Em Busca Da Felicidade escrita por Isabella_Clairy


Capítulo 7
Capítulo 06




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Os olhos verdes do homem estavam completamente vidrados. Na noite anterior realmente pensara sério em sair de carro, contratar um detetive particular, e passar o resto da noite batendo de porta em porta em todos os bairros de Nova York até achar seu filho e Bella.

Mas agora... nada disso teria valido a pena.

Edward sentiu os braços do menino se apertarem mais a ele e suspirou. Ergueu-se do chão, o corpo do filho nos braços. Ele soluçava baixinho de pura alegria.

- Hey Anthony... – sussurrou Edward – pare de chorar... estou aqui agora. Não está feliz em me ver?

Ele apenas assentiu e levou a mãozinha pequena ao rosto, enxugando os olhos verdes iguais os do pai.

Edward olhou para Bella que estava completamente atônita.

Ela sentia uma profunda emoção ao ver que o pai ainda se importava com  o filho.

Sentia medo por Edward finalmente ter descoberto que ela estava grávida. E agora, o que ele faria, agora que descobriu que seria pai pela segunda vez?

Edward abriu a boca. Não sabia o que dizer.

“Nossa Bella, você arranjou um novo homem rápido hein? Eu sempre soube que você tinha potencial!”

Ele quase revirou os olhos. Mas mal podia acreditar... grávida... de outro... outro homem imundo que invadiu o corpo dela daquela maneira que apenas ele podia fazer... ela era dele... não era?

Claro que não. Ele a desprezava.

Mas não podia desprezar a mãe do seu filho mesmo que ela fosse uma qualquer que se deitasse com qualquer homem...

Ora Edward, ela tem direito. Não é mais sua esposa. Bem, tecnicamente ainda era.

- Ah... uhum... – pigarreou Bella – oi.

“Oi”? Ela estava ali, grávida de outro homem e só te diz “oi”? Você vai deixar Edward?  

Edward espantou sua consciência e sussurrou.

- Oi.

Ela olhou o filho nos braços do pai e estendeu os braços para pega-lo.

Edward não sabia se entregava ou não. Três motivos o impediam:

Um: ela estava grávida e o menino não era um peso aconselhável a mulheres nessas circunstâncias.

Dois: e se ela saísse correndo, levando seu filho com ela?

E três: queria saber onde diabos ela estava morando. Nunca mais deixaria seu filho, isso já era decisão tomada.

- Hum... acho melhor ele ficar no meu colo – disse Edward e Bella mordeu o lábio. Nem sabia o que dizer – precisamos conversar – disse ele.

- Eu não sei se...

- Ah, oi Edward – Alice interrompeu – como vai?

 - Muito bem, Alice. – ele voltou a olhar Bella – precisamos conversar.

 - Edward, eu não... – Bella começou mais Alice a interrompeu.

- Anthony, vamos ali com a tia e o tio tomar um sorvete? Depois você fica com o seu pai...

O menino levantou a cabeça e olhou a tia como se dissesse “não quero”. Mas Edward tocou o rosto dele com a ponta dos dedos e sorriu. Foi até Alice e entregou-o a ela.

- Se eu não acha-lo quando eu voltar... você é uma mulher morta – murmurou antes d eir para o lado de Bella.

Jasper olhou feio para Edward e parecia querer impedi-lo. Mas Alice pegou seu braço e foram caminhando calmamente. Thony ainda espiou para trás.

Edward e Bella começaram a andar devagar.

Edward engoliu em seco. Por onde começar?

- Hum... você está bem, Bella?

Bella franziu o cenho. Edward nunca se importara com aquilo, pelo menos, não depois dos 14.

- Sim, e você?

Edward ponderou com a cabeça.

- Hum... er... e aonde você está? E Anthony? Estão precisando de alguma coisa?

- Ah... bem... não... na verdade eu estou trabalhando...

Edward arregalou os olhos. Se tinha algo que ele não deixava que Bella fizesse era trabalhar.

- Aonde? – perguntou ele.

- Eu... na verdade, Edward, não  entendo como isso pode ser da sua conta.

- Você é a mãe do meu filho – respondeu como se fosse obvio.

Ela riu.

- Edward, desde quando liga para onde o “pequeno-estorvo” e sua “mãezinha empata vidas” se enfiam?

- Bella, eu... eu sei que nunca te tratei como merece, mas eu amo meu filho.

Bella ergueu uma sobrancelha.

- Sério? Não parecia há alguns anos atrás quando eu fui para o hospital com Jasper para ter o seu filho!

- Eu sei que não fui nenhum homem que se valha fazendo aquilo Bella, mas eu me arrependo. Eu... sinto falta do Thony.

Bella engoliu em seco. Thony. Essa era nova pra ela.

- Edward... isso é inacreditável.

- Por favor Bella, acredite em mim – pediu ele.

- Não consigo.

- Bella, sinto falta de Anthony. Queria poder ter ele de volta. Queria poder ter você de volta.

- Edward, pelo amor de Deus, você é... inacreditavelmente sem... escrúpulos.

- Quê? Por que acha isso? – perguntou indignado ele.

- Quê? Edward, olhe pra você. Todo lindo, maravilhoso... cada cabeça de mulher esta olhando para você aqui neste corredor. Mas isso não de convém agora. Você quer uma boa esposa submissa. Aquela que você vai poder olhar pra câmera e dizer “ela é tudo que eu quero”. Mas só vai falar isso pra câmera, aos jornalistas, repórteres...  Mas quando chega em casa, maltrata seu filho, sua mulher... Vai procurar uma outra pra se satisfazer. E a sua esposa só vai servir de consolo quando nenhuma delas te aceitar, ou quando estiver muito cansado para procurar outra. Estou cansada de viver isso.

 - E você é muito santa, não é, Isabella Swan?! – perguntou, a raiva o engolindo – aparece grávida quando nosso casamento ainda nem se desfez.

Os olhos verdes dele piscaram de ódio, os lábios curvaram-se ameaçadoramente.

Bella nem acreditou.

- O que você queria que eu fizesse? Eu não fiz esse filho sozinha, ok?

- Claro que não. Fez com qualquer outro imundo que encontrou não foi?

Bella arfou. Então era isso. Ele acreditava que mesmo que aquele filho não era dele?

Ela abriu  a boca para dizer que aquele filho só podia ser dele, pois em sua droga de vida nunca experimentara de outro homem, nem para saber se era diferente.

Mas não o fez. Passou a língua nos lábios e depois os comprimiu. Uniu a bolsa mais ao corpo.

- Você não presta, Edward Cullen.

Virou-se e começou a andar rápido até a sorveteria da praça de alimentação. Alice e Jasper ajudavam Anthony a tomar o sorvete de morangos, mas ele mantinha os olhos alerta, para caso visse o pai.

Bella caminhou  até eles. Pegou Anthony no colo, assustando-o.

 -Mamãe o que...

- Obrigada por tudo, Jazz, Alice... nós já estamos indo. Espero realmente que o seu irmão consiga alguém que o ame, e o aguente. Caso contrário, irá amargar na solidão.

Ela saiu com o menino seguro na lateral do corpo, Jasper e Alice muito aturdidos para fazer alguma coisa. Edward viu o exato momento que ela começou a andar e foi atrás.

Ela já havia deixado o shopping e chamado um taxi quando ele gritou seu nome.

Ela colocou o menino no carro e virou-se para Edward.

- O quê, Isabella? Com raiva por eu ter dito a verdade? Desculpe, eu sei que não presto, mas você também não é muito diferente. Não passa de uma qualquer que vai pra cama com qualquer homem e engravida. Você não passa de uma vagab...

A mão de Bella atingiu em cheio o lado direito de seu rosto.

- E isso não é um milésimo do que você merece, seu porco imundo! – murmurou e entrou no carro, colocando o cinto em Anthony.

O taxista colocou o carro em movimento.

Edward levou a ponta dos dedos ao rosto,  enquanto olhava o carro se afastar.

Ela batera nele. E fora embora.

Ele a deixou ir pela segunda vez. Que idiota que ele era! Em vez de segura-la e dizer que criaria o filho mesmo que fosse de outro...

- Argh! – chutou o vazio a sua frente. A dor no coração ultrapassando a do tapa. Aliais, nem dia comparado ao que estava sentindo agora dentro de si.

Bella tentou colocar o cinto apressadamente em Anthony.

- Mamãe, queria... queria falar com o papai... eu...

- Depois a gente conversa, Anthony... –ela terminou de colocar o cinto e disse o endereço ao motorista. Virou-se para a janela e observou a rua passar.

Nunca havia tocado em Edward para machuca-lo em toda sua vida.

Fechou os olhos e esperou até que chegassem. Pagou o motorista e pegou  Anthony que cochilava, nos braços.

Entrou no apartamento segurando as lágrimas traiçoeiras e colocou o menino na cama.

Saiu do quarto em silencio, e foi até seu próprio quarto. Deitou-se na cama e nem soube o que fazer. Queria chorar, mas ao mesmo tempo não.

Edward merecia quantos tapas ela pudesse lhe dar.

Puxou o ar com força e virou o corpo de lado mirando a parede. Seu coração ficou pequenininho enquanto lembrava de uma frase que ela daria quase tudo para que fosse verdade.

“Queria poder ter você de volta”

“Há muitas razões para duvidar e uma só para crer.”
(Carlos Drummond de Andrade)  


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Notas finais do capítulo

_____________________O QUE ACHARAM DO CAP? TALVEZ NÃO TENHA FICADO BOM PQ COMO É FIM DE ANO, OS PROFESSORES PASSARAM SEUS ÚLTIMOS TRABALHOS. AINDA ESTOU TERMINANDO UM DE 300 PAG. ¬¬'