estava apto para conversas agora.

– Ah! Vamos lá... Você não vai mesmo falar comigo? – Hinata perguntou em um tom tristonho.

– Eu estou falando com você... – Naruto deu os ombros. Não deixava de ser uma verdade.

– Você não fala direito comigo desde que te contei tudo sobre Kiba...

– E como você queria que eu falasse com você? – Naruto cruzou seus braços contra o peito.

– Eu sei que eu deveria ter falado com você assim que aconteceu, mas, por favor, eu não gosto de ficar nessa situação.

– É... Eu também não gosto.

Hinata ergueu um pouco sua sobrancelha, ele estava cedendo. Ótimo.

– Então... Tem algo que queira perguntar? – Hinata disse, deslizando suas mãos pelos braços de Naruto e entrelaçando suas mãos nas dele.

– Na verdade... – Naruto soltou uma das mãos de Hinata – Por que está usando um biquíni tão pequeno? – e tocou lentamente a laço preto ao meio do biquíni.

– Coisa da Ino. – Hinata respondeu abaixando um pouco seu rosto.

– Você não deveria ligar para Ino. Vocês duas são muito diferentes e eu gosto disso.

– Então... – Hinata pausou, fitando os olhos azuis de Naruto – Você gosta do fato de eu ser incrivelmente tímida, corar como um tomate, gaguejar e usar roupas largas?

– Foram esses detalhes que fizeram eu me apaixonar por você... Isso e outras coisas, claro.

Hinata sentiu suas bochechas corarem violentamente quando percebeu para onde o olhar de Naruto havia se direcionado.

Sentiu a vontade de se virar de costas para ele e colocar logo uma blusa ou simplesmente tirar aquele biquíni, mas então se lembrou de uma das atividades que Ino havia insistido que ela fizesse nos últimos dias: Ignorar a timidez. Naruto era seu namorado e se ela quisesse passar para outro nível, teria que jogar toda essa vergonha pela janela.

Mordeu o lábio inferior depois de respirar fundo. Botaria seu aprendizado com Ino em prática.

– Naruto... – Hinata murmurou passando seus braços sobre o pescoço de Naruto – Sabe que não fazemos nada, não é?

Naruto passou as mãos por sua cintura e a fitou com um olhar confuso, aquele tipo de comportamento e assunto, não eram típicos de Hinata, ao menos que ela gaguejasse e corasse. Sua boca se abriu para argumentar, mas Hinata não o deixou falar nada.

– Eu estou disposta a tentar. – Hinata murmurou, deixando seu rosto corar um pouco.

– Hã... Hinata... Você não está pronta para isso... Ok?

– Como você sabe? Você nunca perguntou?

– Por que todas as vezes que tentamos algo, você interrompe. Olha, eu não me importo com isso, desde que você continue sendo minha namorada, isso pouco me importa.

– Mas... – Hinata disse mais uma vez, sentia aquela onda de confiança que havia invadido seu corpo ir embora – Eu quero isso... Namoramos há dois anos, e você respeitou minhas vontades e escolhas... Mas, agora eu estou pronta pra isso, Naruto...

Naruto ergueu seus olhos para o teto. Não ia negar, já fazia um bom tempo que queria seguir adiante com Hinata, mas não queria forçá-la a nada, respeitava os desejos dela. Mas, não era a primeira vez que ela dizia isso.

– É sério dessa vez? Por que se você não estiver preparada pra isso, não venha fazer só por que a Ino te convenceu.

– Não estou fazendo isso por causa da Ino... Eu que pedi para ela me ajudar para início de conversa... Eu só queria dicas de como agir nessa situação, por que eu sei que dessa vez é pra valer.

– Então devo considerar que você realmente... – Naruto puxou seu corpo para mais próximo do seu, fazendo Hinata dar um pequeno sorriso – Quer passar para outro nível do nosso relacionamento?

– Sim... Seu idiota que eu amo... – Hinata disse, mordendo o lábio inferior e sorrindo em seguida, tocando seus lábios nos dele.

Naruto afastou Hinata alguns centímetros, fitando seu rosto corado.

– Agente vai fazer isso agora? Tem certeza que quer aqui? A gente pode ir para um beco escuro e sem saída ou para o cinema...

Hinata riu alto, fazendo Naruto rir em seguida. Ele definitivamente não tinha jeito.

– Acho que essa cama serve... Agora... Não precisamos esperar, precisamos?

Naruto a beijou novamente. Aquele era um beijo diferente de qualquer um que ele já havia dado, era intenso.

– Não mesmo. – ele murmurou sobre seus lábios e Hinata se contentou em abrir um breve sorriso.

Suas mãos subiram pelos cabelos loiros. Agora sabia que as coisas se tornariam ainda mais completas entre ela e Naruto.

As mãos dele seguravam a cintura dela firmemente e possessivamente, fazendo-a se encostar-se à cômoda presente no quarto e derrubar alguns enfeites no chão.

Os lábios de ambos se moviam e as línguas se entrelaçavam lentamente. Nada naquele ato era rápido e violento, pelo contrario, era lento, calmo e mostrava tudo o que sentiam um pelo outro.

As mãos de Hinata desceram em direção ao pescoço de Naruto, acariciando e ao mesmo tempo, deixando algumas marcas, mas não ligavam, queriam mais era aproveitar o momento da melhor forma possível.

Afastaram-se por alguns segundos, apenas para que Naruto pudesse tirar sua camisa e revelar o corpo forte e musculoso, mas logo, logo voltaram a apreciar o gosto dos lábios de ambos.

Pêssego... Era o que Naruto achava dos lábios de Hinata. Os lábios dela eram macios e convidativos como pêssego e por essa razão, nunca se cansaria deles.

– Naruto-kun... – Hinata sussurrou baixo ao perceber que seu pescoço era alvo dos lábios de Naruto. Provocação... Naruto estava tentando provocar fortes emoções no seu corpo ao beijar seu pescoço, pois era ali, o seu ponto vulnerável.

Suspirou, jogando a sua cabeça para trás, apenas para sentir ainda mais os lábios dele em seu pescoço, fazendo-a se arrepiar toda.

Continuaram com as caricias por mais algum tempo, sentindo as emoções cada vez mais fortes, pedindo por mais.

Ainda se beijando, começaram a caminhar para a cama grande e confortável. Parecia que ela estava chamando por eles para que eles deitassem nela e sentissem o prazer de sentir amor.

Finalmente, haviam chegado e Hinata se deitou. Naruto prontamente se colocou em cima dela, mas não antes de tirar sua bermuda, revelando sua boxer azul que destacava com seus olhos de mesma cor e sua pele clara.

Hinata estava nervosa e tinha um pouco de medo, afinal, era a sua primeira vez, mas, apesar de tudo, estava decidida a fazer aquilo. Queria aquilo tanto quanto Naruto. Já era hora de dar mais um passo na relação deles. Namoravam há dois anos, se conheciam e se amavam o suficiente para chegar a fazer sexo. Queria e não iria desistir ou mudar de idéia, pois, naquele momento, o que mais desejava era ter algo a mais com Naruto, algo mais que beijos e caricias, algo alem. Era o que queria...

Continuaram a se beijar, deixando-se levar pelo momento.

Aquilo tudo, as caricias, os beijos, os toques frenéticos e gentis pareciam uma dança, lento, mas, ao mesmo tempo, decidido. E os suspiros, os nomes vagos que cada um pronunciava pareciam uma melodia que enchiam os ouvidos de ambos na mais perfeita sintonia.

Parecia que nunca teria fim...

– Naruto-kun... – Hinata interrompeu Naruto quando o mesmo estava começando a tirar seu biquíni.

– Não precisa ficar envergonhada... – sussurrou Naruto, encorajando-a a não ter vergonha de si mesma perto dele.

Hinata apenas assentiu e murmurou para si mesma em pensamento para não ter vergonha e encarar aquilo com mais naturalidade, afinal, todos os casais não tinham vergonha um do outro, então, por que ela teria?

Deixou que Naruto se livrasse dos últimos obstáculos. Apesar de querer muito aquilo, não pode evitar ficar envergonhada. Muito envergonhada...

– Se eu te machucar, grite, me bata, mas não deixe eu continuar... – Naruto informou antes de beijá-la novamente.

Entregaram-se completamente, apenas os dois, deitados naquela cama, apenas aproveitando e provando o que cada um oferecia.

“Mágico...” – pensou Hinata, antes de cair completamente na escuridão do seu sono.

–--------X-------

Seu dedo batia com brutalidade na campainha, sem cessar.

Em toda a sua mísera vida, aquela era a primeira vez que tinha sentindo tanta vontade de bater em uma mulher. Se ela não fosse uma mulher, já teria quebrado sua cara há muito tempo.

Sua paciência já estava para se esgotar. As coisas estavam prestes a se ajeitar, a ficarem certas e agora pareciam a mesma confusão que ele estava acostumado a viver desde que era pequeno. Suas mãos deram baques altos contra a porta.

– Abre a porra dessa porta, Karin!

Sua voz saiu em um meio rosnado. Estava completamente irritado. Ela estava armando um jogo há muito tempo para conseguir todas aquelas gravações, e aquilo era o que mais o incomodava, como ela havia conseguido gravar tudo? Especulações em sua cabeça eram o que não faltavam. Ainda se perguntava se essas fitas realmente existiam... Mas se ela havia tido a compaixão de mostrá-las ao grupo de comando da folha, elas realmente poderiam existir.

– Então você realmente voltou? – Karin disse, abrindo um pequeno sorriso de canto e encostando seu corpo ao batente da porta, cruzando seus braços contra sue peito – Achei que fosse uma distração solta por seu pai, tentando me dar esperança.

Sasuke entrou de forma ríspida dentro do apartamento. Karin empurrou a porta em seguida, ainda deixando seu sorriso de deboche exposto. Ela vivia em uma mesma espécie de flat que ele, agradecia mentalmente por ser a quadras e quadras de distância do seu.

– Você enlouqueceu de vez? Quem acha que é para chegar às empresas do meu pai, o ameaçando de falir, Karin?

Karin se aproximou alguns passos, puxando o regulador de seu capuz.

– Eu acho que sou a pessoa que tem os vídeos do prodígio dele, fumando de crack a maconha, tomando litros e litros de álcool em apenas segundos e fazendo milhares de garotas gemerem em uma cama, apenas isso...

Karin mordeu o lábio inferior quando ele puxou sua mão a fazendo soltar o regulador.

– Pare de tratar tudo isso como se fosse apenas mais um dos seus joguinhos, você foi longe demais agora...

– Devia tomar cuidado como fala comigo... Se me irritar, eu posso muito bem jogar todos esses vídeos na internet em questão de segundos. – Karin bateu seu indicador no peito largo de Sasuke à medida que dizia as palavras.

– Não me venha com ameaças agora... Pode tirar da sua cabeça, eu não vou me casar com você nem que eu morra. – Sasuke cuspiu as palavras. Não entraria em uma igreja com ela de forma alguma.

– Não case e eu ferro com você. Muito simples. Você não está em condições de tentar me dizer o que fazer, Sasuke... Eu sei exatamente o que eu quero... Eu quero você... Apenas para mim e mais ninguém... Isso inclui aquela vaca cor de rosa... Ela não vai colocar um dedo em você... Se ela colocar... Eu acabo com ela.

Karin deu um pequeno riso no final. Tinha algo especial guardado para Sakura caso ela interferisse.

– Deixe Sakura fora disso, me entendeu? – Sasuke disse ríspido, fitando os olhos avermelhados de Karin.

– Eu deixo... Se fizer o que eu quero... Case-se comigo... Viva comigo... E esqueça a existência de Sakura Haruno... Essas são minhas condições... Faça isso e aquelas fitas, serão nada além de simples empecilhos.

Karin disse, erguendo sua mão para tocar seu rosto, mas Sasuke se afastou antes que ela o fizesse.

– Está de acordo com isso, Sasuke? É um preço que terá de pagar...

Karin abriu um largo sorriso. Tinha o mundo em suas mãos... Em breve, ela teria o homem, o nome e o dinheiro.

Não poderia pedir nada melhor em toda a sua vida.

[...]

Então... Acha que isso nos ajudaria nesses quesitos? – Fugaku perguntava impaciente, seguindo com seus passos nervosos ao meio da sala.

Mikoto se contentava com sua xícara de chá. As coisas apareciam apenas se tornar ainda mais complicadas à medida que o tempo passava.

– Eu prefiro que nos encontremos, para podermos discutir melhor as possibilidades... Obrigado pela colaboração, Senhor Nakamura.

Fugaku desligou um de seus telefones e o depositou na mão da criada, seus passos seguiram lentamente em direção ao sofá e se sentou hesitante ao lado da esposa. Tantos problemas acontecendo de uma vez que parecia um simples crime parar para um pouco de descanso. Sua mão esquerda pousou em seu rosto, um suspiro escapou por seus lábios, estava tentando achar um pouco de conforto naquela atitude.

Mikoto pousou sua mão fina por seu ombro, o afagando.

– Querido... As coisas irão se resolver. Sempre se resolvem... Itachi é muito competente, ele deve estar dando o seu melhor para tentar achar uma solução para a situação, o mesmo serve para Sasuke... Ele foi bastante prestativo em voltar...

– Isso não é o bastante, Mikoto. – Fugaku levantou seu tronco em seguida – Os advogados dizem que podemos processar os Takahashi, mas não veem muito sinal de vitória.

– Mas um processo não seria o bastante para assustar aquela menina? – Mikoto perguntou, depositando esperanças nas palavras que ele soltava.

– Talvez... Mas acho que ela sabe muito bem o que está fazendo. Espero que Sasuke consiga convencê-la a parar com essa estupidez... Essa é a ultima alternativa civilizada que temos agora.

– Ele vai conseguir... – Mikoto disse abrindo um sorriso forçado e descendo sua mão para pegar a de Fugaku.

Pelo menos era isso que esperava de seu filho agora.

Os olhos de Fugaku e Mikoto se voltaram para porta quando ouviram um alto baque.

– Sasuke? – Mikoto perguntou alto o bastante para que Sasuke direcionasse seus passos para a sala.

Fugaku soltou um breve suspiro quando fitou o rosto de seu filho. Estava claro que ele não havia conseguido.

– E como foi? Conseguiu convencê-la?

Mikoto perguntou com todas as esperanças que ainda possuía, guardada em seu corpo. Mas, sabia que a resposta seria o bastante para destruir o que ela tanto havia guardado. Quando soube que Sasuke seria pai, havia sido um choque, mas ainda acreditava que o bebê e a garota seriam o bastante para colocá-lo no caminho certo, mas essa história seria o bastante para fazê-lo perder a oportunidade de mudar.

– Ela não vai ceder. Ela realmente quer o casamento e também quer que eu me afaste de Sakura. – Sasuke disse, se sentando a poltrona ao lado do sofá ainda fitando o rosto de seu pai, que deu uma bufada em deboche.

– Essa garota pouco me importa. Você vivia sem ela e pode continuar vivendo. Agora, o casamento... É algo que não sou a favor. Sua união deve ser feita com uma empresa mais forte, os Takahashi estão à beira da falência.

Sasuke fitou o rosto do pai por alguns segundos. Ainda tentava digerir aquelas palavras. Agora parecia entender o objetivo da história toda.

– Inacreditável... – Sasuke disse alto, virando seu rosto – Não me chamou aqui para tentar aliviar a situação... Me chamou aqui para poder ver se eu achava conveniente casar com alguém a beira da falência?!

– Sasuke... Claro que não. Entendeu seu pai errado, querido... – Mikoto disse tentando intervir em uma inicial discussão – Ele não o forçaria a casar com alguém que não ama, não é verdade, querido? – seus olhos se voltaram para o marido, mas ele lhe mandava um olhar frio em resposta.

– Não seja estúpida, Mikoto... – Fugaku ergueu seu corpo do grande sofá acolchoado – Não deixarei minha empresa falir por caprichos de Sasuke.

– Fugaku! Ele é seu filho! – Mikoto ergueu seu corpo, ficando a frente do marido – A felicidade do seu filho não é importante?

Fugaku deixou seus olhos caírem sobre Sasuke.

– Não quando a felicidade dele atinge a mim e a minha empresa.

–-----X------

To Be Continued...



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Notas finais do capítulo

E é isso gente... Espero que tenham gostado.
Deixem os review's de vocês falando o que acharam do capítulo ou o que acham da história.
Novos post's em breve...
Nos vemos nos review's ;)
Como já disse lá em cima, feliz natal e ano novo pra vocês. =D
Kisses and more kisses
H_s