Em Busca Da Felicidade escrita por Isabella_Clairy


Capítulo 6
Capítulo 05




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Bella olhou o computador a sua frente. Digitou mais duas letras aqui e ali. Mas depois deixou de lado.

- Argh... – reclamou sozinha. Hoje ela estava sozinha em casa. Anthony ficou um dia inteiro brincando na casa de Alice.

Ela resolveu fechar aquilo. Não estava conseguindo organizar seus horários  naquele momento.  

Fechou o notebook, pegou sua caneca vazia de chocolate quente e levou até a cozinha.

Suspirou e resolveu ir até o quarto mexer em algumas coisas dentro do armário, e até arruma-las se fosse possível. A barriga de 3 meses e meio não a ajudava muito...

Foi até o armário e o abriu. Assim que o fez uma mala pequena caiu sobre sua cabeça.

- Ai! – reclamou, mas assim depois riu. Thony sempre mexia em tudo. Olhou a pequena mala purpura no chão. Era velha e ela nem se lembrava de que aquilo existia, e nem do que tinha dentro. 

Sentou-se no chão e a abriu.

- Ah, olha... – disse para si mesma.

Puxou o suéter azul-forte velho. Ela riu-se sozinha. Aquilo era de Edward quando ele tinha 15 anos. Ela o dera de natal, quando estavam dentro da casa na árvore. Ele dera a ela um vermelho e um mês depois eles deram um, ao outro, seu suéter, prometendo que anos mais tarde devolvê-los-iam. 

Ela riu e puxou um pedacinho de papel. Um desenho que Edward fez quando tinha 7 anos. Ela riu-se ainda mais.

Depois puxou um bonequinho de argila que ela tinha feito. Fez muxoxo, quando viu a bonequinha de argila que ele tinha feito. Era bem mais bonito.

E depois pegou um CD. Quem tinha feito a capa, em letras elegantes e redondas, fora Edward. O titulo dizia: “A trilha sonora da vida de Edward & Bella”.

Bella lembrou-se que eles passaram um dia inteiro, de frente para um computador velho, escolhendo as melhores musicas. E depois, quando já haviam terminado, eles dançaram todas.

Bella se levantou com algum esforço, o CD na mão. Foi até o aparelho de som na sala e o colocou, torcendo para que ainda funcionasse.

Logo a primeira musica começou.

P!nk – Who Knew

Você pegou minha mão, Você me mostrou como
Você me prometeu que ficaria por perto
Aham
Tá certo...

Eu absorvi suas palavras
E eu acreditei
Em tudo que você me disse
É, aham
Tá certo...

Bella sorriu completamente só. Edward sempre fora seu melhor amigo... não conseguia entender porque mudara tanto. Talvez o certo fosse que eles realmente conversassem.

Se alguém dissesse que daqui a três anos
Que você iria embora
Eu apagaria todos eles com um soco
Porque eles estariam errados
Eu sei melhor que eles
Porque você disse "para sempre"
"E sempre"
Quem diria...

Bella se sentou no sofá, pensando... amava tanto Edward que chegava a doer.  Mas se fosse para que ela pudesse ser apenas amiga dele, e ao menos continuar com ele... aceitaria de bom grado.

Lembra-se quando nós éramos tão bobos
E tão convencidos e tão, tão legais
Oh não
Não, não
Eu queria poder te tocar de novo
Eu queria poder ainda te chamar de amigo
Eu daria qualquer coisa

Ah, mas isso não seria bom negócio. Apesar de tudo, passou momentos gratificantes com Edward... e se não fosse por isso, não existiria Anthony e nem Zoey...

Bella se levantou e passou para a próxima musica, revirando os olhos.

Paramore – Franklin

E quando nós chegarmos em casa, eu sei que não estaremos realmente em casa

Esse lugar que vivemos não é onde pertencemos

E eu sinto falta de quem éramos na cidade que podíamos chamar de nossa

Voltando para ir embora depois que tudo mudou

Você poderia me lembrar de um tempo em que éramos tão vivos?

(Tudo mudou)

Você se lembra disso? Você se lembra disso?

(Tudo mudou)

Você poderia me ajudar a não ligar pra tudo que eu deixei pra trás?

(Tudo mudou)

Você se lembra disso? Você se lembra disso?

Então aqui estamos nós agora e ninguém nos conhece de verdade

Eu não vou me acostumar com isso

Eu não vou me acostumar a ter ido embora

E voltar não é a mesma coisa se não ficamos

Voltando para ir embora depois que tudo mudou

Ótimo, parece que até as músicas agora se rebelavam contra ela. Era revirou os olhos e retirou o CD, guardando-o delicadamente na caixa.  

Iria falar com Edward. Iria agora falar com Edward.

Capturou a bolsa sobre o sofá, mas no mesmo momento seu celular tocou.

- Alô?

- Isabella? Aqui é o Demetri, seu advogado.

- Ah, oi Demetri. Como vai?

- Bem. Liguei apenas para avisar que já enviei os papéis do divorcio para o escritório do seu marido... ex-marido...  na quinta irei busca-los, caso ele tenha assinado. Senão...

- senão tentaremos o litigioso... eu sei. 

 - Isso. Então, passe bem, senhorita Swan.

- Você também.

Bella desligou e jogou a bolsa de qualquer jeito no sofá. Pra quê iria ver Edward? O que diria?

“Ah, oi Edward. Eu vim aqui pra dizer que estou grávida de um filho seu, mas não se preocupe, todos estamos bem. Ah, a propósito, os papéis do divorcio chegam logo.”

Ela balançou a cabeça. Aquilo soava idiota até para ela. Ela suspirou e guardou as tralhas velhas novamente na mala, escondendo-a no fundo do armário de novo.

O telefone tocou histérico sobre a mesinha da sala.

- Bellinha, Belllinha, Bellinha! – gritou Alice quando Bella atendeu.

- Oi Alice. Fala.

- O Thonyzinho lindo da titia Alie – Bella revirou os olhos – pode dormir aqui comigo hoje?

- Hum...

- O Jasper amou a ideia e o quarto dele tá daquele mesmo jeitinho.

- Então tá né. Posso pelo menos ir aí pra levar umas roupas, algumas coisinhas pra ele?

- Claro. Estamos te esperando. Tchau! ELA DEIXOU! – Alice escutou o grito de comemoração de Alice e Anthony antes de desligar, revirando os olhos.

Foi até o quarto e tomou um banho, vestindo qualquer coisa. A barriga não muito grande  ajustou-se perfeitamente  ao tecido da blusa. Bella foi até o quarto, arrumando uma pequena mochila com roupas e alguns brinquedos.

Bella pegou sua bolsa, a mochila e a chave do carro, saindo pela porta. Desceu de escadas, cumprimentou o porteiro, e entrou em seu carro. Dirigiu lentamente, observando  a cidade de cenho franzido.

No começo, Bella nunca levava muito à sério esse negócio de “premonições” nem de “sensações”. Quando Alice ou Leah lhe contava algo do tipo, ela apenas ria.  

Mas hoje ela sentia uma sensação estranha dentro do peito...

Apenas revirou os olhos. Que ridículo.

Quando chegou a casa de Alice, encontrou-a com Jasper e Anthony jogando algo no chão da sala.

- Olá, pessoal... – cumprimentou sorrindo.

- Oi, Bella! – sorriu Alice.

- Mamãe!

Jasper abraçou Bella.

- Estava com saudades... – sussurrou.

- Eu também, Jazz.

Jasper a levou pela mão, ajudando-a a se sentar no sofá.

- Mãe... – o menino sentou-se delicadamente na ponta das pernas dela – a tia Alice disse que iriamos passear no shopping. Podemos?

- Claro – Bella sorriu e acariciou os cabelos do menino.

Jasper suspirou.

- Ai, ai... quando será que vem o nosso, Alice?

Alice sorriu.

- Não sei, mas podemos providenciar isso... – ela deu um sorrisinho safado e Bella fez uns sons de vômito.

- Qual é Bella? – disse Jasper rindo- até parece que você não faz s...

- Anthony vamos vestir uma roupa limpa! – disse Bella, agarrando o menino e partindo para o pequeno quartinho de hospedes.

Jasper riu e Alice se sentou no colo dele.

- Eu acho que a gente pode encomendar o primeiro hoje.

- Hum... boa ideia...

Bella entrou no quarto rindo-se.

- mamãe, o que é que o tio Jazz ia dizer?

- Nada não filho – disse Bella sufocando o riso e tirando a blusa do garoto – o seu tio nunca fala nada que preste, sabia?

Ele riu e ela terminou de colocar a blusa limpa nele, abraçando-o. Ele retribuiu o abraço e beijou a bochecha dela.

- Amo você mamãe.

- Eu também amo você, Thony. Agora vamos antes que o tio Jazz e a tia Alie comessem a brincar sem você.

Ele pulou no chão segurando a mão da mulher e saíram para a sala.

- Que tal hoje a gente ir no meu carro? – perguntou Jasper.

- Pode ser. – disse Bela sorrindo.

Saíram sorrindo e foram até a garagem. Entraram no carro e Alice ficou no banco de trás com Anthony.

 -Vamos lá Anthony! – disse quando Jasper colocou o carro em movimento.

- Não sei cantar não, tia.

- Sabe sim, é assim ó – a mulher começou a cantar a plenos pulmões. O menino logo acompanhou e em minutos Jasper e Bella também.

Quando chegaram ao shopping, Alice e Anthony eram os mais suados.

Alice pegou a mão de Anthony e Jasper a de Bella.

Alice e Anthony foram pulando a frente dos dois e Jasper riu.

- Não sabemos qual dos dois é a verdadeira criança.

Bella o acompanhou e ele passou a mão pela barriga dela.

- Hum... e minha sobrinha já anda se mexendo?

- Ainda não. Não sei o que há de errado. Vou fazer uma ultra mês que vem e descobrir o sexo. Da ultima vez que eu fui ela estava com as perninhas fechadas.

- Todos nós já falamos como se tivéssemos certeza de que é uma menina, percebeu?

- Sim. Mas eu realmente acho que será uma...

- Papai! – o menino soltou-se da mão da tia, correndo até um homem de cabelos cor de cobre e olhos verdes que andava debilmente pelo corredor do enorme shopping Nova Yorkino.

O homem virou-se automaticamente. Os olhos se arregalaram ao ver o menininho correndo na sua direção. Sua barriga ficou quente e ele viu-se por alguns instantes, feliz. O menino o alcançou, agarrando sua perna e a mão do homem voou para os cabelos iguais aos seus.

- Papai – murmurou o menino.

- Anthony – sussurrou de volta e se ajoelhou a frente dele. Abraçou o menino, fechando os olhos por alguns instantes. Apertou-os o máximo que pôde para que a agua traiçoeira não tomasse a liberdade de sair sem sua permissão.

Mas depois algo caiu em sua cabeça como um bloco de concreto. Afastou o menino de si.

 -Cadê sua mãe Thony? – o menino abriu um enorme sorriso. O pai nunca o chamara pelo apedido. Pelo menos, não quando ele estava consciente disso.

O menino jogou os braços novamente no pescoço do homem, e soluçou ali.

- Shh, Thony... shh – Edward afagou os cabelos dele – shh... diz pra mim onde está a sua mãe?

O menino assentiu contra o pescoço do homem.

Edward sorriu de leve para ele, mas o sorriso morreu quando a mulher morena e grávida aproximou-se deles.

E com um tanto de receio Edward ergueu a cabeça para verificar quem era a mulher.

Bella.

“A dor da saudade não se compara à felicidade do reencontro”
(Matheus Moura)


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