Un Baiser Plus escrita por H_S


Capítulo 16
Capítulo 16 - Details Unpredictable


Notas iniciais do capítulo

Pessoal mais um capítulo para vocês, acabei não demorando muito nesse como esperei.
Gostaria de agradecer a todos pelos review's e se você ainda não comentou, comente. ^^
O capítulo foi revisado, mas se possuir algum erro que a revisão deixou passar pedimos desculpas.
Esse capítulo está cheio de coisas... Posso garantir que o começo já é bem tenso e nesse temos o volta da Karin... ;)
E para vocês lerem durante o capítulo recomendamos as seguintes músicas:
1º - http://www.youtube.com/watch?v=BJ9v4ckXyrU
Sem mais delongas, Boa Leitura!



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Un Baiser Plus

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Capítulo 16

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Details Unpredictable

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"Se admitirmos que a vida humana possa ser regida pela razão, então está destruída toda a possibilidade da vida."

(Na Natureza Selvagem - Into the Wild)

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Sakura se revirava de forma inquieta sob a cama, tentando amenizar a dor aguda que sentia cortando em seu estômago. Não era algo normal, ela estava de três meses, o bebê poderia se mexer, mas não causando uma dor como aquela. Sua médica havia deixado claro que cólicas no meio da gravidez poderiam ocorrem, talvez fosse esse o motivo.

Suas mãos seguiram em direção à pequena cômoda pegando o pacote de comprimidos e depositando dois deles em sua boca. Elevou o copo cristalino de água em seus lábios rosados e logo em seguida deitou de forma lenta sua cabeça contra o travesseiro macio. Seus olhos se fecharam por alguns momentos, aproveitando a dor sumindo lentamente. Quando ela parecia ter cessado por completo seu corpo se relaxou contra a cama, um suspiro leve escapou por seus lábios. Parecia que tudo estava normal novamente, há fazendo retomar um sono sereno.

Mas seus olhos se abriram alarmados quando sentiu o líquido um tanto quente e viscoso ao meio de suas pernas, seu corpo se sentou automaticamente sobre a cama e suas mãos acenderam rapidamente a luminária ao canto, a luz iluminou o quarto possibilitando seus olhos fitaram a mancha de sangue que se formavam em meio dos lençóis, suas mãos o puxaram de forma violenta para o lado, expondo suas pernas torneadas de sangue, suas mãos desceram encostando lentamente no líquido e voltando encharcadas, elas começaram a tremer de forma violenta, aquilo realmente estava acontecendo.

– Sasuke! Sasuke! Sasuke! – sua voz saiu em estridente, em berros finos e embargados. Não sabia se apenas começava a chorar ou continuava a berrá-lo. Ela estava perdendo seu bebê?

Os passos fundos e um tanto apressados já fazia enfeito contra o piso liso de madeira, Sasuke fitou o rosto desesperado de Sakura antes de descer seu olhar para o lençol manchado. Sua mente tentava processar aquilo, mas estava indo de forma lenta demais, e seu corpo já parecia se mover de forma automática, sem que sua mente pudesse analisar seus movimentos.

Seus braços pegaram de forma ríspida o corpo de Sakura sobre seus braços, que reclamaram de dor com o peso excessivo, mas ele apenas a ignorava.

Seus passos seguiram de forma rápida ao meio dos corredores daquele grande flat que era o apartamento. Seus pés desciam de forma rápida a fileira de escadas, antes de chegar ao térreo, pelo canto do olho podia fitar as mãos ensanguentadas e Sakura trêmulas, os olhos derramando lágrimas, e o desespero em seu rosto. O que era aquilo tudo? Era o que sua mente perguntava. Pelo pouco que prestou atenção nas aulas de biologia e ciências (no fundamental) ou qualquer que seja não sabia deixar aquilo claro.

Sua mão abriu de forma rápida o porta traseira do carro, colocando Sakura deitada. Seus passos seguiram de forma apressada em direção ao banco do motorista, dando a partida. O portão abriu de forma automática, e seu olhar já caia sobre o carro preto logo atrás. Os seguranças tinham ordem de segui-lo desde o incidente, concordou com isso, mas não queria que eles fossem um problema naquela situação.

Seus olhos olharam pelo retrovisor, quando Sakura soltou um breve grito.

– O que está acontecendo? – sua voz saiu de forma alarmada, revezando entre o espelho e a estrada.

– Eu não sei! Eu estava sentindo dor e do nada eu vi aquele sangue todo... – Sakura pausou tomando espaço pelas lágrimas, os soluços começavam a escapar por sua boca.

Sasuke girava de forma frenética as ruas um tanto vazias para a grande Tóquio, quando seus olhos finalmente avistaram um hospital, o carro freio de forma brusca.

Com a mesma pressa, Sasuke colocou Sakura sob seus braços e seu corpo adentrou de forma rápida ao hospital, os olhares dos paramédicos caíram sobre a cena.

– Me ajudem. – foi apenas o que saiu da sua boca.

Logo suas mãos eram substituídas pela a dos enfermeiros e médicos residentes. Seus braços caíram contra o seu corpo e fitaram os homens correndo em direção à emergência.

Nunca pensava que isso pudesse acontecer de uma hora para outra, ela parecia tão... Bem. Sakura não tinha demonstrado nada desde que havia entrado em sua casa, pelo menos era o que seus olhos tinham observado.

Nunca fora um grande devoto em Deus, tinha perdido suas fés e crenças assim como havia perdido sua responsabilidade. Mas se fosse apenas um pedido que pudesse fazer naquele momento é que as coisas pudessem voltar a ser como estavam, incluindo a criança que estava no útero de Sakura.

[...]

Sakura desceu as mãos de forma amorosa por seu estômago, e suspirou fundo. Apenas um susto. Já se sentia tão ligada a aquela criança que apenas a ideia de perdê-la já havia sido o bastante para poder destruí-la em pequenos pedaços.

Seus dedos tentavam limpar as lágrimas que seus olhos ainda insistiam em transbordar. Eram muitas coisas para poder entender completamente para uma simples madrugada de sábado.

– Então... Eu já conversei com o pessoal daqui e a partir de agora vai ter uma enfermeira com você.

Seus olhos esverdeados se ergueram para o rosto branco e pálido, os cabelos negros e os olhos de ônix. Agora o tom que saia de seus lábios era uma mistura de indiferença e algo novo, que ainda não sabia distinguir.

– Esse bebê vai dar muito trabalho. Se ele me fez dirigir que nem um desesperado, não quero nem saber o que vai fazer quando tiver nossa idade. – Sasuke murmurou cada palavra, se jogando no sofá ao canto e fitando o rosto cansando da rosada.

– O que disseram para você? – Sakura perguntou apreensiva, sempre contava o pior para o acompanhante.

– Que deve estar em acompanhamento mais “rígido”, que seu corpo não está totalmente pronto para um bebê... E que vai ficar por aqui por alguns dias até retomar sua velha rotina. – Sasuke disse de forma entediada.

– Você falou para alguém? – Sakura perguntou movendo suas mãos de forma nervosa.

– Eu tinha? – Sasuke perguntou erguendo uma sobrancelha.

Sakura balançou sua cabeça lentamente de forma cabisbaixa e a ergueu fitando os olhos negros de Sasuke.

– Obrigada por estar fazendo isso... Quero dizer... – Sakura abriu sua boca antes de fecha-la quando percebeu o olhar de Sasuke sobre seu corpo.

– Sua barriga... Está... – Sakura mordeu o lábio impedindo um pequeno riso, ele parecia confuso e atrapalhado com suas palavras.

– O que você esperava? Ela está maior que antes e eu vou ficar bem maior... Você é sempre tão desligado? – Sakura perguntou entre risos.

– Cala a boca. – Sasuke murmurou cada palavra mostrando um pouco de sua irritação, fazendo Sakura apenas rir mais.

– Temos que pensar em um nome... Um nome para menino e menina.

– Vai me deixar escolher um nome? – Sasuke ergueu sua sobrancelha e perguntou ficando interessado.

– Claro... O bebê é nosso. É tanto direito meu quanto seu escolher o nome... – Sakura disse acariciando sua barriga. – Ainda tento acreditar nisso... Você pai do meu filho... Há um tempo não confiaria em você para pedir uma carona... Mas agora, as coisas já não são totalmente assim.

Sasuke deu um leve sorriso com aquelas palavras, quase imperceptível, o que faz apenas sorrir mais em troca.

Aquilo era surreal, um sorriso. Um sorriso de quem antes mal conseguia dar um olhar e palavras sinceras.

–-----X------

Hinata digitava lentamente sua redação sobre as desigualdades humanas e sociais, do seu trabalho de filosofia, era algo cansativo. Principalmente por seu pai tê-la colocado na escola “Técnica Preparatória West Mont.”, era uma das escolas mais buscada pela maioria de pais altamente protetores como o seu, pelo simples fato de ser exclusiva apenas para meninas.

Seu pai não queria que ela tivesse contatos em excesso com meninos, segundo ele, eles estragam os objetivos na vida. Por isso fora tão difícil convencê-lo a aceitar seu namoro com Naruto, sem contar seu vício ao meio da história.

Mordeu lentamente seu lábio inferior apenas de pensar nos seus olhos azuis, seu cabelo loiro bagunçado e aquele jeito extrovertido de sempre. Apenas lembrar seu rosto dava vontade busca-lo onde quer que esteja e beijar seus lábios quentes e molhados.

Seu corpo se jogou contra a cama. Seus longos cabelos se espelharam ao meio da cama com alguns fios sobre seu rosto. Suas mãos posicionavam seu celular em frente ao seu rosto enquanto fitava a foto de Naruto a abraçando pelas costas e beijando suas bochechas coradas, tinham dezesseis anos. Era interessante ver como eles tinham ainda o mesmo olhar um para o outro. Seu cenho se franziu quando um número apareceu ao meio da tela do Vertu Constellation Quest*, era um número desconhecido para ela. Seus dedos apertaram lentamente a tecla e rapidamente seu corpo se ergueu colocando o telefone em seu ouvido.

– Alô? – sua voz saiu de forma serena como sempre.

– Hinata! Oi! Sou eu! Kiba. – Hinata sentiu um pequeno frio por sua espinha, o nome Kiba já fazia relembrar sua discussão com Naruto. Tentava não mostrar a apreensão em sua voz quando sua boca se abriu para responder.

– Oh... Kiba... Como conseguiu meu número?

– Eu peguei com uns amigos seus... Não se importa não é? – a voz de Kiba continuava calma e calorosa.

– Não... Mas... Por que está me ligando? – Hinata perguntou de forma confusa. Aquela era sua maior dúvida inicial.

– Bem, eu estava pensando se não gostaria de tomar um café comigo, pra relembrar os velhos tempos.

Hinata sentiu uma onda de desespero ainda maior, não queria ter que começar uma nova discussão com Naruto, mas também não queria ser rude. Era um simples café.

– Eu tenho algumas coisas para fazer, mas eu posso tirar um tempo para me encontrar com você. – Hinata disse se levantando da cama e colocando seu laptop sobre a mesa ao canto do quarto.

– Sério? Isso ia ser ótimo. Tipo você pode encontra na cafeteria principal do Distrito de Ginza?

– Sim... É... Eu devo chegar lá em uns... – Hinata ergueu seu olhar para o relógio – Vinte minutos ou talvez meia hora se o transito tiver apertado.

– Beleza! Vou estar te esperando.

O telefone se tornou mudo, definitivamente ela não tinha muita certeza do que ia fazer agora.

[...]

– Então, você e o Naruto, hein? O máximo que já consegui de um namoro foi seis meses, agora dois anos? Nossa, é um marco aos dezessete anos.

Hinata mexia a pequena espuma de se capuchino tentando se entreter naquela conversa. Apesar de não se verem a tempos as conversas eram curtas e Kiba estava interessado demais em seu relacionamento com Naruto.

– A gente poderia falar de alguma outra coisa? Acho que Naruto não tem muito haver com “os velhos tempos”. – Hinata ergueu seu olhar da xícara fitando o olhar indiferente de Kiba.

– É você está certa... Mas não deixa de ser um fato que nos casamos quando éramos mais novos. – novamente a mesma história.

Hinata cerrou um pouco os olhos o que ele estava pretendendo em voltar novamente em um momento de brincadeira infantil.

– Sabe Hinata, você virou uma mulher muito bonita. Você tem praticamente dezoito. Sem falar que daqui a algum tempo, vai estar na faculdade, não é mesmo?

Hinata não respondeu sua pergunta apenas retirou a pequena colher de plástico do capuchino e deu um leve gole, fitando meio cabisbaixa o rosto de Kiba.

Seus olhos desceram para a tela vibrante de seu celular, uma nova mensagem e era de Naruto.

“Onde você está?” - Fazia-se praticamente a mesma pergunta. O que ela estava fazendo ali? Kiba estava tornando tudo muito desconfortável. Seu olhar se ergueu para os olhos curiosos do moreno a sua frente.

– Bem, eu tenho que ir andando. A gente se fala depois. – Hinata empurrou a cadeira para trás e Kiba fez o mesmo movimento.

– Tão cedo? Não tivemos tempo para conversar praticamente nada. – Kiba se lamentou o por alguns segundos, queria continuar com sua conversa proveitosa com a Hyuuga.

Hinata se aproximou timidamente para dar um abraço em Kiba, mas o movimento dele havia sido inesperado. Seus braços foram parados de forma delicada, enquanto os lábios de Kiba deram um breve baque com os seus. Seu rosto encarava perplexo o rosto indiferente do moreno a sua frente, tentando repassar tudo o que acabara de acontecer em sua mente. Ele simplesmente havia a beijado?

– Por que fez isso? – as palavras saíram rapidamente de sua boca enquanto eleva sua mão em direção dos seus lábios.

– Eu queria beijar você... Isso é um crime? – Kiba perguntou dando os ombros.

– Sim! Quando eu tenho um namorado é sim um crime! – Hinata disse com sua voz alterada pegando seu casaco e andando de forma apressada em direção à porta da cafeteria.

– Naruto é um idiota. Não deveria gastar seu precioso tempo com ele. – Kiba disse enquanto colocava sua mão dentro do bolso de sua calça e seguia lentamente Hinata.

– Não se atreva a falar dele! O único idiota aqui é você! – Hinata abriu a porta do Nissan GT* e a bateu com força. Deu rapidamente a partida e praguejou alto.

Seu corpo gritava raiva. Por que ele havia simplesmente a beijado? Que parte de compromisso de dois anos não havia sido clara para ele?

Por alguns momentos uma onda de pânico invadiu seu corpo, se sentia como se tivesse traído Naruto. O que falaria para ele? Ele ia realmente acreditar nisso?

Suspirou alto tentando achar uma razão ao meio daquelas emoções conturbadas. Kiba havia a beijado e não ela, então ela não tinha culpa alguma naquilo. Era a coisa mais lógica que sua mente conseguiu processar a ponto de deixa-la calma.

O melhor a fazer, seria manter uma distância de Kiba, não sabia o que ele realmente pretendia, mas provavelmente não seria boa coisa. Naruto era o que mais a preocupava. Uma briga não renderia uma boa coisa para a imprensa, e uma nova briga com ele não seria algo bom para nenhum dos dois.

–-------X-------

A maçaneta girou lentamente e Sasuke empurrou a porta com suas costas, suas mãos seguravam com firmeza o corpo de Sakura enquanto seu pé empurrava a porta para trás.

Os cabelos rosados de Sakura estavam espalhados pelo seu rosto, enquanto sua cabeça estava encostada no ombro de Sasuke. Ela havia tido uma boa recuperação em compensação ao breve susto que teve.

Seus passos seguiram em direção ao quarto de Sakura, girando a maçaneta e abrindo a porta de mogno. Seus braços depositaram lentamente o corpo de Sakura na cama, e quando se viram livres sentiu toda dor possível. Iria que prolongar o tempo de tratamento por esse pequeno acidente. Malditos desgraçados.

Sentou-se lentamente ao lado de Sakura quando sentiu exaustão tomando seu corpo. Quatro dias sentado em uma cadeira de hospital não era o que seu corpo conhecia como conforto, sem falar que teria que suportar o peso de Sakura em seus braços, já que havia dispensado ajudas. Sua cabeça virou lentamente e fitou o rosto sereno da rosada. Ainda não havia entendido como aquilo havia acontecido de uma hora para outra. Sakura podia ter dezessete anos, mas muitas pessoas engravidam até mais cedo e não passam por algo desse tipo. Ainda se via confuso com aquilo.

– Você está cansado. Deveria dormir.

Seus olhos desceram novamente para o rosto de Sakura, que tinha seus olhos verdes expostos, mostrando sua exaustão.

– Preocupe-se consigo mesma. – Sasuke murmurou lentamente, erguendo seu corpo da cama.

– É um pouco tarde para isso. – Sakura respondeu fechando lentamente os seus olhos esverdeados – Eu já me preocupo com você... Sasuke...

Sua voz morreu lentamente e então sua cabeça se aconchegou ainda mais no travesseiro.

Sasuke fitou a cena por alguns minutos, sua cabeça abaixou um pouco antes de sussurrar as palavras.

– Não se apaixone por mim... Não sei se já disse isso antes... Mas eu tenho uma excelente capacidade de fazerem as pessoas se arrependerem de não me ouvirem.

– Você tem uma excelente capacidade de afastá-las. Mas por que eu me afastaria se estou quase tirando a sua máscara de ferro? – Sakura abriu novamente seus olhos e fitou o rosto fechado do Uchiha.

– Não acredite muito nisso. Vai se arrepender. – Sasuke disse de forma fria se retirando do quarto. Sakura fitou a porta fechada por alguns minutos. Por que não podia simplesmente entender Sasuke? Ele parecia algo impossível de se alcançar. Que parecia querer permanecer de forma eterna inalcançável.

–----------X-----------

–Sasuke! Sai desse banheiro! Parece mulher! – Naruto berrou alto enquanto esfregava a toalha nos seus cabelos molhados.

– Cala boca idiota. – Sasuke disse com a cabeça pressionada contra a parede. Definitivamente tinha muita coisa na sua cabeça naquele momento, ele precisava pensar.

– Bem, se vai apodrecer nesse chuveiro eu vou indo. A gente vai tá na entrada da escola.

Sasuke não respondeu apenas soltou um breve suspiro. Naruto era irritante a ponto de não deixa-lo pensar com clareza, seria bom utilizar aquele tempo sem sua voz irritante para pensar.

Quando viu o baque da porta do vestiário se fechando seu corpo se virou ficando de frente para a porta do Box. Tentava assimilar o que Sakura havia tentado dizer com aquilo. Estava ficando mais do que claro que estava começando algo ali, mas não sabia muito bem se o mesmo estava acontecendo com ele. Não sabia se estava realmente preparado a ponto de amar alguém novamente.

Amor sempre fora considerado uma coisa inútil a seu ponto de vista desde que Itachi destruiu tudo o que acreditava sobre amor. Não sabia mais o que era isso desde que era pequeno. Preferia continuar assim, provavelmente era algo complicado demais, doloroso demais e insignificante demais.

Suas mãos rondaram o registro do fazendo a ducha de água ir diminuindo gradualmente, sua mão puxou a toalha branca e enrolou sobre sua cintura, logo em seguida uma de suas mãos passou sobre seu cabelo molhado o jogando para trás.

Seu corpo parou subitamente quando seus olhos fitaram as pernas brancas cruzadas, o corpo encostado contra a parede de ladrilhos preto e branco, a boca mordiscando a pequena ponta dos óculos.

– Olá, Sasuke... Quanto tempo. – Karin disse afastando um pouco os óculos de seus lábios e descendo sua mão para a ponta da toalha a prendendo com mais força contra seus seios.

Sasuke sentiu um pequeno nó em sua garganta. O que aquela garota estava pretendendo daquela vez?

– Andou malhando? Está um tanto diferente da ultima vez que nos vimos... – Karin disse com a boca um tanto aberta e de forma sínica – Ou simplesmente ficar brincando de casinha com aquela prostitutazinha já é bastante cansativo?

– Prostituta? Pelo o que eu saiba... Quem já deu pra todo mundo desse colégio foi você. – Sasuke disse cerrando seus olhos.

– Oh... Agora não posso mais ofender a rosa oxigenada por que é mãe do bastardo do seu filho? – Karin disse cuspindo cada palavra.

– Tome cuidado. – Sasuke disse em um pequeno aviso – Começou a espalhar um pouco do seu veneno novamente?

– Sim... E vai adorar o que eu estou preparando especialmente para você... Mas vai ter que esperar... Tem algumas pessoas na sua frente. – Karin se ergueu de forma lenta do banco. A toalha estava apertada contra seu corpo enquanto ela se aproximava lentamente de Sasuke.

– Outras pessoas? – Sasuke perguntou brevemente enquanto Karin estava a alguns centímetros de seu corpo.

Karin começou a passar o indicador sobre o peito de Sasuke.

– Outras pessoas que eu acho que devem sofrer um pouco... – Karin disse aproximando seu rosto do de Sasuke que se afastou de forma brusca.

Karin encarou Sasuke por alguns segundos.

– Oh... Sasuke... Quando se tornou tão... Antiquado a ponto de recusar sexo?

– Saia daqui Karin. – Sasuke começou a andar para fora da ala de boxes.

Karin apressou seus passos parando a frente de Sasuke.

– Ela conseguiu passar uma coleira em você? Agora vocês são o casal mais feliz do mundo a espera do filhinho? – Karin riu antes de continuar – Você pode enganar a imprensa com essa sua historinha de merda, mas não me engana Sasuke... Eu sei muito bem os podres que ocorrem por baixo da grande empresa que são os Uchiha.

– Você pode assustar outra pessoa com esse seus joguinhos psicológicos Karin.

–Itachi sabe muito bem o que você faz não sabe? Assim como você sabe o que ele faz... Ele é muito... Melhor que você.

– Então por que não vai e transa com ele? – Karin o empurrou seu corpo para trás, o fazendo sentar no banco de granito.

Seu corpo andou lentamente ficando sob o de Sasuke.

– Você sabe melhor que eu... Que as preliminares chegaram ao fim. – Karin chocou seus lábios contra os de Sasuke os movendo com força.

Sasuke tentou tirá-la de cima dele e simplesmente sair de lá. Mas foi o que sua mente tentava traduzir com movimentos, não foi exatamente o que seu corpo fez.

[...]

– A partir do momento em que no ambiente em que vivem a visão não se mostra útil para a sobrevivência os peixes de caverna se adaptaram abrindo mão de sua visão...

O professor interrompeu sua explicação quando a porta foi aberta lentamente, os olhos de todos fitaram o rosto indiferente de Uchiha Sasuke.

– Uchiha Sasuke... Posso saber o motivo para se juntar a nossa humilde aula de biologia atrasado vinte minutos? – o professor perguntou ajeitando seus óculos sobre seu rosto e tentando passar um ar superior.

– Se fosse do seu interesse você saberia o motivo. – Sasuke fechou a porta causando um baque surdo na sala. Sasuke andou lentamente em direção a sua cadeira de forma silenciosa e com o cenho franzido. Talvez aquela não tenha sido a melhor de suas escolhas.

– Muito bem, vamos prosseguir... – o professor disse tentando ignorar o que acabara de acontecer.

Sakura, algumas carteiras atrás na fileira ao lado, chamou em um sussurro;

– Sasuke...

Os olhos negros se voltaram para trás fechados, vazios, frios. Sakura se encolheu o bastante fazendo a voz em sua garganta cessar completamente, havia acontecido algo.

A explicação do professor de biologia era ignorada piamente por Gaara enquanto ele anotava brevemente ao meio do pedaço de papel.

“Casa de praia. Final de semana. Duas semanas. Vodca. Uísque e camisinhas.”

Suas mãos amaçaram com força o papel o transformando em uma pequena bolinha de papel, em uma breve tacada a bolinha caiu sobre a mesa de Sasuke a alguns metros à frente. Os olhos entre cortados de Sasuke fitaram o pequeno sorriso de lado que Gaara tinha em seu rosto, suas mãos desamassaram lentamente o papel e leu brevemente a mensagem.

Duas semanas em uma casa de praia com vodca e uísque eram propostas interessantes. Teria liberdade para poder fazer o que quisesse e talvez esquecer o que havia acabado de fazer.

Escreveu brevemente em uma letra rápida “eu vou.”, antes de amaçar o papel em sua mão e tacar na cabeça de Naruto. O loiro franziu o cenho antes de pegar o papel amaçado ao lado de sua carteira. Suas mãos desamassaram rapidamente o papel e repetiu em seguidas às mesmas palavras de Sasuke, antes de amaçar o papel e jogar sobre a mesa de Neji.

A mesma cena se repetiu cinco vezes ao passar por Shikamaru, Temari, Ino, Sakura e TenTen, todos repartiam a mesma resposta “eu vou.”. Mas ainda faltava a resposta de Hinata. Dependia dela para terem duas semanas completas na casa de praia. Mas como não seria dúvida, apenas por Naruto ir, sua presença já era quase que garantida.

– Alguma coisa que querem compartilhar conosco, senhorita TenTEn? – o professor olhou ajeitando os óculos em seu rosto e pausando novamente sua fala.

– Não senhor. – uma resposta saiu entre cortada da voz de TenTen.

O professor fitou por alguns momentos o rosto de TenTen quando reparou o pequeno bilhete espremido em sua mão.

– TenTen... Dê-me esse papel. - o professor estendeu a mão a frente de TenTen com o cenho franzido – Rápido.

TenTen sentiu um pequeno nervosismo rondando seu corpo, se ele pegasse aquele bilhete eles estavam em grandes apuros. Suas mãos suavam violentamente, então lentamente foi esfregando o papel em sua palma molhada.

– Me dê isso! – o professor disse ríspido puxando o papel de sua mão, que deu um rasgo. Seus dedos ajeitaram os óculos em seu rosto antes de fitar a escrita borrada e começar a ler alto, as palavras de um texto sem nexo – Casa de palha. Ermanas. Cacique. Camisa?

A sala rapidamente foi tomada por risos histéricos. E TenTen sentiu seu corpo relaxar, seria a primeira que agradecia sua mão por suar tanto quando estava nervosa.

–--------X--------

– E quem vai? – Hinata perguntou enquanto corrigia alguns de seus cálculos de geometria.

– Todo mundo... Eu... Sasuke, Sakura, TenTen, Neji, Ino, Gaara, Temari e Shikamaru. Você conhece todos.

Hinata mordeu o lábio inferir enquanto ouviu Naruto falar ao telefone, ainda não sabia se lhe contava sobre o assunto Kiba. Seus olhos se ergueram para a porta quando a governanta apareceu murmurando as palavras.

– Jantar. – Hinata acenou rapidamente.

– Eu vou falar com o meu pai, provavelmente ele deve deixar e então eu ligo pra você. Eu tenho que desligar agora, depois eu te ligo! – Hinata desligou o telefone o jogou sobre a cama. Seus pés soltaram para fora da cama, seus passos correram apressados sob as escadas e então já conseguia fitar seu pai, Neji e Hanabi, começando o pequeno jantar familiar.

Hinata puxou a cadeira da ponta e se sento rapidamente. As serventes colocaram um pano sobre seu colo e em seguida um risoto de camarão a sua frente. A mesa permanecia silenciosa ao meio das garfadas que cada um dava.

– Eu aprendi a dar um giro duplo hoje papai... – Hanabi disse de forma orgulhosa – Você vai ao recital desse mês, dessa vez pai? – uma ponta de esperança surgiu em sua voz.

– Creio que não querida. Hinata e seu primo irão em meu lugar. – Hiashi disse brevemente sem desviar seu olhar da coluna do jornal a sua frente.

O rosto de Hanabi pendeu para baixo. Por mais que amasse sua irmã e seu primo sabia muito bem que iam por pura obrigação, mas queria pelo menos uma vez ver os três lugares reservados para a família Hyuuga ocupados.

– Tio, sobre a ida a praia... Tenho seu consentimento? - Neji virou seu olhar para o rosto distraído de seu tio.

– Sim... Pode ir. – Hiashi disse com um tanto de desinteresse.

Neji se concentrou novamente em sua comida, já não tinha mais nada para perguntar. Hinata abriu levemente seus lábios antes de fazer a mesma pergunta que seu primo.

– E eu papai? Quero dizer, Neji e meus amigos me convidaram... Eu posso ir?

Hiashi ergueu seus olhos de forma fria da coluna econômica e fitou o rosto de Hinata por alguns segundos.

– Não. Ao contrário de você, Neji tem dezoito anos, quase dezenove. Não vou deixar uma menina de quinze anos ir a uma casa cheia de rapazes.

Hinata fechou um pouco seu rosto, antes de dizer as palavras de forma grossa.

– Tenho dezessete, pai. E garotas estarão lá também.

Hiashi fechou o jornal a sua frente com um breve suspiro.

– Eu já dei a minha resposta. Seja uma boa menina e termine seu jantar.

Hinata largou o garfo com força sobre o prato, chamando a atenção de todos.

– Pare de me tratar como um cachorro! Eu tenho idade e responsabilidade o bastante para poder ir em coisas desse tipo.

– Eu não vou entrar em discussão com você Hinata e não ouse me responder novamente. – Hinata elevou sua voz alguns tons a mais que o necessário.

Hinata empurrou a cadeira para trás com brutalidade, e seguiu com seus passos fortes em direção ao quarto, sua porta deu um baque surdo pela casa.

Seu corpo se jogou em sua cama com brutalidade. Sentia falta de sua mãe, ela ao contrario apoiava suas decisões e pelo menos tinha capacidade o bastante de estar ativa em sua vida como a de Hanabi.

Sua mão pegou o celular ao seu lado e discou rapidamente o número.

– Alô? – a voz de Naruto soou em seus ouvidos.

– Naruto... – sua voz saiu um tanto chorosa.

– Oi... Aconteceu alguma coisa?

Hinata se levantou rapidamente da cama e fitou o vazio por alguns segundos.

– Hinata? Você ainda está ai?

– Eu falei com meu pai... – sua voz saiu de forma automática.

– E o que ele disse?

–Eu tenho permissão... Eu vou para a sua casa sábado de manhã e a gente sai junto.

– Tem certeza? Não quer que eu te busque?

– Tenho... Pode deixar que eu vou para ai.

– Tudo bem então... Eu tenho que ir, minha mãe.

O telefone ficou mudo. E Hinata o jogou sobre a cama.

Acabaria morta por estar fazendo o que pretendia fazer.

–----------X---------

To Be Continued...



Notas Adicionais:

Celular Hinata Link - http://images3.souq.com/uploaded/040711/f4ae7442c81e8ec76edf228f3ff8425b_50912023191309809972.jpg

Nissan GT - http://www.noticiasautomotivas.com.br/img/b/nissan-gt-r-japao-1.jpg



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim. ;)
Deixem os review's de vocês, falando o que acharam do capítulo ou o que acham da história.
Vejo vocês nos review's. =D
Novos post's em breve.
Kisses and more kisses...
H_s