PDV ELENA

Fixei a mão com força no volante, travando meus dedos ao redor do mesmo. Eu temia olhar para o lado. Qualquer movimento errado não acabaria só com a minha vida como com a de Katherine também. E para mim, ela era mais importante que minha vida, Katherine vivendo, Damon também viveria. Isso era a coisa mais importante.

Katherine era a pessoa mais importante do meu mundo. Junto com Damon trouxeram a minha felicidade de volta. Fizeram com que eu voltasse a conhecer o verdadeiro significado dessa palavra que por muitos anos ficou adormecida no canto mais obscuro de minha própria vida.

- Por favor. – ouvi a voz chorosa de Katherine. – Por favor, não faça nada contra a minha mamãe. – soltou um soluço baixo.

Virei meu corpo com cuidado e sorri um pouco em uma tentativa frustrada de tranquilizar Katherine.

- Olhe para frente. – A voz autoritária de  Klaus falou mais alto e no mesmo instante senti o revólver contra minha cabeça.

- Klaus, pare com isso. – tentei argumentar. – Vamos conversar como pessoas normais.

- Não me diga o que fazer. – rosnou.

- Se não for por mim – sussurrei – faça por Katherine.

Klaus olhou para trás deparando-se com o olhar assustado de Katherine.

- Por favor. – choramingou.

Ele respirou fundo.

- Daqui a 2 km vire à direita. Podemos conversar lá...

- Obrigada. – murmurei e vi Klaus assentir.

PDV DAMON

Olhei para o relógio e suspirei. Eu precisava arrumar um novo emprego o mais rápido possível. O fato é que eu odeio ter que ser sustentado por minha noiva.

Viver em baixo do mesmo teto com Elena foi a melhor coisa que aconteceu desde o nascimento de Katherine.

Ele era como uma fonte inesgotável de luz e de um modo inexplicável conseguia ocupar o lugar de mãe para Katherine. O modo meigo como olhava para a mesma, parecia até que eram verdadeiramente mãe e filha. E isso era bom para Katherine, eu sabia mais do que ninguém como era crescer sem uma figura materna.

Respirei fundo caminhando até a cozinha. Como hoje era segunda-feira, eu estava responsável pelo almoço. Macarrão instantâneo.

A campainha tocou e eu corri até ela para atender.

- Chegou cedo a... – abri a porta. – O que faz aqui Stefan?

- Acho bom você me ouvir... A menos que queira ver sua namoradinha e sua filhinha – ele fez careta – de baixo da terra.

- O que quer dizer com isso?

- Klaus... Arma... Katherine e Elena... Morte. As coisas de sempre. – ele deu de ombros.

Aquelas palavras me fizerem estremecer, eu não conseguia sequer imaginar viver em um mundo onde Katherine e Elena não existissem.

- O que garante que você não está brincando comigo? – resmunguei batendo a porta com força.

PDV STEFAN

- Vai com calma maninho. – segurei a porta antes que ele fechasse. – Acho bom me tratar com educação já que a vida da sua mulherzinha e a sua própria vida estão nas minhas mãos. – cuspi as palavras.

- Não acredito em você. – falou calmamente.

- Isso prova algo? – perguntei sacando a arma de minha cintura e batendo-a rapidamente contra sua cabeça.

Sorri largamente. Segurei o corpo de Damon o carregando com força. Eu havia me certificado que todo o edifício estaria vazio, mas por garantia desci pelo elevador privado.

Joguei Damon com uma força desnecessária no banco de trás do carro e entrei no banco de motorista.

Ouvi o toque baixo do meu celular e o peguei enquanto ligava o carro.

- Por aqui está tudo pronto. – sussurrei.

- Nos vemos daqui a 30 minutos.

- Ótimo. – sorri. – Antes que eu me esqueça, preserve Elena para mim. Quero me vingar do meu irmão em grande estilo.

Eu estava disposto a fazer Damon sofrer tudo o que eu sofri. Nem que para isso eu tivesse que matar Elena e Katherine de uma vez.

A cada segundo que passava a minha vingança estava mais próxima e eu aguardava ansiosamente por ela. Finalmente Damon iria ter todo sofrimento que merecia e o melhor, tudo seria de uma vez só.