Blood, That Will Never Be Enough escrita por Mandoka_chan


Capítulo 15
V (parte 3)


Notas iniciais do capítulo

oi genteeeee! O/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/16220/chapter/15

   O ar frio do começo de inverno em N.Y. me fez estremecer. Por toda a rua havia enfeites de natal. Vi algumas crianças correndo na calçada até um Papai Noel.

   Quase tinha me esquecido que existia um mundo do lado de fora daquele apartamento. Aquilo revirou meu estômago, mas eu ainda queria ir para a Starbucks no fim do quarteirão.

   -- Qual o seu pedido? -- a atendente sorriu que eu entrei correndo e cheguei no balcão.

   -- Um frapuccino de morango e creme! -- eu respondi, mas uma voz também falou junto, bem perto de mim.

   -- Um café com leite grande! -- era um cara mais ou menos da minha idade, loiro, parecia estrangeiro. Ele sorriu pra mim.

   -- 7,95. Vão querer pra viagem?

   Eu iria negar o pedido dele, mas o cara puxou a manga da minha camisa, enquanto esperava o troco.

   -- Não conte a verdade. Acabamos de ganhar 10% de desconto pelo pedido duplo em uma quarta-feira... -- ele sussurrou.

   Eu achei bem estranho, mas concordei com o que ele disse. Ficamos lado a lado até que "nosso" pedido chegasse. ele pegou a bandeja e indicou com a cabeça uma mesa de dois lugares perto da porta. Bom, se ele tentar alguma gracinha, dá pra fugir", eu pensei.

   -- À propósito, Gustav Schäfer, prazer...Bom, eu estenderia a mão, mas... -- ele deu outro sorriso. Os dentes brancos reluziam.

   -- Ah, Amy Maureen -- eu respondi, receosa. Aquele cara...Eu o conhecia de algum lugar -- Você não é daqui... -- eu afirmei.

   -- Não. Nasci na Alemanha... -- nos sentamos e ele continuou -- Vim para cá com dezesseis anos. Trabalho com...segurança pessoal.

   -- Hm... -- eu murmurei em respota e me afundei no meu frapuccino. Aquele Gustav era incrivelmente bonito e a presença dele me constrangia profundamente.

   -- E você? Escapuliu do trabalho para alimentar seu vício na Starbucks?

   -- Com certeza! -- eu respondi -- Ser chefe da edição do New York Times às vezes me faz perder a paciência -- ele deu um sorriso curto, seu olhar analisava minhas expressões.

   Na verdade, eu era apenas uma das editoras. Mas já que eu fui demitida e tecnicamente estava presa, não custava aumentar a mentira.

   -- Nossa, que incrível -- ele disse, mas me pareceu desinteressado. Bom. Eu sou péssima com mentiras.

   De repente, a calda de morango me pareceu extremamente importante. O jeito como ela deslizava pelo copo era... emocionante.

   -- Desculpe por te drogar, Amy...Mas eu queria que você...para...montros... -- Gustav disse, com uma voz bem lenta.

   Eu comecei a rir.

   -- Olha Gus...Eu posso ser uma minhoca...Que nem esse morango caindo...Brum... -- eu imitei um ondular com o meu corpo.

   -- Georg...Vem me ajudar! -- Gustav segurou meus ombros e um outro cara pegou as minhas pernas e saíram me carregando.

   -- Ah parem! Eu sou uma minhoca! Tenho que ir pra debaixo da terra -- eu esbravejei.

   -- Gustav, quanto de LCD vc colocou naquele copo? -- uma voz velha perguntou.

   -- Acho que demais. Você tem que sedá-la, Saki.

   E algo espetou meu braço.

   E eu dormi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!