Blood, That Will Never Be Enough escrita por Mandoka_chan


Capítulo 24
VIII (parte 3)




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Aquela foi a primeira manhã em que eu acordei bem e feliz, depois da noitada no bar. Três meses já tinham se passado. Era para eu estar no meu último semestre da faculdade, mas não me importava mais com minha formação. Não com o fim da humanidade tão eminente.

   Mesmo que algum possível ato heróico meu nunca seja adicionado ao meu curriculum vitae. É.

   De repente, tive outra visão. Um café da manhã completo e Bill com roupas de chef.

   YES!

   Depois de alguns minutos dedicados à minha higiene pessoal, fui correndo até a cozinha (sim, eles tinham uma). Um cheiro de queimado e fumaça tomavam conta do lugar.

   -- O que aconteceu? -- eu semicerrei os olhos para identificar alguém naquele meio.

   -- O IDIOTA DO MIKEY! ARGH, EU TE ODEIO! -- Bill gritou e Mikey apareceu atrás de mim, me abraçando. Ele não estava com medo, mas preocupado. Eu também estava, Bill tinha seus escândalos, digamos, rosas pink, mas nada como aquilo.

   Ele comeceu a jogar as panelas no chão e uma forma de pequenos blocos queimados deslizou até uma mesa à minha esquerda.

   -- O que você fez, Mikey? -- eu suspirei. Ele me apertou mais ainda e encostou o rosto ao lado do meu, para ver o estrago.

   -- Nada. É só que esses muffins demoravam demais pra crescer, então eu aumentei o fogo.

   -- AUMENTOU? Isso é pouco, seu...seu... -- ele ficou olhando meio bobo para o jeito como Mikey estava comigo, mas não foi o suficiente para acalmá-lo. -- 450ºC não é aumentar, seu burro, é explodir! Mal tive tempo de largar o Tom na cam...EPA! -- ele tampou a boca com as mãos e sumiu.

   -- Sério, tem alguma coisa acontecendo com esses gêmeos. Eu estou profundamente incomadado de ainda não ter descoberto o que é!

   Eu me virei no abraço, e o fitei seriamente.

   -- Você está mesmo me abraçando? -- a ficha tinha caído, finalmente.

   -- É... Acho que sim -- ele me olhou torto e deu um meio alguma coisa com os lábios.

   Coloquei meus braços ao redor do pescoço dele e inclinei meu rosto.

   Quando estavamos prestes a nos beijar, um barulho rompeu pela cozinha e logo havia uma ferida no ombro dele. Ele instantaneamente caiu no chão, me levando junto.    Me virei para tentar descobrir de onde aquele ataque veio, então me deparei com dois vampiros, com as presas à mostra.

  -- Nada mau, Willy! Não acertou a garota e imobilizou o alvo! -- um cara meio latino elogiu, mas não desviou os olhos de mim.

  -- Eu te disse que era bom, Gabriel! Muito bom! -- o tal Willy respondeu, ergueu a mão e uma nuvem azul escura surgiu, pairando sobre ela.

  -- Seria muito inteligente da sua parte se nos acompanhasse, humana! Ou matamos os dois!

  Eu tremia da cabeça aos pés. Meu coração batia muito rápido, o pânico me tomava. Eu só consegui dirigir um olhar para Mikey, ainda inconsciente no chão. Concordei levemente com a cabeça e me ergui.

  Eu iria morrer, era um fato. Eu suspeitei que aqueles dois trabalhavam para o Robert também. Achei que ele decidiu se livrar de um dos sacrifícios antes do fim. Era estranho pensar em como você morreria. Eu só desejei que não sentisse dor e que fosse rápido.

  -- Não tão rápido, sanguessugas do inferno!


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