Em Busca Da Felicidade escrita por Isabella_Clairy


Capítulo 5
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

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Bella saiu feliz do hospital em que trabalhava. Jasper mexera uns pauzinhos e agora ela podia finalmente trabalhar no que gostava. As duas únicas semanas no novo emprego foram umas das melhores de sua vida. Só perdia para a semana em que sua mãe a informara de que ela se casaria com Edward Cullen.

Os Cullens tinham uma empresa de roupas e os Swan também. A linha que saia cada mês de cada uma delas, deixavam as pessoas em duvida e eles frustrados. Os Cullens tentavam fazer melhor que os Swan, e os Swan tentavam fazer melhor que os Cullens. Mas ambos eram tão bons!

E quando finalmente não davam para suportar mais, Carlisle Cullen ofereceu seu filho mais velho, para se casar com a única filha mulher de Charlie Swan. Charlie aceitou.

Mas Emmett Cullen não. Virou um animal. Ninguém o faria se casar com uma mulher que não amava.  Fugiu, depois de dias ininterruptos de discussões, para Londres. E foi lá, que descobriu a mulher que realmente amava.

Esse, no entanto, era o único final feliz da história.

Charlie Swan não gostara nada do fato de Carlisle Cullen ter quebrado o acordo. Passou a fazer linhas de roupas melhores, esforçou-se mais, fabricou mais... e Carlisle correu para acompanhar.

E como desculpas, ofereceu seu filho do meio. O mais fraco.

Bella e Edward se conheciam desde o jardim de infância. Ela, o amava desde sempre. Ele, “amava” qualquer uma por semana.

Aos dezessete anos, Carlisle e Charlie casaram os dois.

Edward ficou muitíssimo revoltado. Casar! Aos dezessete e com Bella Swan.  Mas mesmo assim casou. Assinou tudo num cartório, e aguentou as fotos de fotógrafos inoportunos.

Na lua de mel, foi a melhor pessoa com Bella. Mas no dia seguinte, começou toda a tormenta dela.

Durante aqueles anos de casada, ela só servia como o consolo dele quando alguma coisa dava errado, principalmente, quando não arranjava uma “melhor” que ela para se enfiar à noite.

Era nesses dias que ela era usada como se não passasse de uma nada pra ele, que Anthony, e agora, Zoey existiam.   

Bella passou a mão nos cabelos, e olhou para o céu, já escuro. Procurou seu carro no estacionamento e entrou nele e deu a partida.

Dirigiu num ritmo calmo, olhando de vez em quando as luzes da cidade e o céu. Resolveu parar numa pizzaria e fazer um agradinho a Thony.

Estacionou o carro próximo ao estabelecimento e entrou. Fez seu pedido próximo ao balcão e resolveu sentar-se numa mesa para esperar. Olhou ao redor, e morou uma mesa que lhe chamou muito a atenção.

Uma loira sorriu para um homem de cabelos pretos e o mesmo sorriu para ela. Uma menininha de cabelos loiros feitos os da mulher, abraçou o homem pelo pescoço, beijando-lhe a bochecha. A mulher sorriu e tocou os cabelos dela, que depois saiu correndo para brincar com outras crianças próximas a mesa deles.

Uma família.

Bella sentiu algo caindo de seus olhos até seu pescoço.

- As piores lágrimas são aquelas que chegam ao coração. A sua literalmente chegou – um homem loiro parou ao lado dela e ela ergueu a cabeça.

Era simplesmente um homem muito bonito. As feições rudes e engraçadas ao mesmo tempo, os cabelos um tanto bagunçados. Os lábios um tanto vermelhos, retorciam-se num singelo sorriso, que ficava muito bem aplicado no rosto branco. E os olhos cor de mel espelhavam toda a surpresa dele.

- Sabe, surpreende-me ver uma mulher tão bonita assim, chorando – continuou ele – mas não me parece ser um choro comum. É de tristeza, saudade...

Bella ficou atônita. Mas disfarçou, endireitando-se na cadeira e tratando de secar com os nós dos dedos a lágrima maldita que a denunciara.

- Ah... desculpe...

- Não tem porquê se desculpar. Sou Chett  – ele estendeu gentilmente a mão.

- Isabella Swan – Bella capturou a mão dele – mas prefiro que me chame só de Bella.

- Bella, então.

Ela sorriu.

- Quer se sentar? – perguntou ela.

- Era justamente isso que eu iria perguntar se podia fazer. Sentar-me aqui. O resto do restaurante esta cheio.

- Mas é claro que pode! – Bella sorriu ainda mais, apontando para a cadeira livre em frente a dela.

Ele sorriu, sentando-se.

- Bem, será invasivo da minha parte, se eu perguntasse o porquê de estar chorando? 

Bella sorriu levemente.

- Nada. Apenas me emocionei com algumas coisas.

Ele inclinou a cabeça.

- Emocionou-se? Parecia um tanto triste. Como se quisesse algo que não tem – ele disse.

Bella não conteve um soluço.

- Se te faz triste não precisa...

- Na verdade, queria poder conversar com alguém. – confessou ela.

- Sou todo ouvidos – Chett sorriu.

Bella começou a contar, desde o dia em que se casou, até o dia em que encontrou Alice.

- Nossa – exclamou Chett quando Bella terminou – é uma história e tanto. E o que pretende fazer? Sua filha vai nascer sem pai?

- É o que parece. Mas Anthony nunca teve pai de verdade. Então nem faz diferença – disse Bella e alisou a barriga.

Ele mordeu os lábios.

- Sabe Bella, se eu fosse pai, iria querer saber – disse ele olhando dentro dos olhos de Bella.

Ela baixou os olhos cor de chocolate.

- Não sei... tenho medo... ele não vai querer saber mesmo...

- Medo de quê? Ele não vai poder fazer nada.

- Ele me odeia, Chett. Pode querer, apenas por vingança, tirar Thony de mim.

Ele balançou a cabeça negativamente.

- Eu duvido que qualquer juiz sequer cogite em tirar a guarda de crianças que tem uma mãe tão boa.

- Não é isso, Chett. Você não entende. Ele tem dinheiro.

- Pelo que você me contou, você também tem.

Ela balançou a cabeça.

- Não. Eu disse que meus pais tem dinheiro. Eu e meu irmão não passamos de dois meros objetos nas mãos deles. Jasper sempre amou Alice, e isso foi uma sorte para eles. Mas já era tarde. Eu já estava casada com Edward.

- Mas você disse que eles te ajudaram.

- Jasper me ajudou mais que eles. E eu tive de aceitar. Não por mim, pois se fosse, eu não teria aceitado coisa alguma. Mas pelas crianças. Não posso agir como se estivesse sozinha.

Ele mordeu os lábios.

- Mas mesmo assim, acho que você tem que contar. Se ponha no lugar dele. Você iria gostar. E mesmo que ele não a queira, ele tem que decidir isso. Não tome decisões por ele.

Bella parou para pensar um minuto. Ele tinha razão.

- Você tem razão. – disse ela, e fitou as mãos.

A aliança de ouro branco com pequenas  esmeraldas ainda cintilava em seu dedo. Em sua mão esquerda. Ela elevou o olhar para Chett.

- Sabe, até hoje eu uso isso – ela estendeu a mão para que ele visse – na época, eu escolhi as alianças – ela sorriu de canto – eu olhei cada uma das alianças da Tiffany’s, e me apaixonei por essa. Não era a mais cara. Mas era a que mais me lembrava ele. Os olhos dele... são como esmeraldas... muito verdes.

Chett olhos para ela por entre os cílios.

- E sabe... – ela falou ainda mirando o anel – eu... eu me odeio. Me odeio por querer odiá-lo e não conseguir... eu ainda o amo.  Amo muito. Tanto que cada vez que eu penso nele sozinho naquela casa, é como se esmagassem meu peito.

- Bella... ele também te ama – disse ele.

Bella quase riu ao erguer os olhos para ele.

- Não ama não – disse ela – de onde você tirou isso?

- Olhe, Bella, acredite. Você vai se surpreender. Na verdade, os dois vão.

Bella sorriu. Algo nele fazia com que ela acreditasse que sim.

- Senhora, seu pedido – o garçom veio trazendo a caixa e colocou sobre a mesa.

Bella o pagou e se levantou.

- Queria ficar mais, mas não posso. Tenho que buscar meu pequeno. Foi um prazer, Chett.

- O prazer foi todo meu. Tome meu cartão – ele estendeu o papelzinho e Bella pegou, jogando na bolsa – ligue-me para depois nós nos falarmos.

- Ligarei – ela sorriu – até logo.

- Até, Bella – ele sorriu e Bella caminhou até seu carro.

Ela saiu da conversa, renovada. Era como se um pouco mais de esperança, se alojasse em seu coração.

~•~ 

Edward chegou em casa depois de mais um dia de trabalho, e encontrou apenas o vazio. Vazio na sala, no quarto e no coração. 

Recuperou-se de uma “virose”, em pouco mais de uma semana. Ele dizia virose, Alice dizia dor de amor.

Ela contou a ele que ele praticamente implorara por Bella, mas ele fez questão de negar tudo.

Mas no fundo ele sabia que era realmente por causa dela.

Edward jogou a maleta num canto da sala e foi até a enorme piscina. Tirou os sapatos, a blusa e a calça, jogando-se assim dentro da enorme piscina.

Nadar sempre fora seu sonho interrompido. Sim. Queria ser nadador. Competir... dar o mesmo orgulho que Emmett e Alice sempre levavam depois de uma competição de futebol ou algum concurso de maquiagem. Mas ele foi esquecido. Emmett era o homem da família, e Alice a garotinha do papai. E onde ele ficava nisso tudo? Enfurnado num quarto, sozinho.

Ele sempre servia de encosto para o pai e a mãe.

Desde que Edward tinha 14 anos, sua mãe levava as moças mais bonitas e ricas para jantar toda sexta-feira na residência dos Cullen.

Ele não se interessava por nenhuma delas.

No dia em que Emmett saiu de casa, dizendo ao diabo a quatro que nunca se casaria, a não ser que fosse por amor, seu peito inflou de orgulho. Aquele era o seu irmão.

Mas recaiu-se quando um mês depois, Carlisle disse que ele se casaria com Bella. Caso contrario, seria deserdado e renegado da família.

Edward sempre foi o mais fraco. Nem Alice era assim, tão fraca perante as ordens impostas pelo pai. Mas ele foi fraco o bastante para não lutar. Casou-se com ela, a antiga conhecida com quem costumava brincar escondido numa casa da árvore numa pequena cidade chamada Forks. 

No dia do casamento, a única coisa que seu pai lhe disse foi um pouco educado “quero muitos netos”.

Tinha 17 anos. A cabeça dele estava desesperada. Queria curtir um pouco mais sua adolescência, “pegar” quantas garotas pudesse numa festa, beijar, beber, fazer burradas só pra depois poder se arrepender de cada uma delas. Mas tudo acabou ali.

Na lua de mel, ele possuiu o corpo dela pela primeira vez na vida. Sentiu-se estranhamente emocionado por saber que ele era o primeiro dela.

Mas mesmo assim, o sentimento de revolta o engolia. Não, ele não podia ser o fraco. Não, ele não podia deixa-la. Não, ele não queria ser deserdado.

Passou então a viver na farra. Comia, bebia, usava, se divertia. De que importava se ele era casado? Até o dia em que ela ficou grávida.

Ele até hoje não sabia explicar o que sentia. Era bom e ruim. Era maravilhoso imaginar que algo que saiu de você viraria um ser. Um serzinho. Mas a parte ruim o dominava. Não queria transparecer que gostava de Bella e nem do próprio filho. Jurou a si mesmo que nunca mais iria ser o fraco.

Quando Anthony nasceu, ele fez que não ligava. Mas perdeu a conta de quantas vezes ia ao quarto dele  no meio da noite, apenas para cuidar de suas cólicas e de seu choro. Lembrava-se de como colocava ele em seu ombro, e o ninava delicadamente, e em como a mãozinha quente tocava seu rosto quando ele estava triste ou cansado.

Nunca admitiu, e hoje se arrependia de não ter feito, mas amava seu filho.

E tinha pena de Bella. Ela ainda tinha tanto a viver quando se casou. Tinha tanto a aprender, a escolher... talvez nem se casasse com ele se tivesse tido a chance. Mas era culpa dela. Se ela também não tivesse aceitado, eles não teriam se casado.

Mas no fundo ele gostava dela. Na verdade, até os 15 anos, era com ela que ele sonhava quase toda noite.

Quando ainda moravam em Forks, desde os 6 anos brincavam juntos escondidos, por conta da rixa existente entre suas famílias.  Mas depois do casamento, isso fora esquecido. Edward foi enchido pelo sentimento de ódio, raiva... não tinha mais lugar para o amor.

Ele nadou até o canto da piscina e encostou-se na parede, sentindo algo que não era agua com cloro descer de seus olhos. Edward não se lembrará da ultima vez que havia chorado em sua vida. Pelo menos, não sóbrio.

O soluço escapou de seus lábios e as lagrimas passaram a fluir livremente, junto à saudade.

Olhou a lua enorme no céu, imaginando se hoje Bella já tinha alguém.

Mas principalmente, imaginado se ela estava feliz.

“Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente”
(Clarice Lispector)

Por favor, leiam as notas finais.


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Notas finais do capítulo

Esses dias recebi a seguinte mensagem privada, e estou repassando. Espero que vcs tbm repassem.
Queridas, estou repassando uma mensagem recebida e pretendo ajudar. Façam também a sua parte mandando para todos os seus amigos no nyah. Obrigada!
"Fiquei sabendo agora que uma das autoras de fics do site, a Mary_CullenS2 está com leucemia crônica e internada num hospital. Estou pedindo que você espalhe a notícia aproveitando p/ pedir que as leitoras, e você também, entrem p/ esse cadastro de doadores, não é preciso nada demais, só a retirada de um tubinho de sangue de sua veia como num exame qualquer. Quem sabe essa medida não ajuda a salvá-la, ela precisa encontrar esse doador em no máximo dois anos, depois não terá mais jeito. Vamos participar, ela tem uma filhinha de apenas um aninho. Estou repassando esse recado a todas que eu posso, que eu tenho acesso. Por favor faça isso também. Bjs"
EU RECEBI A MENSAGEM EXATAMENTE ASSIM, APENAS COPIEI E COLEI.
SE EU PUDESSE, DOARIA, MAS NÃO POSSO.
EU NUNCA LI NENHUMA FIC DA MARY, MAS SE VC LEU, OU AINDA LÊ, PENSE NISSO. ELA TEM UMA FILHINHA.
PONHAM-SE NO LUGAR DELA. SE VC ESTIVESSE DOENTE, NÃO IRIA GOSTAR DA CURA?
UM ABRAÇO, ATÉ O PROXIMO CAPITULO.
COMENTEM!!!