Em Busca Da Felicidade escrita por Isabella_Clairy


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

FELIZ DIA DAS MÃÃÃES!
DEUS ABENÇOE CADA MÃE DO MUNDO, E PRINCIPALMENTE A DE VOCÊS! QUEM É MÃE TBM, UM GRANDE BÊIJÔ E FELIZ DIA DE VOCÊS!
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ESPERO QUE GOSTEM DO CAPÍTULO!



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Bella abriu a porta do apartamento, e após trancar a porta e colocar algumas sacolas no chão, foi direto para a cozinha, em busca de um copo d’água.

Estava chorando, as mãos tremendo. Não estava mais aguentando a pressão dos telefonemas de Renée. Deus sabia como ela conseguira seu número. Fungando, sentindo a cabeça doer e o típico calor no pé da barriga que sempre sentia quando estava nervosa.

Ouviu a campainha tocar e se adiantou para a porta. Edward com seu típico sorriso Colgate se encontrava segurando um envelope pardo e uma rosa vermelha e sem espinhos. O sorriso caiu ao ver o rosto de Bella.

- O que houve? Cadê o Anthony?

- Tá... Na escola.

Edward entrou sem pedir licença, e fechou a porta.

- Tá pálida – falou ele – e suando. Vem.

Ele guiou Bella até o sofá da própria casa dela, abandonando os pertences na mesa.

Sentou-se ao lado dela e colocou um braço ao redor do dela.

- O que aconteceu? – perguntou ele.

Bella não gostava de Edward se intrometendo tanto. Ou pelo menos não queria transparecer que gostava, porque desta vez, ela deitou a cabeça no ombro dele, o que o fez arregalar os olhos e passar a ponta dos dedos nas bochechas dela.

- Edward... –ela sussurrou sentindo as lágrimas escorrerem pelo canto dos olhos – é que... – ela engoliu em seco – a Renée voltou. E agora vive me ligando para me mandar frases de duplo sentido.

Edward retesou.

- O que? Ela está te ameaçando?

- Não – ela balançou a cabeça – mas é como se fosse.

- Quando eles voltaram? Por que você não me contou? – disse ele, alterando-se – por que eles ainda não foram na empresa? Como sabem seu número? Não entendo Bella.

Ela soluçou contra o ombro dele, enterrando o nariz na blusa dele e fungando, as pernas encolhendo-se em borboletas no sofá.

- A mais ou menos um mês! Mas não fale assim, eu não tive culpa, Edward!

Ele afagou seu braço.

- Eu sei, perdoe-me.

Ela balançou a cabeça. Ele mordeu a bochecha.

- Vou procurar eles – disse ele.

Bella ergueu a cabeça.

- Eu não sei onde eles estão hospedados e...

-Eu contrato um detetive, rodo NY inteira se precisar. Vou colocar Charlie contra a parede.
Posso até pedir um mandato judicial pra ninguém mais chegar 1000 km de você...

Edward se levantou.

- Eu vou rápido e...

- Não vai não... – pediu Bella, a cabeça escorregando até tocar o sofá – estou com medo de ficar sozinha... – sussurrou ela, fechando os olhos.

Edward sentiu o coração estrondar seu peito. Ela pedindo a ele para ficar com ela... Edward se sentou na ponta do sofá e levou os dedos aos cabelos de Bella. Ela sorriu pelo carinho gostoso. Fazia anos que ninguém fazia aquilo em seus cabelos. Ela gemeu os olhos fechados, os dedos correndo dos cabelos ao pescoço.

Edward sorriu e, muito lentamente, inclinou a cabeça para roçar os lábios na ponta do nariz pequeno de Bella. Ela fechou ainda mais os olhos, tentando encontrar a vontade para resistir. Mas seu cérebro sussurrou algo sobre “só desta vez”. Sentiu os lábios de Edward beijarem a ponta de seu nariz, e depois roçarem e depositarem outro beijo em sua bochecha.

- Bella – ele sussurrou – me perdoe...

Ela levou uma das mãos aos cabelos dele, enterrando os dedos ali e puxando sua cabeça para que seus lábios se escovassem um no outro.

- Me perdoe, Bella – pediu ele, novamente.

Ela abriu os olhos e fitou apenas o queixo dele, que estava de cabeça para baixo.

Tudo aquilo que ela andava pregando sobre nunca mais ceder se dissolvendo. Sabia que qualquer movimento faria com que eles se beijassem. Mas, algo dentro dela disse que não valia à pena evitar. Apertando os olhos, puxou o rosto de Edward para ela, sentindo os lábios se tocando, em posições diferentes.

Edward sentiu o coração ir até a garganta, o cérebro trabalhar freneticamente e depois foi como se um blackout apagasse todos os seus pensamentos e seu desejo de ir procurar Charlie e Renée.

Aproveitou a brecha para mover os lábios cheios nos dela, a língua escorregando por entre os dentes, uma das mãos apoiando seu corpo no sofá e a outra apertando os cabelos de Bella. Bella gemeu pela sensação de calor dos lábios de Edward nos seus, sua língua automaticamente decidida a tocar a dele. Apenas quando Edward sentiu que Bella não podia mais respirar, foi que separou a boca da dela, colocando os lábios contra seu pescoço. Bella abriu os olhos, sentando-se o mais rápido que pôde, e se colocando de frente para Edward, que se sentou um segundo mais rápido.

- Bella, eu não...

Ela fez um aceno com a cabeça e antes que lhe faltasse coragem,  voltou a se inclinar para ele,
em busca de outro beijo.

Enquanto estavam casados, pouco Edward se atrevia a beijá-la. Alias Bella nem se lembrava da ultima vez que sentira os lábios dele assim tão próximos, talvez tivesse sido em seu casamento.

Edward colocou uma  mão no pescoço dela e a outra usou para levar até sua cintura.  Eles se separaram, mas, ao invés de se afastarem, Bella se agarrou ao ombro dele, e ele, sem saber ao certo o que fazia, pegou-a no colo, tendo o cuidado de colocá-la como um bebê, a enorme
barriga para cima.

Bella puxou mais uma vez os lábios de Edward para os dela, e ele ofegou, tentando encontrar a porta do quarto. Quando a encontrou, entrou no cômodo, e sem tirar os lábios dos de Bella, a colocou na cama. Ofegantes se separaram.

-Bella... – ele sussurrou – por favor... Já é tão difícil sem isso.

Ela abriu os olhos, sentando-se. Foi como se tivesse tomado consciência do que fizera. Sentando-se, ela levou uma mão à testa. Edward estava sentado na ponta da cama, olhando ao redor do quarto. Então era ali que ela dormia todas as noites. Sem ele... Sozinha... Talvez um dia pudesse compartilhar aquele quarto com mais alguém... Alguém melhor do que ele...

Ele levou uma mão aos cabelos, puxando alguns fios.

- Eu... Não devia. Não devia ter feito isso. Vou embora.

Ele se levantou, mas sentiu a mão de Bella na dele.

- Não vai, não. Fica mais um pouquinho comigo... Estou sentindo medo. Não ando se sentindo muito bem desde que Renée começou a me atormentar.

E, como o completo idiota que era, em prol de Bella, voltou a se sentar na ponta da cama. Olhou os pés dela, amassados num tênis.

- Estão inchados – disse ele e puxou um dos cadarços.

- Costumam ficar sempre assim agora – ela disse.

Ele puxou os fios do cadarço lentamente, tirando um tênis.

- Não precisa fazer isso, Edward...

Ele sorriu de leve, tirando o outro e colocando no chão.

Bella recolheu os pés, e se encolheu num canto da cama.

- Acho que não dá mais para trabalhar. Muito cansada...

Edward se virou para o outro lado. Não queria olhá-la. Estava com vergonha, medo e culpa por tê-la beijado. Vergonha porque gostara muito.

- Senta direito – pediu ela – olha para mim, Edward.

Ele suspirou, tirando também os tênis e as meias. Se sentou virado para a frente, os pés para fora da cama.

Olhou ao redor. Era um quartinho pequeno e arrumado. Uma televisão minúscula num canto, uma cadeira de balanço no outro. Ele fitou o teto povoado de estrelinhas plásticas e fluorescentes. Virou o rosto para olhar a barriga de Bella.

- Isso dói? – Perguntou ele – ficar grávida? Sua barriga não fica dura demais? A pele esticada demais? E no parto? Dói?

Bella abriu os olhos, e fitou os de Edward.

- Não dói. Às vezes incomoda um pouco. Dor nas costas, nos pés. Mas nada que eu não aguente, não é? – ela sorriu.

Edward assentiu, voltando a fitar o teto.

Bella não sabia o que fazer o que falar.

- Edward – falou ela – eu sei que a gente está se afastando cada vez mais e...

- E que você não me ama mais, e que nós só temos o Anthony e a Zoey como ligação – ele completou – eu sei.

Bella fitou o vazio.

- Mas eu não entendo a sua insistência – disse ela – você não me ama. Nunca amou.

Edward suspirou, e se deitou, virando-se para ela.

- Eu sempre te amei,  Bella – ele sussurrou – eu sempre fui apaixonado por você. Lembra no dia em que você saiu de casa? Você disse que sempre me amou desde o dia que me viu brincar numa gangorra no parquinho. Eu sempre te amei desde o dia que passei de carro pela sua casa e vi sua mãe escovando o seu cabelo perto da janela. Meu pai me mandou olhar a casa, disse que quem mora ali não era digno de respeito.

Bella corou levemente surpresa. Por aquela ela não esperava.

- Lembra no dia que seu pai me disse que você iria casar comigo? – sussurrou ela.

Ele assentiu e ela continuou.

- Foi o dia mais feliz da minha vida.

Ele sorriu fraquinho, fitando seu pescoço.

- Mas, eu não consigo entender. Se você sempre gostou de mim... Por que me maltratou?  Me matou por dentro – disse ela.

- Fiquei revoltado. Eu queria dar orgulho aos meus pais. Mas parecia uma missão impossível. Me revoltei quando ele me forçou a casar.

Bella engoliu em seco, sentindo os olhos arderem.

- Mas hoje a gente fica mais distante a cada dia né? – perguntou ela – do que adiantou...

- Quando você foi embora, eu pensei em algo – confidenciou ele – pensei que mesmo forçado, casar com você, mesmo tendo te maltratado tanto, eu não podia achar de todo ruim. Eu sempre ficava muito feliz quando acordava e viu você logo ali do meu lado. Às vezes eu sentia sua mão no meu cabelo quando pensava que eu estava dormindo.

Bella corou. Não sabia que ele sabia.

- Eu nunca falei nada por orgulho – continuou ele – e por medo de nunca mais sentir aquilo.

Bella enxugou os olhos com a ponta os dedos.

- Edward – ela sussurrou – eu... Eu não queria admitir isso mais eu gosto muito de você. Mas não sei se vou aguentar mais... É tão difícil esquecer de tudo!

Edward assentiu e sem falar nada saiu do quarto. Voltou segundos depois com o envelope na mão.

- Eu vim aqui hoje porque queria te entregar isso.

Bella pegou o envelope das mãos dele abriu, puxando os papeis.

Eram os papeis do divorcio, todos assinados.

- Eu passei umas propriedades pro seu nome – disse ele – é claro, em prol do Anthony. 

Bella não ouviu. Sentiu os olhos transbordarem de lágrimas. Claro que ela mesma buscara aquilo. Mas não sabia que iria doer tanto quando visse os papéis assinados.

- Passa as folhas – andou ele – vai, vai passando até chegar... Sim, bem aí – ele sorriu e Bella olhou a folha em que chegara.

-Lembra daquela casinha que o Ann falou que você queria? Pois é... Um presente.

Bella enxugou os olhos.

- Não devia ter feito isso. Não posso aceitar.

-Está em seu nome, é sua.

Bella balançou a cabeça.

- Não posso...

- Pode sim – disse ele e se sentou na ponta da cama – agora eu vou embora.

Ela ergueu os olhos para ele.

- Não...

-Assim está melhor, Bella.

- Não! – repetiu ela – fique – ela colocou a mão na coxa dele.

Ele retirou a mão dela.

- Confie em mim, é assim que tem que ser. Eu comprei umas latas de tinta e deixei lá em sua casa. Passe lá qualquer dia e olhe sua casa.

- Edward...

-Você pode sei lá, começar uma nova vida por lá. Só não me proíba de ver o Thony, ok? – ele riu fraquinho, mas Bella apenas sentiu mais lágrimas caírem – era só, viu? Vou indo agora e depois a gente se...

Ele se levantou e Bella também.

-Por favor, Edward – pediu ela.

- Por favor, o que? – perguntou ele.

Ela não sabia. Abaixou os olhos.

- Não quero que você acabe me odiando – disse ela.

- Eu nunca vou odiar uma mulher boa e altruísta como você – disse ele, sorrindo.

-Você complica tanto – disse ela secamente.

- Estou fazendo isso porque eu quero do fundo do meu coração que você conheça alguém melhor que eu. Que um homem seja legal com você, e que pelo menos goste dos nossos filhos. Você vai se apaixonar, amar... Quem sabe se casar de novo.

Bella sentiu mais lágrimas escorrerem.

- E dessa vez você vai poder fazer tudo diferente. Você vai namorar antes –ele sorriu – conhecer melhor o cara. Não se casar porque foi forçada, e sim porque foi pedida em casamento e aceitou.

Ela soluçou, tentando enxugar os olhos que tornaram a molhar.

- Não chore – pediu ele, sorrindo –eu quero que você seja muito feliz. Todos vocês, viu? – ele tocou a barriga de Bella, desta vez sem nenhum medo. Depois segurou a cabeça de Bella pela nuca e beijou sua testa – eu amo você, viu?

Bella fungou e Edward sorriu, enxugando as lágrimas dela.

-E não se preocupe que ninguém mais vai te atormentar – ele garantiu e acenou – até logo, Bella. Diz pro Ann que eu deixei um beijo enorme.

Ele saiu do quarto, fechando a porta e indo para a saída.

Bella escutou a porta da frente fechar e sentou na ponta da cama, enxugando os olhos e olhando a escritura da casa e de alguns imóveis.

Ela desejou que houvesse uma escritura do coração de Edward. E na frente dela estaria escrito “Imóvel interditado – exceto para Bella”.


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Notas finais do capítulo

(N/B):
E ai gente, esse capitulo veio rapidinho né?!
O que acharam do cap.? Eu adorei, quase chorei junto com a Bella :/
Coitadinho do Ed, mesmo por tudo o que ele fez...
Mandam bastante reviews e quem sabe assim a nossa autora não poste mais rápido. Ah, ela não se importaria de ver recomendações tbm hein, shahusauhs.
Feliz Dia das Mães!
Beijos e até o próximo capitulo!
(N/A):
Oi povo! Taí meu presentinho de dia das mães procês! Espero que td mundo tenha curtido...
E antes de ir...
Pra quem for comentar:
"Ai, não gostei, queria que a Bella ficasse mais dumal com o Ed." - um perguntinha: E quando vc acha que o ROMANCE seria incluido na fic? No capítulo 40? Não vou dizer que os dois já estão juntos de novo, mas tbm não posso deixar a fic só na desgraça.
Esses dias uma leitora DESISTIU da fic por causa disso.
Eu não fico me lamentando, afinal, cada 1 ler o que quer e para de ler na hr que quiser tbm. Só que pensando por esse lado, até agora não havia tido nenhum momento "Bedward" na fanfic. E do jeito que tá, não dá pra ficarm néah?
Portanto, quem gostou ótimo, muito obrigado por me char uma autora merecedora do "gostar" de vcs. Quem não gostou muito obrigado por pelo menos ter lido até aqui! É muito importante pra mim isso!
Gosto muito de cada um de vcs e Deus sabe como eu sou feliz de abrir a caixa de Review's e encontrar pessoas me criticando construtivamente, ou dizendo que gostou, elogiando o meu trabalho.
Portanto,
obrigada!
E até o próximo néah!
Bêijôs e FELIZ DIA DAS MAMÃES!