Blood, That Will Never Be Enough escrita por Mandoka_chan


Capítulo 3
I (parte 3)


Notas iniciais do capítulo

Post dedicado para kellymcr, matt, anninha, ghostrider, eletrica!!
Obrigada pelos reviews = >
o
ps.: Esqueci de avisar, mas a fic é meio OOC (Out Of Character) =D



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       Aquele Michael Way, quem ele pensa que é? Claro, é um detetive do FBI, o cara mais bonito e também mais estranho que eu já conheci. Mas mesmo assim não podia me tratar daquele jeito.

       Que fim de noite perfeito. Um assassinato, uma discussão, inquérito e machucados. Além de, é claro, pegar meu ex-noivo com a minha irmã.

       Apesar de estar com acabeça cheia, eu sabia que não poderia fugir do fato. Eu ia voltar para o flat e encontraria os dois lá. Prontos para me pedirem desculpas e dizer que não era nada do que eu estava pensando.

       Tá.

       Ou isso, ou voltar para a casa da minha mãe.

       Nem precisei pensar duas vezes quando eu coloquei a chave e abri a porta do flat.

       -- Ah Amy, graças a Deus! -- Hayley pulou do sofá e veio corredno na minha direção -- O que houve com você? Onde esteve?

       -- Hayley, não enche okay? Volta para a cama e termine sua noite perfeita com o Josh. Finja que eu nunca voltei mais cedo do trabalho...-- eu contornei o que seria um abraço e fui até o banheiro.

       -- Não fala assim...-- ela me seguiu e me fez parar, entrando bem na minha frente. -- A gente tem que conversar...

       -- Sobre? Você escreveu uma música nova? Seria..."Eu sou a vadinha do ano", por Hayley Williams -- eu estava começando, começando, a odiar a vontade doentia dela se explicar sobre uma coisa tão simples.

       -- Não se faça de idiota...-- ela me censurou.

       -- E nem você de arrependida...Nós já somos bem grandinhas Hayley...Você transou com o meu noivo e eu saí para encher a cara, e aí? Você não vai interpretar o papel da mamãe agora, vai?

       Eu não senti nada quando vi as lágrimas dela escorrerem pelo rosto. Naquele instante, ela não era a minha irmã caçula. Era a amante do Josh. O que era tão pior quanto.

       -- Você está sendo muito cruel comigo, Amy...Foi um erro, todos erram...

       -- Mas nem todos perdoam. Agora, se você me der lecença, eu vou tomar um banho. O Josh não está lá te esperando, né? -- eu me afastei e fui até o banheiro, sem esperar uma resposta -- Se você for pelo menos um pouco sensata, não fale mais comigo.

       Durante todo o resto da noite, eu ouvi os suspiros dela.

       Parabéns Hayley. Isso se chama culpa. Obrigada por acabar com o que poderia ser um novo começo para mim.

       Depois de tantas coisas que aconteceram naquela noite, eu mal consegui dormir. E por mais que eu quase tivesse morrido e presenciado um assassinato, a única coisa que eu pensava era na imagem do detetive indo embora.

       Minto. Pensei também na Hayley. A minha irmã me perdeu.

                                                      [...]

      O outro dia foi bastante desconfortável. A Hayley andava de um lado para o outro, procurando pelas coisas dela que estavam espalhadas pelo flat.

      Ela própria decidiu ir embora.

      Eu não fiz questão de saber para onde ela iria. Talvez fugisse com o Josh para Las Vegas, aiai. Se o meu corpo não estivesse tão dolorido e a minha cabeça estourando, eu nem estaria lá.

      Por isso, eu não fiquei sabendo exatamente quando ela tinha ido embora. Fiquei na cama o dia todo, sem comer nem nada. As malas para a minha Lua-de-Mel ainda estavam feitas.

      Eu pensei na Lindsey (depois de pensar no Michael) o dia todo. Passei o dia todo sem comer nem nada. O que ela tinha para esconder, se tinha, que era tão importante para os três estranhos lá?

      Mal percebi quando a campainha tocou. E nem se ela já tinha tocado. Eu não fui atender, achando que era o Josh. Mas, ao que pareceu, alguém queria muito me ver, pois tocou a campainha insistentemente.

      Eu abri a porta, por fim, prestes a chutar quem quer que estivesse afim de falar comigo.

      -- Amy Maureen Williams? -- um cara mais ou menos da minha idade, de cabelos castanho-claro e franja caindo sobre o olho direito, estava tremendo de nervoso.

      Eu senti um leve torpor. O cara estava de terno e segurava um par de algemas. Era do FBI.

      -- Ah não! Eu não tive nada com...

      -- Eu sinto muito, eu só cumpro ordens. Mas se você não resistir, eu não vou precisar usá-las -- ele me interrompeu e tentou me acalmar. Mas eu já estava à beira de um colapso.

      -- Merda, aquele desgraçado... -- eu murmurei baixo. Ele pareceu não me escutar e esperava alguma resistência minha -- Eu posso pelo menos me trocar, senhor...

      -- Agente Ross...! -- ele estendeu a mão para me cumprimentar. Mas logo percebeu que eu não ia apertar a mão de quem ia me prender.

      Ele era novato, eu percebi de cara. Pensei se aquele era realmente um bom emprego para ele. E também, se eu quisesse fugir, não seria tão difícil (n.a: ?)

      Mas iria piorar a minha situação (que, até aquele momento, eu não tinha me situado).

      Em poucos minutos, eu estava dentro de um carro do FBI, acusada de ser a assasina de Lindsey Way e com direito de permanecer calada e chamar um advogado do governo se eu não pudesse pagar o meu.

      Era o fim.  


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