Blood, That Will Never Be Enough escrita por Mandoka_chan


Capítulo 4
II (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

post dedicado para my friend Leo.
Nunca ninguém esteve tão animado com o que eu escrevo.
*.* obrigada!
=3



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II.

"This is how we like to do it in the murder scene

Can we settle up the score?"

(É assim que nós gostamos de agir na cena do crime
Nós podemos acertar as contas?)

Give 'Em Hell, Kid.

My Chemical Romance

 

          No caminho até o FBI, nós pegamos um engarrafamento. Eu não conseguia acreditar na minha falta de sorte. Tudo estava dando errado, até a minha própria prisão.

          -- Merda... -- o outro agente, que dirigia o carro, disse razoavelmente tenso.

          -- Calma Brendon, eu vou acionar a sirene... -- disse Ross, e havia um certo carinho em sua voz que me fez ficar imaginando se os dois tinham alguma coisa, ao invés de me preocupar com a minha própria situação.

          Demorou alguns instantes, mas os carros deram passagem entre as faixas para nós. Eles acionaram a sirene, ótimo. Era um apassagem bem estreita, mas ele conseguiu manobrar o carro sem nenhum esforço aparente.

          Tentei processar o que ia dizer sobre a última madrugada, para que quando chegasse o momento eu não ficasse nervosa e esquecesse de tudo. Na verdae, o efeito foi contrário. Algumas lembranças estavam embaçadas, e a única que ainda vinha forte na minha mente era o momento em que o detetive Way aparecia e corria atrás do trio assassino.

          E quando eu o reencontrei, a vontade de estourar os miolos dele voltou.

          -- Acusada, Way? Você é louco? Você me viu fugindo deles! -- eu disse assim que a porta daquela sala fria abriu e ele apareceu.

          -- Quem me garante que você não estava fugindo da cena do crime? Talvez estivesse com medo que fosse pega... -- ele respondeu com um novo tom de voz. Agora, parecendo com aqueles agentes de seriados da Warner, metidos a espertalhões.

           Eu bufei de raiva.

           -- E eu correria exatamente na sua direção? E não dava um jeito de fugir hoje? Parece realmente o tipo de coisa que eu faria?

           -- Essa sua petulância não lhe ajuda em nada, garota... -- ele se sentou na cadeira oposta à minha na mesa. Me olhou com um sorriso divertido -- Você reservou o quarto 483 (n.a: Dannyê, você notou alguma coisa??? huhuhu) no hotel Plaza, em Las Vegas?

            Era o hotel em que eu ficaria com o Josh na nossa lua-de-mel.

            -- Sim...

            -- Então não é tão absurdo assim pensar que você pretendia fugir... -- ele desviou o olhar para alguns papéis que ele segurava -- Quem são Hayley e Josh?

            -- A -- vadia -- minha irmã e o -- filho-da-puta -- meu ex-noivo... -- eu respondi mecanicamente, reprimindo o ódio no meu peito, prestes a me fazer explodir. Aquele cara sabia se fazer de idiota.

            -- Aqui diz que eles tinham um caso... -- ele deu um sorriso sacana.

            -- Cara, e o que isso tem a ver com o assassinato?

            -- Quem faz as perguntas aqui sou eu! - ele retrucou -- Vejamos, você poderia ter ficado pertubada com o que a... -- ele voltou a olhar para os papéis -- Lindsey Way disse naquela noite...Ela e Hayley são muito amigas. Ao que parece, Lindsey foi até você para pedir que dessistisse de vez do Josh -- outro sorriso sacana.

            Uma veia estorou na minha cabeça.

            -- É claro... E depois eu estourei os miolos dela por cogitar tamanho absurdo... -- eu ergui uma sobrancelha. Que tipo de teatro doenti era aquele que o Michael estava representando...?

            -- Isso é uma confissão, srta. Williams? -- ele deu uma risadinha -- Se não, meça suas palavras... -- ele completou, um tanto sério, mas com um olhar divertido.

            Não agüentei.

            -- Vai te fuder, Way! -- eu me levantei de uma vez e a minha cadeira caiu no chão. Aquele jeito prepotente dele era inacreditável.

            -- Finalmente... -- ele sussurrou tão baixo que eu mal ouvi. Deu um sorriso vitorioso e ficou de pé. De repente, uma presença estranhamente familiar completou a pequena sala. Parecia a mesma da última noite, quando ele chegou no beco.

            Ao invés de sentir medo ou desespero, parecia que os meus sentido tinham ficado mais lentos. Eu perdi um pouco do controle sobre o meu corpo e se não fosse a parede atrás de mim,eu cairia no chão.

            Michael se aproximou de mim e se eu não estivesse tão esquisita, juraria que ele tinha cheirado o meu pescoço.

            -- Controle-se Mikey... -- uma voz disse, do teto. 

            -- Eu sei o que eu estou fazendo... -- Michael respondeu e continuou -- Amy Maureen Williams, você está presa por desacato à autoridade pública...Tem alguém que possa pagar a fiança?

            -- O quê? -- eu olhei para ele, mas a minha visão estava embaçada. Eu só conseguia ver seus olhos, agora negros, e o sorriso brilhante nos lábios.

            Pera aí, os olhos deles não eram castanhos?

           -- Agora durma um pouco, Amy... -- eu não me importei por estar em pé. Eu fiz o que ele tinha mandado.


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