Un Baiser Plus

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Capítulo 13

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Verdades Soterradas

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"Só porque alguém te machucou uma vez, não significa que tem que excluir totalmente de sua vida. As coisas mudam. Pessoas crescem."

Pretty Little Liars

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Os fleches mesclavam de forma repetitiva ao longo da sala. Os lábios de Sasuke estavam comprimidos, seus olhos apertados. Em toda sua vida, definitivamente, aquele seria o comunicado para a imprensa que poderia aumentar de alguma forma, economicamente, o ibope das empresas Uchiha, mas que também poderia destruí-la por completo.

Seus passos seguiram lentamente a frente de seu pai e seu irmão. Suas mãos puxaram a terceira cadeira ao canto onde se sentou lentamente abrindo os botões de seu paletó.

Seu pai e Itachi fizeram o mesmo movimento apenas deixando as expressões vazias como sempre, o que ele não estava muito preocupado de deixar naquele momento.

Seus olhos olharam entre cortados para a multidão alvoroçada de jornalista, balançando a mão de forma frenética ou simplesmente disparando perguntas ao alto, com os microfones estendidos ao máximo em suas mãos.

– Sasuke- san! Sasuke – san! Do que serve esse comunicado?!

– Sasuke! Está abandonando a imagem das empresas Uchiha?!

– Itachi – san! Itachi! Vai assumir o lugar de Fugaku?!

– Fugaku! Veio anunciar a queda de 5.3 na bolsa de valores entre Tóquio e os Estados Unidos?!

Fugaku fez um breve sinal com sua cabeça, deixando seu executivo sênior começar a dar as instruções à imprensa.

– Senhores, estamos aqui a respeito de um comunicado da empresa Uchiha, com a partição do complemento de empresas denominadas folha. Pedimos calma e atenção, pois perguntas não serão respondidas.

A multidão de repórteres pareceu tomar ordem com o pequeno comentário dado, agora todos estavam em perfeita harmonia, com blocos e canetas em mãos, enquanto outros tinham gravadores ou microfones estendidos ao alto.

Fugaku deu uma breve limpada em sua garganta antes de começar com as palavras de forma completamente formal.

– Estamos presentes nessa pequena reunião de imprensa para dar um anuncio de bastante... Crédito as empresas Uchiha.

Sasuke entre olhou seu pai por alguns segundos. Palavras meticulosas.

– Meu filho mais novo, herdeiro das empresas Uchiha em conjunto com nossas sócias, folha, estava em um relacionamento sólido e firme a um período de tempo.

Sasuke abaixou um pouco seu rosto, começaria o bombardeio. Mentiras para aliviar a gravidade de ele ter engravidado uma garota teriam que ser inventadas, mas se perguntava se aquilo seria o bastante para enrolar a imprensa.

– O relacionamento é com Karin Takahashi?!

– Era a garota misteriosa?!

– O que o relacionamento vem de lucrativo para a empresa?!

– Senhores, deixamos claro que não seriam respondidas perguntas. - o executivo sênior, disse rapidamente intervindo com o turbilhão de perguntas.

Fugaku olhou friamente para Sasuke, e então voltou seu olhar para os jornalistas à frente e voltou a seu pequeno discurso.

– Esse relacionamento nos promoveu algo inesperado, mas de grande lucro para a nossa imprensa. Meu filho está à espera do primeiro filho, o nome da mãe da criança será mantido em sigilo temporário. Ela será apresentada a imprensa em breve. Isso é tudo.

Fugaku afastou sorrateiramente a cadeira para trás e seguiu com seus passos á frente seguido por Itachi.

Sasuke empurrou lentamente a cadeira e então a gritaria dos jornalistas já tomava seus ouvidos, os seguranças já estavam a alguns metros de seu corpo o guiando ao meio dos corredores de saída.

De todas as coisas que já fizera aquela definitivamente era a mais certa de todas.

“Espero que isso compense minhas idiotices, Sakura.” – Sasuke pensou brevemente.

Aquilo não havia sido feito por vontade de seu pai. Tinha sido feito por sua vontade, sua insistência. Aquilo poderia ter feito Fugaku o considerar ainda mais irresponsável e inconsequente, mas Sasuke não se importava. Só se importava com a opinião de uma pessoa agora.

[...]

– Então o que está sugerindo?- Yoshino perguntou brevemente encarando, os olhos negros de Fugaku Uchiha.

A proposta que ele acabara de supor seria como um fechamento de um novo investimento. E aquele investimento, ajudaria a quebrar o impacto que foi aquela notícia.

– Ela passaria a acompanha-lo em todos os eventos necessários. Teriam de demonstrar algum afeto para ir de acordo com a história que foi dita a imprensa. É de extrema importância que isso fique claro, que eles possuem um relacionamento.

– Pelo o pouco que sei, parece que eles não têm um relacionamento. – Yoshino murmurou em seguida, fazendo Fugaku apertar mais seus lábios finos. Ela estava dificultando as coisas. Havia sido de seu conhecimento que Sakura seria expulsa de casa, mas o assunto havia sido repensado. Achava que convencê-la seria mais fácil do que a garota, mas parecia que seria ao contrário, pelo menos era o que esperava.

– É de meu conhecimento que ambos não têm um relacionamento sólido, a única coisa que une Sasuke com sua sobrinha é essa criança. Mas para que minha empresa não sofra com isso amenizamos tudo criando essa história, mas precisamos que a imprensa confirme que é real.

Sakura levantou lentamente seus olhos que se encontraram diretamente com os de Sasuke. Não esperava que ele fizesse o que fez. Ele havia assumido, não só seu filho, mas a ela. Aquilo havia sido muito mais do que ela havia esperado de sua parte. Aquele adeus, não era um simples adeus. Talvez ele não fosse exatamente tudo o que ela havia pensado. Apesar do ressentimento ainda estar pregado ao seu corpo, lembrando-se de todas as falas humilhantes. Pelo o pouco que sabia de Sasuke, sabia que apenas confiar em suas atitudes e palavras não era algo inteligente de se fazer, ele era contradizia cada ação e palavra que dizia.

– Estamos acertados? – a voz de Fugaku a fez sair de seus pensamentos, seus olhos agora se voltaram diretamente para Sasuke. Ajudá-lo a não decair com as empresas de seu pai, era o que ela realmente ia fazer, depois de tantas coisas que não deveriam ser ditas?

Sua cabeça se virou um pouco, eram muitas questões para serem simplesmente debatidas ali e agora. Soltou um pesado suspiro antes de apenas balançar a cabeça.

Sasuke sentiu sua expressão congelar. Ela realmente havia concordado? Sem nenhuma interferência?

Seus olhos caíram sobre Yoshino, que suspirou lentamente.

– Se está de acordo com isso... – suas palavras se referiam a Sakura - Então estamos acertados. – Seus olhos se voltaram de sua sobrinha para Fugaku sentado a sua frente.

– Muito bem. – Fugaku empurrou a cadeira para trás se erguendo devagar e abotoando seu paletó – Iremos fazer um pequeno evento onde apresentaremos você à imprensa como a mãe do mais novo membro dos Uchiha’s. Sasuke lhe passará todas as informações em breve.

Sakura balançou lentamente a cabeça com seu olhar vago para a mesa.

Aquilo ainda parecia surreal. Ela era um membro Uchiha agora? Era o que tudo isso significava? Dinheiro? Alívio de imagem? Hipocrisia era o que aquilo era, mas a única forma que via de agradecer a toda àquela forma falsa de apoio era aceitando aquelas condições.

Teria que se preparar para usar máscaras. Fingir afeto por Sasuke seria uma das coisas mais difíceis que teria de fazer, já que os sentimentos por ele se baseavam em poucas coisas como amargura e desilusões.

–-----X------

– E como andam as coisas, Naruto? – a doutora chefe Shizune perguntou amigavelmente, enquanto suas mãos checavam os movimentos musculares de suas pernas, tudo parecia normal. Não estavam mais se atrofiando como antes.

Seu corpo se ergueu lentamente e fitou os olhos cerrados do loiro. Ao tempo que o conhecia e ele continuava com as mesmas manias.

– Se não quer conversar, tudo bem. Mas eu preciso que tire sua blusa.

Naruto bufou. Ele detestava essas seções médicas. Suas mãos correram ao longo da blusa a tirando por cima da cabeça, e deixando seu tronco nu dando a Shizune e possibilidade de checar todas as marcas existentes e fazer uma “vistoria” básica.

As sessões psicológicas e as médicas eram constantes, três vezes por semana. Além do fato de ter que frequentar terapias em grupo com antigos viciados e alcóolatras que fazia parte de suas tarefas diárias.

Se livrar de um vício não era algo fácil de forma alguma. Desde que havia saído da clínica de reabilitação e ter começado a viver a sua vida de forma normal, Naruto tem tido um grande progresso, já estava á quinze meses completamente sóbrio. Mas ás vezes conseguia ter dias perturbadores, como se ouvisse uma voz em sua cabeça lhe lembrando do gosto do álcool em sua garganta e de como era bom ter a droga em seu organismo.

Nesses dias, era quase impossível não ceder ao instinto, por isso sempre tentava se ocupar com Hinata ou com Gaara. Tentava manter seu contato com Sasuke o mínimo possível, sabia que se renderia apenas de vê-lo com um simples cigarro na boca ou o hálito de álcool. Quando nem a presença deles ajudava em alguma coisa tentava se lembrar de todo o progresso que já havia feito e como tinha deixado várias pessoas felizes. Inclusive seus pais.

– Muito bem. Por hoje finalizamos. Nós vemos na quinta feira.

Naruto jogou seu corpo para fora da mesa, e vestiu sua camisa laranja novamente, pegou sua jaqueta brevemente e murmurou um “até”. Não gostava de nenhuma das seções não sabia exatamente se os motivos eram por tirar sua liberdade ou simplesmente por se sentir envergonhado.

Parecia tentador ir para casa agora e simplesmente ficar em seu quarto a tarde inteira e esquecer-se do mundo. Mas já havia combinado de ir até a casa de Hinata, desmarcar agora seria um tanto imprudência.

Andou lentamente ao estacionamento depositando a jaqueta preta contra seu corpo, colocando os óculos escuros em seu rosto.

Andou em direção a sua moto e então se preparou para dar a partida.

Os pneus cantaram sobre o asfalto antes de seguirem em velocidade ao meio das ruas, podia ouvir claramente o barulho do vento contra seu rosto, aquela sensação era boa, fazia esquecer os problemas e as sensações que ele sempre torcia em esquecer.

[...]

– Está dizendo que não sou boa o bastante para você?!

– Estou apenas dizendo que não precisamos continuar mentindo.

Naruto ergueu uma das sobrancelhas com aquele dialogo um tanto ridículo em sua opinião. Odiava aqueles benditos filmes de romance, principalmente esse, que acabara de ser lançado.

– Abe Hiroshi* faz bons filmes... – Hinata murmurou antes encher sua boca com um pouco de pipoca da vasilha que havia em sua mão.

– É... Pode até ser... Mas esse é uma droga. – Naruto ajeitou Hinata em seus braços antes de encher suas mãos com pipoca.

Hinata encarou mais alguns segundos a cena um tanto forçada à frente.

– Que tal vermos... Esse filme aqui que você estava querendo ver? – Hinata moveu com o controle remoto e pausou sobre o novo filme de ação que acabara de ser lançado aos cinemas. Naruto havia insistido dias e dias para vê-los.

– O que acha? Vamos! Dê o play! – Hinata sorriu ao ver o ânimo do namorado mudar automaticamente, ela deveria ter posto esse filme desde o começo.

Ela apertou rapidamente o play e fitou a vinheta de abertura do filme. Seus olhos acompanhavam as cenas e se desviavam fitando o rosto animado de Naruto, ele parecia empolgado com todos aqueles carros dando manobras sobrenaturais e todo aquele sangue descontrolado. Típico da parte dele.

Mas olhar seu rosto lhe trouxe uma vaga lembrança do que se esqueceu de ter dito.

– Soube do anuncio das empresas Uchiha? – Naruto franziu o cenho antes de pegar o controle em suas mãos e pausar o filme.

– Anuncio? – seus olhos fitaram o rosto sereno de Hinata.

– Sasuke engravidou uma garota.

– O que? Sério? – a voz de Naruto saiu em um falsete, aquilo definitivamente não era de se esperar.

– Pelo menos foi o que Fugaku disse. Meu pai e o seu inclusive, estão em uma reunião fechada com ele.

– E que vai acontecer agora? – o rosto de Naruto estampava toda sua surpresa e dúvida.

Hinata juntou um pouco seus ombros e os levantou em seguida. Suas mãos pegaram a de Naruto e começaram a fazer pequenos desenhos em sua palma.

– Isso é um grande impacto para imprensa, sem dúvidas. Pelo o que percebi na entrevista vão aliviar todo esse pandemônio mostrando que eles tinham um relacionamento sólido, então... Prepare-se para conhecer o mais novo, membro temporário dos Uchiha.

– Ele só precisava se envolver com uma garota não criar uma família.

Hinata deu um pequeno riso com a fala.

– Não seria a primeira vez que Sasuke inverte as regras.

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O piano tocava alto e solene em conjunto com uma orquestra de cordas, a música suave rondava o salão, enquanto as conversas baixas e um tanto atumultuadas preenchiam o resto do grande salão do Museu Nacional de Tóquio*.

Os longos e curtos vestidos chamativos e elegantes pintavam o salão com as mistures de cores e estampas, esbanjando últimos lançamentos das grifes dos desfiles de primavera/ verão, enquanto os smokings negros completavam o ar de graça e elegância.

Todos os presentes esperavam ansiosos para a apresentação da mais nova adição da família Uchiha, afinal não era de se esperar que Uchiha Sasuke pudesse ter um relacionamento sólido nas condições que levava sua fama de conquistador.

Olhos de todos começaram a se concentrar a porta quando a família Yamanaka deus os primeiros passos para dentro. O vestido na altura dos joelhos que trançava sua parte do busto em uma estampa xadrez com a parte inferior completamente lisa, seus cabelos mantendo o mesmo estilo em um rabo de cavalo, mas em forma mais clássica, os longos brincos regado a ouro com o complemento de pulseiras dourada*, davam um ar de graça a Ino, deixando marcada sua presença, como em todos os eventos que a tinham como convidada. Os fotógrafos tiraram rapidamente as dúzias de fotos em segundos, flagrando a família Yamanaka e o rosto da empresa, a jovem e bela, Ino Yamanaka.

Seus olhos pairaram ao longo do salão procurando por algum rosto conhecido, mas o máximo de conhecidos que tinha ali era Temari, com seu irmão, kankuro e Gaara conversando com alguns executivos ao canto e eles não eram quem ela procurava no momento.

Seus passos se moveram perdidos ao longo do salão, tentando achar ao meio das diversas conversas ocorrentes entre os convidados algo que lhe interessasse. Mas não obtivia sucesso em sua busca, conversa sobre a bolsa de valores e política não era algo que ela considerava interessante.

Seus passos se moveram apressados quando fitou ao meio do bar o loiro, com um copo cheio de refrigerante, ele definitivamente estava levando a reabilitação a sério.

–Naruto! Onde está a Hinata?

Naruto girou um pouco seu rosto fitando o rosto da garota a alguns centímetros de distância.

– Ela ainda não chegou Ino. Nem ela, nem o Sasuke. Apenas eu e Gaara e agora você. Muito animador, preferia estar em casa vendo filme ou sei lá o que. – Naruto disse ao meio de uma bufada, eventos como aqueles eram entediantes quando não tinha a pessoa certa com quem conversar.

– Interessante, mas você não é o tipo de confidente que eu procuro agora. – Ino andou lentamente em direção à cadeira ao lado de Naruto, cruzando suas pernas de forma aristocrática. Seus olhos fitaram a expressão indiferente do loiro.

– Digo o mesmo... Gaara está muito ocupado divulgando a empresa e tentando passar a imagem de “grande fodão” então eu estou sobrando.

– Típico da parte dele. – Ino murmurou entre dentes.

– Meu Deus! Já faz de um ano e vocês ainda se odeiam? – Naruto perguntou um tanto surpreso, não via sentido de ainda manterem tanta amargura um pelo outro.

– Não se meta idiota. Se me der licença, sua namorada acaba de chegar. – Ino apressou seus passos para a morena parada em frente ao pai e ao primo com um curto vestido preto com um cinto marcando sua cintura fina, os brincos de Alexis Bittar regados a diamantes cinza com um anel em diamantes brancos e ouro branco, com seus cabelos presos em uma trança clássica.

Assim que os fleches cessaram Hinata apressou seus passos ao encontro de Ino.

– Está linda. – Hinata murmurou baixo em um meio sorriso.

– Devo dizer o mesmo de você... – Ino disse alegremente – Não se preocupe é refrigerante. – Ino murmurou em um meio sorriso quando fitou o olhar vago de Hinata para o bar.

Hinata se manteve calada e apenas sorriu. Aquilo havia a aliviado de alguma forma, mas sabia que seria difícil para Naruto com as inúmeras taças de champanhe que rondavam o salão.

– Sabe alguma coisa sobre a garota de Sasuke? – Hinata desviou lentamente seus olhos da mesa do bar para Ino.

– Sim... Mas do que pensa.

Hinata arregalou seus olhos por alguns momentos, mas então sorriu. Aquela definitivamente era Ino, costumava saber coisas muito antes da imprensa.

– Eu a conheço, mas não posso dizer muita coisa, por que tem certas moscas rondando a área por informações. – Ino sussurrou.

Não era segredo que aquele salão da galeria de arte de Tóquio estava completamente lotado de jornalistas impacientes e loucos para saberem a resposta de quem era a garota de Sasuke.

– Dê as informações básicas.

– Dezessete, bonita, bolsista e ingênua.

– Já entendi toda a história. – Hinata murmurou. Aqueles eram os alvos básicos de Sasuke, não era segredo algum que essas eram as primeiras que ele procurava.

– Vou apresenta-la a você. Vai gostar dela. – Ino disse em seguida.

– Vou adorar conhece-la, afinal, ela fara parte das empresas agora. – Hinata sorriu.

– Ela vai fazer mais parte do que isso agora. - Ino murmurou - Vou ter trabalho em mostra pra ela todas as regras necessárias nesse lugar que vivemos.

– E não são nem um pouco fáceis. Será de grande ajuda a ela se a ensinasse como se portar e evitar sair em primeiras páginas de tabloides e revistas... Se bem que conhecendo bem Fugaku, ele deve ter feito Mikoto cuidar desses detalhes.

Ino desviou seu olhar para porta quando fitou Mikoto e Fugaku dando os primeiros passos para dentro.

– Eles chegaram. – Ino murmurou baixo.

Em questão de segundos os olhos de todos estavam focados para a entrada. Fugaku entrou de forma graciosa ao salão com seu braço junto ao de sua esposa.

Logo atrás Itachi subiu de forma solitária as escadas e teve seu rosto fotografado diversas vezes pelas máquinas.

E então os olhos olharam curiosos, para o moreno subindo lentamente as escadas, com seus braços juntos ao de uma menina de cabelos rosados com o rosto vermelho.

Os fleches começaram de forma descontrolada. Tentando pegar todos os movimentos possíveis que Sakura e Sasuke fizessem.

– Não acredito! – Hinata desviou seu olhar da entrada para Ino- Ela está com o ultimo lançamento da GUCCI! O Petal Print Cotton Asymmetric Dress! Eu queria tanto esse vestido! – Ino disse rapidamente cada palavra que apenas fez Hinata rir baixo.

Aqueles ataques de Ino eram completamente normais, já que ela vivia ao meio de Chuo no distrito de Ginza*, correndo em meio de loja em loja procurando pelos últimos lançamentos das coleções.

Os olhos de Sakura piscavam de forma descontrolada, nuca vira tantos fleches em toda a sua vida, seu corpo se virou em direção ao ombro de Sasuke com os olhos apertados, aquilo estava começando a fazer seus olhos lacrimejarem.

Sasuke fitou a ação de Sakura e virou seu rosto para o segurança, que andou passos à frente fazendo os fleches cessarem completamente.

Sasuke desceu seus lábios no ouvido de Sakura e murmurou baixo.

– Se lembra da história?

Sakura acenou rapidamente sua cabeça. Eles haviam se conhecido em uma de suas viagens e estavam tendo um relacionamento à distância até pouco tempo atrás, até que Sakura veio para Tóquio há alguns meses atrás, na esperança de que o relacionamento desse certo. Nesse intervalo de tempo ela acabou engravidando e então decidiram construir uma vida juntos.

Havia passado horas decorando toda a história que Sasuke havia lhe passado e treinado em frente ao espelho sorrisos e olhares afetivos. Estava querendo deixar isso o mais convincente possível.

Sasuke foi a guiando ao meio do salão, onde ambos foram passando por um grande rio de olhares. Aquilo era esquisito. Era esquisito ela estar usando um vestido importado, um sapato de mais de setecentos e cinquenta yenes* e joias de ouro regado a diamantes. Aquela roupa custava mais que um salário de muitos por ai. Aquilo era definitivamente algo estranho que ela não imaginava que fosse acontecer em toda a sua vida.

Seus olhos olhavam curiosos os rostos centrados de todos os presentes naquele salão, pareciam que apenas em olha-la sabiam toda a sua história de vida. E aquilo era definitivamente algo assustador.

– Aquele ali é um cara muito irritante, então não fique perto dele ao menos que não tenha escolha. – Sasuke murmurava baixo em seu ouvido enquanto eles caminhavam ao meio das pessoas, sua boca estava cravada em um sorriso forçado enquanto ele falava – Aquele cara, só fica falando da porcaria do lustre e da história do museu é entediante.

Sasuke ergue seu corpo quando fitou algumas pessoas se aproximando rapidamente.

– Quem diria que se arrumaria com alguém, não é mesmo, Sasuke? – a senhora de cabelos um tanto grisalhos disse em um meio sorriso – Sou Ayako Hayashi, muito prazer em conhecê-la minha jovem... Desculpe, mas qual seu nome?

Os olhos de Sakura se abriram assustados. Ela estava mesmo falando com uma das ministras do governo de Tóquio.

–Sakura... Sakura Haruno. – sua voz mostrou todo seu nervosismo em estar cara a cara com uma das pessoas mais importantes de Tóquio.

–Você é uma garota bastante simpática. – Ayako disse abrindo um singelo sorriso – Demorou em colocarem você na ordem, mas valeu a pena, Sasuke.

– Minha jovem, você pinta o cabelo? Impossível alguém nascer com o cabelo rosa! Pelo menos na minha época! Eu não deveria duvidar de nada, já tem jovens fazendo coisas que eu nem sabia que existiam!– uma senhora disse de forma engasgada.

– Chiyeko deixe a garota em paz! – Ayako advertiu baixo – Se nos dão licença.

– O que ela tem contra o meu cabelo? – Sakura murmurou baixo fitando os murmúrios da senhora andando a frente junto a Ayako Hayashi.

– Ah, ela reclama de tudo. Mas também rosa não é uma cor muito comum se me permite dizer. – Sasuke murmurou em seguida, com um pequeno sorriso surgindo em seus lábios.

– Cala a boca.

Sasuke tornou seu sorriso se tornar uma pequena linha reta em seus lábios, prosseguiu sua pequena caminhada com Sakura. Ela ainda tinha muitas pessoas para ver em pouco tempo.

Quando finalmente a atenção se dissipou, Sasuke seguiu com seus passos ao meio do salão. Seus passos seguiram em direção a alguns rostos que já eram conhecidos para Sakura. Seus braços se desgrudaram do dela, enquanto se erguiam e pegavam uma taça e champanhe e se reunia com o pequeno grupo de adolescente.

– Você se acostuma depois de um tempo. – Ino disse assim que o circulo estava fechado – Ah! Sakura, essa é Hinata Hyuuga, a prima do Neji.

– Ah! Oi... – Sakura disse um tanto tímida, já não sabia com quem deveria agir normalmente ou fingir, então suas atitudes seriam imparcial com qualquer pessoa.

Hinata deu um sorriso em troca.

– Bem o idiota do Naruto você meio que conhece e o ignorante do Gaara também... Então acho que apresentações além de Hinata são desnecessárias.

– Não consegue ser nem um pouco gentil em um ambiente público? – Gaara murmurou.

– Cale sua boca, seu... – Ino mordeu o lábio inferior, não terminaria o que queria realmente falar.

– Isso está ficando interessante, continue Ino. – Sasuke riu antes de colocar em seus lábios a taça de champanhe.

– Fique na sua, Uchiha.

Ino cruzou os braços contra o peito, o que apenas fez Sasuke se divertir mais com a cena, Ino com suas birras e ataques era um grande show que era cômico presenciar.

– Sasuke-kun... – Hinata murmurou baixo – Seu irmão.

Sasuke virou um pouco seu corpo quando Itachi se colocou entre ele e Gaara.

– Pegue-a e a leve para dançar. Não tem muito tempo hoje para ficar com seus amiguinhos, tem que parecer que se conhecessem o bastante. – Itachi tomou a taça de sua mão então afastou seus passos do pequeno grupo.

Sakura suspirou baixo. Só queria se manter longe do foco por mais alguns segundos, mas tanto suas ações quanto as de Sasuke estavam sendo comandadas por Fugaku. Podia sentir os olhos negros os observando em todos os mínimos segundos que passavam.

– Quer dançar? – Sasuke disse um tanto indiferente, estendendo sua mão.

Sakura não se deu ao trabalho de responder apenas depositou sua mão sobre a dele, e a acompanhou seus passos em meio à pista de dança. Sentiu-se mais confortável quando viu que não seriam os únicos a dançarem.

Uma das mãos de Sasuke descaçaram em seus quadris enquanto a outra segurava sua mão, alto. A mão de Sakura deslizou em seu ombro e permaneceu lá, enquanto a outra se encontrava junta a de Sasuke.

Sasuke começou a guia-la ao meio do salão ao ritmo que a música permitia. Os olhos verdes de Sakura fitavam as linhas finas acima de seus olhos enrugadas, deixando sua expressão um tanto fechada. Não era tão fácil fingir. Era complicado, trabalhoso e cansativo, criar um sentimento ilusório ao meio de tanta mágoa que Sakura tinha em seu corpo não era algo simples. Perguntava-se se quando Sasuke havia a beijado pela primeira vez ela realmente havia sentido alguma coisa de verdade. Mas nada vinha, parecia que ela também havia excluído essa memória de sua mente.

– Não é tão fácil, não é? – Sakura murmurou baixo.

Sasuke abaixou um pouco seu olhar fitando o rosto delicado de Sakura.

– Estou acostumado com isso. Fingir ser feliz... Fingir se torna algo simples com pratica.

– Por que é assim? Quero dizer, por que tanto fingimento, por que...?

– Sakura... Esse mundo perfeito que você acha que eu vivo, não é perfeito. É sombrio, devastador. E ele pode destruir você mais rápido do que pensa. Mas eu já não me importo se vou ser destruído o ou não. Talvez por isso, não consigam me destruir mais.

Sakura fitava seu rosto com um pouco mais de curiosidade que antes. Tinha tanta amargura em sua voz, que ele parecia esconder o que realmente mais incomodava.

– E você se tornou um frio, metódico e arrogante por que se fechou do mundo?

– Você não me conhecesse Sakura. Ficaria surpresa em saber quem eu realmente posso ser... Talvez seja a primeira a ver... Por causa do nosso filho.

– Sabe que pode simplesmente estraga-lo por ser quem você é agora?

A música cessou e então Sasuke se afastou de Sakura. Sua expressão agora era a mesma do inicio da dança. Fechada, centrada.

– Estava demorando...

Sakura permaneceu cruzou os braços contra seu peito enquanto fitava os passos de Sasuke andando lentamente ao meio do salão.

Já se via completamente soterrada ao meio das mentiras.

O ressentimento falava mais alto, e não vinha mais esperança em poder amar Sasuke agora, não do jeito que ele era agora.

Frio. E esmagando seu coração. Mas tinha que confessar, agora ela esmagava o dele.

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To Be Continued...

Notas adicionais:

1ª - Abe Hiroshi – ator japonês.

3º - Roupa Ino - http://www.polyvore.com/un_baiser_plus/set?id=38180931

4º - Roupa Hinata – http://www.polyvore.com/un_baiser_plus/set?id=38180307

5º - Roupa Sakura - http://www.polyvore.com/un_baiser_plus/set?id=38181437

6º - Smoking - http://www.homemnamoda.com.br/wp-content/uploads/2011/06/uau.jpg

7º - Yenes – moeda japonesa

8º - Museu Nacional de Tóquio (salão da festa – entrada-) – http://avidaeaobra.files.wordpress.com/2008/02/museunacional.jpg?w=460

9º - Chuo,Distrito de Ginza – distrito de comércio (produtos de grifes, importados, utilitários, mercado de peixes) em Tóquio.