Un Baiser Plus escrita por H_S


Capítulo 11
Capítulo 11 - Tears, Marks and Guilt


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, temos aqui mais um capítulo para vocês, gostaria de agradecer a todos pelos comentários e em especial a Daissa que deu a primeiro recomendação da fic. Muito obrigada viu - dei gritinhos estéricos quando vi a recomendação-! =)KKK Bem, então quem achar que a fic merece, pode recomendar que eu não acho ruim. kkk
Bem, esse capítulo posso dizer que, pessoalmente, acho que é o mais tenso de todos.
O capítulo não foi revisado, então se tiver algum erra muito feio, pedimos desculpas.
Acho que não estou esquecendo de nada... Então para finalizar quem gosta de ouvir com música recomendamos as seguintes:
1º - http://www.youtube.com/watch?v=a2ViIPwFEdY&ob=av2e
2º - http://www.youtube.com/watch?v=VT1-sitWRtY&ob=av3e
Sem mais delongas, Boa Leitura.



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Un Baiser Plus

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Capítulo 11

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Tears, Marks and Guilt

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"A vida é uma série de escolhas, uma combinação de momentos pequenos, que adicionados a grandes momentos, tornam você quem é."

Glee

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Não estava acreditando no que acabara de ouvir. Jamais ouvira isso de uma garota e ela não seria a primeira.

– O que? Você tá de sacanagem com a minha cara? – perguntou Sasuke surpreso, querendo apenas confirmar a situação. Queria realmente entender que ela havia colocado as palavras “estou” e “grávida” na mesma frase se referindo a ele.

Sakura permanecia seria e quieta, olhando para o chão do carro, e levantou o teste para que Sasuke pudesse confirmar o que duvidava. Tentava não deixar claro sua vergonha e decepção com sigo mesma, mas do que já dominava seu corpo naquele momento.

Ouviu uma risada e Sakura levantou os olhos, agora completamente assustados, para o rosto imparcialmente indiferente de Sasuke. Ele tinha noção do que ela havia acabado de dizer? Era algo sério demais para ele ser completamente indiferente.

Aquilo era sobre um filho, uma criança, não qualquer coisa descartável ou que ele pudesse simplesmente se livrar.

– Acha que eu vou acreditar nisso? – apontou para o teste. – Eu conheço o seu tipo... O tipo que transa com um garoto rico e fica grávida, apenas para dar o golpe da barriga. Está cheio de garotas como você por ai... Devia ter desconfiado. – Sasuke murmurou as palavras finais.

Sakura o fitou, sua expressão estava completamente incrédula. Nunca faria isso, jamais. Era uma garota, com todos os defeitos, que tinha respeito e não faria algo assim. Teve uma educação mais que digna aquilo era uma completa ofensa não só para ela, mas também para seus pais.

– Acha que é o golpe da barriga? –Sakura deixou claro toda sua indignação em sua voz, era devastador estar sendo acusada de forma tão cruel como aquela, era o filho dele – Acha que eu faria algo assim?!

– Provavelmente... – foi à única resposta que recebeu.

– Realmente não me conhece, Uchiha. Eu nem mesmo queria ter transado com você! Eu estava completamente bêbada e você claro teve que se aproveitar disso!

– Era esse o seu joguinho o tempo todo? Se fazer de difícil pra no final me chegar com essa? Acha que eu vou assumir alguma coisa?– cuspiu as palavras sem piedade. – E não há provas de que essa criança é minha, ou que realmente você está grávida.

– Acha que eu mentiria sobre isso? Eu posso fazer um teste de gravidez na sua frente para você realmente ver se eu estou mentido!– Sakura agora sentiu seus olhos arderem. – Eu seria uma idiota, patética se eu mentisse sobre isso, afinal, quem é que quer ter um filho em plena adolescência? Eu não quero! Ninguém quer!

– Apenas uma garota que não tem nada na vida e precisa muito de ter...

As palavras de Sasuke foram como facadas. Era completamente humilhante, ele estava a diminuindo em todos os aspectos possíveis.

– É seu filho... – Sakura murmurou – Mas como você não liga muito menos para isso... – sentiu um grande nó em sua garganta - Não precisa me procurar.

Sua mão foi em direção à porta, mas a ultima fala de Sasuke a impediu completamente.

– Por que eu iria te procurar?

Sakura fechou levemente seus olhos, sentindo as lágrimas finalmente descerem por seu rosto novamente, aquilo era destruidor.

– Tem razão... Não há motivo para você me procurar. – disse por fim, abrindo a porta e saindo, fechando-a logo em seguida com força, apenas para descontar a sua raiva.

As lagrimas caiam agora com mais intensidade. O que seria de Sakura Haruno agora? A órfã grávida? Que perdeu absolutamente tudo que considerava importante na sua vida para simplesmente a arruiná-la ainda mais? Não se tratava de apenas ficar com a criança, ela tinha que considerar a realidade, tinha dezessete anos, não tinha nada além de roupas ou coisa do tipo. Estava completamente sozinha.

Mas o que mais a assustava nesse momento eram as consequências. Ela sabia que seriam grandes demais até para ela conseguir aguentar.

Começou a andar, sem rumo, apenas para onde seus pés a levassem e para onde ela conseguisse um pouco de razão naquele momento.

–-----X-----

A mansão Uchiha se encontrava completamente iluminada.

A sala de jantar era ocupava em um encontro amigável entre os magnatas dominantes de Tóquio. Minata Namikaze, Hiashi Hyuuga, Inoichi Yamanaka e Sabaku no Gaara, contando com a presença da família Takahashi, uns dos escolhidos a fazer parte da junção chamada “folha”.

Naruto se encontrava ao lado de Gaara com o olhar fechado em direção à namorada, não era comum ter uma espécie de desentendimentos e brigas entre Naruto e Hinata, aconteciam muito raramente, mas quando aconteciam tanto ele quanto Hinata agiam de forma irredutível.

Gaara tinha seu olhar um tanto cerrado para a ex-namorada, que parecia apenas retribuir o mesmo olhar frio, definitivamente lembrar o passado era algo um tanto complicado para ambos.

Neji encarava a cena com indiferença, ele nem queria estar presente ali para inicio de conversa, assim como Temari e Kankurou, que apenas estavam ali em apoio ao irmão.

Fugaku encarava os sócios de forma amistosa enquanto trocavam conversas sobre as bolsas e custos pendentes que a empresas estavam dividindo.

Mikoto encarava a cena com um pequeno sorriso no rosto, era bom receber muitas pessoas em casa, lembrava sua infância. Seus olhos pararam sobre o rosto vazio de Itachi e então seu sorriso se desfez e um suspiro alto saiu de seus lábios. Faria tudo possível para poder ver Sasuke ou Itachi sorrindo como antes.

Sasuke. Como sempre, estava mais atrasado que o normal. Sempre que seu filho demorava a chegar, sempre sentia um aperto em seu peito. Tentava não pensar em possibilidades como uma overdose ou até mesmo um acidente de carro. Não suportava nem mesmo pensar nessas possibilidades, por mais irresponsável que Sasuke pudesse ser, ele era seu filho e ela o amava mais que qualquer coisa em sua vida.

Mikoto fez um breve sinal com as mãos, chamando a atenção de Itachi, que se ergueu e andou lentamente até sua mãe.

– Querido, ligue para seu irmão e certifique que ele está próximo ele está muito atrasado.

Itachi acenou lentamente com a cabeça e então prendeu os botões de seu paletó antes de seguir com os passos para fora da área de jantar. Seu pai acompanhou sorrateiramente seus passos e então seus olhos caíram sobre Mikoto, entendia muito bem o que ela havia pedido para Itachi fazer.

Itachi parou brutalmente seus pés quando ouviu um grande baque na porta da frente.

“Adora chamar a atenção...” – sua mente praguejou.

– Sasuke- san, seu terno já está devidamente passado para a noite de jantar que seus pais organizaram todos já estão a sua espera.

–Não vou ficar hoje.

Mikoto ouviu a pequena conversa que acabara de ocorrer não deixaria Sasuke sair de casa hoje com um humor aparentemente instável.

– Se me dão licença. – Mikoto murmurou se levantando e andando com passos apressados em direção ao salão principal da casa – Itachi, vá se sentar com os outros eu resolvo.

Disse sobre os ombros para o filho mais velho ainda parado no meio da sala de jantar.

Andou rápida com seus passos pela casa e fitou o filho indo em direção à porta com uma mochila em suas costas.

– Sasuke! Não vai sair dessa casa, vai ficar aqui.

Sasuke suspirou baixo e virou seu corpo para sua mãe, estava demorando alguém vir interferir.

– Mãe... Eu só fico aqui por que você insiste muito para isso acontecer, e isso não vai adiantar dessa vez.

Suas mãos desceram na maçaneta da porta a preparando para abri-la.

– Uchiha Sasuke, tem dezessete anos, não vinte e sete. Trate de parar com essa rebeldia e vá para cima se apronte e desça para o jantar temos visitas. – Mikoto disse completamente séria e autoritária, ele já estava passando dos limites.

Sasuke abriu sua boca para argumentar, mas antes que pudesse dizer algo, Mikoto foi mais rápida.

– Vá logo.

Sasuke cerrou seu olhar para a mãe, mas não queria discutir agora, estava com sua cabeça a mil com Sakura e o fato de estar grávida.

Voltou seus passos para a escada e foi as subindo lentamente, ouviu o pequeno aviso da mãe para os presentes daquele estupido jantar.

Andou diretamente para seu quarto e retirou sua roupa sem hesitar, colocou seu corpo debaixo da ducha fria que seu chuveiro despejava.

Sua cabeça encostou levemente contra o azulejo do banheiro.

Não deveria ter dito o que disse. Havia humilhado completamente, e sabia muito bem disso. Do pouco que conhecia sobre Sakura, ela era uma completa moralista, engravidar de proposito não seria seu grande objetivo na vida. O que mais o irritava é que havia sido sua culpa, se tivesse feito às coisas do jeito certo tudo isso teria sido evitado, mas ele tinha que ter se aproveitado.

Suas mãos se cerram em punhos e bateram contra a parede.

Não queria um filho, pelo menos não agora. Aquilo acabaria com a empresa, mas ele não ligava para isso, ligava para o fato de que não tinha capacidade para ser um pai que aquela criança mereceria, o dinheiro poderia vir de forma fácil, mas o amor não. Deveria ter acreditado em Sakura, ele sabia que era verdade.

Mas confiança fora uma das coisas que ele perdeu com o tempo. Assim como a vergonha que lhe faltava na cara.

Só torcia para que isso não se espalhasse. A última coisa que precisaria era milhares de revistas expondo uma adolescente grávida de um dos magnatas dominantes de Tóquio.

Apesar de que em algum momento, por mais cuidadosa maneira que isso fosse tratado, ele sabia muito bem que todos conheceriam o rosto dela.

Apenas por um deslize.

[...]

O jantar ocorria sereno e pacifico. Era apenas atrapalhado por pequenos detalhes.

As “nuvens negras” que cercavam Naruto e Hinata.

Hinata tinha seus olhos cerrados para Naruto, tentava digerir o fato de ele ter resolvido inventar uma mentira dizendo que estava indo para uma das reuniões típicas das empresas enquanto na verdade, estava indo rever velhos amigos da sua fase de “rebeldia extrema”, como gostava de chamar a época onde Naruto era um viciado alcoólatra.

Na verdade, não se importava se ele estava indo rever amigos ou indo a uma reunião de negócios, o que realmente a incomodava era o fato dele ter mentindo. Poderia parecer fútil ou idiota, mas não gostava de mentiras, principalmente quando partiam de seu namorado, que sabia muito bem disso.

Naruto tinha a boca um tanto cerrada, os olhares constantes de Hinata estavam o irritando, mas o matando também. Ainda tentava lembrar realmente qual o fora o motivo para ele ter mentido para ela, mas isso não importava muito no momento, ele realmente só queria arrumar as coisas com ela e parar com esse pequeno “cabo de guerra” que estava ocorrendo entre os dois.

Naruto se lembrava da primeira que vira Hinata, estava completamente bêbado agiu como um completo idiota, aquela época seu pai e Hiashi haviam grandes desavenças envolvendo as empresas Namikaze/ Uzumaki e Hyuuga, o que apenas havia aumentado com essa cena. Havia se prometido no primeiro momento que vira seu rosto que pararia com tudo que fosse apenas para vê-lo novamente, por mais difícil que fosse ainda mantinha sua promessa, apenas para ver o sorriso de Hinata todos os dias. Seria devastador pensar em alguma possibilidade de Hinata com alguma outra pessoa, ele já a considerava tudo na sua vida.

– Se me derem licença, vou até o toalete. – Hinata anunciou brevemente recebendo alguns acenos de cabeça e então se ergueu da mesa seguindo seus passos ao meio do corredor.

– Também... Preciso ir. – Naruto disse rapidamente, ele apenas queria conversar e convence-la que aquela briga era ridícula.

Recebeu os mesmos acenos de cabeça e então apressou seus passos para que alcançasse os de Hinata.

Naruto pegou seu braço rapidamente a puxando para dentro do quarto mais próximo.

– O que...?! – Hinata começou, mas foi impedida de falar.

– Olha, Hinata, me desculpa, eu também não sei por que mentir, acho que pensei que não gostaria de me ver reencontrado amigos passados.

– Naruto... Você me disse que isso havia acabado e eu acredito em você. Mas sabe que eu odeio quando mente para mim! Não tem motivos para fazer, lhe conto tudo só peço a mesma sinceridade.

– Desculpe! – Naruto suspirou, colocando suas mãos no rosto de Hinata – É que... Eu sou tão idiota. Eu sei que sou, mas acho que merece coisa melhor, e opções não faltam, mas não quero perder você... Não quero voltar a ser o que eu era antes.

Hinata encarava aquelas imensidões azuis que eram os olhos de Naruto, apenas algumas palavras e ele a tinha na mão, era uma das coisas que mais detestava a e amava nele ao mesmo tempo.

– Tudo bem... Mas se fizer de novo – Hinata advertiu – Garanto que não será tão fácil.

Naruto deu um sorriso mostrando seus dentes brancos e aproximou lentamente seu rosto do de Hinata roçando seus lábios no dela.

As mãos de Hinata subiram sobe seu pescoço timidamente se envolvendo nos cabelos loiros desgrenhados. Naruto colidia seus lábios com os dela tornando o beijo mais ardente.

Hinata desceu suas mãos para seu ombro separando seu rosto do de Naruto e ficando alguns centímetros á sua distância.

– Eu amo você, Naruto... Só não estrague tudo, por favor.

Naruto a puxou para mais perto, a abraçando, e colocando seus lábios no topo de sua cabeça.

Ele estava decaindo. Tudo começou com uma mentira.

Que no final, não sobrou nada. Apenas culpa e ressentimento.

[...]

Ino tinha seu corpo apoiado à sacada principal da mansão Uchiha, seus lábios rosados colados encarando a paisagem vazia de casas exuberantes, árvores balançando de forma inconsistente e nos carros blindados e de ultima marca circulando ao longo das ruas.

Era difícil estar sempre e constantemente nos mesmos ambientes de Gaara, pior era mostrar sua indiferença. Ela realmente se importava com ele.

Esteve presente nos momentos de reabilitação até o momento que soube da morte de seu pai, mas depois disso as coisas foram morrendo e se dissipando, ele se tornando distante e então ela realmente percebeu que havia acabado.

Ela o amava... Chegou a crer que ele também... Sentiu-se finalmente amada por alguém na mesma intensidade que ela amava, mas como sua mãe sempre avisava tudo precisa ter um fim na vida. Não acreditava nisso, até realmente viver a base dessa frase. Parecia uma espécie de carma que ela havia jogado sobre seu corpo, já que tudo parecia sumir toda vez que ela tocava.

– Noite agradável. – seu rosto se virou lentamente e fitou o ruivo, com as mãos nos bolsos, com o mesmo rosto indecifrável de sempre.

– Estava até você aparecer aqui. – Ino disse brutalmente erguendo seu corpo e então virando seu olhar para o ruivo imóvel, com os braços cruzados em um terno executivo Calvin Klein.

Gaara apertou seus olhos e uma ponta de raiva invadiu seu corpo.

– Por que simplesmente não para de agir como uma criança mimada?

– Criança mimada? – Ino repetiu incrédula – Pelo fato de eu não estar babando litros a cada passo que você dá isso me torna uma criança mimada?

– O que quer dizer com babar litros? – Gaara perguntou confuso, ele não via sentindo naquilo – O que eu estou dizendo é por que sempre tem que me provocar, como uma criança! – Gaara disse rispidamente.

– Não se faça de idiota Gaara! Você começou com isso.

– Comecei com o que? Agora eu comecei por que eu não via futuro naquilo? – Gaara gesticulou levemente com sua mão, completamente exaltado.

Ino o encarou por um breve momento.

Naquilo? Aquilo era o que eu tinha para dar em troca! Sabe, Gaara, eu passava dias, horas, a seu lado quando você se tornou um alcóolatra agressivo, eu estava lá quando seu irmão e sua irmã estavam ocupados demais para te dizer “Oi” ou “como andam as coisas?”! E você vem me dizer que não via futuro naquilo?!

– E todas as outras vezes que precisei de você?! Você simplesmente fugiu!

– Você me afastou! Gaara... Você estragou tudo!

– Eu?! Eu só queria ficar com você Ino, nada mais!

– Eu dei tudo para você! De todas as formas possíveis, e nunca parecia suficiente.

Ino sentiu seus olhos arderem, havia chorado uma vez em toda a sua vida por um cara, e fora por Gaara e todas as noites mal dormidas que já sofreram foram por ele.

– Mas... Isso não importa mais. – Ino murmurou em seguida – Se me da licença.

Gaara segurou lentamente seu braço antes de Ino poder passar.

– Três palavras. – ele murmurou.

– Eu já as disse muitas vezes... Diga você dessa vez.

A mão de Gaara caiu contra seu corpo. E ela havia ido embora novamente.

–-----X-----

Sakura tinha seu olhar fixo para a parede.

A única que desejava agora era seus pais. Não sabia como reagiria, estariam decepcionados a ponto de mata-la ou decepcionados a ponto de ajuda-la a tomar uma decisão certa? Ou simplesmente decepcionados?

Seus olhos desceram para sua barriga completamente lisa, seus olhos se ergueram cautelosos segurando as lágrimas que ameaçavam cair. Já havia chorado demais apenas naquela tarde, e ela sabia que aquilo não estava ajudando em nada.

Tinha uma criança no meio de sua vida agora, não tinha ideia de como poderia lhe dar com isso. Ela teria dinheiro o suficiente para comprar roupas? Comida? Levá-lo a passeios? Pagar uma escola? Teria amor suficiente para dar? Carinho? Saberia deixar todas as suas frustações de lado e não trata-lo como um grande erro em toda a sua vida?

Não sabia. Já não sabia mais o que fazer. A única pessoa com quem esperava um pouco de compreensão por mínima que fosse já havia virado as costas.

Como poderia virar para uma criança e dizer que seu pai simplesmente não a quis? Não saberia como dizer isso a ninguém.

Sakura pousou sua cabeça em suas mãos.

Ela mal sabia cuidar de si mesma, como cuidaria de um recém-nascido? Teria que abandonar todos seus outros sonhos, expectativas para pelo menos realizar a de uma criança.

Ergueu lentamente sua cabeça e então a apoiou contra a parede.

Ela realmente queria a mão de tudo? Aquilo poderia soar egoísta, afinal era um filho seu em seu ventre, mas estava disposta a abandonar tudo que precisasse para proporcionar uma boa vida a alguém que ela nem mesmo saberia se conseguiria?

– Sakura... – seus olhos se ergueram alarmados para a porta, não havia dito nada desde que chegara e havia subido as escadas com um rio de lágrimas. Poderia ser idiota, mas sentiu seu corpo gelar apenas com a possibilidade de terem desconfiado de algo. Viu seu corpo relaxar quando viu que era apenas Shikamaru – O que está fazendo?

Shikamaru fechou a porta e andou em direção à cama de Sakura, onde ele se deitou, meio sentado, na direção oposta que ela estava.

– Apenas pensando. – Sakura tentou soar o mais natural possível, mas sua voz saiu de forma um tanto triste de seus lábios.

– Não está passando por algumas daquelas crises de adolescente de quinze anos, certo? – Shikamaru perguntou erguendo uma de suas sobrancelhas.

Sakura deu uma leve risada.

– Não... Eu já as tive há dois anos.

Shikamaru riu com a própria piada interna, mas logo sua expressão se tornou séria. Independente de Sakura ser apenas sua prima, ele a tratava como uma irmã e sabia muito bem pela constante convivência com mulheres complicadas, Temari e sua mãe, quando uma garota estava escondendo alguma coisa.

– Ok. Isso pode soar estranho, mas o que você está escondendo? Se precisar falar com alguém, eu não tenho nada para fazer.

Sakura abriu um singelo sorriso, seria bom desabafar, confiava em Shikamaru, sabia que ele preservaria isso.

– Eu tive apenas algumas decepções frequentes.

Sakura balançou sua cabeça e então abraçou o primo fortemente quando as lágrimas começaram a descer pelo seu rosto. Shikamaru ficou sem ação, ele havia perdido alguma informação? Por que ela chorava?

– Eu estraguei com a minha vida! Deveria ter ouvido você! Eu fui estupida me desculpa!

Shikamaru afastou Sakura e então a segurou pelos ombros a fitando com a expressão confusa.

–Sakura! Hei! Espera, por que está chorando para inicio de conversa? Está se desculpando por quê? – Shikamaru perguntou completamente confuso, não estava entendo absolutamente nada.

– Eu cheguei a acreditar que Sasuke pudesse ser diferente, mas ele não pode! Eu estou grávida, Shikamaru! Isso que aconteceu!

A expressão de Shikamaru se abriu em um grande choque ela realmente havia acabado de dizer o que ele tinha acabado de ouvir.

– Pera... Pera ai... Você disse... Você está grávida de Sasuke Uchiha?! Você... Kami-sama! Minha mãe vai… Matar você! Ela vai, sei lá, cortar você em pedaços e juntar de novo e de novo fazendo a mesma coisa novamente e ai tirar cada parte do seu corpo e arrancar tudo e...

– Shikamaru! – Sakura tentou parar com o pequeno surto do primo da melhor forma possível, já bastavam seus sentimentos conturbados.

– Você sabe o que significa? Sakura, isso é uma criança, como vai cuidar de uma criança?

– Eu não sei! Eu... Simplesmente não sei Shikamaru. – Sakura suspirou. A única opção que agora rondava sua cabeça era a que mais a assustava e intimidava.

– O que pretendendo fazer?

Sakura juntou suas pernas e as apertaram com força, seus olhos se fecharam brevemente enquanto ela murmurava as palavras.

– Estou pensando em aborto.

– Isso é algo muito sério, estaria interrompendo toda a gravidez. Tem realmente certeza disso?

Sakura balançou a cabeça negativamente, ela já não tinha certeza de mais nada.

– Deveria consultar Sasuke antes de qualquer decisão. – Shikamaru disse em seguida.

– Ele disse claro e em bom som que não que isso não era um problema dele. – Sakura disse entre dentes.

– Sakura... Vocês têm dezessete anos, não duvido que ele esteja tão assustado como você, eu ficaria. Deveria decidir o que fazer com essa criança os dois, juntos. Afinal são os pais delas.

Sakura fitou o rosto de Shikamaru por alguns minutos.

Não quero ofender, mas é mais fácil falar, acredite. – Sakura desceu seu olhar dos olhos de seu primo.

Ele tinha razão, mas as palavras de Sasuke já davam a resposta de qualquer dúvida, ele não queria a criança.

Talvez nem ela quisesse. Mas era como as falas daqueles filmes adolescentes amorosos... Será possível você sem importar tanto com alguém que você não conhece?

Sim. Por que a ideia de matar aquela criança, por menos desejada que ela fosse era a pior possível.

–----X----

To Be Continued...



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Notas finais do capítulo

Tenso né?? Gostaram?? Espero que sim...
Bem, deixem os comentários de vocês para eu poder saber o que acharam do capítulo ou o que acham da história.
Vejo vocês nos review's. ;)
Kisses and more kisses...
H_s